Desvio destes pensamentos, quando meus ouvidos alcançam a voz aveludada do meu pai.
— Meu filho você não é um impostor, não diga isso nunca mais, o que aconteceu não foi culpa sua e você está sendo ótimo no cumprimento da promessa feita a seu irmão, ele teria muito orgulho de você.
— É maninho o pai tem razão, pare de pensar nisso — Herman se aproxima e logo a seguir Astrid quando damos por nós estamos todos entrelaçados num abraço caloroso e demorado.
— Pronto, deixem o Tobias subir para o seu quarto e descansar, ele está cansado da viagem. Meu filho vai tomar um bom banho descansa, são agora treze horas durma um pouco, o evento começará apenas as dezoito horas.
Mamãe recebi a Sophie que esperneia até aceitar ir para o seu colo, ou melhor foi obrigada, me senti mal por isso, mas estou realmente muito cansado e preciso de algumas horas de sono.
Desperto duas horas antes do evento, espreito pela vidraça e noto um jardim reluzente com luzes indicando a direção até a entrada, me espreguiço e, caminho até ao banheiro, enquanto faço a higiene bucal minha mente faz-me regressar novamente ao passado.
[...]
«— Simon por favor não te esqueças da reunião que temos mais logo no hotel Koi Mil Gaya — ele olha para a tela do celular com o olhar preocupado e não ouve nada do que lhe digo. — Simon, Simon...
— Sim — responde num susto.
— Está tudo bem? Desde cedo que me pareces distraído — puxo-o para mais perto. — Diz lá o que te preocupa, você brigou com Christie?
— Não, não é isso, ultimamente tenho me sentido vigiado, como se alguém seguisse meus passos e... —, sua expressão séria, me deixa preocupado.
— Porque você não me contou nada? — Interrompo-o
— Eu não queria te preocupar sem ter certeza de que não era paranoia minha, ou algum engraçadinho fazendo uma partida, mas ontem recebi uma chamada e a pessoa do outro lado não dizia nada e logo depois chegou uma mensagem enigmática e, hoje, mas uma ligação sem resposta do outro lado da linha, agora estou preocupado.
— Que mensagem é essa? Eu vou ligar para o Steve de modo a investigar isso melhor — falo já discando o número no telefone fixo.
— Eu já pensei nisso, mas ainda pode ser só alguém fazendo uma partida, então não precisamos preocupa-lo com isso, vamos fazer assim se este número ligar de novo não atendo — Simon tenta tranquilizar-me, mas não resulta.
— Depois falamos mais sobre isso agora precisamos ir nos aprontar o senhor Rachid nos espera para fecharmos este importantíssimo contrato, e aproveitar o fim de semana naquele paraíso.
Logo que atravessamos a porta somos recebidos pelas duas deslumbrantes ladies já arrumadas, aguardando por nós. Cada uma correu em nossa direção e dão-nos abraços e beijos, Siena faz uma cara de quem aprontou e, quando olho mais além avisto uma mala grande.
— São só dois dias, o que é isso tudo? — Ela sorri assim como Christie.
— Meu amor, estou levando o suficiente para estes dois dias, mas em vez de criticar, você deveria se apressar, olha a hora!
Optamos por cada um levar o seu carro, caso haja algum imprevisto, seguimos caminhos, a meio do destino ligo para o senhor Rachid confirmando a nossa chegada.
— Boa noite, senhor Rachid como vai? — Apertamos as mãos.
— Jovens, Bernstorf, que senhoras elegantes — com delicadeza segura a mão de cada uma e a beija, elas agradecem e dão-lhe um sorriso doce.
Senhor Rachid faz um sinal com a mão chamando um dos funcionários do Hotel.
— Quero que estejas à disposição destes jovens casais, para o que eles precisarem nestes dois dias que ficarão conosco — ordena.
— Com todo o prazer senhor, por favor me acompanhem vou leva-los até as suas suítes — informa o funcionário em vestes elegantes abrindo caminhos para nós e, o senhor Rachid assente.
— Muito obrigado senhor, descemos em seguida para a nossa reunião — seguimos o simpático jovem. Então como devemos trata-lo? — Inquiri Siena, enrolando uma mecha de cabelo no dedo.
A suíte é minimalista e moderna, com uma varanda em meio ao um lindo jardim as casas de banho com hidromassagem; tão logo entramos, poso minha pequena mala na enorme cama e observo Siena que sustenta um sorrisinho encantado.
— O que foi? — questiona, fazendo-se de desentendida com o meu olhar reprovador.
— O que foi aquilo? — Ela, franzi a testa, fingindo confusão. — Para de fingir que não sabe do que falo —, olho-a decepcionado. — Você flertou com o homem bem diante dos meus olhos — afirmo me afastando. Pego minha bagagem e percorro o meio caminho até ao closet—»
[...]
Ouço uns barulhinhos vindo da porta me forçando a sair do transe, me viro para olhar e me deparo com a imagem mais linda que meus olhos verdes oliva podem observar, a minha menina sentada no chão com o chocalho nas mãos sorrindo para mim, me lavo rapidamente e pouso a escova de dentes no lugar apropriado, envolvo meu quadril em uma tolha e vou até ela.— Minha borboleta, como você chegou até aqui? — Seguro-a no colo. — Você está linda com esse vestido e esses tênis, é novo? — Sophie ri alto, com as cosquinhas que faço nela.
Pouso-a na cama e me sento perto, e converso com ela, falo um pouco do seu pai como ele ficou feliz em saber que ela viria com saúde.
[...]
“— levantamos todos quando vimos o doutor chegando junto da minha mãe, já aqui estamos faz duas horas, e tudo que precisamos é de ouvir boas notícias.
— Não se preocupe, com certeza eles trazem boas novas, olhe a mãe está com aquela expressão que antecede a algo bom — dou-lhe duas batidinhas nas costas e caminhamos de modo a nos encontrarmos a meio do caminho.
— Mãe? Por favor não esconda nada, como elas estão?
Minha mãe se aproxima do meu pai, abraça-o sussurra algo em seu ouvido e pedi para que o médico responsável nos informar, e dá uma piscadela para nós.
— A senhorita Christine foi trazida para cá cedo e isso com certeza ajudou na detenção precoce da doença, na eficácia do tratamento, mas ainda assim ela vai precisar de vigilância constante...
— Doutor Heinrich, por favor pode ser mais claro e dizer exatamente como elas estão? Que doença essa? Porque a demora em nos dar notícias? Eu posso ver a minha esposa? — Simon começa a ficar aflito de novo.
— Calma meu filho deixe o médico terminar de falar — pedi, meu pai.
— Como estava dizendo, os exames feitos na paciente confirmam uma gravidez de dois meses e a presença do vírus da toxoplasmose... — assustados, ouvimos atento a explicação do médico sem interrompe-lo, Siena foi buscar café e já passa de 20 minutos, não posso me preocupar com ela agora. — Antes de administramos os antibióticos na paciente fizemos um procedimento para coletar uma amostra do liquido ao redor do feto...
— Doutor o que isso significa, para que serve a minha bebé está bem? — Indaga meu irmão ainda apreensivo, senta-se e cobre o rosto com as mãos.
— Meu filho, está tudo bem o pior já passou — Tranquiliza-o a nossa mãe. — Por favor Heinrich explique o porquê do procedimento.
— Esse líquido amniótico é para testar a presença de anticorpos material genético (DNA) do parasita. Isso significa que segundo o resultado felizmente a doença não foi passada para o feto, e posso dizer que o bebé está se desenvolvendo bem.
Respiramos de alívio e nos abraçamos sorrindo e chorando de felicidade, o médico de pé nos observa com o olhar ternurento e não se surpreende com o abraço que o Simon lhe dá.
— Podem entrar para ver a paciente — permite o dr. Heinrich ainda sorrindo.
Siena chega sem café nenhum, ofegante pega entrelaça seus dedos nos meus olhou-a de soslaio e logo seguimos para o quarto, meu irmão radiava alegria, os olhos dele brilham não só pelas lágrimas que se formam, mas por saber que seria pai e que o bebe e a esposa estavam bem —»
[...]
Minha menina sorri como se entendesse cada palavra que digo, tento acariciar suas bochechas e ela intercepta meu movimento, segurando minhas mãos, percebo que seu olhar não desvia do adesivo de borboleta, e tenta solta-lo.
— Ah, você finalmente reparou?
Sophie consegui arrancar o adesivo e deixa ao relento meu pequeno ferimento, logo faz uma carinha de choro, ao ouvir meu zunido de dor quando toca nele.
— Não, minha borboletinha está tudo bem, não chores, eu estou bem, olha — dou um largo sorriso, e a abraço.
— Entre, por favor —, permito ao ouvir batidas na porta.
— Senhor me desculpe —, Nana esconde o rosto assim que me nota de troco nu. — Eu estava procurando por ela aflita, tirei os olhos por um segundo eu precisava...,
— Nana está tudo bem — me levanto com ela ao colo. — Não precisa se justificar, ainda bem que ela não tentou descer os degraus — me aproximo dela e a entrego, ela fica ainda mais constrangida.
— Vá lá Nana você já me viu com menos trajes — sorrio sem mostrar os dentes.
— É diferente você era uma criança, agora já és um homem feito — revela se afastando, Sophie faz tchau para mim sorrindo, este sorriso lindo igual do Simon.
NIHARA KUDIMONA Acordo meia hora antes do piloto anunciar a aterragem, Tobias ainda dorme tão sereno, assim como uns poucos passageiros. A família Lancaster também já está acordada exceto a pequena Olivia que ainda dorme serena na sua poltrona. — Oi Olie, dormiste bem — cumprimento o menino, que está no colo da mãe de frente para mim. — Senhor e senhora Lancaster como estão? — Muito bem, e você? — Respondem-me com um largo sorriso no rosto. — Então pronta para aterrar na linda cidade de Berlim? — Indaga o esposo. — Estou que nem me aguento de tanta ansiedade, é o primeiro país que visito e espero ser bem recebida. — E serás querida, os berlinenses podem parecer frios e inalcançáveis, mas com poucos dias de convivência descobriras pessoas incríveis — é a senhora Adele quem se pronuncia e o sorriso carinhoso estampado em seu rosto. — Obrigada, com certeza os senhores são um sinal de que me darei bem aqui. Finalmente o piloto anuncia no altifalante a nossa chegada, e inicia
São agora quinze e trinta minutos, Léah está se preparando para o grande evento. Apesar que ir seria uma boa oportunidade para conhecer pessoas novas, mas estou muito cansada da viagem e ainda não consegui dormir nada. Quero aproveitar que ela estará fora para fazer isso. — O que acha vestido justo ou solto? — questiona erguendo os dois vestidos pendurado em cabides. — Hum, deixa cá ver é um evento de gala certo? — Sim é. — Então acho que o vestido justo combina mais. Mas vamos procurar um outro, um preto a cor da elegância, acredito que não serias a única com esta cor, então o vestido tem que te anunciar de cara — explico enquanto procuro o vestido ideal. — Espera aí eu tenho o vestido ideal, trouxe-o para vesti-lo numa ocasião com está... — Então você não deveria dá-me para... — lhe lanço um olhar desaprovador que a faz parar antes de terminar a frase. — Tudo bem, vesti-o logo — ordeno. Não demora muito para que ela surja em minha frente deslumbrante com o vestido tubin
TOBIAS BERNSTORFF Aprecio um bom vinho enquanto tomo um banho demorado de hidromassagem, já se torno um hábito que me faz muito bem, fazer isso após alguma viagem. Saio do banheiro e vejo de cima da cama um smoking que com certeza minha mãe deixou preparado. Me visto e de frente para o espelho me analiso, penteio o cabelo todo para trás, o relógio quartzo no pulso, pego o casaco do smoking e caminho até a porta, mas logo paro quando ouço o telefone tocar. Estava deixando-o esquecido por cima da cama. Antes de atender verifico quem está ligando, mas apenas aparece um número desconhecido. — Alo, fala o Tobias — atendo, saindo do quarto. — A.… alo, aqui é o Tobias. A pessoa do outro lado está hesitante, posso sentir sua dificuldade em falar comigo, só não percebo o porquê. — Desculpe, mas não consigo reconhecer a voz, pode me dizer seu nome? — peço, quando a pessoa finalmente respondi. Paro no meio dos degraus espantado quando ouço o nome da mulher do outro lado da linha.
Entramos no salão a tempo de ver meu pai se levantar assim que seu nome é anunciado para fazer o discurso inicial, ele se posiciona na tribuna e antes de começa faz um gesto com a cabeça cumprimentando alguém, e logo minha mãe se levanta e vai até ela. A senhorita Kudimona chega atrasada e seu atraso é muito bem justificado. Ela está estonteante, dentro de um vestido preto justo até ao quadril, com uma fenda na lateral esquerda, de mangas compridas decote em V, que elegância. — H, você está umedecendo toda a toalha com sua baba, que nojo — provoco. Meu melhor amigo, está com o olhar fixo nela, seus olhos brilham como de uma criança quando recebi o tal presentinho novo. — Ahahah, os maxilares até me doem de tanto rir — reclama. — Ela saiu de jeitosinha a elegantemente sexy. — É, agora estou bem curioso para conhecer a irmã dela — digo sem disfarçar o desejo. — Senhor Bernstorff me desculpe pelo atraso, é que eu tive que buscar minha irmã no aeroporto — justifica sem parar as
Desperto em uma nova casa em um novo quarto, rodeada de uma nova decoração, uma nova vibe, uma nova vida se inicia aqui. Me levanto ainda me espreguiçando e vou até a janela vidrada, abro os cortinados grosso de cor cinza, a manhã está da cor dos cortinados cinzento. Olho para o pequeno relógio de cabeceira, e o mesmo marca cinco horas e quinze minutos do dia dez de Agosto, bocejo caminhando para o banheiro, sorrio surpresa ao ver que Léah organizou meus pertences íntimos nos lugares adequado. " Que amorosa". Volto a verificar o horário e ainda tenho muito tempo, para preparar algo para comermos e levamos, não conversamos ainda por isso não sei como funciona, se a empresa oferece almoço, se temos que levar ou almoçamos em algum lugar algures. Portanto prefiro me prevenir; caminho pelo corredor iluminado por dois pendentes colonial externo branco, contrastando com a parede em tons de cinza, decorados com vários quadros de fotos e pintura e o toque final dando um ar moderno e antiqu
TOBIAS BERNSTORFF Harry se levanta da cama e ronda meu quarto como se fosse um investigador ou como se fosse a primeira vez que entrasse nele, apenas o observo, sigo seu olhar por cada lugar até que ele mira o caderninho que está sobre a mesinha, ele me encara intrigado e, quando se move para pegar nele, eu me adianto e puxo-o de suas mãos. — Não, isto é íntimo. — Tudo bem. Como foi a viagem? E como esse diário veio parar em suas mãos? Vem senta-te aqui e conta que eu estou esperando. — Mas agora? Já está muito tarde e amanhã temos uma reunião importante sem falar dos pendentes que estão me esperando. Ele olha para relógio de pulso. — São agora vinte e uma horas e trinta minutos é bem cedo ainda, e quanto mais hesitares em contar mais tarde fica. — Você quando quer, consegui ser bem irritante sabia?! Limpo a garganta exageradamente, tento procurar forma de contar sem dar muitos detalhes. Harry é bem perspicaz e eu não quero que ele venha me chatear com isso, coisa que eu
TOBIAS BERNSTORFF Harry pedi para deixá-lo na entrada da agência, só para ter o gostinho de passar pela recepção e ver as lindas e deliciosas recepcionista como ele diz. Esse meu sócio e amigo não perde uma oportunidade, até agora nenhuma das duas cedeu ao seu charme, devido a umas das regras da empresa, nada de namoro entre funcionários. Regra essa que eu mesmo ditei, meu irmão e o Harry não foram de acordo no princípio, mas eu sei impor o que eu quero muito bem. — Não sei porque você insiste nisso se conhece bem as regras, não é porque você é um dos donos que elas vão arriscar sair contigo, deixa de perder tempo idiota — digo assim que ele desce e se ajeita todo charmoso no seu terno. Estaciono na área reservada a presidência e antes de saímos do carro, Herrman fala novamente sobre a compra do carro que pediu. Estou tentando estender esse assunto até sentir que ele está pronto para isso, mas ele me chateia com isso a cada oportunidade. Apenas concordo com ele e digo que vou fala
NIHARA KUDIMONA Entramos no elevador, e nos deparamos novamente com o garoto e outros funcionários, que eu não pude deixar para conhecer na reunião já que trabalharei diretamente com eles, cumprimento-os pegando alguns de surpresa, e agradeço por ser bem recebida. Saímos os seis rindo do elevador, sinto-me bem por ter de lidar com boas pessoas e assim minha adaptação está sendo fácil. A sala de reunião é enorme, calculando assim rápido acho que cabe umas trinta pessoas aqui, é toda iluminada com luz natural, devido as enormes janelas de vidraça que dão para a bela vista do jardim da agência, as duas paredes laterais azul escuro decorada com lindas obras de artes. Fico rendida a beleza dos quadros, olhando totalmente alheia ao que acontece ao meu redor, ouço um limpar de garganta exagerado, penso que seja dirigido a mim, logo desperto do encantamento me viro e dou uma risadinha nervosa. — Desculpem, são muito lindas — comento nervosa. — Posso me sentar aqui? — pergunto sem me dir