— Eu estou pensando seriamente nisso. Nós estamos em uma coisa de amizade que tem sido muito legal e eu tenho medo de estragar tudo. Até porque, quanto mais à gente se envolver, esse fim de contrato será ainda mais difícil. Contudo, temos algo a mais que atração física. Algo que me impulsiona para ele e que não consigo evitar.
— Então, talvez nem aconteça o fim. Já parou para pensar nisso? Que talvez ele não queira o fim? Que ele pode simplesmente rasgar esse contrato idiota? Pensa..., mas pensa de forma correta! — Nina opina e as duas beijam a amiga, saindo mais tarde para a casa delas, após mais alguns minutos de conversa.
Liz toma um banho e vai até a casa de Dudu para tomar café. Ouve infinitos conselhos da mãe-adotiva e quando termina de comer fica em seu quarto.
Ela manda uma mensagem para Will
— Não sei. — Liz responde se erguendo e William se concertou, subindo as calças. Ela procura o vestido e o coloca até pelo avesso, levantando-se em disparada na direção da casa da sua mãe postiça. William vai atrás, ignorando o fato de Dudu ainda não saber sobre sua estadia ali.Liz abre a porta e encontra a mãe caída ao chão, com os olhos fechados. Ela se desespera. William vem atrás e se abaixa diante da mulher. Ele verifica os sinais vitais e não encontra. Faz uma massagem cardíaca nela, enquanto Eliza só chora.William repete a massagem cardíaca várias vezes, até que a mulher tem seus batimentos de volta, mas permanece desmaiada.Ele então a pega no colo e pede a Eliza que o acompanhe. Ela vai. Eles passam pelo portão da mansão, adentram o veículo
Lara e Nina estavam curiosas para saber o que William fazia com Eliza na calada da noite, e o motivo de a amiga estar vestida com a roupa pelo lado avesso. Muito embora também estivessem preocupadas com Dudu, a saúde dela e a tristeza da amiga, além do fato de que alguém tenha tentado contra a vida de Liz.Nina estava revoltada com isso. Ela sabia que aquele quarto representava muito para a amiga. Um milhão de histórias, uma dúzia de lágrimas e um trilhão de sonhos, idealizados e vividos ali naquele pequeno quadrado.Quando a refeição termina, William percebe que Liz não comeu praticamente nada.— Liz, você precisa se alimentar. — Advertiu.— Eu não quero William. Não consigo parar de pensar em minha mãe. Eu quero que me leve ao hospital novamente. Quero ficar lá. Pelo menos um po
Enquanto pensa em seus problemas e sentimentos, ela percorre o imenso cômodo. Admira os quadros, os troféus, estátuas, obras de arte... Até que chega aos porta-retratos. A foto dos pais dele a emociona. William é a cópia fiel do pai, apenas puxou os cabelos da mãe. Os fios loiro-escuros e bastante lisos. Mas o tom dos olhos são iguais aos do pai.Liz nota em como, de certo modo, ela se assemelha a falecida sogra. O sorriso grande, os olhos azuis e os cabelos escuros, embora os da sogra sejam mais claros que os dela.Ela olha a foto do casamento deles, as lágrimas escorrendo por seus rostos. As fotos de William ainda bebê, sorridente. ela se emociona e se recorda de que talvez as lembranças de seus pais tenham se queimado no incêndio de seu quarto. Ela respira fundo outra vez, por se lembrar de que alguém tentou matá-la queimada.<
— Tomara viu. Tomara que seja tudo exatamente como você disse. Agora, quanto ao fato de nos aproximarmos, você tem toda razão. Iremos conviver na mesma casa e isso, essa simples ideia, acredito que já mexeu com o juízo dele. Nina, ele me pediu em noivado de verdade. — diz rindo e chorando.— Sério? — Nina abre a boca — então, agora, estão noivos mesmo? Liz me diga que aceitou?— Aceitei. — Nina dá saltos pelo quarto.— Até que enfim... — ela junta as mãos em sinal de oração. — Ah, Eliza! Aproveita e vive esse momento com tudo amiga. Se permita, se entregue, sonhe e flutue. Vem cá? Diga-me o porquê do seu vestido estar pelo avesso, hoje mais cedo?Liz põe a mão no rosto e fica vermelha e Nina começa a rir alto e bater pal
— Ele a salvou, Mau. Porque se dependesse de mim ela teria morrido, pois eu travei. Eu só chorava. — Maurício ouve Liz falar, mas atento ao olhar fixo de William sobre eles.O Firenze estava visivelmente desconfortável com a presença de Maurício ali, tudo por conta do fato de Liz ter dito a ele estar pensado em dar uma chance ao amigo. Ele se sentia ameaçado. Liz tinha uma vida ao lado de Maurício, toda uma história, um convívio, uma relação estreita de amizade. Coisa que ele não tinha.Ele conheceu Liz quando ela já tinha quinze anos e só daí começou a acompanhar a vida dela, mas não conviviam. Liz não sabia nada sobre ele. Definitivamente naquela relação, ele era o que amava mais.— Tenho certeza de que ela não morreria. Mas que bom que ele a socorreu, ao m
A moça serve os cafés na mesa e oferece a ela salgados e tortas, mas Liz recusa e William também. A menina retorna para seu lugar, enquanto eles ficam apreciando suas respectivas bebidas.— Nossa! Está maravilhoso meu café. — Ela diz.— Me deixa provar? — William pede, achando que ela vai lhe recriminar, mas não. Ela deixa e ele prova.Ela pega o dele também e ele sorri com isso. Will já teve outro relacionamento há cinco anos e a pessoa em questão odiava dividir ou trocar refeições. E ele adora isso. Era um hábito de sua mãe que ele apreciava e carregou em suas memórias.— Nossa! Está delicioso esse cappuccino. Gostei muito. Posso ficar com o seu? — Ela o pede, fazendo-o rir com mais garbo.— Claro. Eu também gostei mais
Na manhã seguinte, William se levantou- se cedo, animado para encontrar sua amada. Durante a madrugada e às 6h da manhã, foram enviados a ele os relatórios médicos de Dulce e tudo estava muito bem com a senhora. Ele encaminhou tudo para Liz e tinha certeza de que o rosto de sua amada estaria mais tranquilo e feliz.Ele tomou banho e vestiu uma camisa manga longa branca, conjunto de calça e ternos de um tom azul, gravata azul riscada. Usou seu perfume e deixou os cabelos levemente bagunçados. Ajeitou a barba e desceu ao encontro de sua amada, mas só encontrou na sala de jantar a dona Iolanda.— Bom dia Iola, onde está a Liz? Ela ainda não acordou? — Iola sorri feliz pela paixão ardente nos olhos do seu garoto, como ela chama.— Bom dia menino, sua noiva acordou tão cedo, e está lá nos jardins com um balde na
De olhos fechados e bocas conectadas, William se lembra dos momentos mais quentes que teve ao lado de Eliza. Como deixaram a temperatura alta no elevador e isso o faz lembrar-se de que ela poderia não ser tão casual quanto parecia.Ele recorda da noite do incidente da Dudu, de como fez Eliza gozar em sua boca e de como quase a penetrou. E aquelas simples lembranças, somadas ao beijo intenso e profundo em que eles estavam, faz William acender em chamas. Assim que Liz percebe que o ritmo do beijo acelerou e que a língua dele se tornou ainda mais atrevida, ela se afastou.— O que foi? — ele sussurrou.— Não estamos sozinhos, Will. — Ele dá uma lambida nos próprios lábios, naquele famoso gesto de nervosismo típico e concorda com ela.Era o tipo de coisa que não conteria