TOBIAS BERNSTORFF
“Atenção senhores passageiros acabamos de pousar no aeroporto internacional de Berlim, sejam todos bem-vindos, de forma ordeira idosos e mulheres com crianças desembarcam primeiro, boa estadia” Assim que meus ouvidos alcançam a voz melodiosa do piloto, me espanto de rompante, bato os cílios com repetidas vezes tentando enxergar melhor. Olho para o lado e não a vejo, ao me levantar avisto um caderninho com a capa colorida e uma mariposa nela, penso ser um diário, me curvo de modo a tê-lo nas mãos e assim confirmo ser mesmo um diário. — Desculpe, senhorita — grito assim que meus olhos a enxergam próximo a saída do avião. — Senhor, por favor, entre para a fila — ordena uma das aeromoças que ajuda os passageiros a saírem ordenadamente. — Por favor eu preciso, falar com a senhorita que acabou de descer é urgente, eu... — interrompo minha fala assim que me dou conta de que não adianta pelo olhar que ela me lança. — Tudo bem, eu espero já falta pouco. Olho em volta do aeroporto, procurando-a em cada rosto, mas não a vejo. "Maldição o que eu faço agora?" — Tob o que foi, está tudo bem? O que está procurando? — pergunta Harry confuso, surgindo atrás de mim. "Estou procurando pelo meu futuro amor" — Ah sim claro, eu só... — faço uma pausa, pensando em algo melhor para dizer e fugir dos seus questionamentos. — Vem cá tive imensas saudades tuas, como estás? — Abraço-o forte e dou palmadinhas em suas costas antes de solta-lo. — O que é isso? — me recebi o diário e observa-o curioso. — Tu sabes que a Astrid não é o tipo de adolescente que escreve diário!? — Serio? — faço uma expressão confusão — convivo com ela a desaseis anos, como eu não sabia disso?! — Ironizo e Harry solta um riso sem graça. — Engraçadinho, vamos logo que sua família está esperando ansiosa. — Como está a minha menina? — pergunto evidenciando a angústia de ter ficado tanto tempo longe dela. — Ela está ótima e morrendo de saudades. Ela não desgrudava de mim, o olhar dela parecia que sabia que eu vinha buscar-te e queria vir junto. Estava agitada quando a deixei — meu amigo dá um riso anasalado fazendo uma pausa, b**e os cílios com força, fazendo as lagrimas que se formavam em seus olhos azuis como o mar desaparecerem. — Eu sinto como se tivesse ficado anos longe dela, essa foi a parte mais difícil dessa viagem não poder leva-la comigo — inspiro e expiro lentamente e acabo por me perder em pensamentos. Ficamos em silencio por vários minutos, é uma cena que fazemos sempre, nós conversamos e nos entendemos até em silêncio. Sem dizer nada Harry aponta com a cabeça para o diário em minhas mãos, me fazendo quebrar o silêncio, mas antes que eu possa responder, somos interrompidos pelo toque do meu aparelho telefônico. — Onde vocês estão? Porque demoram tanto? Aconteceu alguma coisa? A Sophie está sentada lá no alpendre e não aceita de jeito nenhum entrar em casa, está esperando por você — informa Herman aflito do outro lado da linha. — Ei, maninho respira, está tudo bem. Já estamos chegando, e se me atrasei a culpa é do Harry — dou um sorriso traquino, e olho para o meu melhor amigo, que apenas faz uma careta. — Estaremos aí em vinte minutos. Desligo o telefone e não consigo ser indiferente a expressão estranha que meu amigo tem agora, me pergunto se terá alguma coisa haver com a conversa de a pouco com a Herman o telefone estava na viva voz. Mas não, é algo mais grave que o preocupa. — Então, quando pretendes me dizer o que se passa? — pergunto diretamente e ele me olha de soslaio. — Nem adianta negar que não se passa nada, porque comigo isso não resulta. — Agora não por favor, não vamos estragar esse dia — olho-o por alguns segundos e acabo assentindo. ***Bem-vindo a cidade de Prenzlauer, lê-se na placa à beira da estrada. A cidade está mais agitada e linda, aqui quase todos os moradores se conhecem e vejo rostos bem conhecidos entre a multidão, uns com cesta, outros com sacos de compra. Minha nana está do outro lado da rua abarrotada em compras sendo ajudada por Louis o comerciante e o nosso motorista Juan Carlos. " Porque pararam o carro tão distante?" — Harry o que se passa? — Tobias eu disse que hoje não por favor não insista — retruca certo de que me referia ao assunto que o preocupa. Não, eu pergunto porque a cidade está tão agitada — digo apontando para qualquer coisa na rua. — Ah isso, você realmente esqueceu que dia é hoje? Não brinca — me olhar com dúvida e abana a cabeça em negativa. — Você nunca se esquece de nada importante e queres me convencer que esqueceste justo desse dia? Ah Tobias, voltaste mais engraçadinho ainda. Harry é do tipo que te deixa chegar sozinho as resposta e conclusões sobre alguma coisa, esse é o seu jeito de ensino, como professor isso resulta com seus alunos, comigo só me deixa irritado e ele sabe disso. Apoio o braço direito no abdômen e o cotovelo do outro sobre a mão e, dou pequenas batidinha com os dois dedos na lateral da testa. Franzo o cenho, tentando me lembrar da bendita data. Eu realmente nunca me esqueço de assuntos importantes, mas talvez o facto das responsabilidades terem aumentado da noite para o dia, ter me tornado pai de repente, justifiquem esses esquecimentos recorrentes. Paramos o carro perto da Nana e de Louis, eles estão carregando as sacolas por isso não dão conta de nós. Desço do carro de supetão vou por trás dela e cubro os seus olhos com as duas mãos. Quando Louis dá conta de mim, o peço abanando a cabeça em negativa para que não diga nada. — Quem é? Louis o que se passa? Onde estás? — percorre suas mãos sobre as minhas. — Nancy, você precisa adivinha quem é — diz sorrindo. — Nós já demoramos mais do que devíamos, a senhora Heidi vai ficar muito brava e eu vou dizer a ela que você nos fez atrasar — Louis se ri despreocupado. — Então você precisa adivinha logo quem eu sou, Nana — digo por fim me dando conta depois que me denunciei. — Tobias meu filho é você?! — Nana se vira e me puxa para um abraço forte. — Como você está meu menino? Olha só para você..., — me afasta um pouco e me olha de baixo para cima. — Está tão magro — volta a me abraçar desta vez mais forte ainda. — Nana, estás me sufocando — ela me solta assustada e eu finjo uma tosse. — Oi senhor Tobias, — me cumprimenta o mais velho grisalho estendendo a mão. — Louis que é isso?! Vem cá me dá um abraço. ***Estamos entrando agora na imensa propriedade dos Muller Bernstorf uma aérea que concilia duas residências a mansão de três andares doze quartos e seis casas de banhos. E a casa de T4 onde reside os funcionários interno da propriedade. Temos também uma grande fazenda de legumes e um pomar com variedades de frutos tudo foi projetada pelo meu avô a cem anos. Nem dou conta quando Harry para o carro no meio caminho para que eu desça, o estacionamento fica no lado oposto da casa. Caminho a passos largos ao encontro da minha menina que ainda me espera no alpendre, ela não me vê e por incrível que pareça ninguém ainda deu pela minha presença, está tudo silencioso. O que está família está aprontando. — “PAPA” — grita Sophie com sua pequena voz quase inaudível, tentando ficar em pé. — Meu Deus, você me chamou de papa. Seguro-a ao colo surpreso e ao mesmo tempo feliz, lágrimas molhando meu largo sorriso, ela passa sua mãozinha em meu rosto, limpa-as e me abraça. — Harry a Sophie me chamou de papa — informo assim que ele se aproxima de nós. — Sim meu amigo, estou muito feliz por você, eu... — ele faz uma pausa e limpa com o dorso da mão as lágrimas que se forma em seu globo ocular. — Oi Sophie, você pode dizer Tio Harry? — Vá lá meu amigo, agora está a pedir demais, vamos entrar. Porque ninguém veio ao meu encontro?! Minha filha o que seus avos e seus tios estão aprontando? Diz para o papai — olho para o meu amigo aguardando uma resposta, Sophie sorri e b**e palminhas, e diz “papa” repetidas vezes. — Surpresaaaaaaa — todos gritam em uníssono assim que entramos. — Maninho você pode fingir que está surpreso?! — Astrid se pronuncia ao se aproximar e me envolve em um abraço. Não é fácil me pegar de surpresa, sou bem observador e isso, é um obstáculo para esse tipo de coisa, ninguém consegue me surpreender. Entendo a desilusão da minha irmã — Minha irmãzinha preferida, como você está? Eu tive imersas saudades tuas, minha filha vai para o colo da sua tia — peço, entregando-a a ela, mas ela se recursa. — Papa — diz ao me abraçar com seus braços curtinho e pousa a cabeça loira em meu peito. — Tudo bem minha menina, mãe, pai vocês ouviram a Sophie me chamou papa — digo me aproximando deles, e abraçou-os com o ela ao colo. — Meu filho — mamãe acaricia meu rosto e papai apenas nos observa chorando aguardando sua vez. — Parece que ela aguardou você chegar para que não perdesses esse momento único, o dia que o filho nos chama de pai ou mamãe é o dia em que nos tornamos oficialmente pais, eu... — faz uma pausa ponderando no que vai dizer a seguir. — Eu daria tudo para que este momento fosse vivido por seu irmão. — Eu também, mãe, essa é parte difícil de ser chamado de papa pela filha do meu irmão. Me sinto um impostor, me lembro claramente quando o patinho feio deu a notícia da gravidez da Christie."— Simon entra no meu escritório num flash como se estivesse sendo perseguido, para perto a minha secretária em silêncio com a mão no peito tentando regular a respiração. — Ei Toto, sabe quem vai ser Tio? — indaga retoricamente segundos depois. — Simon não entra assim de novo na minha sala está bem? E não me chames de toto — repreendo-o. — diz logo, quem será tio? — Christie acaba de me ligar, ela disse que teve um mal-estar e... — E eu serei o mais jovem e belo tio da cidade — intercepto sua palavra. — Porque você faz sempre isso? — arrufa. — Vem cá me dá um abraço, você será um ótimo pai, parabéns, estou muito exultante que noticia ímpar. Já estamos no hospital, aguardando outras informações, tudo que sabemos é que ela e o bebé estão bem, mas tem alguma coisa que o médico não contam. Pediram uma variedade de exames e evitam falar antes dos resultados. Meu irmão não para quieto, o médico como é amigo da família minha mãe tenta saber com ele mais informações e meu pai manter a postura firme inabalável, olhando para um ponto absorto. — Pai, — abraço-o sem dizer nada. — Eu sinto que tem alguma coisa errada meu filho, foi o mesmo com sua mãe quando esteve gravida dos dois... eu não posso ver meu filho passar pelo mesmo sofrimento — senta-se e apoia a cabeça nas mãos, enquanto isso Siena acalma o meu irmão. — Não é o senhor que diz, nada está dito até que se diga e nada está feito até que se faça? Então vamos esperar que os médicos digam alguma coisa, e o Heinrich com certeza está fazendo tudo que pode para que tenhamos boas notícias..."Oi, obrigada por ler essa obra que tanto amo. Não se esqueça de seguir para não perder as próxima.
Desvio destes pensamentos, quando meus ouvidos alcançam a voz aveludada do meu pai. — Meu filho você não é um impostor, não diga isso nunca mais, o que aconteceu não foi culpa sua e você está sendo ótimo no cumprimento da promessa feita a seu irmão, ele teria muito orgulho de você. — É maninho o pai tem razão, pare de pensar nisso — Herman se aproxima e logo a seguir Astrid quando damos por nós estamos todos entrelaçados num abraço caloroso e demorado. — Pronto, deixem o Tobias subir para o seu quarto e descansar, ele está cansado da viagem. Meu filho vai tomar um bom banho descansa, são agora treze horas durma um pouco, o evento começará apenas as dezoito horas. Mamãe recebi a Sophie que esperneia até aceitar ir para o seu colo, ou melhor foi obrigada, me senti mal por isso, mas estou realmente muito cansado e preciso de algumas horas de sono.Desperto duas horas antes do evento, espreito pela vidraça e noto um jardim reluzente com luzes indicando a direção até a entr
NIHARA KUDIMONA Acordo meia hora antes do piloto anunciar a aterragem, Tobias ainda dorme tão sereno, assim como uns poucos passageiros. A família Lancaster também já está acordada exceto a pequena Olivia que ainda dorme serena na sua poltrona. — Oi Olie, dormiste bem — cumprimento o menino, que está no colo da mãe de frente para mim. — Senhor e senhora Lancaster como estão? — Muito bem, e você? — Respondem-me com um largo sorriso no rosto. — Então pronta para aterrar na linda cidade de Berlim? — Indaga o esposo. — Estou que nem me aguento de tanta ansiedade, é o primeiro país que visito e espero ser bem recebida. — E serás querida, os berlinenses podem parecer frios e inalcançáveis, mas com poucos dias de convivência descobriras pessoas incríveis — é a senhora Adele quem se pronuncia e o sorriso carinhoso estampado em seu rosto. — Obrigada, com certeza os senhores são um sinal de que me darei bem aqui. Finalmente o piloto anuncia no altifalante a nossa chegada, e inicia
São agora quinze e trinta minutos, Léah está se preparando para o grande evento. Apesar que ir seria uma boa oportunidade para conhecer pessoas novas, mas estou muito cansada da viagem e ainda não consegui dormir nada. Quero aproveitar que ela estará fora para fazer isso. — O que acha vestido justo ou solto? — questiona erguendo os dois vestidos pendurado em cabides. — Hum, deixa cá ver é um evento de gala certo? — Sim é. — Então acho que o vestido justo combina mais. Mas vamos procurar um outro, um preto a cor da elegância, acredito que não serias a única com esta cor, então o vestido tem que te anunciar de cara — explico enquanto procuro o vestido ideal. — Espera aí eu tenho o vestido ideal, trouxe-o para vesti-lo numa ocasião com está... — Então você não deveria dá-me para... — lhe lanço um olhar desaprovador que a faz parar antes de terminar a frase. — Tudo bem, vesti-o logo — ordeno. Não demora muito para que ela surja em minha frente deslumbrante com o vestido tubin
TOBIAS BERNSTORFF Aprecio um bom vinho enquanto tomo um banho demorado de hidromassagem, já se torno um hábito que me faz muito bem, fazer isso após alguma viagem. Saio do banheiro e vejo de cima da cama um smoking que com certeza minha mãe deixou preparado. Me visto e de frente para o espelho me analiso, penteio o cabelo todo para trás, o relógio quartzo no pulso, pego o casaco do smoking e caminho até a porta, mas logo paro quando ouço o telefone tocar. Estava deixando-o esquecido por cima da cama. Antes de atender verifico quem está ligando, mas apenas aparece um número desconhecido. — Alo, fala o Tobias — atendo, saindo do quarto. — A.… alo, aqui é o Tobias. A pessoa do outro lado está hesitante, posso sentir sua dificuldade em falar comigo, só não percebo o porquê. — Desculpe, mas não consigo reconhecer a voz, pode me dizer seu nome? — peço, quando a pessoa finalmente respondi. Paro no meio dos degraus espantado quando ouço o nome da mulher do outro lado da linha.
Entramos no salão a tempo de ver meu pai se levantar assim que seu nome é anunciado para fazer o discurso inicial, ele se posiciona na tribuna e antes de começa faz um gesto com a cabeça cumprimentando alguém, e logo minha mãe se levanta e vai até ela. A senhorita Kudimona chega atrasada e seu atraso é muito bem justificado. Ela está estonteante, dentro de um vestido preto justo até ao quadril, com uma fenda na lateral esquerda, de mangas compridas decote em V, que elegância. — H, você está umedecendo toda a toalha com sua baba, que nojo — provoco. Meu melhor amigo, está com o olhar fixo nela, seus olhos brilham como de uma criança quando recebi o tal presentinho novo. — Ahahah, os maxilares até me doem de tanto rir — reclama. — Ela saiu de jeitosinha a elegantemente sexy. — É, agora estou bem curioso para conhecer a irmã dela — digo sem disfarçar o desejo. — Senhor Bernstorff me desculpe pelo atraso, é que eu tive que buscar minha irmã no aeroporto — justifica sem parar as
Desperto em uma nova casa em um novo quarto, rodeada de uma nova decoração, uma nova vibe, uma nova vida se inicia aqui. Me levanto ainda me espreguiçando e vou até a janela vidrada, abro os cortinados grosso de cor cinza, a manhã está da cor dos cortinados cinzento. Olho para o pequeno relógio de cabeceira, e o mesmo marca cinco horas e quinze minutos do dia dez de Agosto, bocejo caminhando para o banheiro, sorrio surpresa ao ver que Léah organizou meus pertences íntimos nos lugares adequado. " Que amorosa". Volto a verificar o horário e ainda tenho muito tempo, para preparar algo para comermos e levamos, não conversamos ainda por isso não sei como funciona, se a empresa oferece almoço, se temos que levar ou almoçamos em algum lugar algures. Portanto prefiro me prevenir; caminho pelo corredor iluminado por dois pendentes colonial externo branco, contrastando com a parede em tons de cinza, decorados com vários quadros de fotos e pintura e o toque final dando um ar moderno e antiqu
TOBIAS BERNSTORFF Harry se levanta da cama e ronda meu quarto como se fosse um investigador ou como se fosse a primeira vez que entrasse nele, apenas o observo, sigo seu olhar por cada lugar até que ele mira o caderninho que está sobre a mesinha, ele me encara intrigado e, quando se move para pegar nele, eu me adianto e puxo-o de suas mãos. — Não, isto é íntimo. — Tudo bem. Como foi a viagem? E como esse diário veio parar em suas mãos? Vem senta-te aqui e conta que eu estou esperando. — Mas agora? Já está muito tarde e amanhã temos uma reunião importante sem falar dos pendentes que estão me esperando. Ele olha para relógio de pulso. — São agora vinte e uma horas e trinta minutos é bem cedo ainda, e quanto mais hesitares em contar mais tarde fica. — Você quando quer, consegui ser bem irritante sabia?! Limpo a garganta exageradamente, tento procurar forma de contar sem dar muitos detalhes. Harry é bem perspicaz e eu não quero que ele venha me chatear com isso, coisa que eu
TOBIAS BERNSTORFF Harry pedi para deixá-lo na entrada da agência, só para ter o gostinho de passar pela recepção e ver as lindas e deliciosas recepcionista como ele diz. Esse meu sócio e amigo não perde uma oportunidade, até agora nenhuma das duas cedeu ao seu charme, devido a umas das regras da empresa, nada de namoro entre funcionários. Regra essa que eu mesmo ditei, meu irmão e o Harry não foram de acordo no princípio, mas eu sei impor o que eu quero muito bem. — Não sei porque você insiste nisso se conhece bem as regras, não é porque você é um dos donos que elas vão arriscar sair contigo, deixa de perder tempo idiota — digo assim que ele desce e se ajeita todo charmoso no seu terno. Estaciono na área reservada a presidência e antes de saímos do carro, Herrman fala novamente sobre a compra do carro que pediu. Estou tentando estender esse assunto até sentir que ele está pronto para isso, mas ele me chateia com isso a cada oportunidade. Apenas concordo com ele e digo que vou fala