Luíza—A primeira vez que vi o Lucca eu estava com medo, pensei que ia ser entrevistada por um velho gorducho — as pessoas que estão no local riem, inclusive ele — e dei de cara com um homem de 1.92 me olhando com uma cara enigmática. Nesse mesmo dia quando nos despedimos eu senti uma sensação que nunca havia sentido antes, mesmo sem conhecê-lo meu corpo parecia que o conhecia, foi uma sensação de estar levando um choque que arrepiava toda a coluna vertebral, voltei para casa aquele dia meio atordoada, mas não dei atenção — falo o vendo prestar atenção a cada palavra em quanto me seguro para conseguir ler — Com o tempo nos perdemos um no outro, em menos de uma semana estávamos nos abrindo, contando quem éramos, dividindo gostos, ensinando gostos — sorrio maliciosa recebendo o mesmo sorriso em troca e ouvimos o Vicenzo gritar bem alto um "olha a sacanagem" que faz todos sorrirem — nos vendo cada vez mais fora do trabalho e quando dei por mim, já estava completamente apaixonada por esse
Luíza Assim que sentamos na mesa, os outros se aproxima fazendo o mesmo e aí começa o falatório que eu tanto amo.—Então dona Luíza, você mandou que guardar a caixinha e não pensou em me dizer que era algo tão importante assim? — Sabia que a Emma iria fazer um pequeno drama.—Ela queria que eu fosse o primeiro a saber — Lucca responde antes de mim — queria que fosse especial e devo dizer que ela conseguiu isso muito bem! — Sorrio me sentando mais perto dele.—As coisas mudam mesmo, não é? Antigamente tudo era a Emma, agora tudo é o Lucca! — Falei que ia ter drama.—Para com isso Emm, você é minha família, minha melhor amiga e sempre vai ser, mas ele é o meu marido agora — sorrio quando falo isso recebendo o mesmo sorriso dele — além de ser o pai da criança, nada mais justo do que dessa vez ele ser o primeiro a saber.—Até porque sabíamos que poderia acontecer a qualquer momento, só não sabíamos quando — Lucca fala e os outros f
Luíza —AGORA VAI TER QUE CASAR FRATTELO! — Lucca grita de onde está para o irmão que manda o dedo do meio de volta.Ele não se desfez do buquê como a Emma, isso já é alguma coisa. Falo rapidinho com o Lucca para avisar que vou trocar de roupa par que possamos ir embora. Meus três aperreios de vida vêm junto comigo, para me ajudar a tirar o vestido e colocar o outro que é longo, branco, mas super soltinho, muito na vibe do nosso casamento. Ele tem um decote em V profundo na frente, as alças são bem fininhas cruzando nas costas deixando-as completamente nuas, ele marca a cintura e desce num tecido fino bem fluido. Ponho uma rasteirinha sentindo um alívio enorme por tirar os saltos e estou pronta para ir para onde quer que seja.—Nossa, mesmo esse vestido simples consegue ser lindo — Emma fala me olhando.—Me apaixonei por ele quando vi e nem foi tão caro — falo dando de ombros e voltamos para onde está ocorrendo a festa.Quando voltamos as
LuízaSe passaram quinze dias desde o casamento e muita coisa aconteceu, então vamos aos relatos de uma grávida recém-casada.A viagem para as Maldivas foi exaustiva demais, porque quando chegamos no primeiro lugar para pousar o jato já havia um outro avião — um hidroavião — que nos levaria até o nosso destino final, que eram os bangalôs que tanto babava pela tela no computador ou do celular o que foi perfeito para um casal ativo como nós e uma mulher um pouco barulhenta quando está muito entregue ao desejo — a gente, não consigo me controlar o que posso fazer? — Mas se vocês pensam que nós ficamos a semana inteira trancafiados no quarto, vocês erraram feito, porque eu queria conhecer e aproveitar tudo que a ilha tinha para me oferecer. Para minha surpresa, o Lucca me conhece tão nem que já havia deixado tudo programado para nossa estádia... foram muitos mergulhos com os bichinhos que ficam à vontade nadando perto dos bangalôs, mergulho com os golfinhos, teve muito
Luíza CINCO MESES DEPOIS...Minha barriga está enorme, parece que tem uma família inteira dentro dela — talvez tenha mesmo — o pensamento me faz sorrir, porém o sorriso logo some quando sinto o chute forte na minha costela. Estou de oito meses, estamos esperando dois meninos que dividem o mesmo saco gestacional e uma menina que está sozinha aproveitando o “espaço”, os nomes deles foram escolhidos a dedo e todos são de origem italiana. Matteo, Filippo e Chiara, estes são os nomes dos amores de nossas vidas.Lucca não tem mais trabalhado na empresa faz um tempo porque tem medo que eu entre em trabalho de parto e ele não esteja presente então estamos a todo tempo juntos babando na minha barriga, sentindo os chutes que eles me dão. Eles já reconhecem bem nossas vozes e amam a voz do pai deles, só basta o Lucca se aproximar falando qualquer coisa que eles começam com a festa.—AI! — Sinto uma dor mais forte do que as que estava sentindo de manhã. Acho
LuccaSe o Lucca de um ano atrás dissesse que o Lucca de hoje estaria dentro de carro em alta velocidade com a mulher grávida de trigêmeos a caminho do hospital, provavelmente eu riria da cara dessa pessoa, mas como disse muito tempo atrás... “à vida gosta de brincar com a gente”, e nesse caso posso dizer que estou feliz que tenha brincado bastante comigo, porque nunca estive tão feliz em toda minha existência.—Calma Ragazza, fica calma que já estamos chegando — falo nervoso por dentro, mas mostrando toda a calma que possa existir em um ser humano por fora.—Estou calma Loirinho, só estou sentindo dor — ela realmente parece calma, mas vez ou outra faz umas caretas feias. Sinceramente, não sei como as mulheres aguentam passar por isso.Acompanhando de perto toda a gestação da Luíza, aprendi a dar ainda mais valor para as mulheres, juro por tudo no mundo. Exames, cuidados dobrados por conta de ser uma gestação gemelar, dores na coluna, dores nos pé
LuccaDito isso ela começa a fazer o seu trabalho, minutos depois o primeiro choro é escutado, forte e bem alto.—Nasceu o primeiro menino, venha Lucca, quer cortar o cordão? — aceno em positivo sentindo meus olhos arderem de emoção — pronto, o primeiro já foi, agora vamos ao próximo — um minuto se passa e o mais um choro alto e forte ecoa no ambiente — o segundo menino já está aqui — a doutora avisa e eu repito o processo de cortar o cordão — agora vamos a princesinha dessa prole — dito isso ele volta a prestar atenção na barriga da Luíza e agora com dois minutos de diferença o chorinho alto porém mais delicado ecoa pelo lugar — a menininha de vocês está aqui — corto o cordão dela também e agora olho para a Luíza que assim como eu está em prantos .—Nasceram Baby, nossos filhos estão bem! — Falo chegando meu rosto perto do dela quando a doutora começa o processo de fechar as incisões.—Como eles são? Cadê eles? — Ela pergunta agoniada querendo vê
Mais um dia ocupado começa na lanchonete de Fast Foodonde eu trabalho. E também é o quinto ano que moro em Nova York.É sempre assim, gente vai, gente sai, com pratos infinitosa limpar e alguns “problemas” difíceis.Geralmente vou tolerar se não fosse muito grave, mashoje, tenho que lhe dar uma lição impressionante para saber que eu não souqualquer coelhinho dócil!— E aí docinha, tudo bem?— O que o senhor quer pedir? — Tento manter minhaprofissão ao ver uma cara maliciosa na minha frente. — Quero um sushi e sashimi com wasabi, melhor mais umalagosta sem casca. E também uma noite de você. — Aquelefeio continua a me provocar.— Desculpe, não temos o que pedir, somosuma lanchonete de Fast Food, se o senhor quer pedir comida japonesa, pode sairdessa porta e virar à esquerda, até o fundo dessa rua, pode encontrar seusushi. — Reprimi minha raiva e respondi.— Não tem? Não tem e ainda ousa abrir uma lanchonete?Então como vai me recompensar? Não me importo se me recompensar com