Berna Eu estava prestes a bater na porta do quarto de Diana, já haviam se passado tantos dias que Aslan estava no hospital e a cada dia que passava eu me sentia pior, por saber de tudo o que estava acontecendo. Meu pai, o grande Faruk, como ele se intitulava, iria invadir Kudsi, já havia homens dele em todos os lugares do país. Com o Sheik no hospital, Lemi tentava cuidar de tudo junto com seu pai, mas abalados com a situação de Aslan, não percebiam que estavam abrigando uma cobra dentro do palácio, e dessa vez a cobra não era eu. Eu quero, sim, me casar com Aslan e me livrar dessa merda de vida que tenho vivido. Não aguento mais tudo isso e só um homem como ele pode me tirar dessa sujeira toda. E o mais importante, tirar a minha mãe das garras do meu pai.Estou parada a alguns minutos tentando criar coragem para falar com ela, sei que isso pode trazer sérias consequências para mim e para minha mãe. "Berna querida, o que está fazendo aí, parada como uma barata suja esperando para s
Diana Rodrigues Ao adentrar o quarto do hospital, meu coração disparou ao encontrar Berna ali, junto a Aslan. Seus olhos estavam marejados de lágrimas, refletindo a tristeza que também tomava conta de mim. Eu sabia que Berna e eu compartilhávamos o amor por aquele homem, e agora, diante daquela situação difícil, parecia haver uma conexão silenciosa entre nós.Berna olhou para mim, seus olhos expressando uma mistura de sentimentos. Era como se ela soubesse a dor que eu sentia, e eu entendia a tristeza que permeava seus próprios pensamentos."Entre Diana", demorei um pouco para colocar meus pés ali.Nós, as duas mulheres que desejavam o mesmo homem, não brigamos ou nos confrontamos. Ao contrário, havia um entendimento mútuo entre nós."Diana, eu…" ela me olhou "Eu vou deixar você sozinha."Enquanto Berna se preparava para sair, senti que havia algo que ela queria dizer, algo que lutava para encontrar voz. Contudo, antes que as palavras saíssem de seus lábios, ela simplesmente disse que
Lemi MurabakComo eu poderia negar um pedido de Diana? Ela era minha cunhada estava grávida e fragilizada a situação que se encontrava não era das melhores, pois com a suposta gravidez de Berna, havia deixado ela ainda mais abatida. Eu tentava me fazer presente na vida dela, como um amigo, deixando o amor que sentia de lado, afinal ela era a esposa do meu irmão. Diana era impossível para mim e eu também sabia que Aslan era apaixonado por ela, não iria estragar um amor tão bonito como o deles, prefiro guardar as minhas emoções e deixar que o destino se encarregue da minha vida.Com Aslan no hospital, eu estou tendo que tomar o seu lugar, algo que eu nunca imaginei que fosse acontecer, meu irmão sempre foi um homem saudável e eu nunca quis estar no lugar dele. Pelo menos, não no quesito de herança. A situação do país está cada vez pior, parece que a cada vez que conseguimos conter um foco de rebeldes, outros três começam a se manifestar, e como se soubessem com antecipação o que vamos f
Lemi Murabak Estendi a minha mão e ela fitou por alguns segundos, pensei que ela fosse recuar e fugir de mim, mas ela não o fez. Ela juntou a sua mão na minha e eu sorri para ela que continuou com o mesmo rosto bonito e o olhar de ódio se tornou um olhar assustado e acuado. Eu não sabia nada dela, mas queria aquela mulher para mim naquela noite.Saímos do clube, eu dirigi e não falamos nada, sem perguntas, o silêncio que pairava entre nós dois. A única coisa que era ouvida era o barulho da cidade: os carros, a música vinda de algum lugar onde as pessoas se divertiam e o vento que soprava na pouca abertura da janela. Eu não sabia onde ir, fui para o hotel e lá parei o carro. As pessoas nos olharam e ela ficou constrangida, a garota do meu lado não tinha uma roupa elegante, vestia apenas uma capa que coloquei em seu corpo antes de sairmos do clube. Entramos no elevador e ela permaneceu ao meu lado, olhava para baixo e fechava os olhos, parecia não acreditar que estava ali comigo. Cheg
Lemi MurabakEu andava cautelosamente pelos corredores luxuosos da mansão, com a minha arma em punho e os sentidos aguçados. John seguia ao meu lado, seu olhar também atento a qualquer sinal de perigo. A adrenalina corria pelas minhas veias, sabendo que a vida de Renata dependia de nós.De repente, ouvi um barulho vindo de uma das salas. Sinalizei para John ficar alerta e nos aproximamos sorrateiramente, tentando não fazer nenhum som que pudesse alertar os homens que nos mantinham ali. Com os músculos tensos e o coração acelerado, adentrei a sala.No momento em que abri a porta, fui rapidamente atacado por um homem robusto e bem treinado. Com os reflexos afiados, consegui me esquivar de seu soco e contra-atacar com um chute certeiro em sua perna. O sujeito caiu ao chão, grogue, mas logo se recompôs e veio para cima novamente.Troquei golpes rápidos com ele, utilizando movimentos precisos e eficientes, buscando deixá-lo incapacitado sem matá-lo. Enquanto isso, John engajava em uma luta
Diana RodriguesEu estava angustiada, esperando desesperadamente por notícias da minha amiga Renata. Eu pedi a Lemi que a buscasse no Brasil, mas até aquele momento, não havia recebido nenhuma mensagem sequer. Cada minuto que passava aumentava a minha ansiedade, e a incerteza sobre o destino de Renata consumia meus pensamentos.Naquela manhã, enquanto aguardava impacientemente por notícias, recebemos notícias do médico de Aslan. Ele informou que Aslan estava começando a despertar do coma, mas ainda estava desorientado. Era algo esperado, considerando o tempo que ele havia passado em estado inconsciente. Meu coração se encheu de gratidão por saber que Aslan estava se recuperando, mas também me preocupava como ele reagiria comigo. Se me mandaria embora ou se iria me prender aqui por causa do meu filho. Aslan parece um furacão em minha vida.A falta de notícias sobre Renata estava me deixando à beira da loucura. Eu só queria saber se ela estava a salvo, se o resgate havia sido bem-sucedi
Diana RodriguesEu não consegui conter as lágrimas, que caíram com tanta alegria, quando vi Aslan acordado, depois de tantos dias de incerteza e preocupação. O quarto do hospital se encheu de uma mistura de sentimentos, desde a alegria até a tristeza, pois a gravidez era visível em minha barriga que crescia a cada dia.Ao olhar nos olhos de Aslan, percebi imediatamente que algo havia mudado nele. Seus olhos revelavam uma mistura de felicidade e tristeza, sua expressão era de perplexidade e emoção. Ele se fixou em um ponto no meu corpo, na minha barriga..."Aslan, é bom te ver acordado", perguntei, com a voz trêmula. Ele sorriu com ternura e, lentamente, acenou com a cabeça. As palavras pareciam fugir de mim naquele momento, mas uma onda de emoção inundou meu coração. Eu não conseguia acreditar que ele estava lá, consciente e presente."Você... você está acordado há quanto tempo?", perguntei, tentando controlar minha voz embargada pelas lágrimas."Faz apenas algumas horas", ele respon
Aslan MurabakEu não podia acreditar no que Berna estava fazendo. Desde o início, ela mostrou-se uma figura ambígua e inconstante, incapaz de inspirar confiança genuína. Agora, em meio ao turbilhão de emoções que me assolava, eu tinha certeza absoluta de que a história de sua suposta gravidez não passava de uma mentira calculada.Enquanto deixava o hospital, o coração apertado, meus olhos contemplavam um cenário desolador. Kudsi, o meu país, encontrava-se em um estado deplorável. Os rebeldes haviam consumido as estruturas do poder, deixando os cidadãos desamparados e desesperançosos. Ao observar a decadência ao meu redor, um misto de angústia e determinação se apoderou de mim. Não poderia mais ficar passivo diante dessa destruição. Era chegada a hora de enfrentar os homens que estavam fazendo isso com o meu país e trazer justiça ao meu povo.Assim que adentrei o palácio, fui envolvido por uma atmosfera de alegria e celebração. Todos estavam felizes em me ver ali, e meu coração se enc