Diana RodriguesAquelas palavras tinham entrado na minha cabeça, mas não estávamos sendo processadas da forma que deveriam ser. As poucas letras que o doutor havia mencionado me deixaram paralisada, e é como se tudo ao meu redor estivesse em câmera lenta. Mia me abraçou eu senti o aperto dela, mas não consegui nem mesmo me mexer."Parabéns querida, um filho é uma benção" a minha nova amiga falava.Geovane também me parabenizou, e quando eu olhei para Lemi, pude perceber que ele também estava paralisado. E o engraçado era que os meus olhos pareciam pedir desculpas para ele. Um sorriso tímido para todos os lábios dele, e era como se os olhos dele estivesse triste. Uma notícia que pegaria a todos de surpresa. Eu nunca imaginei que fosse engravidar tão rápido assim, eu não planejei nada disso, na verdade, eu usava comprimidos, para regularizar o meu ciclo menstrual. E não tenho ideia de como isso aconteceu."Parabéns, Diana, meu irmão vai ficar muito feliz com a notícia.""Eu não quero qu
Diana Rodrigues Estou sentada dentro do avião particular da família Murabak, cercada por uma atmosfera de incerteza e medo. José, meu fiel amigo e confidente, está ao meu lado, veio me buscar, e Lemi, que compartilha comigo a angústia e a incerteza. O silêncio pesado paira sobre nós enquanto voamos de volta para Kudsi, o país onde Aslan é o Sheik e onde tudo agora parece estar desmoronando, pois está sendo tomado por rebeldes.As últimas horas têm sido um turbilhão de emoções. Nós deixamos a vinícola às pressas após recebermos a notícia alarmante de que algo terrível aconteceu a Aslan. Meu coração está apertado de angústia e preocupação, enquanto minha mente se enche de questionamentos. O que aconteceu? Como ele está? Será que ele vai ficar bem?José olha para mim com uma expressão séria em seu rosto. Ele esperou que nós entrássemos no avião para poder contar sobre o acidente. Seus olhos refletem a mesma inquietação que sinto em meu interior. Ele segura minha mão suavemente, transmit
Diana RodriguesA tensão no quarto do hospital era palpável quando Aly Murabak, o primo de Aslan, adentrou abruptamente o ambiente. Um sorriso malicioso abriu em seu rosto ao ouvir a notícia."Você está grávida?" ele olha para ela com espanto "Fico tão feliz com a gravidez, Berna. Essa é uma notícia maravilhosa!", ele declarou, sua voz carregada de falsidade.Berna, com um olhar desafiador, devolveu-lhe a resposta que o deixaria perplexo."Aly, não é somente eu que estou esperando um filho de Aslan. Acabamos de saber que Diana também está grávida."O choque estampado no rosto de Aly foi visível. Ele olhou para mim, incapaz de articular qualquer palavra por um momento. Era evidente que suas maquinações e planos haviam sido desestabilizados por essa revelação inesperada. Eu não sei o que aquele homem escondia, mas ele não estava ali de graça."Isso não pode ser verdade", ele finalmente conseguiu balbuciar, sua voz trêmula de surpresa e preocupação.Os olhos de Aly faiscaram de raiva e f
Berna Eu estava prestes a bater na porta do quarto de Diana, já haviam se passado tantos dias que Aslan estava no hospital e a cada dia que passava eu me sentia pior, por saber de tudo o que estava acontecendo. Meu pai, o grande Faruk, como ele se intitulava, iria invadir Kudsi, já havia homens dele em todos os lugares do país. Com o Sheik no hospital, Lemi tentava cuidar de tudo junto com seu pai, mas abalados com a situação de Aslan, não percebiam que estavam abrigando uma cobra dentro do palácio, e dessa vez a cobra não era eu. Eu quero, sim, me casar com Aslan e me livrar dessa merda de vida que tenho vivido. Não aguento mais tudo isso e só um homem como ele pode me tirar dessa sujeira toda. E o mais importante, tirar a minha mãe das garras do meu pai.Estou parada a alguns minutos tentando criar coragem para falar com ela, sei que isso pode trazer sérias consequências para mim e para minha mãe. "Berna querida, o que está fazendo aí, parada como uma barata suja esperando para s
Diana Rodrigues Ao adentrar o quarto do hospital, meu coração disparou ao encontrar Berna ali, junto a Aslan. Seus olhos estavam marejados de lágrimas, refletindo a tristeza que também tomava conta de mim. Eu sabia que Berna e eu compartilhávamos o amor por aquele homem, e agora, diante daquela situação difícil, parecia haver uma conexão silenciosa entre nós.Berna olhou para mim, seus olhos expressando uma mistura de sentimentos. Era como se ela soubesse a dor que eu sentia, e eu entendia a tristeza que permeava seus próprios pensamentos."Entre Diana", demorei um pouco para colocar meus pés ali.Nós, as duas mulheres que desejavam o mesmo homem, não brigamos ou nos confrontamos. Ao contrário, havia um entendimento mútuo entre nós."Diana, eu…" ela me olhou "Eu vou deixar você sozinha."Enquanto Berna se preparava para sair, senti que havia algo que ela queria dizer, algo que lutava para encontrar voz. Contudo, antes que as palavras saíssem de seus lábios, ela simplesmente disse que
Lemi MurabakComo eu poderia negar um pedido de Diana? Ela era minha cunhada estava grávida e fragilizada a situação que se encontrava não era das melhores, pois com a suposta gravidez de Berna, havia deixado ela ainda mais abatida. Eu tentava me fazer presente na vida dela, como um amigo, deixando o amor que sentia de lado, afinal ela era a esposa do meu irmão. Diana era impossível para mim e eu também sabia que Aslan era apaixonado por ela, não iria estragar um amor tão bonito como o deles, prefiro guardar as minhas emoções e deixar que o destino se encarregue da minha vida.Com Aslan no hospital, eu estou tendo que tomar o seu lugar, algo que eu nunca imaginei que fosse acontecer, meu irmão sempre foi um homem saudável e eu nunca quis estar no lugar dele. Pelo menos, não no quesito de herança. A situação do país está cada vez pior, parece que a cada vez que conseguimos conter um foco de rebeldes, outros três começam a se manifestar, e como se soubessem com antecipação o que vamos f
Lemi Murabak Estendi a minha mão e ela fitou por alguns segundos, pensei que ela fosse recuar e fugir de mim, mas ela não o fez. Ela juntou a sua mão na minha e eu sorri para ela que continuou com o mesmo rosto bonito e o olhar de ódio se tornou um olhar assustado e acuado. Eu não sabia nada dela, mas queria aquela mulher para mim naquela noite.Saímos do clube, eu dirigi e não falamos nada, sem perguntas, o silêncio que pairava entre nós dois. A única coisa que era ouvida era o barulho da cidade: os carros, a música vinda de algum lugar onde as pessoas se divertiam e o vento que soprava na pouca abertura da janela. Eu não sabia onde ir, fui para o hotel e lá parei o carro. As pessoas nos olharam e ela ficou constrangida, a garota do meu lado não tinha uma roupa elegante, vestia apenas uma capa que coloquei em seu corpo antes de sairmos do clube. Entramos no elevador e ela permaneceu ao meu lado, olhava para baixo e fechava os olhos, parecia não acreditar que estava ali comigo. Cheg
Lemi MurabakEu andava cautelosamente pelos corredores luxuosos da mansão, com a minha arma em punho e os sentidos aguçados. John seguia ao meu lado, seu olhar também atento a qualquer sinal de perigo. A adrenalina corria pelas minhas veias, sabendo que a vida de Renata dependia de nós.De repente, ouvi um barulho vindo de uma das salas. Sinalizei para John ficar alerta e nos aproximamos sorrateiramente, tentando não fazer nenhum som que pudesse alertar os homens que nos mantinham ali. Com os músculos tensos e o coração acelerado, adentrei a sala.No momento em que abri a porta, fui rapidamente atacado por um homem robusto e bem treinado. Com os reflexos afiados, consegui me esquivar de seu soco e contra-atacar com um chute certeiro em sua perna. O sujeito caiu ao chão, grogue, mas logo se recompôs e veio para cima novamente.Troquei golpes rápidos com ele, utilizando movimentos precisos e eficientes, buscando deixá-lo incapacitado sem matá-lo. Enquanto isso, John engajava em uma luta