— Não distorça as palavras, William. Sabe muito bem que me obrigou a casar com você. Eu nunca quis isso... Fiz pelo hospital. — Ela sente o peso das palavras que usou. — Olha me dá licença para me vestir? Acho que essa conversa terminou.
— Eu lamento muito que sua vida tenha que tomar esse rumo. Como eu disse antes, se quiser podemos cancelar o casamento assim que o Ching assinar os papéis. — William diz com um ar de frieza e uma lágrima escorre do canto do olho de Eliza.
— É o que você quer? Porque se for, então está tudo bem para mim... — diz ofendida.
— Está jogando para mim a responsabilidade dos seus atos. Você errou e não quer dar o braço a torcer.
— Não me sinto culpada de nada. Já disse e repito, sou amiga do Léo muito
Ela vestiu um tubinho preto e um Louboutin® também preto nos pés, com aquela clássica sola vermelha verniz, com o salto finíssimo, que Eliza não tinha muito treino. Apenas isso foi suficiente para deixar os olhos e a boca em destaque, além, obviamente, das joias. O cabelo tinha um coque folgado, moderno e lindo.Já eram quase 8h30min quando as fotos começaram a ser clicadas. A fotógrafa era realmente profissional e sabia capturar perfeitamente o ângulo de cada peça e os toques de expressões e posicionamento de Liz eram precisos e imprescindíveis. Não era necessário refazer nenhuma foto, o que agradava a Carmem e a Orlando, que estava em piruetas com o que jurava ser o maior sucesso para sua agência.Ele queria que Eliza viesse fazer parte de sua equipe. Carmem estava orgulhosa da sua nora, por assim dizer. E Leonardo, re
William lamenta de novo. — Isso será um pouco difícil, eu e a Liz tivemos uma discussão. — Revela, mas não conta sobre o término.— Ok. Deixa comigo. Peguei fotos do baile de quando vocês se conheceram.— Como? Você tinha fotos nossas, naquele baile?— Relíquias, meu caro, relíquias... Tenho fotos do dia do "noivado", antes de a luz apagar. Tenho fotos do jantar, no hotel. Tenho fotos na praia, da Eliza, que podemos fazer uma montagem lhe incluindo. Bom, agora terceira parte: entretenimento! O que faremos com eles?— Eu e a Eliza havíamos pensado em uma viagem. — Carol aplaude. — Só nós quatro! — A mulher faz boca de choro. — De iate. — Ela arregala os olhos. — Mas acho que agora com tudo isso, poderíamos incluir vocês. Mais pessoas. Se
Dentro do elevador, Eliza tenta segurar as lágrimas insistentes que queriam saltar aflitas de seus olhos. Ela viu a última coisa que desejava ver. O seu homem sendo de outra. Era tudo extremamente inaceitável. Foi à gota d'água.Quando a porta do elevador abriu, Liz saiu por ela esbaforida e acabou se chocando com Carol.— Liz? Estava mesmo precisando falar com você. Tá tudo bem? — diz ao perceber o rosto de Liz trêmulo. Segurar as lágrimas estava sendo um martírio.— Está tudo bem, sim. Eu não posso falar com você agora, me desculpe. Tenho que ir.— Era sobre a vinda dos Ching, Liz. Está muito em cima e precisamos resolver as coisas antes da chegada deles. — Insiste.— Podemos marcar uma reunião e falar sobre o assunto em outro momento, amanhã quem s
— Boa noite, Eliza. Eu vim lhe trazer isto. — Mostrou a aliança de noivado dela — E queria saber de você. — diz, com a boca inchada e uma incrível mancha rocha ao redor.— Obrigada por trazer a aliança, mas não era necessário. Bastava entregar a Carmem. Olha Léo... — ele passa por ela, entrando em seu quarto — Por favor, vá embora. Já me trouxe muitos problemas.— O William lhe trouxe problemas, não eu.— Eu amo o William, Léo. Eu sinto muito pelo que ele lhe fez e com certeza foi errado como ele agiu, mas sei que ele não é assim. Sei bem como ele trata as pessoas. Eu não entendo o motivo de vocês se odiarem, mas são mais parecidos do que admitem.— O William é um idiota infantil. Ele acha que roubei a mina dele, uma namorada
Eliza voltou para a sala, agora ciente da presença de William. Estava nervosa e ansiosa para vê-lo. Mesmo diante de tudo, sentia saudades. Pensando na rival foi que ligou cedo para Nina pedindo ajuda. Queria que a amiga a maquiasse e a ajudasse com a superprodução. Ia fazer a loira morrer de inveja e fazer com que o seu agora ex-noivo e atual noivo de mentirinha percebesse o mulherão que perdeu. E Nina não fez por menos. Colocou Eliza em um vestido tomara-que-caia azul escuro, uma sandália de salto fino, altura média, — para que Eliza não perdesse o equilíbrio — e longos brincos, com os cabelos soltos. Liz pôs um casaco tipo sobretudo, também azul, por cima do vestido, de modo que ao retirá-lo pudesse revelar o esplendor na frente dele.Juju foi buscá-la e ficou sem ar ao vê-la. Sabia que William ficaria muito pior que ele
Por último, William mostrou a nova maquete do hospital, surpreendendo a todos. À Liz, principalmente. Toda a ideia dela e as obras de Leonardo estavam no projeto. As pessoas da reunião ficaram muito entusiasmados e encantados com as ideias apresentadas e elogiaram Eliza quando seu noivo contou que havia sido ideia sua. Por fora, ela não esboçou qualquer reação além de surpresa; por dentro estava feliz e admirada. O casal trocou olhares cúmplices, que duraram alguns milésimos de segundos, os fazendo se perderem.Carol se aproximou da prima.— Não viu nada? Não foi tocada pelas coisas que viu acontecer aqui? — Carol perguntou, questionando a prima.— Vi. É realmente incrível, interessante... — Desdenhou. No fundo ela havia ficado impressionada. Mas não queria desistir.&mdash
William seguiu apressado para sua sala e pegou o telefone em suas mãos. Discou um número e aguardou até que a outra linha fosse atendida.— Carolina! — sua amiga disse ao atender.— Carol, sou eu. Por favor, venha até minha sala. Preciso conversar com você. — Desligou o telefone.Não demorou muito tempo até que Carolina entrasse pela porta de sua sala. — Diga William, o que deseja?— Por que expulsou a Val de sua casa? Seja sincera...— Acha mesmo que é necessário que eu o responda? Ela está se metendo entre vocês, você e a Liz e eu já a aconselhei que ficasse de fora disso. Foi a minha condição para aceitar ela em minha casa. E ela descumpriu, vindo até sua sala e provavelmente se oferecendo a você, em um momento de fraqueza
— Não, não podemos. — Responde seca. — se não reparou, eu estou trabalhando. Sabe bem o quanto isso é importante, Valentina, não só para o William como para a cidade e para as famílias que dependem desse serviço. — Esboçou baixo.Valentina assentiu, pois de fato aquele era um momento crucial para o desenrolar da história, embora o que ela tinha para falar era importante para a vida dos dois, juntos. Não era fácil chegar ali para admitir seu fracasso amoroso, por isso, adiar aquela conversa não a incomodava.Carol olhou Valentina com fúria. Estava decepcionada com a prima de uma maneira inimaginável. Nunca pensou que ela pudesse ser tão ignorante, irracional e egoísta. Nunca esperou que ela fosse o tipo que jogava tão sujo. Deu um olhar quase fatal para ela, de modo a fazê-la entender que