Capítulo 3

O som da campainha nunca tivera ressoado como um condutor de ansiedade como nesta manhã,  o coração da Alexandra  está  célere de maneira que ameaçava  rasgar o seu seio esquerdo,  passou a ideia na sua cabeça de esconder-se em baixo da cama, ou deixar o homem tocar a campainha até cansar-se. A razão tomou conta de si, já não era mais uma garota de 11 anos que escondia-se ,  respirou fundo e disse:

— Você  espera ai,  vou só abrir a porta.— Declarou a apontar-lhe com o dedo de uma forma ameaçadora, Glória não deixou de gargalhar.

Com passos gigantescos  aproximou da porta de madeira pólida,  com sua pequena mão trêmula e húmida ,  girou a maçaneta de inox.  E ao abrir, seus pequenos olhos castanhos deslumbraram  a figura de um homem de aproximadamente 1,90m, com o  tom de pele chocolate, brilhava como se tivesse bronzeado, suas  pupilas dilataram quando viu as veias pulsantes do pescoço grosso, seguia-as, até onde começava o  tecído da sua camisete polo que escondia aquela musculaturia brava, que fazia a questão de marcar presença dando forma as vestes do homem…

— Alexandra, Alexandra.… — Quincy chamou por ela.   A mulher estava petrificada a contemplar o astro, na noite passada não tivera prestado atenção estava embalada com a dor. Glória por sua vez a tocou na testa   para despertar, e parecia não funcionar por isso tomou a iniciativa de cumprimentar o homem

— Você deve ser o Quincy, falamos juntos a pouco tempo, prazer,  Glória. — Declarou Glória com um sorriso safado. Alexandra ainda estava submersa aquela exposição de perfeição a sua frente.

— Vão convidar me para entrar?—  Indagou Quincy,  visto que ainda estava na soleira da porta. Não estava nem tão pouco enfurecido, já estava aclimatado com aquela situação, só não tolerava que as mulheres lhe atiressem com roupas intimas, como era atitude de algumas mais atrevidas.

— aah claro… — Alexandra por sua vez despertou, e percebeu que fazia uma péssima figura, nunca em sua vida estivera na posição de seus sentidos serem comprometidos de tal maneira. Quincy  adentrou,   a olhou de forma discreta, gostou de a ver com os calções de Mickey mouse e as pantufas azuis, aqueles trajes humildes revelavam- lhe um corpo muito bem estruturado,  constatou quincy

— Vou servir-lhe um batido, sente-se. —  Declarou Glória a mesma trocou olhares de cumplicidade com sua amiga, como um gesto de avisa-lá «o homem é todo teu«.  Alexandra não sabia o que fazer ou dizer-lhe, seu rosto queimava de vergonha por causa de suas roupas.

— Eu vou buscar meu laptop, para poderes  apreciar o meu trabalho. —  Disse com um sorriso forçado na tentativa de esconder o desconforto e passar-lhe a ideia de que tem controlo de toda a situação.

As duas abandonaram o astro na sala e foram a cozinha cochichar

— Menina aquele homem é um avião. — disse glória espantada.

—  E Eu  sou um aeroporto sem pista de aterragem. — Declarou Alexandra nervosa.

— Então não és um  aeroporto, es qualquer outra coisa — Disse Glória em tom de gozo.

— Obrigada por me lembrar disso amiga. Eu devia ter te escutado em relação as minhas roupas, e já não posso mudar. Eu não lembrava dele ser tão bonito assim. — Afirmou Alexandra esterica, com as mão trêmulas como se tivesse consumido estupefacientes.

— Respira fundo, trate e o como qualquer um e pronto. —  Sugeriu Glória, enquanto espreitava o homem.

— ok ok,  pronto vou buscar o laptop. — Decidiu  Alexandra,  após respirar fundo, e ganhar coragem

Contudo,   segurou seu laptop como se estivesse a segurar um bebé porque suas mão tremiam como a de um  viciado.  Voltou a sala, visualizou  Glória a tentar arrancar verdades ocultas de Quincy, mas esse parecia  inerte aos truques da jovem ruiva.

— Desculpe a demora, estava a selecionar alguns retratatos que fiz para a sua apreciação — disse Alexandra a segurar o laptop, entregou lhe para que apreciasse, e este por sua vez deleitou-se em  comtemplar.

—Alex,  não sabes da máxima,  Quincy é ator de Hollywood. —  contou Glória como forma de bajulação. Quincy ficara incomodado porque essa não era a verdade,  disse-lhe que era actor e trabalhava com o sexo, do mesmo jeito que Alexandra não lhe levou a seriedade face a verdade em relação a sua identidade.

— Wau interessante.— Declarou  Alexandra a trocar olhares insiniousos com a ruiva.

O silêncio de Quincy era massante e perturbador para  Alexandra, ele só passava as imagens sem dar sua apreciação, as vezes ficava a contemplar por um tempo e ficava pensativo. Até que mexeu o maxilar e levantou seus olhos da cor castanha que lembravam duas amendoas:

— Nada do que  mostrou-me  chamou a minha atenção. — Falou Quincy  com toda a sinceridade a olhar minuciosamente para os pequenos olhos da jovem que pareciam duas  orbitas celestias que se escondiam na profundidade da neblina por timidez.

— Obrigada pela sinceridade.— respondeu  Alexandra com uma falsa firmeza, pois dentro de si formava-se um leito de lagrimas, a afirmação de Quincy para ela era a confirmação que escutava todos os dias de trabalho com o arrogante de seu chefe, que nunca ousou a dar-lhe oportunidade de suas obras serem expostas.  Quincy por sua vez levantou -se e aproximou-se do retrato de um anjo  em sua parede que ela havia realizado. E Naquele momento as duas mulheres trocaram olhares, curiosas para saber qual era a intenção do astro da pornografia.

— Gostei mais deste, quero todo o meu corpo em tamanho real para ocupar a parede da minha sala  que deixei em branco.— disse Quincy de olho na obra. Parecia um absurdo, mas era disso que ele gostava de coisas fora do comum, seu pensamento em relação as obras da jovem não estiveram nem perto de considerar mediocres, como ela julgava devida a falta de confiança em si mesma.

— Mas nú? — perguntou Alexandra atônita, não que fosse impossivél, já antes mesmo fizera retrato de modelos nú, entretanto, não de modelos que se pareciam com Deus da virilidade como Quincy, que conseguiam automaticamente atrair a atenção para si.

— você não está capacitada?,  até porque ele não  está nú,  não tem diferença com um homem em traje de piscina ou praia—  Indagou  Quincy espantado com a admiração da artista. Para ele era muita roupa, afinal ele estava habituado a trabalhar nú. Alexandra ficara sem palavras e reacção.

—É claro que  ela está capacitada,  é trabalho dela,  ela trabalha na grande galeria  Zambi, e  é  a melhor .— Afirmou   Glória a intrometer -se,  o que  ela não sabia, é que quincy tinha o conhecimento que  Alexandra ficava no armazém.

— Óptimo vamos aos pagamentos. —  Disse quincy  não queria levar mais tempo a discutir assuntos de nudez, porque se ela insistisse, estava pronto para partir para cima e mostrar-lhe o que era nudez, assim pensou ele, retirou  a sua carteira do bolso. As duas mulheres mais uma vez trocaram olhares.

— Mas antes gostaria de saber onde fariamos o trabalho? — Indagou Alexandra, a  tentar imaginar possivéis cenarios.

— Aqui está bom pra mim.— Declarou  quincy,  leva-la para sua casa seria um perigo para ela, iria fazer te tudo para te-la em sua cama,  assim pensou.

— Óptimo, a mão de obra, e o  material, e tendo em consideração ao tempo, porque eu trabalho para uma empresa custaria 250mil dólares. — Falou  Alexandra nas brincadeiras. Nada parecia serio aos seus olhos.

—Tudo bem.— Aceitou Quincy retirou da sua carteira seu bloco de cheque. — aqui tens. — entregou-lhe o cheque,  Alexandra ficou de boca aberta, queria dizer-lhe que não falava a sério, Glória  percebera pelo semblante  de pasmo  e fez não com a cabeça.

— Obrigada,  então ficamos para amanhã depois do meu expediente, melhor trocarmos os contactos.— sugeriu Alexandra.

— óptimo, até amanhã. — Despediu Quincy  após efectuar a troca de contacto.

—Adeus quincy foi mesmo um prazer.— disse Glória ao fechar lhe a porta.

— Até breve. — disse ele a despedir -se.

Quando ela fechou a porta, as duas mulheres correram para a varanda curiosas  para ver que carro o homem possuía. Se deslumbraram ao ver um Hummer H3 com uma pintura preta e detalhes cromados nas rodas, nos espelhos retrovisores laterais e na grade dianteira. A matricula era personalizada »EL MATADOR«

— Aquele homem respira a dinheiro. — Constatou Glória deslumbrada, a tentar fazer calculos de quanto custa o veiculo e de quanto gastou nas alfandegas.

— Deve cagar dinheiro. Preciso passeiar mais em bares  —  Declarou   Alexandra, ainda incredula com o que a pouco vivenciou. Esse é o negocio do ano pensou ela

— Você me deve 10mil dólares, por eu ter ligado.—  exigiu Glória

— Já estava a demorar. Vem comigo para fazer as compras dos matérias. —  Sugeriu Alexandra.

— E você vai assim como está vestida? — Perguntou  glória em tom de deboche

— claro que  não nem. — Alexandra revirou os olhos.

[…]

O sol ainda presistia em marcar presença, por mais que já tivesse anoitecido, a cidade de Nova Zambézia era

A única cidade do país que as  20horas ainda estava em claro no verão tal como nova iorque . E nem por isso as  casas nocturnas se sentiam intimidadas pela insistencia do sol.

Quincy visualizou as fotos minuciosamente, para certificar-se que realmente era quem procuravam, aquele nariz saliente não tinha como passar despercebido, não importava o tempo que havia passado, era ela. Seu coração estava consumido de odio, quisera ele espremer o seu coração com a mão, mas não tinha como com uma foto.

— É ela, tenho a maxima certeza. —  Declarou ele convicto e entregou a foto ao homem de preto ao seu lado.

— Muito bem, com um rosto fica bem facil prosseguir. — Assegurou o homem de preto  após tomar um gole do liquido destilado.

— Mas ela é um fantasma, tem a certeza que não a perdera de vista   dessa vez? — Indagou Hugo

—Estou convencido que a pego não importa o desfarce. Acredito que será o ponto chave para descobrirmos quem está por de trás de tudo.

 Rapazes, eu vou abandonar-vos, ainda que este lugar seja convidativo — Disse o homem de preto  a olhar para as bailarinas de polldance, seminuas  a actuarem.

— Aguardo por noticias. — Determinou Quincy com os olhos frivolos. O homem de preto saiu de forma sorrateira como um fantasma.

— Espero que isso seja um ponto de viragem na tua história, estou contigo até ao fim. — Afirmou Diogo espectante e percebeu que Quincy apesar das noticias que recebera estava muito aquem que o normal. — Eu acho que tens estado pensativo o dia todo, e posso arriscar dizer que tem haver com a tal de Alexandra. — Declarou Diogo.

— Eu não percebo porque as mulheres tem a mania de escutar o que querem ouvir, mano, estou numa situação de calças justas. Eu disse para ela quem sou e ela distorceu a informação. — Desabafou Quincy com o maxilar enrijecido.

— As mulheres não escutam, sabes perfeitamente, que elas só sabem falar. Isso não devia lhe incomodar, até porque vocês não  estão em uma relação ou estão? — Indagou Diogo com um semi sorriso de desconfiança.

— Jamais, ela não é o  meu tipo, põe muita roupa, e é muito recatada cheio de nhenhenhe, assim está a espera de um princípe vir montado em cavalo para pedir-lhe em casamento. Corre o risco de morrer  com a vagina  seca — Disse Quincy a lembrar da conversa que tiveram no dia que se avistaram pela primeira. Diogo desatou em rir.

— Parece lhe incomodar a ideia de ela preferir um principe. Minha falécida mãe dizia que quando um homem quer muito uma mulher e encontra dificuldades começa a atribuir lhe defeitos como justificativa para o fracasso. — Contou Diogo convencido da ideia que realmente havia atracção por parte do amigo.

— Não sei porque perco o meu tempo com  um chato, enquanto está cheio de mulheres bonitas aqui. — Declarou Quincy e levantou-se entediado, e decidiu juntar-se as mulheres que ali estavam disponiveis.

Diogo constatou que Quincy tinha deixado o seu celular na mesa, passou uma ideia travessa na sua cabeça, sabia que Quincy não bloqueiava o ecrã, por isso mesmo, abriu o celular sem dificuldades, foi até ao campo de mensagens, e escreveu « saiba que os anjos do senhor estaram acampando ao teu lado, e Eu sou um deles confiado a missão

De  zelar-te ………. Em seguida selecionou o contacto da Alexandra e Enviou .

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