Meu Delegado
Meu Delegado
Por: Ester
CAPITULO 1

Fernando

Os meus olhos estão fixados no rotineiro espelho de teto do motel, através do seu reflexo vejo  o meu corpo completamente nu e ao meu lado há uma mulher que obviamente também está despida.

Confesso que não sei exatamente como vim parar nesse motel com  essa mulher, a última coisa que me lembro é de estar em um barzinho com alguns amigos e já esta um pouco "alto", depois disso não me lembro de absolutamente nada, mas pelo visto a minha noite foi boa, boa não, ótima!

Tirei os meus olhos daquela mulher e me virei com cuidado na cama pegando meu celular no criado. São exatamente nove horas nesse exato momento, então estou tranquilo... Meu plantão só começa após o almoço hoje, então posso ir pra casa, tomar um banho e comer algo.

Levantei-me da cama ao ver que já havia dado minha hora e saí catando minhas peças roupas que estava jogadas pelo chão do quarto e em seguida fui para o banheiro e ali mesmo me troquei.

Ao voltar para o quarto parei ao lado da cama e analisei a minha companheira da noite. Não faço ideia de quem ela é, mas ela é é uma jovem extremamente atraente, isso é algo que não dá pra negar... A sua pele é morena, o seu corpo é voluptuoso e cheio de curvas e os seus cabelos são lidos e negros como os de uma índia.

Decidi que é melhor pra nós dois que ela não me veja saindo,então caminhei devagar até a mesa do quarto e quando fui abrir minha carteira para pegar um dinheiro para o seu táxi uma voz feminina soou.

- Você já está de pé? Mas está tão cedo gato, volta pra cama.- pude ouvi-la falar com sua voz sonolenta.

Pelo visto meu plano desceu por água a baixo... Que maravilha!

Acho que terei que ser sincero e direto.

- Eu tenho que trabalhar, já perdi tempo demais aqui, mas fique tranquila. A conta já está paga e deixei o dinheiro do táxi no criado.- Respondi rápido enquanto pegava minha pasta e me preparava para ir.

Antes que eu conseguisse sair pela porta ela pulou da cama e veio praticamente correndo em minha direção... O que ela quer? Que saco!

- Você esqueceu de deixar seu telefone.-

Aquela mulher insistiu.

Confesso que não me lembro muito como foi nossa noite, mas só pelo seu jeito meloso sei que não quero vê-la nunca mais.

Deixo uma risada irônica escapar, passo as mãos pelos  cabelos em um gesto de nervosismo e balanço a cabeça negando.

- Acho melhor não... Já aconteceu tudo que tinha de acontecer.- Fui franco.

A mulher me fitou como se estivesse acabado de receber uma péssima notícia e isso me fez sentir vontade de rir da sua cara.

- Como assim? Espera aí! Eu não sou mulher de uma noite não. Me respeita!- Ela gritou transtornada.

O que essa mulher está querendo de mim? Tenho certeza que não prometi nada a ela, então acho bom que ela não me venha com cobranças infundadas.

- Minha querida, eu não sou um homem de romances. E nós já fizemos tudo que tínhamos que fazer, então não há mais motivos para nós encontrarmos.- a respondi.

Os olhos daquela mulher ficaram em chamas ao me ouvir falar e pude sentir que há qualquer momento ela iria pular sobre mim e me agredir.

- Seu cafajestes de merda! Eu quero que você se foda... Tomara que você fique broxa e que esse seu pau não suba nunca mais... Canalha!- ela me rogou uma praga.

Que mulher maluca!

Muitas mulheres já me jogaram pragas, mas nunca ouvi nada assim e confesso que isso me fez rir.

Não precisei ouvir mais nada, apenas peguei meus pertences e saí dali sem olhar para trás.

.

.

.

O caminho do motel até minha casa durou por cerca de quinze minutos... Atualmente eu moro em uma cobertura no centro da cidade. O meu prédio é bem tranquilo e eu

gosto disso, não tenho mais cabeça para a energia dos jovens, tudo que eu quero é trabalhar em paz.

A porta do elevador abriu- se dando visão a minha sala de estar e a primeira coisa que vi foi a Pamela jogada em meu sofá.

- O que você está fazendo aqui?- Foi tudo que disse.

- Eu te liguei um milhão de vezes. Por que não me atendeu?- Ela veio atrás de mim.

Hoje não estou com a minina paciência para Dr, estou de saco cheio.

Pâmela é... Bom, nós temos um relacionamento moderno. A gente transa, mas não temos um rótulo. Eu chamo de relacionamento aberto.

Eu não teria um relacionamento sério com a Pâmela, mas não quero deixar de foder com ela.

- Eu não lembro de ter te dado permissão para invadir minha casa.- Falei indo em direção ao meu quarto e pude ouvir seus passos atrás de mim.

- Aposto que você estava transando com uma e outra por aí.- Ela falou me tirando do sério.

O que ela tem com isso? Eu fico com quem eu quiser, eu não tenho compromisso nem com ela e nem com ninguém.

- Isso não te diz respeito, assim como sua vida não me diz. Agora não me enche, estou cansado.

- Cada dia que passa você fica mais frio... Eu só queria um pouco de atenção.- Ela falou chorosa.

Me virei em direção a ela e não consegui segurar o riso.

- Você quase me fez acreditar nisso. pena que eu sou tão pilantra quanto você.- A adverti.

O que Pâmela e eu sentimos pelo outro é recíproco, ela me dá o que eu quero e eu dou a ela o que ela quer.Ela não gosta de mim, ela gosta do que eu proporciono a ela e eu não gosto dela, gosto do que ela me dá. Assim vamos nos entendendo... Então as palavras dela não me comovem nem um pouquinho, porque sei que assim como eu, ela não vale nada.

Eu não quero compromisso com ninguém e deixo isso claro... Não quero me casar, ter filhos e nem viver nada dessa merda convencional, porque sei que essa merda não é verdadeira.

Dei um jeito de me livrar da Pâmela e me troquei para a fazer meus exercícios diários. Academia é uma das coisas que me acalma.

Fiz meus exercícios na academia do prédio e entrei no elevador para me aprontar para ir para a delegacia, tenho passado bastante tempo no trabalho ultimamente porque está havendo uma grande investigação sobre um caso de abusos sexuais e isso tem me deixando muito atarefado... Eu já lidei com muitos casos no decorrer da minha carreira como delegado, mas o que mais me deixou com nojo foi esse caso. Eu não sou o cara mais correto do mundo, mas quando uma mulher diz não é NÃO.

- Segura a porta pra mim.- Uma vós feminina invadiu meus pensamentos.

Segurei a porta do elevador e no segundo seguinte uma mulher, e que mulher, entrou no elevador.

- Obrigada. É Eduardo, né?- Ela perguntou.

Apenas acenei com a cabeça.

- Obrigada!- ela agradeceu.

Apenas a observei pelo espelho do elevador e pude ver seus olhos sobre mim.

Quando a porta do elevador se abriu ela me olhou de lado e sorriu maliciosamente... Ela está com segundas intenções.

- Eu moro no AP 302, me faça uma visita quando puder.- Ela falou de forma sexy e saiu rapidamente.

Eu com certeza me lembrarei disso, mas terei que deixar para outro dia. Até porque o dever me chama.

Me aprontei para dar início ao meu

trabalho rapidamente e saí em direção a

garagem já fardado e com minha arma presa em meu coldre... Hoje o dia será longo.

Antes de ir para a delegacia eu e meu superior temos uma pequena reunião para tratar sobre um caso sério que está nos deixando aflitos.

Há um caso de investigação de abusos dentro da própria corporação policial e eu mal posso esperar para colocar a mão no desgraçado que faz isso, será um prazer acabar com ele.

Dirigi até uma espécie de pub e estacionei alí adentrando para o mesmo... Todos os membros da corporação já se encontravam lá, então me juntei a eles.

-... Esse caso é muito estranho, todas as vítimas descrevem esse abusador de forma diferente. Elas só podem estar mentindo.- Falei enquanto analisava aquelas fotos.

Eu entendo o lado dessas garotas,

são apenas meninas que sofreram na

mão de um grande parente da polícia.

Elas devem se sentir amedrontadas e coagidas, mas elas não precisam de sentir assim.

- É, se continuar assim nos teremos que arquivar o caso.- Matias, meu superior falou enquanto suspirava cansado.

- Não, vamos dar mais um tempo a elas.

Ainda há esperança...- Falei em esperança.

Levantei a cabeça e me deparei com uma moça parada de frente para nós.

Uma moça muito bonita, de uma beleza simples e desconhecida por mim. Ela tem olhos grandes, pele escura e cabelos grandes e volumosos. Seu corpo é como o de uma deusa africana, eu nunca vi algo assim, nunca.

- Boa tarde! Vocês estão prontos para fazer o pedido?- Ela nós questionou com uma voz melodiosa, mas cansada e eu pude ver que ela não estava nada nem.

- O que você me sugere, meu bem?- Ele falou enquanto me ficava sorrindo e eu parei de sentir minhas pernas.

Assim que o Matias fechou a boca aquela mulher decaiu na minha frente e só deu tempo de apara-la em meus braços.

- Hey, você está bem?- Falei enquanto a segurava.

No minuto seguinte ela desmaiou e eu fiquei perdido em tê-la alí em meus braços, mas eu sinto que eu tenho que ajudá-la. Algo me diz que eu tenho que cuidar dessa mulher.

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