Anushka "Suas trompas de falópio estão produzindo óvulos já danificados o que impede que uma fecundação aconteça." Aquela notícia não pode estar sendo verdade... "Mas doutor, eu estou saudável. Minha menstruação aparece todos os meses sem falta e eu não tenho queixa de uma dor no meu corpo nem nada. Deve ser um engano seu, isso não deve ser verdade." Apesar da minha relutância e da minha negação, o doutor teve paciência para me explicar tudo como era. "O metabolismo das pessoas é diferente, você pode estar tendo uma vida normal enquanto que seu sistema reprodutor está falho, uma coisa não define a outra." Não consigo parar os meus olhos em um só lugar, aquela notícia era como um baque pra mim que eu não merecia. "M-mas será que não tem um jeito de reverter essa situação..? Por favor, doutor. Tem que ter um jeito, você tem me ajudar a resolver esse problema." "Não é assim que a medicina funciona, sra. Suryavant, porque se fosse, pode acreditar que eu faria de tudo pra ajudá-la. Mas
Deva Dinesh me levou até uma pequena cidade que fucava no estremo sul do país que se situada no Estado de Goa, a cidade se chamava Vasco Da Gama pois um dia aquele lugar já pertenceu a colonização portuguesa como uma colónia quando o explorador a descobriu mediante as viagens pelo oceano índico, até tinha pessoas ali que falavam o português juntamente com a língua local do lugar que não se diferenciava muito do hindu. As pessoas viviam de pesca, artesanato e constante turismo por causa das belas praias que banhavam o lugar. A cidade até que era atrativa, a princípio até achei que Dinesh levaria eu e minha filha para uma das belas casas da cidade onde passariamos a viver sem muitas dificuldades financeiras, mas eu vi que aquilo não passava de uma imaginação minha, um desejo meu apenas porque o tuk-tuk que nos levava até lá estava deixando a bela cidade partindo para mais interior guiado pelo Dinesh que sempre dizia que a casa da família dele onde a gente estava indo, não ficava tão lo
DevaSe ele acha que eu vou morar nessa pocilga ele está muito enganado. Minha filha larga o mamilo que estava chupando indicando que já estava de barriguinha cheia, limpo com cuidado a boquinha dela pois escorreu um pouco de leite pelas bordas, a neném está com os olhos abertos e faz sons fracos, a cubro melhor com a mantinha dela sendo atenciosa em cada detalhe."Ela já terminou de mamar?" Dinesh pergunta olhando da minha filha até meu peito que está amostra ainda, me cubro rapidamente achando que ele está pensando safadezas ao me ver tão exposta. Por só ter ele pra me ajudar, Acabou tendo situações em que Dinesh teve que ver minha nudez de vez enquando, mas era porque eu estava a incapacitada pra fazer sozinha as coisas no momento em que estava muito doente lá no hospital, mas embora a gente já ter tido relações algumas vezes, não era como se ele fosse meu marido de verdade e nem meu namorado pra estar me vendo com tanta intimidade assim até quando eu não estou precisando de ajuda
DevaNo dia seguinte, Dinesh foi de novo com o tio dele pra pesca. Naquela manhã eu fui tomar o café da manhã com a família toda que era composta pelo tio do Dinesh, um homem baixo e ataracado que tinha a pele castigada pelo trabalho braçal no mar, era um homem na casa dos sessenta que tinha um grande sorriso gengival no rosto ameno e uma tatuagem permanente de bindi no meio da testa representante a sua devoção a religião hindu, a mulher dele, a tia do Dinesh, era uma mulher que tinha uma longa trança no cabelo que estava esbranquiçado por causa da idade avançada, ela se vestia simples com o seu sari cobrindo quase seu corpo rechonchudo inteiro, ela também tinha um ar simpático igual o marido e sua voz era bastante aguda, ela conta que quando era jovem era uma ótima cantora, hoje em dia ela até costuma soltar sua voz, mas apenas em celebrações ou quando está em cerimónias fúnebres.A Madusha, a garota que tinha me enfrentado no dia anterior e que dizia ser noiva do Dinesh, era uma fi
Deva"Por quê está fazendo isso, Deva? Dinesh está me perguntando, ele vem atrás de mim e fecha a porta do quarto assim que entra logo após eu ter entrado primeiro, Mohini está dormindo tranquila num canto seguro da cama, um canto próximo a parede já que a pequena cama estava encostado na parede do quarto."Isso o quê? O que você acha que eu estou fazendo, Dinesh?" Pergunto sendo sarcástica, estou brava com ele ainda."Por que falou assim com eles? Eles estão te tratando do tão bem, poxa...""Tirando a sua ex noiva, né?!""Não conte com ela, esqueça ela. Você tem que começar a tratar bem as pessoas dessa casa se queremos continuar nas graças deles, não preciso lembrar a você que esta casa não é nossa, mas sim deles. Eles quem são os anfitriões aqui e não nós, se eles quiserem podem nos expulsar dessa casa, e nós não queremos isso logo agora que Mohini está precisando se recuperar.""Mas eu não quero morar nessa casa. Eu não fui com a cara deles, vê se me entende de uma vez!" Disse exa
Deva"Tá tudo bem, senhora. Só diga a ela pra ficar longe de mim," respondo a tia do Dinesh."Pode deixar que eu digo..." Ela responde com sua voz aguda. "A sua bebé não parece estar bem." Ela se aproxima de mim pra dar uma olhada na Mohini, me retraio com minha filha em mãos um pouco desconfiada da mulher."Nada disso, ela está bem. Só não está com muito apetite," tento amenizar pra ver se a velha me deixava em paz."Desde quando que ela não mama direito?" Ela leva a mão até a testa da Mohini, mas bato na mão dela para afastar o toque imundo dela na minha preciosa."Não a toque!" Chio já ficando brava. Esses selvagens não tem o mínimo entendimento do que espaço pessoal significa. Ficam por aí tocando as coisas dos outros sem permissão. A mulher está acariciando o dorso da mão onde bati há poucos segundos atrás."Só estou preocupada...""Já disse que não precisa. Por favor vai embora!" Aponto a porta, e como resposta tive meu bebê tremendo grotescamente em meus braços, ela tinha os ol
Quando você deixa a vida viver você, você se torna apenas um receptáculo sem vida interior, sem chama, sem essência. Apenas vive a sua rotina massante todos os dias sem um futuro claro na sua frente, mas este não é meu caso, pelo menos não de todo. Ainda tem coisas que me fazem levantar da cama com um sorriso no rosto e viver cada hora do dia na espectativa de que estou fazendo um bom trabalho, embora que esse trabalho não me dê mérito algum. Ser uma boa mãe e ótima esposa não nos dá mérito algum, somos sempre largadas no canto e o foco é sempre a criança ou o homem, só se lembram de nós quando for pra julgar alguma imperfeição no que toca a família... Sim, esta é a minha vida.Antigamente eu era uma garota com sonhos, não quer dizer que sempre fui vazia por dentro, quando eu tinha 10 anos, sonhava em abrir minha própria loja de bijuterias, sempre fui fascinada pelos metais brilhantes e pedras preciosas que as mulheres da minha região usavam em seus pescoços, braços, dedos, panturrilh
A casa Suryavant até ficou vazia e estranha sem a presença da minha filha ali, e pra piorar, Shankar era como um estranho pra mim de tão distante que nós éramos embora estando a morar na mesma casa por mais de duas décadas. Mas a vida tinha que voltar ao seu percurso e eu agora com quase 40 anos (faltando dois anos para os 40), sou uma mulher caseira e conformada na monotonia da vida. Estou escutando Hari, que era minha amiga desde a infância, falar no meu ouvido através do Smartphone. Estou fazendo as rotineiras compras diárias.Acordei aquela manhã e já que era um dia de descanso, Shankar não tinha saído pra trabalhar. Naquele dia em especial a gente estava comemorando vinte e três anos de casados, a gente raramente comemorava o aniversário de casados, mas Hari está falando para eu fazer diferente esse ano."É só um aniversário, amiga. Não tem nada de especial" Retruco enquanto escolhia alguns tomates que vou levar da loja."Bah! Claro que é especial, Are! O que há com você?" Suspir