Lemi Murabak Estendi a minha mão e ela fitou por alguns segundos, pensei que ela fosse recuar e fugir de mim, mas ela não o fez. Ela juntou a sua mão na minha e eu sorri para ela que continuou com o mesmo rosto bonito e o olhar de ódio se tornou um olhar assustado e acuado. Eu não sabia nada dela, mas queria aquela mulher para mim naquela noite.Saímos do clube, eu dirigi e não falamos nada, sem perguntas, o silêncio que pairava entre nós dois. A única coisa que era ouvida era o barulho da cidade: os carros, a música vinda de algum lugar onde as pessoas se divertiam e o vento que soprava na pouca abertura da janela. Eu não sabia onde ir, fui para o hotel e lá parei o carro. As pessoas nos olharam e ela ficou constrangida, a garota do meu lado não tinha uma roupa elegante, vestia apenas uma capa que coloquei em seu corpo antes de sairmos do clube. Entramos no elevador e ela permaneceu ao meu lado, olhava para baixo e fechava os olhos, parecia não acreditar que estava ali comigo. Cheg
Lemi MurabakEu andava cautelosamente pelos corredores luxuosos da mansão, com a minha arma em punho e os sentidos aguçados. John seguia ao meu lado, seu olhar também atento a qualquer sinal de perigo. A adrenalina corria pelas minhas veias, sabendo que a vida de Renata dependia de nós.De repente, ouvi um barulho vindo de uma das salas. Sinalizei para John ficar alerta e nos aproximamos sorrateiramente, tentando não fazer nenhum som que pudesse alertar os homens que nos mantinham ali. Com os músculos tensos e o coração acelerado, adentrei a sala.No momento em que abri a porta, fui rapidamente atacado por um homem robusto e bem treinado. Com os reflexos afiados, consegui me esquivar de seu soco e contra-atacar com um chute certeiro em sua perna. O sujeito caiu ao chão, grogue, mas logo se recompôs e veio para cima novamente.Troquei golpes rápidos com ele, utilizando movimentos precisos e eficientes, buscando deixá-lo incapacitado sem matá-lo. Enquanto isso, John engajava em uma luta
Diana RodriguesEu estava angustiada, esperando desesperadamente por notícias da minha amiga Renata. Eu pedi a Lemi que a buscasse no Brasil, mas até aquele momento, não havia recebido nenhuma mensagem sequer. Cada minuto que passava aumentava a minha ansiedade, e a incerteza sobre o destino de Renata consumia meus pensamentos.Naquela manhã, enquanto aguardava impacientemente por notícias, recebemos notícias do médico de Aslan. Ele informou que Aslan estava começando a despertar do coma, mas ainda estava desorientado. Era algo esperado, considerando o tempo que ele havia passado em estado inconsciente. Meu coração se encheu de gratidão por saber que Aslan estava se recuperando, mas também me preocupava como ele reagiria comigo. Se me mandaria embora ou se iria me prender aqui por causa do meu filho. Aslan parece um furacão em minha vida.A falta de notícias sobre Renata estava me deixando à beira da loucura. Eu só queria saber se ela estava a salvo, se o resgate havia sido bem-sucedi
Diana RodriguesEu não consegui conter as lágrimas, que caíram com tanta alegria, quando vi Aslan acordado, depois de tantos dias de incerteza e preocupação. O quarto do hospital se encheu de uma mistura de sentimentos, desde a alegria até a tristeza, pois a gravidez era visível em minha barriga que crescia a cada dia.Ao olhar nos olhos de Aslan, percebi imediatamente que algo havia mudado nele. Seus olhos revelavam uma mistura de felicidade e tristeza, sua expressão era de perplexidade e emoção. Ele se fixou em um ponto no meu corpo, na minha barriga..."Aslan, é bom te ver acordado", perguntei, com a voz trêmula. Ele sorriu com ternura e, lentamente, acenou com a cabeça. As palavras pareciam fugir de mim naquele momento, mas uma onda de emoção inundou meu coração. Eu não conseguia acreditar que ele estava lá, consciente e presente."Você... você está acordado há quanto tempo?", perguntei, tentando controlar minha voz embargada pelas lágrimas."Faz apenas algumas horas", ele respon
Aslan MurabakEu não podia acreditar no que Berna estava fazendo. Desde o início, ela mostrou-se uma figura ambígua e inconstante, incapaz de inspirar confiança genuína. Agora, em meio ao turbilhão de emoções que me assolava, eu tinha certeza absoluta de que a história de sua suposta gravidez não passava de uma mentira calculada.Enquanto deixava o hospital, o coração apertado, meus olhos contemplavam um cenário desolador. Kudsi, o meu país, encontrava-se em um estado deplorável. Os rebeldes haviam consumido as estruturas do poder, deixando os cidadãos desamparados e desesperançosos. Ao observar a decadência ao meu redor, um misto de angústia e determinação se apoderou de mim. Não poderia mais ficar passivo diante dessa destruição. Era chegada a hora de enfrentar os homens que estavam fazendo isso com o meu país e trazer justiça ao meu povo.Assim que adentrei o palácio, fui envolvido por uma atmosfera de alegria e celebração. Todos estavam felizes em me ver ali, e meu coração se enc
Acordei ao lado de Diana e imediatamente senti uma onda de felicidade invadir meu ser. Era como se eu fosse o homem mais rico do mundo, possuindo o maior tesouro que alguém poderia desejar: o amor dessa mulher incrível. Enquanto meus olhos se abriam para o novo dia, percebi que o mundo lá fora tinha desaparecido. Nesse momento, só existíamos nós dois, e todos os problemas que antes me afligiam haviam se dissipado. Diana sorriu ao perceber que eu estava acordado. Seus olhos brilhavam com um misto de ternura e amor. "Bom dia, meu amor", ela disse suavemente, e seu tom de voz era música para os meus ouvidos. Eu a abracei com carinho, sentindo o calor do seu corpo junto ao meu. "Bom dia, minha princesa", respondi, sabendo que cada palavra que saía dos meus lábios era carregada de verdade e devoção.Enquanto nos perdíamos naquela atmosfera íntima e reconfortante, Diana começou a contar-me sobre seus sonhos e desejos. Ela expressou sua vontade de explorar o mundo juntos, sem medo do desco
slan MurabakTomei um banho rápido e deixei Diana ainda na cama. Desci para o escritório para encontrar meu irmão. O assunto parecia ser sério, como tem sido em todas as últimas semanas. No corredor, avistei meu primo Aly entrando no quarto onde Berna está instalada."O que Aly foi fazer no quarto de Berna?"Um sentimento de curiosidade despertou em mim, e, embora soubesse que não era correto, decidi me aproximar da porta e tentar ouvir sobre o que estavam conversando e por que Aly estava entrando no quarto.Infelizmente, as vozes estavam abafadas demais e eu não consegui distinguir claramente as palavras trocadas entre eles. Era estranho ver meu primo tão próximo de Berna, especialmente considerando que eles não tinham uma relação particularmente próxima antes. Aquela proximidade repentina me deixou intrigado e um pouco preocupado com as intenções de Aly.Percebendo que minha tentativa de ouvir a conversa não estava dando frutos, decidi me afastar da porta. Talvez seja melhor colocar
Diana RodriguesEu me sentei na beira da cama, observando o quarto vazio em que Aslan me deixou. O dia estava estranho, o clima parecia pesado, como se o próprio ar estivesse carregado de tensão. Aquela atmosfera estranha pairava sobre o palácio inteiro, envolvendo a todos nós em uma sensação de apreensão.José, meu amigo e irmão, estava ao meu lado, tentando acalmar meus pensamentos inquietos. Renata, nossa amiga havia chegado a pouco tempo, também estava ali, oferecendo seu apoio em meio a esse cenário desconcertante. Minha família, minha mãe e irmão também buscavam segurança. Mas, à medida que as horas passavam, a sensação de apavoramento em meu peito só aumentava.Os rebeldes, aqueles que se opunham ao governo de Aslan, estavam se aproximando do palácio. Suas intenções eram desconhecidas, mas os rumores que circulavam pela cidade não eram nada tranquilizadores. Eles planejavam invadir nossas terras, desafiando a autoridade e a paz que Aslan havia estabelecido.Enquanto a escuridão