Aslan Murabak Eu beijei Diana antes de sair do quarto. Nem eu tinha entendido o que aconteceu entre nós dois, talvez eu esteja ficando maluco, prometi a mim mesmo que iria ficar a quilômetros de distância dela. E no fim estou aqui me enroscando com ela no banheiro do meu avião. Desde aquele dia no clube ela tem mexido comigo de forma que nem outra mulher mexeu, é como se eu precisasse dela, do calor do seu corpo e de tocar a sua pele e de tê-la só para mim.Vou até o outro banheiro que tenho no avião e me olho no espelho, meu cabelo está todo bagunçado a minha roupa fora do lugar e estou estou cheirando a sexo. Queria muito tomar um banho antes de ir encarar minha irmã, mas sei que neste momento ela deve estar surtando, acho que minha irmã nunca havia visto isso, um homem e uma mulher com tanta intimidade, coloco as mãos na bancada do banheiro e balanço a cabeça, isso não deveria ter vindo de mim, eu sou O guardião dela. E no fim a minha irmã acaba me vendo numa situação constrangedor
Aslan Murabak Berna foi o meu primeiro amor. E hoje sei o que é ódio por causa dela. O nosso primeiro beijo foi inesquecível. Quando ainda éramos adolescentes, ela me encontrou em um dos jardins do palácio, me chamou para um passeio. Ela era a garota mais linda e delicada que já tinha acontecido, fui correndo como um cachorrinho. Caminhamos por lá, até que começou a correr me incentivando a ir atrás dela, mas a garota tropeçou e caiu, machucou o pé e eu fui correndo atrás dela assim que a vi caída, a peguei no colo e a carreguei e ela segurou em meu pescoço e me beijou. Tínhamos doze anos, eu fiquei com muita vergonha, não sabia como agir ou o que fazer, se colocava a língua dentro da boca dela, mas ela me guiou perfeitamente, foi um beijo rápido, pois se alguém nos pegasse ali eu teria que me casar com ela, a honra em nosso país é algo muito sério. A levei para dentro do palácio no colo e ela disse que era um dos dias mais felizes da vida dela e que sonhava com isso. A deixei no sofá
Aslan Murabak Nossas férias foram com nossas famílias, cada um em seu país. Nossa relação já não era mais a mesma. Eu tinha mais compromissos do que antes e não tinha muito tempo para ficar atrás dela. As ligações, que eram frequentes, começaram a ser ligações somente minhas. Se eu ligasse, ela me atendia, e se eu não ligasse, não nos falávamos. Eu entendi que ela estava com as amigas e queria aproveitar as férias. Eu estava ficando em segundo ou terceiro lugar na vida dela, e isso me entristecia. A minha princesa, que tinha todo o tempo do mundo para mim, agora sempre tinha algo para fazer ou alguém para visitar.Meus pais, a cada dia que passava, me arrumavam mais compromissos, e passei todas as minhas férias em reuniões, fechando acordos e fazendo viagens diplomáticas. A vida de um sheik não é tão simples como as pessoas pensam. Nós temos muitos compromissos e praticamente não temos vida. É assim que a família real funciona. Outro detalhe muito importante é nunca se envolver em con
Aslan Murabak Nós ficamos juntos por um tempo, e Berna continuou a me ignorar. Decidi deixá-la viver a sua vida e não me intrometer. Ver Berna me machucava, então resolvi não procurá-la mais. Raramente ia até a porta do quarto delas, apenas quando era extremamente necessário ou quando Tiffany me pedia. Certa vez, depois de estudarmos e termos uma noite quente, Tiffany esqueceu um livro no meu quarto e pediu para que eu o levasse até lá, pois eu acordei atrasado e iria para a aula mais tarde. Tiffany havia me dito que Berna também não estava em casa, e como deixavam a porta aberta - o que eu achava perigoso - abri a porta com muito cuidado para não chamar a atenção dos vizinhos. No entanto, ao entrar no apartamento, ouvi barulhos vindos do quarto de Berna." B-Berna, eu quero fazer sexo com você. Você sabe o quanto nós dois nos completamos", disse o homem, enquanto minha mão se fechava em punho.Senti uma onda de ódio tomando conta de mim. Desejei arrebentar a cara daquele idiota. Olhe
Diana Rodrigues Eu estava sem reação. Percebi como minha aparência havia se deteriorado. Olhei para o espelho e meu cabelo estava horrível. A elegante mulher em que me transformara havia desaparecido. Tentei me arrumar novamente, mas sem José, foi uma tentativa falha. Sou péssima em maquiagem e cabelo, então nem quero pensar no que os pais do meu marido vão pensar de mim. Ao menos aqui tenho que usar o véu, o que esconderá meus cabelos.Falando em véu, fico pensando se vou me adaptar a esses costumes daqui. Sei que as mulheres que praticam a religião devem usar roupas que não mostrem o corpo e cobrir os cabelos com lenços. Pesquisei um pouco sobre isso e descobri que em Kudsi, o país onde estou, as restrições não são tão rígidas como em outros lugares próximos, mas ainda assim precisarei me adaptar a várias coisas.Peguei meus sapatos e saí do banheiro, sentando-me na cama grande e confortável que havia no quarto. Fiquei olhando para meus pés por um bom tempo. Seriam apenas dois anos,
O avião estava pousando e meu coração batia descompassado. Algo que percebi é que empregados são empregados, e os patrões são patrões. Fiquei muito chateada por José estar junto com os empregados de Aslan. Eu tenho um contrato, e tenho que cumpri-lo, era o que repetia a todo momento.Eu fui uma das últimas a descer do avião. Na verdade, até achei que Aslan tinha me esquecido lá dentro. Respiro fundo e saio do avião. A primeira coisa que me chama atenção é a vista do lugar, mas quando olho lá para baixo, vários carros e homens estão esperando por Aslan. E me pergunto: para que esse monte de segurança? Será que aqui é tão perigoso?"Amiga, onde está seu lenço?" José está me esperando."Esqueci dentro do avião.""Eu vou buscar para você." Ele subiu rapidamente as escadas do avião."Onde está seu hijab, Diana?" Aslan me pergunta bravo."Eu esqueci.""Nunca se esqueça dele, sabe que não pode mostrar os cabelos", disse Aslan bravo."Me desculpe. Como vou viver aqui?" A pergunta martela em mi
Aslan Murabak Eu sabia que as coisas iam ser difíceis, mas eu não imaginava o quanto. Neste momento, a minha mulher que eu tanto amei e o pai dela estão na casa do meu pai, à minha espera. O meu telefone tocou assim que entrei no carro."Precisamos conversar, Aslan Murabak, você como um chefe de estado, só envergonha seu povo."Do que está falando meu pai?", eu já imaginava o que era. "Você saberá quando chegar ao palácio.""Eu não vou para o palácio, vou para minha casa, amanhã nós nos falamos.""Não", ele foi bem direto. "Eu quero você aqui e agora, temos que falar sobre algumas coisas. Eu já soube que você saiu do aeroporto. Estou lhe esperando", e então desligou o telefone.Eu e meu pai somos muito parecidos, quando queremos alguma coisa, somos diretos. Como um chefe de estado nós temos que ser assim e decidir o que vai se fazer com rapidez e inteligência. Liguei para um dos meus aliados no palácio, que me informou que Faruk e Berna estavam hospedados no palácio há alguns dias e
Diana Rodrigues Eu estava em um palácio quando, em minha vida, poderia imaginar estar vivendo isso. Tudo reluzia; o ouro tomava conta da decoração de cada parte dali. E eu ficava me perguntando o quanto Aslan e sua família eram ricos. Será que me adaptaria a ficar em meio àquelas pessoas? E quem eram elas?Eu fui para uma sala junto com as mulheres. Diferente da minha cultura, onde nos misturamos, aqui é costume ter essa separação. Os homens estavam em outra sala, discutindo o futuro de alguém, enquanto as mulheres estavam em um local diferente, tomando chá, olhando uma para a cara da outra e falando sobre o futuro dos filhos.Aisha havia me alertado para não aceitar o chá, apenas fingir que estou tomando, pois aqui eles têm o costume de colocar alguma coisa no chá daqueles que não gostam ou que acham que podem causar algum problema para eles. Não gostei dessa parte, mas o que eu posso fazer? Sou apenas uma atriz, interpretando o papel de esposa. Me sentei no sofá onde Aisha apontou,