DevaEstou balançando os meus pés na cama enquanto relaxava tendo roupas limpas depois de um banho digno tomado e de uma noite bem dormida. Quando na noite anterior minha mãe me levou até meu antigo quarto e mandou que organizassem pra mim, fui permitida tomar um banho relaxante e colocar roupas limpas, minha mãe mandou que preparassem uma sopa leve pra mim que tomei de bom grado aproveitando tudo, minha mãe continuava não falando diretamente comigo, era como se ela estivesse apenas fazendo o que o marido dela a tinha ordenado fazer e não era como se realmente ela tivesse gostado de me ver ali e que estava fazendo aquilo porque se importava comigo, mas eu ignorei isso e me fingi de despercebida, não é como se eu me importasse com o que ela pensasse de mim, tanto faz pra mim se ela não gosta de mim, eu também não gosto dela mesmo então estamos quites.No café da manhã daquele dia, meu pai ficou me contando de como tinha sido a conversa dele com os Suryavant que fez pelo telefone na noi
DevaNaquele mesmo dia, porém de tarde, ouço um leve bater da porta do meu quarto e minha mãe entrando logo depois. Não tinha saído do quarto desde o café da manhã quando eu gritei para os meus pais. Pretendia só sair desse quarto assim que tivesse meios de como me vingar dos meus inimigos. Passo a mão na minha própria testa ao me levantar, estou com uma leve dor de cabeça, não é de se admirar que eu esteja doente. Depois de tudo o que passei, quem estaria saudável no meu lugar?"Você tem visita." Minha mãe falou entrando no quarto assim que eu a olho, me sinto um tanto curiosa com aquilo. Quem deve ter vindo me ver? Será que é o bando de minhas antigas estando ali para me ver?"Pode deixar que entre, mamadi." Pedi e vou até minha penteadeira e fico penteando meu cabelo, estou vestindo minhas roupas antigas que consistiam em um kurta cor de rosa e leggings de um rosa mais escuro que do kurta, estas são minhas roupas antigas já que todos os meus saris tinham ficado na casa dos Suryavan
NayanaDessa vez decidimos levar Hari conosco.Já tinha se passado cerca de dois meses que Radesh e eu estávamos juntos nos divertindo em Singapura, cada dia era um lugar diferente onde ele me levava, cada dia era uma experiência diferente. O foco não era só a bela cidade de Singapura, mas sim passar um tempo agradável com alguém que te tratava bem e te fazia sorrir. Se no dia em que eu o conheci me tivessem perguntado se eu e ele ainda estaríamos juntos por cerca de dois meses eu teria rido e achado bobagem. Primeiro porque eu não achava que um cara tão bonito e jovem como ele preferia passar seu tempo comigo ao invés de estar fazendo outras coisas mais interessantes, mas muito pelo contrário, parecia que estar comigo era a coisa mais feliz da vida dele. É nítido como ele está radiante do meu lado e como tem se esforçado pra me agradar. E segundo, há dois meses atrás eu teria rido porque estar com aquele homem por tanto tempo assim não fazia parte dos meus planos, eu só queria meter
NayanaQuando lá chegamos, era escusado dizer o quanto nós três nos divertimos juntos, o lugar era mesmo fascinante e mágico. Era como se a gente não estivesse em Singapura, mas sim, numa cidade chinesa literalmente. Hari e Radesh tiveram que ficar usando o mandarim deles pra poder se comunicar no lugar porque pra manter a autenticidade as pessoas ali só falavam em suas línguas nativas, depois que saímos dos templos, fomos para as bancas que vendiam todo tipo de bugiganga da cultura chinesa e de seus deuses."Cuidado que os seus próprios deuses vão ficar com ciúmes, viu Nay." Hari me alertou em risos quando eu fiquei prestando mais atenção num colar de Buda, dei risada com aquilo. O Budismo o Hinduísmo eram duas religiões distintas."Shiva é benevolente." Falei entrando na mesma graça.Assim que saimos do mercado, Hari (já que ela tinha se oferecido pra guiar a excursão por ser a primeira vez minha e do Radesh ali) fala depois de um tempo quando a gente estava tirando umas fotos da pa
O homem que apareceu agora é uma das pessoas que está sozinha ali no bar, se aproximar de uma pessoa ou mais era uma maneira de conhecer elas e criar sei lá, uma amizade, talvez ele só queria se divertir e descontrair na nossa companhia, afinal a gente parecia estar muito alegres jogando aquele joguinho insano que me faz parecer uma santa na frente dos meus. Imagina uma mulher de quase quarenta anos que nunca tinha infringido nem uma regra siquer em toda vida. Já aqueles dois pareciam ter um espírito parecido, Radesh até já foi impedido de entrar num certo restaurante pelas coisas que ele infringiu lá, Hari então tem uma lista imensa de infrações que ela tinha cometido. Porém eu não tinha lá coisas que sujavam a minha ficha. Decido reparar no homem que acabou de se juntar a nós, ele tem um sorriso charmoso, devo reconhecer."Opa opa." Hari respondeu com um sorriso malicioso enquanto encarava o belo chinês. "Pode sentar sim, o lugar é todo seu." Minha amiga é muito maliciosa. Sorrio pr
Nayana"Pode não ser verdade..." Falei suspirando com a cabeça já nas núvens pensando naquilo tudo, sobre Radesh estar apaixonado por mim. No possível amor que aquele garoto tem por mim. Será que ele vai me querer pra ele? Será que ele vai lutar bravamente como um honorável guerreiro de Krishna, tudo pra me ter para ele? Será que ele se casaria comigo? Será que estaríamos morando juntos felizes e com filhos um dia..? Fico com aquelas imagens imaginárias na minha cabeça, Radesh sempre trazendo flores pra mim assim que chegasse em casa, as nossas noites calorosas como seriam... Tudo seria tão perfeito..."Are, pode ir tirando esse sorriso bobo do rosto, pois você sabe que esse garoto estar apaixonado por você significa merda." Minha amiga praticamente me puxou de volta para terra, me recomponho no sofá imediatamente depois da fala dela, estava mesmo com um sorrisinho no rosto... Droga. Limpo a garganta, sei do que ela está falando, ela está falando sobre a realidade, uma realidade onde
Nayana"Mas eu tenho certeza que o banheiro estava em perfeitas condições hoje mesmo, conferi isso antes de abrir o bar." Uma voz masculina falava de lado de fora do banheiro, tinha um ar confuso como se não conseguisse entender o porquê da porta do banheiro estar trancada."Deve ter sido algum problema. Talvez um dos clientes quebrou alguma coisa lá dentro e botou a placa por prevenção." Uma outra voz masculina supôs."Então a pessoa devia ter vindo avisar na recepção." A primeira voz respondeu parecendo indignada."Vai saber. Bom, vamos pegar a chave extra pra abrir e ver o que realmente aconteceu." A segunda voz respondeu mais controlada."Você tem razão, vamos." A primeira voz concordou e então as vozes e os passos deles foram ficando cada vez mais distantes. Radesh se separou de mim com pressa."Se vista, temos que sair daqui antes que eles voltem senão vai dar merda pra gente." Ele está colocando sua calça e blusa rapidamente, ajeito a minha roupa também puxando meu vestido curt
Nayana"Arebaguandi, Hari. Deixa de ser dramática. Estou indo pra aí, me espera." Respondi logo a seguir as suas palavras."Assim é melhor." Depois de dizer isso ela desliga o celular. É compreensível que Hari esteja com saudade de ter minha companhia, pois nas últimas semanas só estou me ocupando com Radesh a toda hora, praticamente não estou indo pra casa dela, chego a ficar mais tempo no hotel com Radesh do que com minha amiga. Ela é bem compreensível e deixa que eu faça o que me faz sentir feliz, pois Radesh está sendo minha dose de serotonina diária, porém minha amiga está sendo deixada de lado por mim, suspiro. Tenho que ir ficar com ela nem que seja por essa noite... Hari merece um pouco da minha atenção pois se não fosse por ela eu não estaria aqui e nem teria a chance de conhecer Radesh, então que ele entenda que eu preciso ir ficar com ela essa noite, cuidar dela pois sinto que Hari está precisando de cuidado, ela bebeu tanto e eu sei que ela tem um fraco por bebida que a fa