Luíza
CINCO MESES DEPOIS...Minha barriga está enorme, parece que tem uma família inteira dentro dela — talvez tenha mesmo — o pensamento me faz sorrir, porém o sorriso logo some quando sinto o chute forte na minha costela. Estou de oito meses, estamos esperando dois meninos que dividem o mesmo saco gestacional e uma menina que está sozinha aproveitando o “espaço”, os nomes deles foram escolhidos a dedo e todos são de origem italiana. Matteo, Filippo e Chiara, estes são os nomes dos amores de nossas vidas.Lucca não tem mais trabalhado na empresa faz um tempo porque tem medo que eu entre em trabalho de parto e ele não esteja presente então estamos a todo tempo juntos babando na minha barriga, sentindo os chutes que eles me dão. Eles já reconhecem bem nossas vozes e amam a voz do pai deles, só basta o Lucca se aproximar falando qualquer coisa que eles começam com a festa.—AI! — Sinto uma dor mais forte do que as que estava sentindo de manhã. AchoLuccaSe o Lucca de um ano atrás dissesse que o Lucca de hoje estaria dentro de carro em alta velocidade com a mulher grávida de trigêmeos a caminho do hospital, provavelmente eu riria da cara dessa pessoa, mas como disse muito tempo atrás... “à vida gosta de brincar com a gente”, e nesse caso posso dizer que estou feliz que tenha brincado bastante comigo, porque nunca estive tão feliz em toda minha existência.—Calma Ragazza, fica calma que já estamos chegando — falo nervoso por dentro, mas mostrando toda a calma que possa existir em um ser humano por fora.—Estou calma Loirinho, só estou sentindo dor — ela realmente parece calma, mas vez ou outra faz umas caretas feias. Sinceramente, não sei como as mulheres aguentam passar por isso.Acompanhando de perto toda a gestação da Luíza, aprendi a dar ainda mais valor para as mulheres, juro por tudo no mundo. Exames, cuidados dobrados por conta de ser uma gestação gemelar, dores na coluna, dores nos pé
LuccaDito isso ela começa a fazer o seu trabalho, minutos depois o primeiro choro é escutado, forte e bem alto.—Nasceu o primeiro menino, venha Lucca, quer cortar o cordão? — aceno em positivo sentindo meus olhos arderem de emoção — pronto, o primeiro já foi, agora vamos ao próximo — um minuto se passa e o mais um choro alto e forte ecoa no ambiente — o segundo menino já está aqui — a doutora avisa e eu repito o processo de cortar o cordão — agora vamos a princesinha dessa prole — dito isso ele volta a prestar atenção na barriga da Luíza e agora com dois minutos de diferença o chorinho alto porém mais delicado ecoa pelo lugar — a menininha de vocês está aqui — corto o cordão dela também e agora olho para a Luíza que assim como eu está em prantos .—Nasceram Baby, nossos filhos estão bem! — Falo chegando meu rosto perto do dela quando a doutora começa o processo de fechar as incisões.—Como eles são? Cadê eles? — Ela pergunta agoniada querendo vê
Mais um dia ocupado começa na lanchonete de Fast Foodonde eu trabalho. E também é o quinto ano que moro em Nova York.É sempre assim, gente vai, gente sai, com pratos infinitosa limpar e alguns “problemas” difíceis.Geralmente vou tolerar se não fosse muito grave, mashoje, tenho que lhe dar uma lição impressionante para saber que eu não souqualquer coelhinho dócil!— E aí docinha, tudo bem?— O que o senhor quer pedir? — Tento manter minhaprofissão ao ver uma cara maliciosa na minha frente. — Quero um sushi e sashimi com wasabi, melhor mais umalagosta sem casca. E também uma noite de você. — Aquelefeio continua a me provocar.— Desculpe, não temos o que pedir, somosuma lanchonete de Fast Food, se o senhor quer pedir comida japonesa, pode sairdessa porta e virar à esquerda, até o fundo dessa rua, pode encontrar seusushi. — Reprimi minha raiva e respondi.— Não tem? Não tem e ainda ousa abrir uma lanchonete?Então como vai me recompensar? Não me importo se me recompensar com
— Sim! Sou eu! — Gritei, não consegui conter minhaexcitação.— Você teve pesadelos, flor? O que évocê? —A voz da Emma vim de longe, e me acordei.Foi apenas um sonho afinal.Ding!Tocou o alerta de email.Eu liguei o computador tremendo. O novo email já está lá,deitando na minha caixa de entrada.Então de olhos fechados, clico no e-mail abrindo os olhosdevagar e o que leio quase me mata do coração. Aaaaaaaaaaah!Srta. Milani,Seu currículo foi muito bem avaliado e suas habilidadesserão de grande valia para nossa empresa, no entanto ainda temos que fazer umaentrevista para decidirmos quem ficará no cargo disponível.Se estiver interessada, a entrevista será amanhã às8:30h, no 30° andar. Seu nome já estará na recepção, fale com uma das meninas eé só subir que daí em diante será guiada.Att.RH Bianchi's Technology—Meu Deeeeeus! — Gritei tão alto que acho que o quarteirãointeiro ouviu.Depois do almoço tenho que sair para comprar uma roupalegal e um sapato novo, tenho que est
Ah não Deus! Em vez disso, tem um homem enorme, olhos azuis, cabelos loiros penteados perfeitamente para trás, rosto forte, boca carnuda bem desenhada, uma barba por fazer, eu já falei dos olhos? Ele tem olhos intensos demais, lindos! De repente sou tirada do meu transe momentâneo e da minha inspeção.—Então... Senhorita Luíza Milani é isto? — Ele me olha de cima a baixo, parece analisar cada movimento meu, cada gesto.—Sim, Senhor Bianchi! — Não sei, mas quando falei o nome dele pensei ter visto algo passar por seus olhos.—Sente-se Senhorita, vamos começar nossa entrevista. Eu mesmo quis fazê-la, pois quero trabalhar com pessoas competentes, que entendem o que estão fazendo e facilitam meu dia a dia. Não quero gente incompetente ao meu redor!—Sim Senhor, compreendo — me sento após ele falar assim tão rude, cruzei as pernas esperando por ele.—Então Srta. Milani, vendo seu currículo vejo que sua formação e seus conhecimentos valeriam mais em um cargo administrativo, não acha? — Essa
LuccaA pouco tempo meu pai decidiu se aposentar, deixando a empresa nas minhas mãos e nas mãos do meu irmão mais velho, Vincenzo. Sou o CEO em quanto o Vince é o Vice, além de cuidar da parte jurídica como ninguém. Eu e meu irmão temos 4 anos de diferença, nos divertimos muito juntos e na adolescência, mesmo com a diferença de idade, ele me levava para sair, "paquerar com as gatinhas " como ele dizia. Temos uma Irmã caçula que é nosso maior tesouro, o nome dela é Elisa, ela é linda e nós sempre cuidamos dela como nosso cristal. Elisa é uma garota meiga, decidida, engraçada e às vezes sem filtro — Talvez seja a idade! — Na maioria do tempo está em casa estudando. Meus pais sempre foram unidos, abertos a conversas, nunca senti que não pudesse contar algo para eles e isso se repete com meus irmãos.Tenho uma fama de ser meio rude, mas só não sou muito de "mimimi", amo minha família e eles sabem disso, não que viva dizendo, mas já disse algumas vezes e assim como eu, eles sabem que faço
LuízaChego em casa depois das compras que fiz, que se resumiram em roupas para trabalhar e que deem para variar entre elas, porque não tenho grana para estar comprando roupa o tempo todo não.Aproveito o resto da tarde para organizar a casa, meu quarto, minhas coisas e roupas novas. Quando termino tudo, tomo um banho tranquilo de banheira que me fez até cochilar, depois do banho visto uma camiseta grande, short de moletom, seco os cabelos já visando que amanhã trabalho e vou para a sala esperar os meus amigos loucos chegarem. Não demora para que os dois entrem em casa batendo papo com sacolas de comida chinesa nas mãos. Nos cumprimentamos, sentamos no chão ao redor do centro começando a comer e conversar:—Mas e aí Luluzinha, conta para a gente... como foi a entrevista? — Pergunta Emma agoniada.—Estava nervosa, só tínhamos eu e mais duas mulheres, fui a última a ser chamada, quando entrei na sala achando que seria entrevistada pelo RH ou um Senhor rechonchudo, dei de cara com o CEO
Lucca Sexta-feira chega e o dia na empresa hoje foi uma loucura, principalmente tendo que escutar aquela voz doce que imagino gemendo enquanto me chama de Senhor. Vendo aqueles olhos que transmitem inocência, mas ao mesmo tempo medo e força, aquela bunda redondinha sob aquele vestido colado, andando de lá para cá para me entregar papéis ou passar minha agenda do dia. Como quero estapear aquela bunda empinada.Cazzo!Meu irmão conheceu Luíza e assim que a viu jogou seu charme que claramente, não funcionou com ela, pelo contrário, a mulher foi indiferente, mas o tratou com toda educação do mundo, o que o fez se fazer de ofendido para mim. E dizer: —Essa é difícil irmãozinho e tem cara de inocente! Mas a beleza dela é surreal! — Olho para ele de cara feia e ele franze o cenho para mim, certamente tentando entender o porquê da minha reação. Mas nem eu mesmo sei. Final de expediente chegou e agora estou no meu quarto, me arrumando para uma festa BDSM privada na casa de um amigo meu, o M