Anushka"Você sabia que Madurai só tem cerca de mil e trezentos habitantes?" Kabir está contando para mim, ele está todo empolgado. "É uma cidade bastante remota, lembra bastante a Índia antiga." Já se tinha passado dias desde que eu tinha contado pra ele sobre Madurai e a chance de que lá podia ter um Pundit insubornável (que não aceitava suborno nem de ninguém e muito menos do pai do Kabir) que realizasse a nossa cerimônia de casamento e desde então Kabir parecia uma criança feliz pesquisando tudo que podia sobre a cidade na internet. Ele está bastante ansioso em conhecer esse lugar e finalmente chegar no tal templo que Shankar me indicou para então conhecer esse homem que irá consentir em realizar a cerimônia do nosso casamento.Quando contei ao Shankar o que tanto ele queria que era saber onde Nayana estava, ele foi fiel ao que prometeu e falou o que tanto eu queria ouvir também. A solução pra resolver os meus problemas, assim como combinado. Falou finalmente como exatamente eu de
AnushkaSerá que estou fazendo errado..? Acredito que não, na vida era necessário sacrifício pra obter a felicidade, era lei da vida e eu estou apenas seguindo isso. Afinal, Kabir e eu merecemos isso mais que ninguém pelo tanto que a gente sofreu. O olhei enquanto ele ainda mantém um sorrisinho bobo nos lábios falando sobre nossa lua de mel. Na praia ao som do vento e do mar e ele do meu lado, aquilo era perfeito. Provavelmente a gente ficaria num hotel a beira-mar e sairíamos pra caminhar de mãos dadas na praia como um casal feliz, um lugar pacífico longe de tudo e todos, um lugar onde nosso amor pode fluir melhor e até se multiplicar para que a gente renovasse as nossas forças, pois assim que voltássemos pra Surat teríamos que enfrentar o monstro que era os Suryavant e o quão encapetados eles estariam quando ficassem a saber que Kabir e eu já tínhamos nos casado. Posso até imaginar eles surtando e há grandes chances deles botarem Kabir pra fora de casa, ele está ciente dessa hipótes
Deva"Esse chá de camomila está uma delícia." Chandalini, uma das minhas amigas, está elogiando o chá de ervas que está bebericando. Chandalini adora se sentir importante e refinada, ela sempre está elogiando as coisas."Verdade." Gulab, uma outra amiga, está concordando. "E esses biscoitos feitos com leite de côco estão maravilhosos." Fala e depois morde o dito cujo biscoito comendo com vontade, Gulab come demasiado, devo dizer, ela tem uma aparência fofa e está acima do peso, ela sempre foi boa de garfo, e agora não faz diferente enquanto devora os biscoitos que os empregados da minha casa serviram para mim e para as minhas amigas assim que elas se reuniram para vir me visitar naquela tarde."Mas meninas, parem de comer. Estamos aqui pra prestar nossos sentimentos a Deva." Hanima está falando enquanto tem as mãos acolhendo gentilmente a minha mão, ela é muito emotiva e tem coração grande demais para uma pessoa tão pequena como ela é."Sentimentos porquê? Alguém da família dela morre
DevaEstou feliz me arrumando para dormir, fico escovando o meu cabelo imaginando como que seria após eu obter minha vingança, acredito que irei alcançar minha paz de espírito, afinal não estou em paz enquanto sei que os Suryavant estão todos bem, esse sentimento de vingança está me corroendo por dentro, preciso me livrar disso antes que minha aura se torne cada vez mais negra ainda do que já está.Olhei para o pequeno santuário da Divina Kali ali na minha penteadeira, a deusa tem uma pele de cor azul-escuro e está seminua como se coisas banais como roupas não eram importantes pra ela, seus olhos estão arregalados, seus lábios são tão vermelhos o que confunde se é mesmo um simples batom que os tinge ou então se era o sangue que ela bebe das suas vítimas, sua língua longa está pra fora numa expressão como se zombasse de seus inimigos, pois ela tem todo o poder somente pra ela, em toda sua Magestade em seus três braços ela está levando armas brancas e violentas sempre preparada pra derr
DevaQuando ele me perguntou aquilo o chamei de louco. Como diabos eu poderia estar grávida? Com tudo que está sucedendo na minha vida eu lá tinha tempo pra estar grávida? Expulsei Dinesh do meu quarto naquela noite e pude finalmente dormir em paz, mas a questão que na manhã seguinte acordei de novo com o estômago revirado e ânsias de vómito me obrigando a ir vomitar de novo no banheiro, aquilo começou a me deixar preocupada de verdade. Tenho medo de ter pego uma doença, talvez dengue ou uma doença infecciosa, nunca se sabe. Se eu continuar assim devo ir logo num ponto médico para saber o que tenho, e tomara que não fosse grave. Que Kali poupasse a minha vida.Porém, naquela mesma noite Dinesh se esgueirou de novo pela janela do meu quarto e bateu de leve pedindo para que eu abrisse com gentileza que sempre teve ao se dirigir a mim, decidi não ir abrir, ele já está abusando achando que sempre vou abrir a janela pra ele, ele está se achando especial pra mim por acaso!? Pois ele não tem
"Ah sim. Você lembra da Panna?" Ele começa a falar finalmente."Sua namorada?" Provoco."Are, pare com isso. Já disse que só tenho olhos pra você.""Por isso que você é um ulu.""Bus, pare de me xingar, me deixe continuar." Dou uma risadinha, adoro massacrar esse idiota. "Enfim, Panna é minha irmã, não namorada.""Atchâ." Lembro sim que ele tem uma irmã, mas já que não presto atenção nem nele e nem na família dele não aparece em primeiro plano na minha mente."Pois, minha irmã mais velha. Ela já casou e está morando na casa do marido dela algures em Karnataka, as vezes eu vou ver ela e seus filhos, a família do marido dela é bem acolhedora." Ele está contando."Tá, mas por que diabos você está me contando sobre sua irmã?" Ele é tão idiota. Quem disse que quero saber sobre sua irmã? De onde ele tirou isso que eu tenho interesse em saber acerca da família dele?"Calma, é que bom. Você sabe como minha irmã se casou?" Deve ser uma pergunta retórica pois eu nem lembrava que ele tinha irmã
DevaDinesh não precisou me perguntar mais qual foi o resultado, ele só conseguiu ver pelo meu rosto. O rapaz me abraçou e eu não recusei dessa vez. Estou chorando copiosamente."Tá tudo bem, Devi. Estou aqui com você, sei que tudo vai dar certo." Ele tenta me confortar, mas eu sei que é mentira pois estou ciente de que apartir de agora a minha vida se tornará um verdadeiro inferno. Como meu pai vai reagir ao ficar sabendo que estou grávida? Ele ainda me protegeria? Cuidaria de mim? Ainda lutaria por mim? Eu duvido, ele já está dando seu melhor arrumando esse casamento tão importante pra mim, mas eu tinha arruinado tudo. A culpa é toda do Shankar, ele quem me possuía sem usar nenhum tipo de prevenção dizendo que daquele jeito era mais delicioso, ele me enganou com suas palavras pra conseguir o que queria, e agora eu terei meu futuro arruinado, terei minha vida arruinada somente pela culpa dele. Ele vai pagar por tudo, aquele filho de uma vadia, nojento. Limpo os meus olhos porque est
Deva "É um excelente plano... Mas você não acha melhor falar pro seu ex marido que você está esperando um filho dele?" Ainda deitados na cama, Dinesh tentava me convencer a fazer o que ele acha certo sobre o que fazer com a criança que estou esperando. Eu já tomei minha decisão de mentir dizendo que a criança pertencia ao Saagar após meu casamento, mas Dinesh está relutante quanto a isso. "Só que esse filho não é do Kabir, Dinesh. Esse filho é do irmão dele. Kabir nunca ia assumir essa criança, muito menos o irmão dele, aquele nojento." Confesso essas coisas porque apesar de tudo eu confio no Dinesh e sei que ele nunca revelaria meus segredos. Contar aos Suryavant que estou esperando um filho deles está fora de cogitação. Dou um longo suspiro. "Se eu ainda tivesse tempo, se o casamento não estivesse tão perto assim, eu abortava essa criança." "Que coisa horrível, Devi. Não diga uma coisa dessas, essa criança não tem culpa de nada." Ele rejeita a ideia na hora preocupado. "Só que te