𝗢𝗹𝗮́ 𝗾𝘂𝗲𝗿𝗶𝗱𝗮 𝗹𝗲𝗶𝘁𝗼𝗿𝗮. 𝗔𝘃𝗮𝗹𝗶𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝗼𝗯𝗿𝗮 𝗲 𝗱𝗲̂ 𝘀𝘂𝗮 𝗼𝗽𝗶𝗻𝗶𝗮̃𝗼 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗲𝗹𝗮. 𝗢𝗯𝗿𝗶𝗴𝗮𝗱𝗮, 𝗽𝗼𝗿 𝗺𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗮𝗿. 𝗡𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰̧𝗮 𝗱𝗲 𝗺𝗲 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗶𝗿🤩
— Não pode ser — exclama me examinando atento, franzo o cenho confusa — Tchissola? — Desculpe, nos conhecemos? Eu realmente não o reconheci de primeira, ele me parece diferente do homem do avião, está mais magro, os olhos cansados e a pele implorando por vitamina b do sol. Também o clima de Angola é bem diferente do clima daqui e ele estava vindo de lá talvez isso explica-se a pele bronzeada naquele dia. Ele estende o braço em minha direção de modo a deixar visível a minúscula cicatriz na parte externa de sua mão; arregalo os olhos espantada, me levanto me aproximando mais como se precisasse observar melhor, tentando parecer apática a situação apenas digo: — Olha só se não é o homem que ficou com o meu lugar no avião, como o mundo é pequeno — perpasso os dedos na cicatriz, e subo o olhar até seu rosto novamente. — Já cicatrizou — aponto o obvio. — Sua marca ficará em mim, para sempre — dá um sorriso sugestivo — então estás acompanhada? — Sim — replico secamente sem me dar conta
TOBIAS BERNSTORFF Estou a caminho da delegacia, Steve disse que conseguiu uma correspondência a analises da matricula e não podíamos falar por telefone, eu gosto de conduzir por isso meu segurança vai no banco de passageiro, foi difícil convencer meu pai a me permitir ficar com apenas um, mas eu sou bom em negociações e sempre consigo que minha vontade seja feita no final. A entrada da delegacia está agitada de paparazzo sigo em frente com o carro, tentando despista-los, e paro em direção a entrada dos fundos. — Como eles ficaram sabendo que viríamos senhor? —, questiona Thomas Meyer descendo do carro e me acompanhar. — Não faço ideia, mas acredito que o Steve já esteja tratando do assunto. Passamos pela recepção, onde somos anunciados de prontidão, nem precisei dizer o nome, uma agente com cara de durona, acompanha-me até a sala do meu amigo e meu segurança aguarda-me na recepção, eu podia ir até lá sozinho, mas quis aceitar sua gentileza. — Desculpe toda essa confusão lá f
Abro a pasta com as informações da campanha e não consigo conter o fio de lágrimas que se formam em meus olhos, assim que vejo o nome dado ao novo perfume masculino que será lançado pela Moreau fragrâncias. Levanto meus olhos em direção ao meu amigo e logo olho para o senhor seu pai, batendo os cílios de forma a dissipar as lágrimas. — A ideia foi dela — informa ele, sorrindo. — Não fiz nada de mais, apenas juntei o útil ao agradável — diz com uma expressão neutra. Num momento como esse outro no seu lugar mostraria soberba, mas ela age como se isso não fosse nada demais. — Fez sim, fez um ótimo trabalho acredito que está campanha terá o efeito que a empresa almeja, é a primeira vez que alguém me enfrenta de igual para igual em uma negociação e se tratando de uma mulher é ainda mais impressionante — pontua, o senhor Moreau. — Sim, ela é mesmo fantástica — afirma, Harrisson com um sorriso bobo nos lábios. — Eu tenho uma dúvida sobre este slogan — pronuncia-se, Caine. — Sim,
Nihara Kudimona Na penúltima reunião com o cliente da campanha senhor Moreau onde descobri ser pai de Harry o gerente, sugere que nomeássemos o novo aroma masculino de “Simon”, para que se homenageasse o antigo CEO e dono da empresa. O gerente da metamorfose, gostou da ideia e deu-a como condição para aceitar o pai como cliente, o senhor grisalho de meia idade, optou por aceitar a proposta. Agora nesta reunião vamos apresentar as melhorias que fizemos, só espero que não tenhamos que mexer mais no projeto, e admito estou um pouco nervosa. Pois é a primeira reunião em que o CEO estará presente. Reúno os papeis que preciso, pego meu tablete, a agenda e saímos em direcção ao andar superior. Nao queria me atrasar, mais não pude evitar com tanto de trabalho que tem para terminar, mas são cinco minutos de atrasos perdoáveis. Peço antes a minha assistente que ligue para a Leandra; não demora para que ela me entregue o telefone e ponho de cima do tablet no viva voz. — Oi meu bem, estás
Meia hora depois estamos nos dirigindo para empresa, caminhando enquanto falamos de coisas triviais, não se demora para que atrevêssemos a porta vidrada da agência. Sigo em direção ao hall do elevador e, antes de entrar nele, olho para trás verificando porque Léah não responde à pergunta que cabo de fazer. Vejo-a se agachando, enquanto segura a barriga, com a testa enrugada, corro até ela assustada. — Leandra, o que foi? Sua respiração está entrecortada, as mãos suam e mal consegui falar, as duas recepcionistas prontamente veem ao nosso auxílio uma me ajuda a tira-la do chão e a outra chama por uma ambulância. Parte do pessoal da empresa encontra-se no andar superior, e não podem testemunhar essa situação. — Meghan chama logo essa ambulância; minha irmã por favor me diz o que você está sentindo. — Senhora, Leandra tome um pouco de água. Bridget, segura a garrafa perto de sua boca e faz com que ela beba, mas não resulta, minha irmã está fria e com os pulsos fracos, me levanto
TOBIAS BERNSTORFF Desço do carro mesmo antes de Harry estacioná-lo por completo, ao me aproximar da entrada do hospital, paraliso ao ver uma cena que me deixa incomodado. Serro os punhos e contraio os maxilares, sem pensar faço menção de ir até lá, mas meu amigo me impedi bem na hora.— Tobias, onde você vai?Ele me olha incrédulo, aguardando por uma resposta, mas me mantenho em silêncio com o sangue fervendo em minhas veias. Inspiro e expiro lentamente o ar para fora.— Está tudo bem! Vamos — digo por fim.Impulsiona-me para andar e seguimos até a recepção principal.— O que você queria fazer aí?— Boa noite, senhorita. Em que quarto se encontra Sophie Bernstorff?Ignoro por completo a pergunta dele.— Boa noite, sr. Bernstorff, quarto quatro centos e dez.— Obrigada.— Falamos disso depois Harry, agora só quero saber o que aconteceu com a minha filha.Aciono o botão para o andar pretendido.— Por favor segure o elevador para mim — ouvimos uma voz delicada pedir.Harry logo põe o pé
Seguimos em direção ao quarto de Leandra, James não para de resmungar por tê-lo avisado tão tarde da condição de Leandra. — James por favor, estamos chegando, não incomode minha irmã com isso ela não está em condições de discutir agora. Olho seriamente para ele, esperando que diga alguma coisa. — Tudo bem, me desculpe. Viramos a esquina e, damos alguns passos e paramos bem de frente a porta. Assim que ergo a mão para abri-la, alguém no lado de dentro se antecipa. — Senhor Moreau, o que faz aqui? — pergunto ao olha para o homem do meu lado, que o fuzila com o olhar ao mesmo tempo em que cerra os puxos discretamente. Harry, olha para trás, pisca para Leandra e sai, ignorando completamente o James. — Senhorita Nihara, como um bom colega de trabalho, vim apenas ver como está a senhorita Leandra. Espero que não tenha problemas. Ele diz, sustentando o contato visual com o outro homem. Se eu não fizer alguma coisa os dois vão se agarrar pelos cabelos aqui. — Tudo bem senhor Moreau,
TOBIAS BERNSTORFF Do escritório de casa observo o pôr do sol, através das enormes janelas vidradas. Ainda tentando assimilar as informações do documento que acabei de ler “ o senhor está sendo intimado a comparecer ao tribunal judicial na data de vinte e seis de dezembro de dois mil e vinte e um...” Daqui a duas semanas. Eu achei que ela não faria isso, que fosse só os nervos a falar, que quando estivesse calma, pensaria melhor. Me enganei. A Sophie teve alta do hospital faz uma semana, o médico disse que os primeiros dias seriam difíceis para ela, mas a terapia da fala tem dado certo, e minha menina é forte com seus pais.Sento-me novamente e analiso a intimação, respiro profundamente ao ponto de sentir meu peito doendo. Aliso minha barba por fazer a dias e decido liga para advogada. Desligo o telefone passados alguns minutos sentindo-me mais aliviado com a sua palavra otimista. A porta do escritório se abre após duas partidas nela. — Menino Tobias — Nana me olha preocupada. — O