— Para quem nunca tinha viajado, nem mesmo para a cidade vizinha, estar dentro de um lugar desses é como uma espécie de alucinação. — Ela expressou e William sorriu, abraçando-a pelas costas, enquanto ela passeava os dedos pela mesinha penteadeira, toda dourada. — Esse lugar é lindo e essas imagens na parede nos faz parecer estar em uma catedral ou um museu de antiguidades, embora tenha coisas modernas aqui. O Peru foi maravilhoso, mas isso aqui é absolutamente clássico. Me faz querer assistir ópera e visitar uma basílica, escutando a missa papal ou algo parecido, em latim. — Sorriu.
— Podemos tentar ir à basílica em Roma. Mas aqui em Veneza também temos uma catedral, chamada de São Marcos. É um lugar lindo, te garanto.
— Quando eu poderei ir com você em um lugar que nunca esteve? Queria que estiv
Aquele homem não era como Marcos, nem como o antigo mecânico que fez o avião dos pais de William cair. Não. Ele era um profissional de primeira linha e agiria como tal. Pegou uma ferramenta parecida com uma furadeira e trocou a ponta por algo mais resistente, capaz de furar aquele tonel e que ainda fosse bastante fino, para não deixar rastros.Ele colocaria no lugar do furo, um tampão de borracha que só começaria a vazar o combustível quando ele esquentasse, já no céu. O homem foi rápido e em menos de dois minutos já havia furado e colocado o tampão de borracha. Abriu a caixa do motor e ficou analisando os cabos de conexão, de modo a fraudar a mensagem de baixa do combustível ao computador de bordo e ele fez assim tão rápido quanto um flash.Pegou seus utensílios básicos de reparos, guardou e o seguran&cc
Antônio ligou para Nina pedindo que ela fosse dormir com ele, em seu apartamento. Desde que Nina tinha começado a trabalhar na Firenze eles ainda não tinham conseguido sair para namorar, ou sequer dormir juntos, pois a demanda de trabalho havia triplicado e sem William as coisas estavam uma loucura. Mesmo Paulo tendo pulso firme e sabendo administrar a empresa muita coisa dependia de Will para ser resolvida e por isso, o trabalho havia se acumulado. Além disso, com a incrementação da ChiangChing ao mercado brasileiro e ao grupo Firenze a ficha dos funcionários dessas empresas precisava ser analisada e anexada ao sistema, o que aumentou a demanda para ele e Paolla ficando Nina — que estava em fase de aprendizagem — de ajudá-los e com isso eles saíam muito tarde da empresa, além de cansados demais.Hoje, no entanto, por não ter tido expediente ele queria dormir com sua namorada
— Antônio... — Ela começa a chorar — Acabou de passar na televisão que o avião do William caiu a caminho do Brasil. — diz entre soluços. Antônio se espanta, corre até seu celular e liga para o número de William.— Atende primo. Atende! — Diz, enquanto aguarda o celular tocar.Este telefone encontra-se indisponível, favor aguardar alguns minutos e ligar mais tarde. — Soa a mensagem automática.— Merda! — Antônio pragueja. — Não pode ser... Nina! — Ela chora, já pensando o pior. Seu telefone toca e ela corre para atender. Era Lorena. Suas mãos tremem.— Alô? — Nina diz.— Me diz que você tem alguma notícia dela? Me diz? — Lorena implora.Nina
— Diga Antônio! —Paulo diz e Lorena olha para ele imediatamente. Mesmo medicada, ainda estava aflita e de certa forma lúcida.— Tio Paulo... O avião no mar da Espanha é o avião do William. — Antônio prende a respiração ao falar. Proferir isso em voz alta era difícil.— Por Deus... E o que se sabe quanto aos tripulantes?— Parece que a aeronáutica já emitiu uma nota à imprensa. Em breve o canal 6 irá noticiar.A equipe de segurança de William estava mobilizada em descobrir notícias. Ligavam para Victor e tentavam a todo custo, rastrear a localização deles. Mas o último sinal havia sido na Espanha.Paulo coloca a televisão, no canal 6. Todos param para prestar atenção. Carol abraça Rômulo.
O plano...Victor William e Liz saíram do aeroporto em um táxi, com as cabeças cobertas por um capuz. Iriam para a estação de trem, que não era muito distante e seguiriam da Itália para a Espanha, pelos trilhos. No caminho, William providenciou ligar para um conhecido e alugou outro avião, que partiria da Espanha. Tudo deu certo.Victor conseguiu falar com o homem que fez a sabotagem. Era um velho amigo das forças especiais e o homem disse que era mestre em fazer essas coisas. Fazia os crimes de forma bem-feita, porém dava deixas para que não fosse consumado, de modo que recebia o valor acordado sem matar ninguém. Entregava depois o nome do cliente e a pessoa arcaria com as consequências pelas suas tentativas homicidas. Ele viu que Victor era o segurança de William e sabia exatamente o que fazer. Sabia que seria entendido, afinal
Uma semana se passou desde o incidente do avião. Como previsto, as coisas estavam acumuladas na empresa, trabalhos dobrados para todos e ainda tinham as questões do hospital. Nina já estava bastante integrada à equipe e Liz, mesmo sob as cobranças infinitas de William para que ela descansasse por conta da gravidez, estava compenetrada no trabalho para darem conta da integração da ChiangChing.As reuniões eram longas, sempre, e pareciam infinitas. Quanto mais pessoas William atendia e mais reuniões encerrava, tinham mais na fila. Por isso que a semana passou tão depressa. Hoje ele teria duas importantes coisas, a primeira era a reunião para tratar das obras do resort e a segunda era o exame para descobrir o sexo do bebê. William não cabia em si de alegria. Algumas pendências do hospital também deveriam ser sanadas e ele não estava conseguindo focar, apena
— B-boa tarde! — balbuciou ante o homem.— Boa tarde! Tenho um horário marcado com o senhor William Firenze e Antônio Schultz. — disse, lendo em um pequeno papel em sua mão. Franziu o cenho ao falar o sobrenome de Antônio. A cara boquiaberta de Nina, também lhe chamou a atenção. Achou que ela o estivesse admirando.— Claro. E-ele está lhe aguardando. — Ela completou. — Pode ir por esta porta. — O homem sorriu vaidoso com o nervosismo de Nina e caminhou em direção à sala de William.Quando ele abriu a porta, respirou fundo ao ver Eliza tão de perto. Já tinha visto as fotos nas revistas e não esperava que pessoalmente os olhos da garota fossem ainda mais fantásticos. Liz ficou levemente sem graça e apontou para William, que prontamente se levantou em direç&atil
— E então? Animados para saber qual o sexo? Se a gente não conseguir ver pelo ultrassom, vamos fazer a sexagem, certo? De um jeito ou de outro sairão sabendo o que tem aí. — A mulher avisou. O pai soprou um ar de alívio, não aguentaria esperar mais um mês, ou semana, nem mesmo um dia, para saber qual seria o sexo da criança. Liz sorriu.Liz se deitou na confortável cadeira e a mulher reclinou-a automaticamente, deixando Liz na posição ideal para analisar o feto. Puxou a blusa de Liz para cima, embolando abaixo dos seios e abriu o zíper da calça, deixando o baixo ventre livre para o transponder deslizar pela pele exposta, facilmente. Colocou o gel no equipamento e iniciou o exame.O ser que se mostrou ali ainda era muito pequeno, mas já era visível os braços, as pernas, a cabeça bem maior que o corpo, os pés