O homem que apareceu agora é uma das pessoas que está sozinha ali no bar, se aproximar de uma pessoa ou mais era uma maneira de conhecer elas e criar sei lá, uma amizade, talvez ele só queria se divertir e descontrair na nossa companhia, afinal a gente parecia estar muito alegres jogando aquele joguinho insano que me faz parecer uma santa na frente dos meus. Imagina uma mulher de quase quarenta anos que nunca tinha infringido nem uma regra siquer em toda vida. Já aqueles dois pareciam ter um espírito parecido, Radesh até já foi impedido de entrar num certo restaurante pelas coisas que ele infringiu lá, Hari então tem uma lista imensa de infrações que ela tinha cometido. Porém eu não tinha lá coisas que sujavam a minha ficha. Decido reparar no homem que acabou de se juntar a nós, ele tem um sorriso charmoso, devo reconhecer."Opa opa." Hari respondeu com um sorriso malicioso enquanto encarava o belo chinês. "Pode sentar sim, o lugar é todo seu." Minha amiga é muito maliciosa. Sorrio pr
Nayana"Pode não ser verdade..." Falei suspirando com a cabeça já nas núvens pensando naquilo tudo, sobre Radesh estar apaixonado por mim. No possível amor que aquele garoto tem por mim. Será que ele vai me querer pra ele? Será que ele vai lutar bravamente como um honorável guerreiro de Krishna, tudo pra me ter para ele? Será que ele se casaria comigo? Será que estaríamos morando juntos felizes e com filhos um dia..? Fico com aquelas imagens imaginárias na minha cabeça, Radesh sempre trazendo flores pra mim assim que chegasse em casa, as nossas noites calorosas como seriam... Tudo seria tão perfeito..."Are, pode ir tirando esse sorriso bobo do rosto, pois você sabe que esse garoto estar apaixonado por você significa merda." Minha amiga praticamente me puxou de volta para terra, me recomponho no sofá imediatamente depois da fala dela, estava mesmo com um sorrisinho no rosto... Droga. Limpo a garganta, sei do que ela está falando, ela está falando sobre a realidade, uma realidade onde
Nayana"Mas eu tenho certeza que o banheiro estava em perfeitas condições hoje mesmo, conferi isso antes de abrir o bar." Uma voz masculina falava de lado de fora do banheiro, tinha um ar confuso como se não conseguisse entender o porquê da porta do banheiro estar trancada."Deve ter sido algum problema. Talvez um dos clientes quebrou alguma coisa lá dentro e botou a placa por prevenção." Uma outra voz masculina supôs."Então a pessoa devia ter vindo avisar na recepção." A primeira voz respondeu parecendo indignada."Vai saber. Bom, vamos pegar a chave extra pra abrir e ver o que realmente aconteceu." A segunda voz respondeu mais controlada."Você tem razão, vamos." A primeira voz concordou e então as vozes e os passos deles foram ficando cada vez mais distantes. Radesh se separou de mim com pressa."Se vista, temos que sair daqui antes que eles voltem senão vai dar merda pra gente." Ele está colocando sua calça e blusa rapidamente, ajeito a minha roupa também puxando meu vestido curt
Nayana"Arebaguandi, Hari. Deixa de ser dramática. Estou indo pra aí, me espera." Respondi logo a seguir as suas palavras."Assim é melhor." Depois de dizer isso ela desliga o celular. É compreensível que Hari esteja com saudade de ter minha companhia, pois nas últimas semanas só estou me ocupando com Radesh a toda hora, praticamente não estou indo pra casa dela, chego a ficar mais tempo no hotel com Radesh do que com minha amiga. Ela é bem compreensível e deixa que eu faça o que me faz sentir feliz, pois Radesh está sendo minha dose de serotonina diária, porém minha amiga está sendo deixada de lado por mim, suspiro. Tenho que ir ficar com ela nem que seja por essa noite... Hari merece um pouco da minha atenção pois se não fosse por ela eu não estaria aqui e nem teria a chance de conhecer Radesh, então que ele entenda que eu preciso ir ficar com ela essa noite, cuidar dela pois sinto que Hari está precisando de cuidado, ela bebeu tanto e eu sei que ela tem um fraco por bebida que a fa
NayanaNão é possível que Hari esteja falando tanta besteira, ela não consegue perceber que Radesh e eu somos muito responsáveis sobre nossos sentimentos e sabemos dividir as coisas para que não nos prejudique no futuro? Por Shiva, a gente é adulto. Ela não deve tratar a gente como se não soubéssemos de como são as coisas, não é como se a gente precisasse que alguém nos falasse sobre essas coisas."Tire essa ideia da cabeça, Hari. Até quando vou ter que dizer a você que Radesh e eu só estamos nos divertindo? Eu sei que ele tá tendo um grande impacto na minha vida, eu reconheço isso, afinal o cara é praticamente um sonho de consumo de qualquer mulher, mas eu posso lhe garantir que estou com os meus pés bem firmes em terra e te garanto que não vou fazer nenhum tipo de loucura como se fosse uma adolescente apaixonada não, tá bom?" Peço pra ela parar com aquela insistência, pois ela não vai conseguir nada, aquelas ideias não constituem verdade e só moram na imaginação dela. Embora mesmo R
Nayana "Alguém apaga a luz do dia, por favor." Hari está reclamando enquanto está deitada de costas na toalha de piquenique quadricular de cor vermelha e branca que eu tinha levado do apartamento dela quando estava preparando a cesta de lanchinos pra levar para aquele encontro com Radesh, ela está vestindo um par de óculos escuros, mais ainda está com os braços levantados por cima do seu rosto numa tentativa fajuta de tentar diminuir a claridade do dia. "Essa sua ideia foi totalmente péssima, Nay. Que merda de claridade, viu. E olha que você disse que faz bem pra curar ressaca." Falou toda azeda, deve estar se sentindo mesmo mal, eu não sou culpada que ela bebeu por demais da conta ontem."Ainda bem que eu falei pra você ficar em casa ne, Hari. Assim a culpa não é mais minha por você não ter me dado ouvidos." Me Justifico, também estou sentada na mesma toalha que Hari, porém estou sentada entre as pernas do Radesh, minhas costas estão repousando confortavelmente no seu peitoral, ele
NayanaRadesh me levou mesmo para um lugar muito especial assim como ele prometeu, o lugar se chama Little India. Assim como tem o Chinatown que é um bairro de atração chinesa, ali também tem um bairro completo de atração indiana. Deve ser porque em Singapura há um multiculturismo diverso, ali moravam tanto chineses, indianos até os Singapurenses que são os nativos de lá, tirando também outros migrantes de outros países que não citei que foram surgindo ao passar do tempo talvez porque em busca de melhores condições de vida, pois Singapura é uma cidade-estado economicamente estável.Little India esbanja tanta cor e cultura indiana que enquanto eu observava o lugar me senti como se estivesse de volta em casa, só que é uma das festividades habituais da Índia. As pessoas ali estão preparadas para proporcionar a melhor experiência da Índia para as pessoas que ali visitam, elas estão trajadas de vestes tradicionais, pode-se encontrar animais comuns como elefantes e vacas andando pela rua, o
NayanaDias depois, Radesh cumpriu o que prometeu me levando de volta a ilha de Sentosa, que era uma das mais belas ilhas habitadas de Singapura. Havia uma praia lá chamada Palawan, onde as águas são cristalinas e a temperatura tropical é agradável. Radesh e eu nos hospedamos em um hotel ali perto a beira-mar, passamos o dia inteiro aproveitando o belo clima tropical enquanto curtimos aquele belo paraíso tropical.Havia bailes que a gente ia nas noites onde tem boa música, comida deliciosa e bebida leve, tudo isso na companhia do outro. Depois disso a gente ia ficar juntinhos no quarto do hotel fazendo amor ou ficando apenas de carinho, perdidos completamente em nossos próprios pensamentos em silêncio. A verdade era que cada dia que eu passava com ele eu ficava cada vez mais triste por saber que um dia terei que deixar ele ir, afinal esse garoto não vai ficar aqui comigo pra sempre, vai chegar um momento onde ele vai se cansar de mim e decidir voltar pra sua própria vida. Só que e eu?