Antônio ligou para Nina pedindo que ela fosse dormir com ele, em seu apartamento. Desde que Nina tinha começado a trabalhar na Firenze eles ainda não tinham conseguido sair para namorar, ou sequer dormir juntos, pois a demanda de trabalho havia triplicado e sem William as coisas estavam uma loucura. Mesmo Paulo tendo pulso firme e sabendo administrar a empresa muita coisa dependia de Will para ser resolvida e por isso, o trabalho havia se acumulado. Além disso, com a incrementação da ChiangChing ao mercado brasileiro e ao grupo Firenze a ficha dos funcionários dessas empresas precisava ser analisada e anexada ao sistema, o que aumentou a demanda para ele e Paolla ficando Nina — que estava em fase de aprendizagem — de ajudá-los e com isso eles saíam muito tarde da empresa, além de cansados demais.
Hoje, no entanto, por não ter tido expediente ele queria dormir com sua namorada
— Antônio... — Ela começa a chorar — Acabou de passar na televisão que o avião do William caiu a caminho do Brasil. — diz entre soluços. Antônio se espanta, corre até seu celular e liga para o número de William.— Atende primo. Atende! — Diz, enquanto aguarda o celular tocar.Este telefone encontra-se indisponível, favor aguardar alguns minutos e ligar mais tarde. — Soa a mensagem automática.— Merda! — Antônio pragueja. — Não pode ser... Nina! — Ela chora, já pensando o pior. Seu telefone toca e ela corre para atender. Era Lorena. Suas mãos tremem.— Alô? — Nina diz.— Me diz que você tem alguma notícia dela? Me diz? — Lorena implora.Nina
— Diga Antônio! —Paulo diz e Lorena olha para ele imediatamente. Mesmo medicada, ainda estava aflita e de certa forma lúcida.— Tio Paulo... O avião no mar da Espanha é o avião do William. — Antônio prende a respiração ao falar. Proferir isso em voz alta era difícil.— Por Deus... E o que se sabe quanto aos tripulantes?— Parece que a aeronáutica já emitiu uma nota à imprensa. Em breve o canal 6 irá noticiar.A equipe de segurança de William estava mobilizada em descobrir notícias. Ligavam para Victor e tentavam a todo custo, rastrear a localização deles. Mas o último sinal havia sido na Espanha.Paulo coloca a televisão, no canal 6. Todos param para prestar atenção. Carol abraça Rômulo.
O plano...Victor William e Liz saíram do aeroporto em um táxi, com as cabeças cobertas por um capuz. Iriam para a estação de trem, que não era muito distante e seguiriam da Itália para a Espanha, pelos trilhos. No caminho, William providenciou ligar para um conhecido e alugou outro avião, que partiria da Espanha. Tudo deu certo.Victor conseguiu falar com o homem que fez a sabotagem. Era um velho amigo das forças especiais e o homem disse que era mestre em fazer essas coisas. Fazia os crimes de forma bem-feita, porém dava deixas para que não fosse consumado, de modo que recebia o valor acordado sem matar ninguém. Entregava depois o nome do cliente e a pessoa arcaria com as consequências pelas suas tentativas homicidas. Ele viu que Victor era o segurança de William e sabia exatamente o que fazer. Sabia que seria entendido, afinal
Uma semana se passou desde o incidente do avião. Como previsto, as coisas estavam acumuladas na empresa, trabalhos dobrados para todos e ainda tinham as questões do hospital. Nina já estava bastante integrada à equipe e Liz, mesmo sob as cobranças infinitas de William para que ela descansasse por conta da gravidez, estava compenetrada no trabalho para darem conta da integração da ChiangChing.As reuniões eram longas, sempre, e pareciam infinitas. Quanto mais pessoas William atendia e mais reuniões encerrava, tinham mais na fila. Por isso que a semana passou tão depressa. Hoje ele teria duas importantes coisas, a primeira era a reunião para tratar das obras do resort e a segunda era o exame para descobrir o sexo do bebê. William não cabia em si de alegria. Algumas pendências do hospital também deveriam ser sanadas e ele não estava conseguindo focar, apena
— B-boa tarde! — balbuciou ante o homem.— Boa tarde! Tenho um horário marcado com o senhor William Firenze e Antônio Schultz. — disse, lendo em um pequeno papel em sua mão. Franziu o cenho ao falar o sobrenome de Antônio. A cara boquiaberta de Nina, também lhe chamou a atenção. Achou que ela o estivesse admirando.— Claro. E-ele está lhe aguardando. — Ela completou. — Pode ir por esta porta. — O homem sorriu vaidoso com o nervosismo de Nina e caminhou em direção à sala de William.Quando ele abriu a porta, respirou fundo ao ver Eliza tão de perto. Já tinha visto as fotos nas revistas e não esperava que pessoalmente os olhos da garota fossem ainda mais fantásticos. Liz ficou levemente sem graça e apontou para William, que prontamente se levantou em direç&atil
— E então? Animados para saber qual o sexo? Se a gente não conseguir ver pelo ultrassom, vamos fazer a sexagem, certo? De um jeito ou de outro sairão sabendo o que tem aí. — A mulher avisou. O pai soprou um ar de alívio, não aguentaria esperar mais um mês, ou semana, nem mesmo um dia, para saber qual seria o sexo da criança. Liz sorriu.Liz se deitou na confortável cadeira e a mulher reclinou-a automaticamente, deixando Liz na posição ideal para analisar o feto. Puxou a blusa de Liz para cima, embolando abaixo dos seios e abriu o zíper da calça, deixando o baixo ventre livre para o transponder deslizar pela pele exposta, facilmente. Colocou o gel no equipamento e iniciou o exame.O ser que se mostrou ali ainda era muito pequeno, mas já era visível os braços, as pernas, a cabeça bem maior que o corpo, os pés
Em dado momento, os olhares se fixaram e Antônio torceu para ver sua família se formar. Sempre sonhou com isso. O sorriso ia de orelha a orelha e ele balbuciou no ouvido de Nina um sonoro: Eu te amo! Ela sorriu para ele. William olhou ao seu redor... A casa cheia, a alegria, o amor, a amizade, a família! A mesa farta, completa de pessoas e sentimentos bons era maravilhoso. Tocou a barriga de Liz, que degustava mais um pedaço da torta de amoras e olhou novamente para todas aquelas histórias em sua volta. Parecia que tudo girava ao redor deles, que a alegria deles e o reencontro foi a máquina que fez as outras coisas acontecerem em sequência.Era o começo de uma nova história em sua vida! O caminho da felicidade finalmente se iniciava. Levantou-se e pegou o vinho que Afonso trouxera pedindo um brinde. Todos levantaram e exceto Liz, todos tomaram do vinho saudando a vida e a saúde.
— Jesus do céu! Eu estou muito preocupada. Era o sonho do William ser pai, por isso ele deve estar amando transar com uma grávida, ou deve até estar pesquisando sobre isso na internet, eu não duvido. Já o vi escondendo revistas no escritório, é sério! Ele não me deixa ver... E o Antônio? Ele nem fala sobre isso. Liz, o Antônio não cogita nem mesmo um cachorro, imagina um filho.— Nina, deixa de ser dramática! Pai eterno... Ele vai se adequar... Ele vai amar... Tenha fé! Onde foi parar aquela menina sonhadora que via romance e fantasia em tudo? Depois que encontrou o príncipe a história acabou? — Liz briga com a amiga, que se joga para trás na cadeira de amamentação onde ela estava sentada. Liz estava na cama da babá. Nina olhou ao redor, observando o quarto bem decorado com papel-de-parede de ba