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TOBIAS BERNSTORFF Harry pedi para deixá-lo na entrada da agência, só para ter o gostinho de passar pela recepção e ver as lindas e deliciosas recepcionista como ele diz. Esse meu sócio e amigo não perde uma oportunidade, até agora nenhuma das duas cedeu ao seu charme, devido a umas das regras da empresa, nada de namoro entre funcionários. Regra essa que eu mesmo ditei, meu irmão e o Harry não foram de acordo no princípio, mas eu sei impor o que eu quero muito bem. — Não sei porque você insiste nisso se conhece bem as regras, não é porque você é um dos donos que elas vão arriscar sair contigo, deixa de perder tempo idiota — digo assim que ele desce e se ajeita todo charmoso no seu terno. Estaciono na área reservada a presidência e antes de saímos do carro, Herrman fala novamente sobre a compra do carro que pediu. Estou tentando estender esse assunto até sentir que ele está pronto para isso, mas ele me chateia com isso a cada oportunidade. Apenas concordo com ele e digo que vou fala
NIHARA KUDIMONA Entramos no elevador, e nos deparamos novamente com o garoto e outros funcionários, que eu não pude deixar para conhecer na reunião já que trabalharei diretamente com eles, cumprimento-os pegando alguns de surpresa, e agradeço por ser bem recebida. Saímos os seis rindo do elevador, sinto-me bem por ter de lidar com boas pessoas e assim minha adaptação está sendo fácil. A sala de reunião é enorme, calculando assim rápido acho que cabe umas trinta pessoas aqui, é toda iluminada com luz natural, devido as enormes janelas de vidraça que dão para a bela vista do jardim da agência, as duas paredes laterais azul escuro decorada com lindas obras de artes. Fico rendida a beleza dos quadros, olhando totalmente alheia ao que acontece ao meu redor, ouço um limpar de garganta exagerado, penso que seja dirigido a mim, logo desperto do encantamento me viro e dou uma risadinha nervosa. — Desculpem, são muito lindas — comento nervosa. — Posso me sentar aqui? — pergunto sem me dir
— Então que tal pedimos pizza? — Boa ideia — Leandra se levanta num pulo e tira o telefone da bolsa. — Que tipo preferes e qual a bebida? — questiona se dirigindo para a cozinha com o telefone na mão, olha para um folheto posto na porta da geleira. — Quatro estações e por favor peça que exagerem no queijo e para beber Sprite — digita o número do fast food no celular. — Vais aceita-lo de volta? Antes que possa responder a minha pergunta repentina, sua chamada é atendida, faz um movimento de espera com o dedo indicador e logo o pedido, assim que termina salta do balcão onde antes estava sentada e volta para perto de mim na sala. — Não chegamos de falar sobre a viagem como foi? Percebo que ela já não queira falar sobre o assunto, por isso não insisto. — Não foi de todo ruim — me lembro instantaneamente de Tobias e dou uma risadinha que a fez ficar ainda mais curiosas. — Que sorrisinho é este, posso saber? — Nada, só lembrei de uma coisa — minha irmã, intensifica seu olha o
TOBIAS BERNSTORFF — Porque só temos acesso a essas imagens agora? — interrogo confuso, imergindo em ódio e fúria. — Pensamos se tratar de um profissional, tivemos de acionar os melhores dos técnicos informáticos para tentar conseguir extrair alguma coisa das gravações, porque a câmara foi totalmente destruída — explica cauteloso —, não conseguimos uma melhor nitidez da imagem. Por isso estamos nesse momento examinado os carros que passaram por essa via entre as dezanove horas e as vinte do dia cinco de outubro. Talvez possamos apanha-lo num melhor ângulo. Solto o ar que já estava prendendo a vários minutos, tento ao máximo me lembrar de algo que possa ajudar nas investigações, mas minha mente está muito confusa agora. — Consegues lembrar de algo que possa nos dar mais ou menos a ideia do porque o Simon e a Christie terem sido alvos desse homem ou mulher, ciúmes, alguém que foi demitido da empresa... — Eu não se... —, minhas palavras se dissolvem no ar no mesmo momento em que lembr
Estou trabalhando de casa, e no momento estou reunido em uma conferência de vídeo chamada com alguns empresários que gostariam de assinar uma parceria conosco. Terminada a reunião Harry me deixa a par de como está indo as campanhas que temos em mão e não esconde o orgulho de como tudo está se saindo muito bem. — Oi meu amor, vem cá — Sophie entra no escritório, com seu andar desengonçado. — Oi minha sobrinha favorita. — Cumprimenta seu tio filha — ela surpreendente beija a tela do computador, e logo dá um sorrisinho meigo. Os olhos do meu amigo brilham com esse gesto de carinho, eu sorrio para ela orgulhoso e dou um beijo casto na sua cabeleira loira. — Não vejo a hora dela me chamar de tio. — Tob, posso entrar? — Astrid questiona adentrando no escritório, com rosto triste. — Falamos depois Harry. Desligo a chamada de vídeo. — Sim, minha borboletinha como você está ainda chateada comigo? — Não, só estou triste com toda essa situação, não sinto bem sendo vigiada para todo o
Nihara Kudimona Sinto meu rosto queimar com a intensa luz do sol que entra por uma fresta, me viro para o outro lado de modo a evitar o incomodo da luz. Por um momento tento esforçadamente abrir os olhos, mas sinto-os tão pesados que voltam a fechar-se involuntariamente. " Eu sou o Tobias" "Ei, está tudo bem, olha para mim, respira devagar, se concentra na respiração." "Acredito que qualquer mulher desconfiaria disso, mas como não tenho uma, não preciso me preocupar, me referia a minha filha." "Não faço ideia do que você está falando, mulher, Niah eu juro que não sei do que se trata tudo isso." " O fruto do nosso amor está a caminho, papai e mamãe estão ansiosos demais." "Não vou me deixar enganar de novo." — Nihara, Niah acorda... Ouço alguém chamar por mim no fundo, tento responder, mas minha voz sai afônica, por causa do choro, tento me levantar e tropeço em meio à confusão do meu quarto. Abaixo a cabeça sobre as pernas dobradas e volto a chorar, até que sinto alg
— Não pode ser — exclama me examinando atento, franzo o cenho confusa — Tchissola? — Desculpe, nos conhecemos? Eu realmente não o reconheci de primeira, ele me parece diferente do homem do avião, está mais magro, os olhos cansados e a pele implorando por vitamina b do sol. Também o clima de Angola é bem diferente do clima daqui e ele estava vindo de lá talvez isso explica-se a pele bronzeada naquele dia. Ele estende o braço em minha direção de modo a deixar visível a minúscula cicatriz na parte externa de sua mão; arregalo os olhos espantada, me levanto me aproximando mais como se precisasse observar melhor, tentando parecer apática a situação apenas digo: — Olha só se não é o homem que ficou com o meu lugar no avião, como o mundo é pequeno — perpasso os dedos na cicatriz, e subo o olhar até seu rosto novamente. — Já cicatrizou — aponto o obvio. — Sua marca ficará em mim, para sempre — dá um sorriso sugestivo — então estás acompanhada? — Sim — replico secamente sem me dar conta
TOBIAS BERNSTORFF Estou a caminho da delegacia, Steve disse que conseguiu uma correspondência a analises da matricula e não podíamos falar por telefone, eu gosto de conduzir por isso meu segurança vai no banco de passageiro, foi difícil convencer meu pai a me permitir ficar com apenas um, mas eu sou bom em negociações e sempre consigo que minha vontade seja feita no final. A entrada da delegacia está agitada de paparazzo sigo em frente com o carro, tentando despista-los, e paro em direção a entrada dos fundos. — Como eles ficaram sabendo que viríamos senhor? —, questiona Thomas Meyer descendo do carro e me acompanhar. — Não faço ideia, mas acredito que o Steve já esteja tratando do assunto. Passamos pela recepção, onde somos anunciados de prontidão, nem precisei dizer o nome, uma agente com cara de durona, acompanha-me até a sala do meu amigo e meu segurança aguarda-me na recepção, eu podia ir até lá sozinho, mas quis aceitar sua gentileza. — Desculpe toda essa confusão lá f