Mais um dia ocupado começa na lanchonete de Fast Food onde eu trabalho. E também é o quinto ano que moro em Nova York.
É sempre assim, gente vai, gente sai, com pratos infinitos a limpar e alguns “problemas” difíceis.
Geralmente vou tolerar se não fosse muito grave, mas hoje, tenho que lhe dar uma lição impressionante para saber que eu não sou qualquer coelhinho dócil!
— E aí docinha, tudo bem?
— O que o senhor quer pedir? — Tento manter minha profissão ao ver uma cara maliciosa na minha frente.
— Quero um sushi e sashimi com wasabi, melhor mais uma lagosta sem casca. E também uma noite de você. — Aquele feio continua a me provocar.
— Desculpe, não temos o que pedir, somos uma lanchonete de Fast Food, se o senhor quer pedir comida japonesa, pode sair dessa porta e virar à esquerda, até o fundo dessa rua, pode encontrar seu sushi. — Reprimi minha raiva e respondi.
— Não tem? Não tem e ainda ousa abrir uma lanchonete? Então como vai me recompensar? Não me importo se me recompensar com seu corpo.
Como é que ousa falar sem vergonha?
— Se o senhor não sair agora, vou chamar o policial! — Meus punhos já ficam duros.
— Chame! Eu quero realmente ver se tem essa coragem! Mulher sem educação! Seus pais não te ensinaram como se trata os seus clientes!
No próximo instante, meus punhos já aparecem no rosto dele. Não me permito ninguém insultar meus pais, mesmo não os conheço, mas eu não permito!
— O que você está fazendo! — Ao ouvir o som do prato caindo, meu chefe saiu correndo e gritou comigo, nem ouviu minha explicação.
— Pede desculpas imediatamente ao cliente!
— Por que eu deveria me desculpar! Ele foi o primeiro a me provocar!
— Você está demitido! —
— Fui eu quem te demitiu! Eu desisto! — Tiro o uniforme e o jogo no chão, saindo daquele lugar azar sem voltar mais.
Até chegar ao apartamento, percebi que ainda não peguei meu salário esse mês! Que azar!
Divido apartamento com minha melhor amiga, Emma, que eu conheço desde que perdi todas as minhas famílias. Graças a Tia Amália, mãe da Emma, me aceitou desde meus 17 anos, depois do funeral da minha avó, que era minha única família nesse mundo, e me deu todo apoio para eu ir embora para Nova York, fazendo faculdade com Emma.
Consegui ser formada em administração de empresas, e tenho conhecimento sobre investimentos e além do inglês, falo espanhol, italiano e claro, português, que é minha língua materna. Mas encontrar um emprego ideal não é tão fácil, só podia escolher o que tinha naquele momento. E agora, o perdi.
Acabei de me jogar para nosso sofá para descansar, quando de repente o furacão Emma adentra pela porta.
— Boa Noite Luluzinha meu amoor, e aí por que chegou em casa tão cedo hoje? O seu chefe te deu férias?
— Emma, eu… eu fui demitida… — Falei, tentando não ficar tão triste.
— O quê? Por quê? Aconteceu alguma coisa amor? — As perguntas me afogaram.
Contei tudo que aconteceu na lanchonete a Emma, e ela até ficou mais brava do que eu, pretendendo os pegar e dar mais punhos nesses malditos. Ao ver a reação dela, não consegui deixar de rir, minha amiga é a melhor de todo o mundo!
— Não faz mal, vou arranjar um outro emprego! Um melhor do que esse! — Me recuperei e falei.
Peguei o Notebook e começo minha caçada rumo ao meu emprego.
Passei a minha noite toda, quase me ceguei pelas informações sobre emprego, e não achei nada que possa me interessar ou que se encaixe no meu perfil. Já está quase amanhecendo, lutei contra a sonolência, navegando pelas letras dançadas, quando já estava sem um pingo de esperança ou alegria, vi que estão precisando de uma secretária na presidência da Bianchi's Technology!
Bianchi's Technology! Que empresa de sonho da maioria dos jovens! Essa é uma das maiores empresas do mundo, existem várias espalhadas por todos os lugares. Quem sabe essa oportunidade não seja minha não é mesmo? Mas ao mesmo tempo fico com um medo desgraçado. E se eu não for selecionada? Sabe de uma coisa? Vou mandar meu currículo para o RH de lá e seja o que Deus quiser, o máximo que pode acontecer é me darem um não!
Pensa positivo Luíza, você é capaz garota, você estudou muito, se dedicou. Quem sabe se tudo der certo, mais para frente você realmente não cuide de algo voltado completamente para a sua área? Aaah, eu já estou sonhando de novo! Vai com calma garota! Quem me ouve, jura que estou falando com alguém. Meu Deus, será que estou pegando a loucura da Emma?
O que me mata, é que mesmo sabendo da minha competência, um diabinho fica na minha cabeça, dizendo que não sou boa o bastante, que vou passar vergonha. Tenho que superar isso! Por favor Deusinho, seu lindo, te imploro!
Depois do meu monólogo, abro a página da empresa e envio meu currículo, cruzando os dedos, rezando para todos os santos que eles entrem em contato comigo.
Até o último passo ser feito, minhas pálpebras finalmente fecham sob a força da gravidade.
Trrrim-trrrim, trrrim-trrrim.
— Olá, a ligação é da Bianchi's Technology, é a senhora Milani?
— Sim! Sou eu! — Gritei, não consegui conter minhaexcitação.— Você teve pesadelos, flor? O que évocê? —A voz da Emma vim de longe, e me acordei.Foi apenas um sonho afinal.Ding!Tocou o alerta de email.Eu liguei o computador tremendo. O novo email já está lá,deitando na minha caixa de entrada.Então de olhos fechados, clico no e-mail abrindo os olhosdevagar e o que leio quase me mata do coração. Aaaaaaaaaaah!Srta. Milani,Seu currículo foi muito bem avaliado e suas habilidadesserão de grande valia para nossa empresa, no entanto ainda temos que fazer umaentrevista para decidirmos quem ficará no cargo disponível.Se estiver interessada, a entrevista será amanhã às8:30h, no 30° andar. Seu nome já estará na recepção, fale com uma das meninas eé só subir que daí em diante será guiada.Att.RH Bianchi's Technology—Meu Deeeeeus! — Gritei tão alto que acho que o quarteirãointeiro ouviu.Depois do almoço tenho que sair para comprar uma roupalegal e um sapato novo, tenho que est
Ah não Deus! Em vez disso, tem um homem enorme, olhos azuis, cabelos loiros penteados perfeitamente para trás, rosto forte, boca carnuda bem desenhada, uma barba por fazer, eu já falei dos olhos? Ele tem olhos intensos demais, lindos! De repente sou tirada do meu transe momentâneo e da minha inspeção.—Então... Senhorita Luíza Milani é isto? — Ele me olha de cima a baixo, parece analisar cada movimento meu, cada gesto.—Sim, Senhor Bianchi! — Não sei, mas quando falei o nome dele pensei ter visto algo passar por seus olhos.—Sente-se Senhorita, vamos começar nossa entrevista. Eu mesmo quis fazê-la, pois quero trabalhar com pessoas competentes, que entendem o que estão fazendo e facilitam meu dia a dia. Não quero gente incompetente ao meu redor!—Sim Senhor, compreendo — me sento após ele falar assim tão rude, cruzei as pernas esperando por ele.—Então Srta. Milani, vendo seu currículo vejo que sua formação e seus conhecimentos valeriam mais em um cargo administrativo, não acha? — Essa
LuccaA pouco tempo meu pai decidiu se aposentar, deixando a empresa nas minhas mãos e nas mãos do meu irmão mais velho, Vincenzo. Sou o CEO em quanto o Vince é o Vice, além de cuidar da parte jurídica como ninguém. Eu e meu irmão temos 4 anos de diferença, nos divertimos muito juntos e na adolescência, mesmo com a diferença de idade, ele me levava para sair, "paquerar com as gatinhas " como ele dizia. Temos uma Irmã caçula que é nosso maior tesouro, o nome dela é Elisa, ela é linda e nós sempre cuidamos dela como nosso cristal. Elisa é uma garota meiga, decidida, engraçada e às vezes sem filtro — Talvez seja a idade! — Na maioria do tempo está em casa estudando. Meus pais sempre foram unidos, abertos a conversas, nunca senti que não pudesse contar algo para eles e isso se repete com meus irmãos.Tenho uma fama de ser meio rude, mas só não sou muito de "mimimi", amo minha família e eles sabem disso, não que viva dizendo, mas já disse algumas vezes e assim como eu, eles sabem que faço
LuízaChego em casa depois das compras que fiz, que se resumiram em roupas para trabalhar e que deem para variar entre elas, porque não tenho grana para estar comprando roupa o tempo todo não.Aproveito o resto da tarde para organizar a casa, meu quarto, minhas coisas e roupas novas. Quando termino tudo, tomo um banho tranquilo de banheira que me fez até cochilar, depois do banho visto uma camiseta grande, short de moletom, seco os cabelos já visando que amanhã trabalho e vou para a sala esperar os meus amigos loucos chegarem. Não demora para que os dois entrem em casa batendo papo com sacolas de comida chinesa nas mãos. Nos cumprimentamos, sentamos no chão ao redor do centro começando a comer e conversar:—Mas e aí Luluzinha, conta para a gente... como foi a entrevista? — Pergunta Emma agoniada.—Estava nervosa, só tínhamos eu e mais duas mulheres, fui a última a ser chamada, quando entrei na sala achando que seria entrevistada pelo RH ou um Senhor rechonchudo, dei de cara com o CEO
Lucca Sexta-feira chega e o dia na empresa hoje foi uma loucura, principalmente tendo que escutar aquela voz doce que imagino gemendo enquanto me chama de Senhor. Vendo aqueles olhos que transmitem inocência, mas ao mesmo tempo medo e força, aquela bunda redondinha sob aquele vestido colado, andando de lá para cá para me entregar papéis ou passar minha agenda do dia. Como quero estapear aquela bunda empinada.Cazzo!Meu irmão conheceu Luíza e assim que a viu jogou seu charme que claramente, não funcionou com ela, pelo contrário, a mulher foi indiferente, mas o tratou com toda educação do mundo, o que o fez se fazer de ofendido para mim. E dizer: —Essa é difícil irmãozinho e tem cara de inocente! Mas a beleza dela é surreal! — Olho para ele de cara feia e ele franze o cenho para mim, certamente tentando entender o porquê da minha reação. Mas nem eu mesmo sei. Final de expediente chegou e agora estou no meu quarto, me arrumando para uma festa BDSM privada na casa de um amigo meu, o M
LuízaEscuto um barulho irritante, tento tapar os ouvidos, mas não adianta. Grito, desistindo completamente me sento na cama e pego o causador dessa barulheira sem fim, arregalo os olhos saindo em disparada para o banheiro tomar o banho mais rápido da minha vida — Ai meu Pai eterno, segunda semana no trabalho e já vou chegar atrasada. INFERNO!Saio do banho voando, troco de roupa igual a uma desesperada, pego minha bolsa, chaves de casa e corro para rua atrás de um táxi, olho o relógio e já são 07:20h, nunca que chego na empresa em dez minutos. Entro no táxi pedindo para o moço acelerar o máximo que der nesse trânsito louco de Nova York, chegando em frente da empresa, respiro fundo, pago o taxista e desço correndo. Dou bom dia ao pessoal que fica na entrada, solto um tchau para Lisa indo na direção do elevador, quando aperto o trigésimo andar que as portas começam a se fechar uma mão segura as portas dando passagem para meu querido chefe adentrar o elevador com sua total imponência.
LuccaSegunda-feira chega até que bem rápido e eu passei o final de semana inteiro, remoendo o que o Mike me disse na sexta, sobre minha submissa ideal, talvez, só talvez, realmente deva estar onde não procurei ou pelo menos bem mais perto que imaginei.Todas as vezes que fechava os meus olhos pensando nisso, só enxergava aquela Ragazza dos olhos mais lindos que já vi.Nunca em toda minha vida me senti assim, como se estivesse perdendo completamente o controle, afinal, sou um Dominador e porra, controle é algo que devo ter, porém, ela me tira do eixo sem fazer absolutamente nada. Preciso muito saber que poder é esse que a Srta. Milani tem sobre mim e o meu amigo aqui embaixo. SIM, o que tenho entre as pernas não pode ver, nem pensar nela que já b**e continência, pronto para a batalha.Estou chegando atrasado na empresa — coisa que eu não gosto — graças aquela Feiticeira. Desde que pus os olhos nela, não consigo tira-la da minha cabeça, fiquei tanto tempo divagando que perdi a porra da
LuccaDepois de minutos que pareceram horas, nos encarando em absoluto silêncio, ela respira fundo como se buscasse as palavras certas ou até mesmo coragem para poder em fim falar.—Senhor, er... Lucca — porra, meu nome saindo dessa boca carnuda e bem desenhada quase me mata. Ela está nervosa. Não para de apertar os dedos. — Quero ser a mais sincera que posso, pelo menos até onde eu consigo, está bem?Aceno com a cabeça para que ela prossiga.—No dia da entrevista, quando nossas mãos se encostaram... — rapidamente a corto porque sei o que ela quer dizer.—Eu também senti Luíza! Você está falando do arrepio, da sensação de eletricidade que passou por nossos corpos, certo? — Ela balança a cabeça em positivo.—Então... depois disso, fiquei tentando entender o que havia acontecido. Eu nunca senti aquilo com ninguém na vida! Não que eu tenha tido muitas oportunidades de sentir algo assim — ela fala a última parte quase num sussurro, mas eu escuto muito bem e admito que acho muito bom saber