NayanaNão é possível que Hari esteja falando tanta besteira, ela não consegue perceber que Radesh e eu somos muito responsáveis sobre nossos sentimentos e sabemos dividir as coisas para que não nos prejudique no futuro? Por Shiva, a gente é adulto. Ela não deve tratar a gente como se não soubéssemos de como são as coisas, não é como se a gente precisasse que alguém nos falasse sobre essas coisas."Tire essa ideia da cabeça, Hari. Até quando vou ter que dizer a você que Radesh e eu só estamos nos divertindo? Eu sei que ele tá tendo um grande impacto na minha vida, eu reconheço isso, afinal o cara é praticamente um sonho de consumo de qualquer mulher, mas eu posso lhe garantir que estou com os meus pés bem firmes em terra e te garanto que não vou fazer nenhum tipo de loucura como se fosse uma adolescente apaixonada não, tá bom?" Peço pra ela parar com aquela insistência, pois ela não vai conseguir nada, aquelas ideias não constituem verdade e só moram na imaginação dela. Embora mesmo R
Nayana "Alguém apaga a luz do dia, por favor." Hari está reclamando enquanto está deitada de costas na toalha de piquenique quadricular de cor vermelha e branca que eu tinha levado do apartamento dela quando estava preparando a cesta de lanchinos pra levar para aquele encontro com Radesh, ela está vestindo um par de óculos escuros, mais ainda está com os braços levantados por cima do seu rosto numa tentativa fajuta de tentar diminuir a claridade do dia. "Essa sua ideia foi totalmente péssima, Nay. Que merda de claridade, viu. E olha que você disse que faz bem pra curar ressaca." Falou toda azeda, deve estar se sentindo mesmo mal, eu não sou culpada que ela bebeu por demais da conta ontem."Ainda bem que eu falei pra você ficar em casa ne, Hari. Assim a culpa não é mais minha por você não ter me dado ouvidos." Me Justifico, também estou sentada na mesma toalha que Hari, porém estou sentada entre as pernas do Radesh, minhas costas estão repousando confortavelmente no seu peitoral, ele
NayanaRadesh me levou mesmo para um lugar muito especial assim como ele prometeu, o lugar se chama Little India. Assim como tem o Chinatown que é um bairro de atração chinesa, ali também tem um bairro completo de atração indiana. Deve ser porque em Singapura há um multiculturismo diverso, ali moravam tanto chineses, indianos até os Singapurenses que são os nativos de lá, tirando também outros migrantes de outros países que não citei que foram surgindo ao passar do tempo talvez porque em busca de melhores condições de vida, pois Singapura é uma cidade-estado economicamente estável.Little India esbanja tanta cor e cultura indiana que enquanto eu observava o lugar me senti como se estivesse de volta em casa, só que é uma das festividades habituais da Índia. As pessoas ali estão preparadas para proporcionar a melhor experiência da Índia para as pessoas que ali visitam, elas estão trajadas de vestes tradicionais, pode-se encontrar animais comuns como elefantes e vacas andando pela rua, o
NayanaDias depois, Radesh cumpriu o que prometeu me levando de volta a ilha de Sentosa, que era uma das mais belas ilhas habitadas de Singapura. Havia uma praia lá chamada Palawan, onde as águas são cristalinas e a temperatura tropical é agradável. Radesh e eu nos hospedamos em um hotel ali perto a beira-mar, passamos o dia inteiro aproveitando o belo clima tropical enquanto curtimos aquele belo paraíso tropical.Havia bailes que a gente ia nas noites onde tem boa música, comida deliciosa e bebida leve, tudo isso na companhia do outro. Depois disso a gente ia ficar juntinhos no quarto do hotel fazendo amor ou ficando apenas de carinho, perdidos completamente em nossos próprios pensamentos em silêncio. A verdade era que cada dia que eu passava com ele eu ficava cada vez mais triste por saber que um dia terei que deixar ele ir, afinal esse garoto não vai ficar aqui comigo pra sempre, vai chegar um momento onde ele vai se cansar de mim e decidir voltar pra sua própria vida. Só que e eu?
"Mas o que isso significa? Que ofensa é essa que você está nos trazendo aqui, seu muleque? Vai mesmo envorgonhar esse família se unindo em casamento com uma casta inferior a nossa?Ainda não superei a briga que a ousadia do Kabir causou na família Suryavant. Naquele dia depois de Deva ser expulsa daquela casa condenada por infidelidade ao seu marido, logo depois quando Kabir declarou abertamente que ao invés de levar mais um tempo desnecessário estando sozinho ele ia se casar comigo de uma vez me assumindo na frente de todos da sua família dizendo que queria me ter como esposa o quanto antes possível, foi ali que tudo começou a desandar. Até parecia que as provações que Parvati coloca em meu caminho nunca chegariam a ter um fim de tanto que são. Não adianta eu ter nascido numa família de baixa renda que era subordinada dos Suryavant, não adianta eu ter nascido já com o título de criada da casa Suryavant por meus pais estarem devendo a vida deles para com os Suryavant e eu teria que se
AnushkaDepois daquela reunião, um climão tinha se instaurado na família Suryavant, mesmo assim Kabir não tinha desistido de arrumar uma forma de se casar comigo. Um dia desses o seu pai tinha o chamado até seu escritório para avisar a ele que já tinha achado uma nova noiva pra ele, Kabir foi decisivo dessa vez dizendo que se casaria com a noiva que eles procurassem pra ele só se ele estivesse amarrado, dificultando assim os planos da sua família para com ele. Quanto a mim, parecia que a família agora era intolerante a minha presença na casa, a mãe do Kabir contou aos meus pais o problema que supostamente eu estava causando na família e alertou que eles me impedissem de ver Kabir senão minha família toda iria pagar, ou seja, nós seríamos expulsos da casa dos Suryavant se me pegassem com Kabir.Aquilo provocou um certo alvoroço na nossa pequena acomodação dos empregados, o medo de perder um lar respeitado e voltar a morar lá fora era insuportável para os meus pais. Eles imploraram pra
AnushkaSemanas depois enquanto estou atarefada limpando um dos quartos de cima, o antigo quarto que Nayana partilhava com Shankar que já que ela não está mais presente ali a cerca de dois meses, os criados da casa tem que tratar da limpeza daquele quarto porque se esperar que o porco do Shankar faça alguma coisa por ele, era contar que ele dormisse na sua própria imundície sem ao menos se importar com isso. Desde a ida da Nayana daquela casa, Shankar não tem feito mais nada a não ser acordar e beber, ir trabalhar e voltar para casa tarde da noite bêbado, se jogar na cama e apagar.Nalgumas vezes eu era obrigada a ir limpar o vômito dele causado pela bebida e tirar os sapatos mal cheirosos dele enquanto ele roncava pesadamente na cama. Nessa tarefa tiveram vezes que pude ouvir ele murmurando pelo nome da Nayana enquanto dormia profundamente. Apesar de tudo ele deve estar morrendo de saudades da mulher dele. Quem em seu perfeito juízo não estaria? Nayana era a luz daquela casa, todos o
AnushkaNão tinha entendido por que do nada senti como se tivesse alguém me olhando por aí, eu estava sozinha naquele quarto. Talvez pudesse ser só minha impressão, suspirei e continuei minha limpeza pelo quarto.Quando saio daquele quarto depois de o deixar todo arrumado, passo a limpar a área do corredor continuando minha tarefa, porém percebo que tem um pedaço de papel ali num local bem visível e está escrito com letras grandes como se a pessoa que escreveu tinha pressa em fazê-lo. Pego no papel bastante confusa e leio o curto conteúdo escrito ali.'Se quer achar a solução para os seus problemas, me encontre no terraço do templo principal da cidade o mais rápido possível.'O remetente não se identificou, mas pude perceber que se tratava de um homem, pois a maioria deles têm uma caligrafia desleixada, também sei que o bilhete é direcionado a mim porque por trás do papel está escrito o meu nome. Estou curiosa, procuro com os olhos pelo corredor para talvez ter um vislumbre de quem ti