— Então Iza, eu me lembro de você me dizer que à meia noite olhava o céu, quando toda a cidade dormia. E aqui está, uma visão enorme de um céu estrelado. — Ela olha para ele admirada por ele ainda se lembrar de suas palavras e recorda de como ela desejou esse momento.
— Então era mesmo você. Como você sabe quem eu sou? — pergunta.
— Eu me lembrei de sua casa. — Ele mente.
— Faz quanto tempo isso? Digo, que descobriu minha identidade?
— Desde o dia do anel. Você saiu da minha casa daquele jeito, abalada e acabei fazendo a junção das informações, resultando na descoberta sobre você ser a garota do baile. — Diz. — Eu tenho uma pergunta para te fazer.
— O que é?
— Por que um tapa?
O carro de William para na porta de Eliza e ele desce rápido do carro, mas ela abre a porta antes que ele possa abri-la. — Espere Eliza, eu faço questão de lhe ajudar.Antes de ele terminar de falar Liz já vai se levantando sozinha, ele respira e entorta a boca, passando a língua em volta dos lábios com seu sesto de nervosismo. Ela se ergue e fecha à porta do carro. Ele encosta-se à grade. No fundo William não queria que ela fosse embora, mas está chateado demais com ela e essa história de chance para alguém que a ama, pois ele é alguém que a ama. E somente ele.— Por que é tão teimosa Eliza?— Eu não sou te... — antes de concluir a frase Liz entorta o pé e desaba, sendo amparada por William. Ele a segura em seus braços e a ajuda a se reerguer. Quando ela olha para c
Ele chega à casa dele, a enorme mansão em forma de um navio e se sente muito solitário. E aí suas lembranças de todos os quase beijos lhe chegam com mais força. Will sorri sozinho lembrando-se da cama caindo e do sorriso gigante que Liz lhe dera. Ele fica pensando em como ela irá dormir com a cama quebrada. Depois se lembra de quando ela o puxou para dentro de seu quarto e como ele pensou que seria para outra coisa que não o esconder dos paparazzi. Sorri mais uma vez. Estava sentindo mais falta dela que mágoa. Vai até o bar e pega uma bebida gelada, um Ice, retira a tampinha e gola todo o líquido alcoólico. Pega mais uma e sobe para a suíte. Abre as portas da imensa varanda, retira os acessórios, incluindo a gravata, apoia as garrafas na lateral da pequena banheira de hidromassagem que ele tem na varanda do quarto e entra, com roupa e tudo. Dentro d'água é que ele começa a retirar as peças da roupa e sorver sua bebida. *** <
— Nina, ele não é horrível! Quer esse dinheiro porque vai construir um hospital para pessoas com câncer, totalmente gratuito. Segundo ele, o lucro em um ano é o triplo do investimento. E será com esse dinheiro que ele conseguirá manter o funcionamento do hospital. Só foi por isso que aceitei essa história toda. E tem mais...— O quê? — Nina fica curiosa.— Ele revelou que se lembra de mim... E que nunca se esquecera de mim e que...Nina põe a mão em sua boca, pega várias revistas e jornais e entrega a ela — Não acredite em nada que ele disser... Olha aqui! Ficou noivo de você, te trouxe até sua casa, disse todas essas coisas bonitas e aí... Transou com outra na cara dura, e nem mesmo esperou esfriar. — Liz abre a boca e pega um dos exemplares aproximando a foto de seu rosto. Os olhos l
— Que ótimo! Vou colocar meu biquíni, me aguardem! — Ela entra na casa de Nina, que ajuda a amiga a vestir o biquíni pequeno que Luciano comprou para ela. Passa o protetor solar e recoloca o vestido branco por cima do biquíni. Eles seguem todos juntos para a praia.— Qual é mesmo a praia que nós vamos? — Carolina pergunta.— Praia do caranguejo! — Lara responde. Ela não sabe bem o porquê, mas tem se sentido incomodada com a presença de Carolina. A beleza daquela mulher tem chamado a atenção de Maurício e por algum motivo isso a incomoda, pois ele é pretendente de Liz. É dela que ele gosta e de repente aparece outra? No fundo, Lara não sabe o que sente: se é insegurança por estar tomando as dores de Eliza, ou se é por ela mesma.— A praia de nudismo
Quando Eliza retornou da praia, precisou ficar presa em casa por causa dos paparazzi. Dudu passou uma tremenda bronca em Eliza, sem saber por que ela havia aceitado ser noiva de um homem tão poderoso e que ela mal conhecia. Liz evitou dizer qualquer coisa. Apenas ouviu sem resmungar e no fim prometeu resolver essa situação e terminar tudo. Mesmo Dudu afirmando que ela não precisava terminar, Eliza garantiu. William retornou para a mansão se sentindo cansado pela bebedeira e a ressaca, agoniado com a repercussão e o problema que teria com as negociações com Ching. Além de triste por ter transformado a vida de Eliza em um inferno e por ela não sentir nada por ele além de raiva. À meia-noite ele liga a TV de monitoramento e tudo o que vê são pessoas com câmeras nas mãos, esperando qualquer sinal deles dois. Ele pegou o telefone e chamou sua equipe de segurança informando que retirasse todos os repórteres dali. Não demorou muito, a porta est
Helena abre a porta e adentra rebolando.— Quem lhe chamou aqui, Helena? — William a questiona, irritado. Liz sorri.— Desculpe, vim passar sua agenda. — Ela responde.— Helena, agora eu tenho uma assistente pessoal. De agora em diante sua função é de apenas recepcionar e direcionar Ok? Quando surgir pedido de agendamento você vai ligar para Eliza e saber se já não tenho algum compromisso para o horário. Até para falar comigo, precisará antes falar com ela. E eu não admito que discuta com a Eliza, além de ser nova aqui e estar em período de adequação, ela é a minha noiva. — Eliza fica surpresa e acaba até se sentindo um tanto feliz por ser a noiva dele.— William, tudo bem. Mas todos sabem que esse noivado é apenas um contrato. Pode esconder isso dos outros
William coloca os fones de ouvido em Eliza e depois em si. Prende-a em um cinto de segurança em seguida usa o seu.Um funcionário dele fecha a porta do helicóptero que agora treme girando as hélices com ainda maior rapidez, fazendo o objeto mover-se do lugar. O transporte aéreo se inclina e ganha altitude. Liz tenta espiar da janela e William apenas a observa sorrindo de satisfação, pela satisfação dela.— Eliza — ele encosta-se a assistente e aponta algo lá embaixo. Seu rosto está colado ao dela e ver a boca dele tão perto da sua faz Liz estremecer. — Ali está a sua casa, olha lá o portão da minha casa em forma de castelo.— Ah, minha nossa, é mesmo. Quando Nina souber que estou aqui, vai pirar. Ela já andou de avião, mas nunca de helicóptero. — Ela sorri. Com o rosto deles
— Elas são incríveis, não são? A pureza da criança é vista melhor nesses momentos. Se fosse um de nós teria desmoronado diante de tanta coisa, mas eles conseguem sorrir, conseguem ter fé de que tudo será melhor. Conseguem sonhar, inclusive crer em contos de fadas, mesmo sentindo a pouca sutileza da vida real. — William relata.— Verdade! Alegram-se com a felicidade dos outros. Não são egoístas e nem soberbas, ou orgulhosas. Elas sabem amar! — Eliza disse, deixando que a lição aprendida tocasse a ela mesma.William sorri. Ele queria tocar no assunto do beijo, mas não tinha coragem.Tinha medo de afugentar ela e de que, novamente, Liz voltasse a se fechar ou a ser rude com ele. Então preferiu se calar.Ela também queria dizer qualquer coisa, mas não fez.<