Diana Rodrigues Como assim, me demitir?" - eu olho indignada para ele - "Você está louco?""Eu sou o dono da empresa, eu decido quem eu quero fora do meu quadro de funcionários e você não faz mais parte desse quadro."As falas dele deram a Sônia um sorriso no rosto tão grande que me leva a imaginar o quanto essa mulher me odeia, desde quando eu entrei para trabalhar aqui, ela sempre me deu os piores trabalhos. E ainda por cima junto com a Sirlene, ela sempre nos colocou para trabalhar juntas, mesmo sabendo que Sirlene não fazia praticamente nada. Sempre para me castigar, ela nos colocava na mesma escala e no fim eu tinha que fazer o trabalho praticamente sozinha. "Eu concordo com o senhor, essa funcionária sempre foi mal educada e deixava a desejar. Então ela deve sim ser demitida" - ela finge secar as lágrimas - "Eu vou pedir para o recursos humanos do hotel fazer os papéis da demissão e não sei se o senhor sabe, ela deve uma alta quantia pois ela queimou o terno de um dos clientes
Aslan Murabak Claro que alguém iria seguir cada passo de Diana, para segurança dela e para a minha. Quando ela assinar aquele contrato, será minha esposa e não poderá mais conversar com homens que não sejam da minha família. Se eu quiser trancá-la dentro de casa e não deixar que saia para lugar nenhum, ela não vai sair. É a minha cultura, e é dessa forma que ela viverá em meu país. Aisha, minha irmã, poderá ajudá-la. Minha mãe, que já deve estar planejando o casamento mais pomposo para mim e para Berna, ficará surpresa com a minha escolha.Na verdade, ela e meu pai ficaram extremamente bravos. Não sei qual será a reação dos dois. Provavelmente, ele vai querer me tirar da frente do país como uma autoridade, mas eu já me precavi contra isso. Claro que meus advogados já olharam em todos os cantos, procuraram em cada linha daqueles papéis, e não tem nada que me impeça de casar com a mulher que eu queira. A única coisa que me impediria de me casar com Diana seria se ela tivesse um filho. S
Aslan Murabak Meu segurança dá uma gargalhada, a minha vontade era de socar a cara dele. O trajeto demorou alguns minutos e quando estávamos chegando próximo do bairro onde Diana morava, um pneu do trovão azul estourou e foi um barulho enorme que nos fez quase pular do carro. Said para o carro no acostamento para ver como está a situação do pneu. Said aparece na janela e me fala."Seria difícil não estourar, ele está com os arames aparecendo, vou ter que trocar, só espero que tenha estepe" — saí do carro para poder ajudar."Vamos logo trocar esse pneu Said." "Você irá trocar o pneu? De um Fusca? Eu vou registrar esse momento para mostrar para os seus irmãos" - ele tirou o celular e tirou a foto mesmo."Vamos Said me ajude, eu preciso chegar logo e ver o que está acontecendo."Conseguimos trocar o pneu do carro, na verdade Said fez todo o trabalho, e vou deixar anotado em algum lugar que eu preciso aprender a trocar um pneu com rapidez. Ter pessoas fazendo tudo para mim, às vezes é r
Diana Rodrigues Enquanto eu escrevia minhas exigências, percebi que ele estava pensativo. Na verdade, não sabia o que se passava em sua mente, nem na minha. Não sabia o que fazer ou como agir.Incluí em minhas exigências o pagamento integral das minhas contas e um lugar seguro para minha mãe e meu irmão morarem, já que eu iria para outro país e tinha medo de que Juninho pudesse fazer algo contra meu irmão. Queria alguém para me ajudar e, é claro, levaria José comigo. Não iria para outro país sozinha com um homem que não conheço. Pedi o direito de ir e vir, sem ser impedida de sair do país ou mantida em cárcere privado. Tinha medo de algumas histórias que ouvi de mulheres que foram para países do Oriente Médio e foram obrigadas a se prostituir e tiveram seus passaportes confiscados. Sabia que lá não teria direitos, a menos que meu marido permitisse. Embora soubesse que não podemos generalizar, já ouvi relatos de mulheres que se casaram com homens da região e se deram mal. Algumas acab
Diana Rodrigues "Teremos um casamento com um juiz?" perguntei."Sim ou não terá validade. Você quer uma taça de champanhe?" - ele parecia querer comemorar."Eu não sei. Meu estômago está revirando.""Está passando mal?""Estou nervosa.""Entendo." Ele me observou. "Você quer trocar de roupa?""Não." Só então percebi que ainda estava usando a mesma roupa suja de ter me ajoelhado ao lado de Alex quando o encontrei."Bom, então vamos nos sentar e aguardar. Você vai gostar de Kudsi.""É um deserto? Digo, lá é cheio de areia como a gente vê na TV?""Não, Kudsi tem uma parte que é um deserto, mas tem um lugar que é cheio de formações rochosas, é lindo lá. Você pode ir passear por lá quando quiser." Eu pensei que ele fosse se oferecer para me levar, mas ele não disse nada."Eu irei."Ele se levantou e foi até um armário. O abriu e o observou por um tempo, mexeu os braços, imagino que fosse um cofre. Retirou uma pasta e duas caixinhas pretas que foram colocadas em cima da mesa. A pasta, ele
Said, leve a minha esposa para o hospital." - Olho para ele, que me olha de lado. Foi a única reação que ele teve."Boa tarde, senhora.""Boa tarde, Said", eu respondo."Diana, não é?" - Nós seguimos até o elevador."Sim, eu sou a Diana.""Vocês se casaram? Quando?" - Ele está surpreso."Antes do almoço de hoje. Nem eu mesma estou acreditando.""Você sabe onde está se metendo?""Não sei, Said. Só sei que deve ser melhor do que estou passando, se você quiser ver meu irmão lá no hospital e a situação em que o deixaram." - Eu estava falando demais. - "Faz tempo que você trabalha com Aslan?""Sim, há muito tempo para saber que você terá muitas guerras em Kudsi. E já que se casou com Aslan e vai para lá, tome cuidado com as pessoas e principalmente com a noiva dele.""Ela é tão perigosa assim?""Berna é de uma família perigosa e eles podem fazer algo com você.""Isso está me dando medo."Chegamos à recepção do hotel. Eu, Said e também a minha gerente, Sônia. Lá estava ela, com um sorriso no
"Eu sei que ele é rico, mas não quero ficar me aproveitando e pedi a ele que deixasse minha família em segurança.""Sua família provavelmente já deve ter uma nova casa, um carro blindado e seguranças na porta, disso você pode ter certeza.""De onde você tirou tudo isso, Said? Carro blindado?" - dou uma gargalhada."Todos os carros dele são blindados, menos o Trovão Azul." - ele dá um sorriso de lado e balança a cabeça como se lembrasse de alguma coisa."O que é Trovão Azul?""Nada. Esqueça. Vamos para o hospital e providencio uma roupa para você."Seguimos para o hospital. Eu precisava ficar um pouco mais com minha família. Estava tão preocupada com minha mãe, como ela ficaria aqui sozinha e doente. E o meu irmão daquele jeito, me deixava a cada minuto que passava mais preocupada. Chegando lá, eu tive uma grande surpresa. Minha mãe estava sentada ao lado da cama do meu irmão e aparentemente estava plena. Nem parecia a mulher que estava deitada na cama poucas horas atrás. Eu decidi não
Aslan Murabak Said levou Diana e eu agora preciso resolver a situação dela como tal, Juninho. Já fiz as minhas pesquisas sobre o cara e sei que ele é um homem perigoso e devo tomar muito cuidado com ele. Provavelmente, ele vai querer me fazer pagar mais e devo estar preparado para isso. Já tenho a mala com dinheiro e assim que meu segurança voltar, nós iremos encontrar o bandido que anda assombrando a família da Diana.Sento na poltrona do meu quarto e fico pensando como será a minha vida. Não imaginei que fosse me casar, muito menos dessa forma. Na verdade, eu sempre fui diferente dos meus irmãos. A princípio, Aisha não podia brincar com a gente, mas depois de um tempo, minha mãe deixou ela se juntar a nós, pois a pobre criança estava ficando tão triste por estar sozinha e ver que os garotos podiam brincar e se divertir, e ela não. Então, a garota ia entrar numa depressão profunda. Crescemos nós três juntos, uma irmandade, algo raro em nosso país. Mas eu sempre fui um pouco mais dist