"Eu sei que ele é rico, mas não quero ficar me aproveitando e pedi a ele que deixasse minha família em segurança.""Sua família provavelmente já deve ter uma nova casa, um carro blindado e seguranças na porta, disso você pode ter certeza.""De onde você tirou tudo isso, Said? Carro blindado?" - dou uma gargalhada."Todos os carros dele são blindados, menos o Trovão Azul." - ele dá um sorriso de lado e balança a cabeça como se lembrasse de alguma coisa."O que é Trovão Azul?""Nada. Esqueça. Vamos para o hospital e providencio uma roupa para você."Seguimos para o hospital. Eu precisava ficar um pouco mais com minha família. Estava tão preocupada com minha mãe, como ela ficaria aqui sozinha e doente. E o meu irmão daquele jeito, me deixava a cada minuto que passava mais preocupada. Chegando lá, eu tive uma grande surpresa. Minha mãe estava sentada ao lado da cama do meu irmão e aparentemente estava plena. Nem parecia a mulher que estava deitada na cama poucas horas atrás. Eu decidi não
Aslan Murabak Said levou Diana e eu agora preciso resolver a situação dela como tal, Juninho. Já fiz as minhas pesquisas sobre o cara e sei que ele é um homem perigoso e devo tomar muito cuidado com ele. Provavelmente, ele vai querer me fazer pagar mais e devo estar preparado para isso. Já tenho a mala com dinheiro e assim que meu segurança voltar, nós iremos encontrar o bandido que anda assombrando a família da Diana.Sento na poltrona do meu quarto e fico pensando como será a minha vida. Não imaginei que fosse me casar, muito menos dessa forma. Na verdade, eu sempre fui diferente dos meus irmãos. A princípio, Aisha não podia brincar com a gente, mas depois de um tempo, minha mãe deixou ela se juntar a nós, pois a pobre criança estava ficando tão triste por estar sozinha e ver que os garotos podiam brincar e se divertir, e ela não. Então, a garota ia entrar numa depressão profunda. Crescemos nós três juntos, uma irmandade, algo raro em nosso país. Mas eu sempre fui um pouco mais dist
Aslan Murabak "E vocês vão me impedir de levá-la?", provoco."Mano, se tem grana e nós temos prestígio, tá ligado? Nós botamos pra quebrar quando não sai do nosso jeito." Ele mexia a mão enquanto falava. "A garota tem família aqui, o irmão dela tá quebradão. Eu dei um jeito nele, muleque sem noção, Paulão. Pegou meu carro sem permissão e acabou com o meu bebê. Eu fiquei puto, aquele filho da puta. Eu queria socar um tiro na boca dele.""Um milhão pelo seu carro", falo para o Juninho e olho para o Paulo. "Trezentos para você, é pegar ou largar. A família de Diana já está sob minha proteção. Seria uma idiotice vocês quererem brigar comigo.""Acha que não temos uns caras que também sabem fazer coisas ruins?" Dessa vez, Juninho me provoca."Paulo, saiba que eu posso fazer coisas piores com vocês. Não se esqueça de que eu conheço muitas pessoas e que essas pessoas fariam qualquer coisa para me agradar. Consigo trazer pessoas para o meu lado que talvez vocês, que têm 'prestígio', não consig
Diana Rodrigues "Não estou conseguindo dormir de tanta ansiedade. Sei que Aslan saiu e eu não tenho nenhuma ideia para onde ele foi. Não é que eu esteja com ciúmes, pois não temos nada. Tenho que me acostumar com isso, afinal, nosso casamento não tem nenhuma validade e não passa de um contrato. Mas pela primeira vez, me sinto estranha. Pensar que ele saiu na nossa noite de núpcias... dou uma gargalhada. E digo a mim mesma: não crie expectativas, Diana. Pego meu telefone e disco o número."José, não estou conseguindo dormir.""Amiga, nem eu. Estou tão eufórico que você não tem noção. Eu sempre sonhei em me hospedar aqui e hoje estou realizando meu sonho" – nossas ansiedades são diferentes."Você está chorando?" – ele estava."Sempre foi um sonho. Eu sei que nunca iria realizar e hoje posso estar aqui como hóspede. Você não tem noção de como estou feliz por poder pedir comida no restaurante sem me preocupar com o valor, por não ter dinheiro para pagar. Isso é emocionante.""Eu não comi
Diana Rodrigues Vamos nós mesmos levar nossas malas, não podíamos ser reconhecidos. Usei óculos de sol, um chapéu e um lenço, já que estávamos na parte da manhã. Estava me sentindo uma atriz de filme. Já José colocou roupas diferentes das que ele estava acostumado, junto com boné e óculos. Um segurança nos aguardava e descemos pelo elevador juntos. Quem nos visse nunca diria que éramos os mesmos funcionários do hotel. Em um andar aleatório, o elevador abre suas portas e Sirlene entra e me olha. Eu abaixo a cabeça e José se esconde atrás do segurança. Ela abre um sorriso mostrando todos os dentes para ele. Depois olha no espelho e arruma seu batom, que fica no bolsinho do uniforme."Estão de saída?" - ela pergunta."Sim" - José faz uma voz diferente e ridícula."Gostaram da hospedagem? É muito importante para nós sabermos se os clientes estão sendo bem atendidos.""Claro, estava perfeito como sempre, e agradeça a equipe, pois a limpeza é excelente" - José responde - "Diga à sua gerente
Diana Rodrigues Depois de um tempo ali dentro daquele avião, o silêncio começou a ficar entediante. Cada um dos irmãos pegou seu computador e parecia estar trabalhando, preso em seu próprio mundo. E eu? Fiquei observando os dois, olhando no meu celular e desejando que meu amigo estivesse aqui ao meu lado. Se eu perguntasse onde está José, será que levaria uma bronca? Melhor não fazer perguntas."Lemi me mandou uma mensagem antes de embarcarmos", disse a irmã de Aslan."O que ele quer desta vez?", questionou Aslan."Deixe de ser grosso, meu irmão. Ele está sofrendo por amor. O pobre coitado.""Ele me disse que a moça o rejeitou", ela olhou para mim. "Lemi, nosso irmão, conheceu uma moça e estava perdidamente apaixonado por ela.""Eu sabia que isso não iria dar certo. Provavelmente a moça não quis o tal relacionamento sério que ele estava propondo para ela", comentei sarcasticamente."Lemi sempre gostou de conquistar as mulheres, mas depois as deixava. Não entendo por que agora ele quer
Aslan Murabak Eu beijei Diana antes de sair do quarto. Nem eu tinha entendido o que aconteceu entre nós dois, talvez eu esteja ficando maluco, prometi a mim mesmo que iria ficar a quilômetros de distância dela. E no fim estou aqui me enroscando com ela no banheiro do meu avião. Desde aquele dia no clube ela tem mexido comigo de forma que nem outra mulher mexeu, é como se eu precisasse dela, do calor do seu corpo e de tocar a sua pele e de tê-la só para mim.Vou até o outro banheiro que tenho no avião e me olho no espelho, meu cabelo está todo bagunçado a minha roupa fora do lugar e estou estou cheirando a sexo. Queria muito tomar um banho antes de ir encarar minha irmã, mas sei que neste momento ela deve estar surtando, acho que minha irmã nunca havia visto isso, um homem e uma mulher com tanta intimidade, coloco as mãos na bancada do banheiro e balanço a cabeça, isso não deveria ter vindo de mim, eu sou O guardião dela. E no fim a minha irmã acaba me vendo numa situação constrangedor
Aslan Murabak Berna foi o meu primeiro amor. E hoje sei o que é ódio por causa dela. O nosso primeiro beijo foi inesquecível. Quando ainda éramos adolescentes, ela me encontrou em um dos jardins do palácio, me chamou para um passeio. Ela era a garota mais linda e delicada que já tinha acontecido, fui correndo como um cachorrinho. Caminhamos por lá, até que começou a correr me incentivando a ir atrás dela, mas a garota tropeçou e caiu, machucou o pé e eu fui correndo atrás dela assim que a vi caída, a peguei no colo e a carreguei e ela segurou em meu pescoço e me beijou. Tínhamos doze anos, eu fiquei com muita vergonha, não sabia como agir ou o que fazer, se colocava a língua dentro da boca dela, mas ela me guiou perfeitamente, foi um beijo rápido, pois se alguém nos pegasse ali eu teria que me casar com ela, a honra em nosso país é algo muito sério. A levei para dentro do palácio no colo e ela disse que era um dos dias mais felizes da vida dela e que sonhava com isso. A deixei no sofá