— Boa noite, Eliza. Eu vim lhe trazer isto. — Mostrou a aliança de noivado dela — E queria saber de você. — diz, com a boca inchada e uma incrível mancha rocha ao redor.
— Obrigada por trazer a aliança, mas não era necessário. Bastava entregar a Carmem. Olha Léo... — ele passa por ela, entrando em seu quarto — Por favor, vá embora. Já me trouxe muitos problemas.
— O William lhe trouxe problemas, não eu.
— Eu amo o William, Léo. Eu sinto muito pelo que ele lhe fez e com certeza foi errado como ele agiu, mas sei que ele não é assim. Sei bem como ele trata as pessoas. Eu não entendo o motivo de vocês se odiarem, mas são mais parecidos do que admitem.
— O William é um idiota infantil. Ele acha que roubei a mina dele, uma namorada
Eliza voltou para a sala, agora ciente da presença de William. Estava nervosa e ansiosa para vê-lo. Mesmo diante de tudo, sentia saudades. Pensando na rival foi que ligou cedo para Nina pedindo ajuda. Queria que a amiga a maquiasse e a ajudasse com a superprodução. Ia fazer a loira morrer de inveja e fazer com que o seu agora ex-noivo e atual noivo de mentirinha percebesse o mulherão que perdeu. E Nina não fez por menos. Colocou Eliza em um vestido tomara-que-caia azul escuro, uma sandália de salto fino, altura média, — para que Eliza não perdesse o equilíbrio — e longos brincos, com os cabelos soltos. Liz pôs um casaco tipo sobretudo, também azul, por cima do vestido, de modo que ao retirá-lo pudesse revelar o esplendor na frente dele.Juju foi buscá-la e ficou sem ar ao vê-la. Sabia que William ficaria muito pior que ele
Por último, William mostrou a nova maquete do hospital, surpreendendo a todos. À Liz, principalmente. Toda a ideia dela e as obras de Leonardo estavam no projeto. As pessoas da reunião ficaram muito entusiasmados e encantados com as ideias apresentadas e elogiaram Eliza quando seu noivo contou que havia sido ideia sua. Por fora, ela não esboçou qualquer reação além de surpresa; por dentro estava feliz e admirada. O casal trocou olhares cúmplices, que duraram alguns milésimos de segundos, os fazendo se perderem.Carol se aproximou da prima.— Não viu nada? Não foi tocada pelas coisas que viu acontecer aqui? — Carol perguntou, questionando a prima.— Vi. É realmente incrível, interessante... — Desdenhou. No fundo ela havia ficado impressionada. Mas não queria desistir.&mdash
William seguiu apressado para sua sala e pegou o telefone em suas mãos. Discou um número e aguardou até que a outra linha fosse atendida.— Carolina! — sua amiga disse ao atender.— Carol, sou eu. Por favor, venha até minha sala. Preciso conversar com você. — Desligou o telefone.Não demorou muito tempo até que Carolina entrasse pela porta de sua sala. — Diga William, o que deseja?— Por que expulsou a Val de sua casa? Seja sincera...— Acha mesmo que é necessário que eu o responda? Ela está se metendo entre vocês, você e a Liz e eu já a aconselhei que ficasse de fora disso. Foi a minha condição para aceitar ela em minha casa. E ela descumpriu, vindo até sua sala e provavelmente se oferecendo a você, em um momento de fraqueza
— Não, não podemos. — Responde seca. — se não reparou, eu estou trabalhando. Sabe bem o quanto isso é importante, Valentina, não só para o William como para a cidade e para as famílias que dependem desse serviço. — Esboçou baixo.Valentina assentiu, pois de fato aquele era um momento crucial para o desenrolar da história, embora o que ela tinha para falar era importante para a vida dos dois, juntos. Não era fácil chegar ali para admitir seu fracasso amoroso, por isso, adiar aquela conversa não a incomodava.Carol olhou Valentina com fúria. Estava decepcionada com a prima de uma maneira inimaginável. Nunca pensou que ela pudesse ser tão ignorante, irracional e egoísta. Nunca esperou que ela fosse o tipo que jogava tão sujo. Deu um olhar quase fatal para ela, de modo a fazê-la entender que
Em uma das conversas, Ching disse: — Eu vim aqui ao Brasil somente para observamos vocês. Queria ver com meus próprios olhos que o casamento realmente sairá e garanto a vocês que assim que assinarem os papéis, minha empresa passa a ser sua William. Tenho certeza de que, juntos, farão um trabalho tão incrível quando o que eu e a Miusunu fizemos. Sinto como se minha riqueza estivesse indo de uma geração para outra. Não uma geração de sangue, mas uma de amor. Vocês são meus herdeiros, embora sinta que existem alguns pontos que precisam vencer, até se casarem. Achei que o tempo de namoro e casamento foi muito apressado, o que me fez pensar que estariam casando-se apenas para fecharmos o acordo, e se isso fosse verdade eu jamais venderia. Para mim o casamento é uma dádiva divina, precisa amar seu companheiro de vida e por isso eu vim me certificar que existe am
— Não acredito em nenhuma palavra sua... Agora sei por que fez toda aquela cena quando me viu fotografando as joias. Era por causa dela. E não minta para mim. Não tinha nada a ver comigo. O ciúme era por causa dela, por achar que seria comigo como foi com a Valentina. Admita William, sempre a amou... Foi sua única namorada até hoje. — Ela anuncia embravecida e William fica irritado.— Aquele imbecil está tentando envenenar sua cabeça. Eu tive medo de lhe perder... Tive medo que ele, por ser seu amigo há muito mais tempo que eu, pudesse te levar de mim. Nunca a amei, Eliza. Ela só foi a única namorada, porque você me deu um tapa quando nos conhecemos... E agora, pulamos essa etapa.— Agora? Não existe agora... Tudo o que temos é um papel assinado e um objetivo a alcançar, nada mais. Nunca me quis de verdade William.
O dia de passeio continuou. Na Vila das Rosas, como sempre, Liz levou todos eles para provarem os picolés e enquanto eles provavam e se lambuzavam, ela conversava com as amigas, contando a elas as últimas atualizações.— Viu aí, dona Liz. Lhe disse. Suspeitei desde o princípio que essa história estava mal contada. O que está esperando para se jogar nesses braços amiga? Vai esperar a noite chegar? — Lara pergunta.— Ah... Achei tão fofo... — Nina apoia a cabeça com as duas mãos. — O William é o sonho de toda mulher. Bruto, romântico, atencioso, gostoso e lindo! Além de te amar, de verdade. Se joga logo, Liz. Deixa de charme... E aproveita capricha na lingerie hoje à noite e surpreende ele. Põe um salto alto e provoque-o com algo bem sensual. Solte a imaginação e a pepeca, Li
— A bebida está deliciosa, não é? — pergunta a Nina, tentando refazer o diálogo.— Sim. Muito. Mas e aí, não me respondeu à pergunta que fiz? — ela indaga. Ao contrário de Liz, Nina era direta, atrevida e romântica.— Bom. Eu fiquei com uma garota aquela noite, sim. Fugimos para a praia, e transamos atrás de uma barraca. Só não sei se era você. Acho que muitos casais que estavam na praia, tiveram a mesma ideia. Eu estava um pouco bêbado, não consigo lembrar se era uma garota virgem, ou não. — Conta, mentindo. Tinha certeza agora de que a garota que lhe deu seu primeiro beijo era ela. E ele não sabia que era virgem ou não, porque ele nunca havia transado com ninguém. Nina foi a primeira mulher de Antônio.— Era eu, Antônio. Nossa, que bacana