107. Cela

Emanuele sabia que todas as suas dúvidas não seriam sanadas.

Ela sabia que não iria conseguir as informações que tanto a instiga: quem eram as pessoas que adotaram sua irmã, como foi crescer com eles, quando foi que ela descobriu ter uma gêmea perdida no mundo.

Mas Sarah é inacreditavelmente receptiva. Ela não parece orgulhosa de ter feito aquilo, mas também não parece arrependida.

“Eu descobri o endereço da sua mãe há alguns meses atrás”, ela conta. Emanuele não deixa de reparar que Sarah diz ‘sua’, mas não ‘nossa' mãe. “E então me planejei. Pensei em cada detalhe… Ou quase.”

“Como descobriu o endereço?”

“Banco de dados.”

Emanuele ergue uma das sobrancelhas, perplexa. Sua gêmea responde:

“Banco de dados da polícia.”

Ou seja, Sarah tinha contatos específicos para ter acesso a uma informação sigilosa daquelas. Será que os pais adotivos da moça eram policiais?

“Você… Sabia que Margareth tinha outra filha?”

A garota olha para baixo.

“Sim. Descobri no dia em que li os dados dela.”

Ela
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