Ouço a campainha tocar e, decido atender a porta desse jeito mesmo, camisa de noite vestida amamentando e o cabelo bagunçado. Natie avisou que vinha, então não me preocupo com a figura cansada–cheirando a leite-que vai atendê-la, pois ela entende bem o que estou passando.
A ruiva, também é mãe de um menino de quatro meses. E o pai é infelizmente o Harrison, quando ela me contou, primeiro fiquei surpresa e logo triste por ela. Não queria que eles tivessem esse vinculo os ligando para sempre. Ele não merece ser pai do filho da minha melhor amiga, não depois de tudo que aprontou. Mas como ela me disse, o filho foi gerado na única noite que tiveram juntos de novo e partir daí, a aproximação dos dois é só pelo menino.
Tobias Bernstorff Estaciono o Porsche branco de quatro porta na frente da empresa e, atiro as chaves ao manobrista Sinan. Sigo para a recepção, onde recebo recados e um envelope das mãos de Meghan. Estou sem uma assistente até ao momento, Nihara demitiu a Caine, após descobrir que ela passava informações minhas a Sienna. Foi assim que ela controlava cada passos meus. Agora ela mesma, disse que vai tratar de encontrar a pessoa que trabalhará diretamente comigo “vou encontrar uma senhorinha de 60 anos para cuidar da sua agenda que tal?” Ela brincou. — Meghan, por favor antecipe a reunião das 13 horas para daqui a pouco, hoje preciso sair mais cedo, ok? — Está bem, senhor agora mesmo e, senhor desculpe, como está a senhora Nihara e os bebês. — Ah, sim, eles estão muito bem — respondo sorrindo orgulhoso. — Querem ver fotos deles? — Sim, claro senhor. — As duas respondem entusiasmadas, saindo de trás do balcão e aproximam-se, enquanto desbloqueio o telefone e cl
Nihara VittiO salão parece maior, com uma decoração simples, o azul e amarelo mesclados em cada detalhe. Mesas enormes, estão bem decoradas com orquídeas brancas, azuis e amarelas. Os convidados parecem ter saído do tapete vermelho de algum evento de gala. Está tudo, como eu… ah minha nossa, um filme passa na minha mente e as coisas começam a fazer sentido. E a certeza, vem quando, vejo Steve e Harry vestido como o Herman, Natalie e Astrid também tem as roupas a combinar.Um vestido amarelo bem claro de tecido leve, fitas finas e uma fenda no lado. Avanço no salão, cumprimentando, os rosto conhecidos, o meu sogro me olha emocionado antes de envolver-me num abraço forte e caloroso, diferente de todos que já me deu. Sigo, observando até avist
Nihara VittiEstou tentando manter a calma enquanto a casa está um caos. A mala da Sophie parece ter sumido misteriosamente, enquanto as duplas estão chorando em coro. Natalie, me observa sorrindo, no meu desespero por ter tudo pronto a tempo, enquanto acalma o seu bebê no colo, parecendo tão exausta quanto eu. Essa viagem será a mais longa que alguma vez fiz, suspiro. Olho ao redor frenética, o cabelo ainda por fazer e gêmeos por alimentar. Maldição porque não organizei tudo com antecedência? Retiro algumas roupas, do armário da mais velha e pouso-as na cama, pensando onde poderei ter deixado a sua mala. Me movimento num ritmo agitado. — Tobias, viste a mala da Sophie em algum lugar — pergunto assim que o vejo atravessar a porta do quarto, vindo buscar por sua gravada favorita. — Não, meu amor. Já viste no quarto dos gêmeos? — Não — digo confusa —, por que estaria lá? — Não sei, talvez, tenhas levado para lá, sem perceber, quando foste organizar as coisas
Nihara Vitti À medida que nos aproximamos da propriedade, somos recebidos por uma visão de tirar o fôlego. O caminho sinuoso que leva à vivenda é ladeado por uma profusão de árvores altas e frondosas, cujas folhas se movem suavemente ao vento, criando padrões de luz e sombra no chão. Ao chegarem à entrada principal, somos saudados por um portão de ferro forjado adornado com delicadas flores entrelaçadas, que se abrem para revelar os jardins espetaculares além. Uma brisa suave carrega o perfume das flores, enchendo o ar com uma fragrância doce e envolvente. A vivenda, imponente e graciosa, emerge majestosamente no centro dos jardins, suas paredes de pedra banhadas pela luz do sol. À sua volta, os jardins esverdeados se estendem até onde os olhos podem ver, repletos de uma miríade de cores e aromas que encantam os sentidos. Um anexo moderno, contrastando com a arquitetura clássica da casa principal, chama a atenção com suas linhas limpas e design contemporâneo. Apesar do
Nihara Vitti Estamos longe para sermos ouvidos, mas perto para sermos visto, com os braços cruzados na frente do corpo paro bem de frente ao homem, encarando-o, o peito batendo num ritmo, ofegante. — Por que você está aqui, Bráulio? Por que agora? — Por mais esforço que faça, minha voz ainda sai tremula. Bráulio suspira, seus olhos refletindo um misto de arrependimento e carinho. — Eu não podia deixar você se casar sem dizer o quanto sinto muito — ele diz. — Eu fui um tolo, Nihara. E eu sei que não mereço seu perdão, mas eu precisava que você ouvisse isso de mim. Sinto as emoções borbulharem dentro de mim, eu juro que não espera por isso, nunca pensei que ele seria capaz de aparecer aqui, desse jeito, perecendo vulnerável, o olhar arrependido. Impedindo que as lágrimas caiam e borrem meu rosto, ainda assim não fazendo questão de disfarçar a mágoa que ainda sinto, digo num sussurro: — Você partiu meu coração, Bráulio. Como você acha que eu deveria me senti
O dia era vinte de novembro de dois mil e vinte e um. Os raios do pôr do sol pouco intenso refletiam nas nuvens, dando uma beleza extraordinária ao céu. Combinando com a decoração em tons amarelo torrado minha cor e preto a cor favorita de Bráulio, o que deixavam o ambiente ainda mais sereno e lindo. O jardim em volta do altar, tinha duas arvores frondosas plantadas estrategicamente onde estavam, as raízes sobressaiam do subsolo e entrelaçavam-se umas nas outras, estava tudo tão lindo. Da janela vidrada do quarto presenciava o entusiasmo a determinação e o empenho com que todos trabalhavam para que tudo saísse como planejado, quem recepcionava os convidados era a minha tia Victoria e minha mãe, essa eu já não via fazia algum tempinho. — Então meu bem, estás pronta? — Perguntou mamãe minutos depois adentrando no quarto, com os olhos brilhando, caminhou até a mim. — Você está parecendo uma princesa minha filha — disse ao me afastar e me fazer dar uma volta. — Estava pensando em você
Oito meses se passaram, e as cicatrizes ainda doem como se tudo tivesse acontecido a poucos dias. Meu quarto se tornou meu habitat natural, tenho passado mais tempo nele depois que saiu do trabalho.Uns canalizam sua dor na bebida, em festas e namoros descompromissados, mais eu?! Eu me isolei de tudo e de todos, mergulhei profundamente nos livros de romances com finais felizes, para ameniza minha dor.Pois, que o meu final feliz já era, apesar de agora apenas acreditar que o amor, os finais felizes só existam mesmo nos livros e, um deles me ensinou que uma mudança de ambiente pode ajudar a superar e cicatrizar as feridas do coração.Pego o telefone na cabeceira da cama, absorvo o ar com veemência e o libero morosamente antes de buscar pelo número de Léah, minha irmã que vive na Alemanha a sete anos.— Oi, Léah como você está? — Indago assim que ela atende o telefone.— Oi mana, estou óptima e você como tens passado? — Questiona ela com um tom de voz preocupado.— Ah, mais ou menos, te
Se Braúlio não fosse um manipulador e mentiroso compulsivo diria que saber da minha viagem não lhe caiu bem pelo tom de voz melancólico ao telefone. — O que acontece na minha vida, já não te diz respeito, só me deixe em paz por favor — peço deixando claro á magoada que ainda sinto. — Sua vida ainda me diz respeito porque você é a mulher que eu amo, eu preciso que me perdoes, aquilo não significou nada foi um deslize depois da briga que tivemos eu fiquei mal bebi demais e...., — faz uma pausa. — Nos dê mais uma chance. Por um segundo deixo de ouvi-lo distraída olhando para um ponto vazio, volto a mim, olho para minha foto na parede, e novamente minha mente vagueia em pensamentos, porque ainda tenho o número de Bráulio gravado, porque ainda lhe dou tempo? — Meu bem, Niah está aí? — Escuta aqui, você fez a sua escolha — grito — você fodeu com outra enquanto estava comigo, e, como uma tola ainda fui até você para ouvir suas explicações — faço aspas no ar —, e te encontro transand