— Então que tal pedimos pizza? — Boa ideia — Leandra se levanta num pulo e tira o telefone da bolsa. — Que tipo preferes e qual a bebida? — questiona se dirigindo para a cozinha com o telefone na mão, olha para um folheto posto na porta da geleira. — Quatro estações e por favor peça que exagerem no queijo e para beber Sprite — digita o número do fast food no celular. — Vais aceita-lo de volta? Antes que possa responder a minha pergunta repentina, sua chamada é atendida, faz um movimento de espera com o dedo indicador e logo o pedido, assim que termina salta do balcão onde antes estava sentada e volta para perto de mim na sala. — Não chegamos de falar sobre a viagem como foi? Percebo que ela já não queira falar sobre o assunto, por isso não insisto. — Não foi de todo ruim — me lembro instantaneamente de Tobias e dou uma risadinha que a fez ficar ainda mais curiosas. — Que sorrisinho é este, posso saber? — Nada, só lembrei de uma coisa — minha irmã, intensifica seu olha o
TOBIAS BERNSTORFF — Porque só temos acesso a essas imagens agora? — interrogo confuso, imergindo em ódio e fúria. — Pensamos se tratar de um profissional, tivemos de acionar os melhores dos técnicos informáticos para tentar conseguir extrair alguma coisa das gravações, porque a câmara foi totalmente destruída — explica cauteloso —, não conseguimos uma melhor nitidez da imagem. Por isso estamos nesse momento examinado os carros que passaram por essa via entre as dezanove horas e as vinte do dia cinco de outubro. Talvez possamos apanha-lo num melhor ângulo. Solto o ar que já estava prendendo a vários minutos, tento ao máximo me lembrar de algo que possa ajudar nas investigações, mas minha mente está muito confusa agora. — Consegues lembrar de algo que possa nos dar mais ou menos a ideia do porque o Simon e a Christie terem sido alvos desse homem ou mulher, ciúmes, alguém que foi demitido da empresa... — Eu não se... —, minhas palavras se dissolvem no ar no mesmo momento em que lembr
Estou trabalhando de casa, e no momento estou reunido em uma conferência de vídeo chamada com alguns empresários que gostariam de assinar uma parceria conosco. Terminada a reunião Harry me deixa a par de como está indo as campanhas que temos em mão e não esconde o orgulho de como tudo está se saindo muito bem. — Oi meu amor, vem cá — Sophie entra no escritório, com seu andar desengonçado. — Oi minha sobrinha favorita. — Cumprimenta seu tio filha — ela surpreendente beija a tela do computador, e logo dá um sorrisinho meigo. Os olhos do meu amigo brilham com esse gesto de carinho, eu sorrio para ela orgulhoso e dou um beijo casto na sua cabeleira loira. — Não vejo a hora dela me chamar de tio. — Tob, posso entrar? — Astrid questiona adentrando no escritório, com rosto triste. — Falamos depois Harry. Desligo a chamada de vídeo. — Sim, minha borboletinha como você está ainda chateada comigo? — Não, só estou triste com toda essa situação, não sinto bem sendo vigiada para todo o
Nihara Kudimona Sinto meu rosto queimar com a intensa luz do sol que entra por uma fresta, me viro para o outro lado de modo a evitar o incomodo da luz. Por um momento tento esforçadamente abrir os olhos, mas sinto-os tão pesados que voltam a fechar-se involuntariamente. " Eu sou o Tobias" "Ei, está tudo bem, olha para mim, respira devagar, se concentra na respiração." "Acredito que qualquer mulher desconfiaria disso, mas como não tenho uma, não preciso me preocupar, me referia a minha filha." "Não faço ideia do que você está falando, mulher, Niah eu juro que não sei do que se trata tudo isso." " O fruto do nosso amor está a caminho, papai e mamãe estão ansiosos demais." "Não vou me deixar enganar de novo." — Nihara, Niah acorda... Ouço alguém chamar por mim no fundo, tento responder, mas minha voz sai afônica, por causa do choro, tento me levantar e tropeço em meio à confusão do meu quarto. Abaixo a cabeça sobre as pernas dobradas e volto a chorar, até que sinto alg
— Não pode ser — exclama me examinando atento, franzo o cenho confusa — Tchissola? — Desculpe, nos conhecemos? Eu realmente não o reconheci de primeira, ele me parece diferente do homem do avião, está mais magro, os olhos cansados e a pele implorando por vitamina b do sol. Também o clima de Angola é bem diferente do clima daqui e ele estava vindo de lá talvez isso explica-se a pele bronzeada naquele dia. Ele estende o braço em minha direção de modo a deixar visível a minúscula cicatriz na parte externa de sua mão; arregalo os olhos espantada, me levanto me aproximando mais como se precisasse observar melhor, tentando parecer apática a situação apenas digo: — Olha só se não é o homem que ficou com o meu lugar no avião, como o mundo é pequeno — perpasso os dedos na cicatriz, e subo o olhar até seu rosto novamente. — Já cicatrizou — aponto o obvio. — Sua marca ficará em mim, para sempre — dá um sorriso sugestivo — então estás acompanhada? — Sim — replico secamente sem me dar conta
TOBIAS BERNSTORFF Estou a caminho da delegacia, Steve disse que conseguiu uma correspondência a analises da matricula e não podíamos falar por telefone, eu gosto de conduzir por isso meu segurança vai no banco de passageiro, foi difícil convencer meu pai a me permitir ficar com apenas um, mas eu sou bom em negociações e sempre consigo que minha vontade seja feita no final. A entrada da delegacia está agitada de paparazzo sigo em frente com o carro, tentando despista-los, e paro em direção a entrada dos fundos. — Como eles ficaram sabendo que viríamos senhor? —, questiona Thomas Meyer descendo do carro e me acompanhar. — Não faço ideia, mas acredito que o Steve já esteja tratando do assunto. Passamos pela recepção, onde somos anunciados de prontidão, nem precisei dizer o nome, uma agente com cara de durona, acompanha-me até a sala do meu amigo e meu segurança aguarda-me na recepção, eu podia ir até lá sozinho, mas quis aceitar sua gentileza. — Desculpe toda essa confusão lá f
Abro a pasta com as informações da campanha e não consigo conter o fio de lágrimas que se formam em meus olhos, assim que vejo o nome dado ao novo perfume masculino que será lançado pela Moreau fragrâncias. Levanto meus olhos em direção ao meu amigo e logo olho para o senhor seu pai, batendo os cílios de forma a dissipar as lágrimas. — A ideia foi dela — informa ele, sorrindo. — Não fiz nada de mais, apenas juntei o útil ao agradável — diz com uma expressão neutra. Num momento como esse outro no seu lugar mostraria soberba, mas ela age como se isso não fosse nada demais. — Fez sim, fez um ótimo trabalho acredito que está campanha terá o efeito que a empresa almeja, é a primeira vez que alguém me enfrenta de igual para igual em uma negociação e se tratando de uma mulher é ainda mais impressionante — pontua, o senhor Moreau. — Sim, ela é mesmo fantástica — afirma, Harrisson com um sorriso bobo nos lábios. — Eu tenho uma dúvida sobre este slogan — pronuncia-se, Caine. — Sim,
Nihara Kudimona Na penúltima reunião com o cliente da campanha senhor Moreau onde descobri ser pai de Harry o gerente, sugere que nomeássemos o novo aroma masculino de “Simon”, para que se homenageasse o antigo CEO e dono da empresa. O gerente da metamorfose, gostou da ideia e deu-a como condição para aceitar o pai como cliente, o senhor grisalho de meia idade, optou por aceitar a proposta. Agora nesta reunião vamos apresentar as melhorias que fizemos, só espero que não tenhamos que mexer mais no projeto, e admito estou um pouco nervosa. Pois é a primeira reunião em que o CEO estará presente. Reúno os papeis que preciso, pego meu tablete, a agenda e saímos em direcção ao andar superior. Nao queria me atrasar, mais não pude evitar com tanto de trabalho que tem para terminar, mas são cinco minutos de atrasos perdoáveis. Peço antes a minha assistente que ligue para a Leandra; não demora para que ela me entregue o telefone e ponho de cima do tablet no viva voz. — Oi meu bem, estás