LuízaEscuto um barulho irritante, tento tapar os ouvidos, mas não adianta. Grito, desistindo completamente me sento na cama e pego o causador dessa barulheira sem fim, arregalo os olhos saindo em disparada para o banheiro tomar o banho mais rápido da minha vida — Ai meu Pai eterno, segunda semana no trabalho e já vou chegar atrasada. INFERNO!Saio do banho voando, troco de roupa igual a uma desesperada, pego minha bolsa, chaves de casa e corro para rua atrás de um táxi, olho o relógio e já são 07:20h, nunca que chego na empresa em dez minutos. Entro no táxi pedindo para o moço acelerar o máximo que der nesse trânsito louco de Nova York, chegando em frente da empresa, respiro fundo, pago o taxista e desço correndo. Dou bom dia ao pessoal que fica na entrada, solto um tchau para Lisa indo na direção do elevador, quando aperto o trigésimo andar que as portas começam a se fechar uma mão segura as portas dando passagem para meu querido chefe adentrar o elevador com sua total imponência.
LuccaSegunda-feira chega até que bem rápido e eu passei o final de semana inteiro, remoendo o que o Mike me disse na sexta, sobre minha submissa ideal, talvez, só talvez, realmente deva estar onde não procurei ou pelo menos bem mais perto que imaginei.Todas as vezes que fechava os meus olhos pensando nisso, só enxergava aquela Ragazza dos olhos mais lindos que já vi.Nunca em toda minha vida me senti assim, como se estivesse perdendo completamente o controle, afinal, sou um Dominador e porra, controle é algo que devo ter, porém, ela me tira do eixo sem fazer absolutamente nada. Preciso muito saber que poder é esse que a Srta. Milani tem sobre mim e o meu amigo aqui embaixo. SIM, o que tenho entre as pernas não pode ver, nem pensar nela que já b**e continência, pronto para a batalha.Estou chegando atrasado na empresa — coisa que eu não gosto — graças aquela Feiticeira. Desde que pus os olhos nela, não consigo tira-la da minha cabeça, fiquei tanto tempo divagando que perdi a porra da
LuccaDepois de minutos que pareceram horas, nos encarando em absoluto silêncio, ela respira fundo como se buscasse as palavras certas ou até mesmo coragem para poder em fim falar.—Senhor, er... Lucca — porra, meu nome saindo dessa boca carnuda e bem desenhada quase me mata. Ela está nervosa. Não para de apertar os dedos. — Quero ser a mais sincera que posso, pelo menos até onde eu consigo, está bem?Aceno com a cabeça para que ela prossiga.—No dia da entrevista, quando nossas mãos se encostaram... — rapidamente a corto porque sei o que ela quer dizer.—Eu também senti Luíza! Você está falando do arrepio, da sensação de eletricidade que passou por nossos corpos, certo? — Ela balança a cabeça em positivo.—Então... depois disso, fiquei tentando entender o que havia acontecido. Eu nunca senti aquilo com ninguém na vida! Não que eu tenha tido muitas oportunidades de sentir algo assim — ela fala a última parte quase num sussurro, mas eu escuto muito bem e admito que acho muito bom saber
LuízaAcordo mais cedo que o normal, estou ansiosa e ainda pensando na conversa que tive com o Senhor.... Quer dizer.... Com o Lucca. Eu aceitei jantar com ele, onde estava com a cabeça? Ele vai ver na hora que esse rostinho lindo aqui é uma frígida cheia de traumas e inseguranças.Vou até cozinha onde encontro a Emma fazendo nosso café da manhã, ela para, olha pra mim e fala :—O que aconteceu Lu? E nem adianta mentir porque eu te conheço bem! — pergunta me analisando.Respiro fundo porque não é fácil esconder algo dessa mulher, então jogo logo tudo que aconteceu de uma vez em cima dela. Emma desliga o fogão, sai do AP em quanto fico sem entender absolutamente nada, até vê-la aparecer novamente arrastando um Adam com cara amassada de sono querendo entender onde está acontecendo o incêndio. A Emm como boa profissional da fofoca, conta tudinho ao Dam que fica olhando para mim por um tempo até dizer:—Sol dos meus dias, conta para a gente o que está se passando nessa sua cabecinha linda
LuccaEstou encostado no meu carro esperando Luíza, quando ela aparece linda, numa roupa casual, mas extremamente sexy. A calça marca muito bem suas curvas. Ela se aproxima de mim toda linda, os cabelos escuros e longos caindo como cascatas sobre suas costas, os olhos grudados nos meus, muito linda mesmo.—Você está linda Luíza, de verdade mesmo! — Ela cora, sorri e agradecendo o elogio.Abro a porta para que ela entre no carro e no caminho vamos em um silêncio confortável, só a música da rádio que é ouvida dentro do carro. Chegando no meu prédio, o porteiro abre liberando minha entrada no subsolo para guardar o carro. Desço, dou a volta e abro a porta para ela.—Obrigado! — Apenas sorrio.Vamos para o elevador, digito o código e subimos para a cobertura. Então Luíza resolve quebrar o silencio.—Esse prédio é incrível Lucca! — Novamente, meu nome saindo da sua boca me deixa em dúvida se prefiro Senhor ou Lucca.—É sim. Algo me diz que você vai amar a vista do meu apartamento — realmen
LuízaÉ chagado o momento, já estou tremendo por dentro, mas eu preciso falar. Não posso começar nenhum tipo de relação escondendo coisas assim do Lucca.—Vamos lá Bella, pode falar, mas se sinta pressionada. Fale apenas se estiver confortável — ele fala atencioso.—Não Lucca, eu quero falar. Preciso falar, na verdade — ele balança a cabeça em concordância e espera pacientemente que eu comece a falar — São duas histórias, a que me fez querer sair do Brasil assim que pude e a que me fez.... Enfim. Quando minha Avó morreu, eu tinha acabado de fazer 16 anos, morávamos numa cidade pequena do Rio de Janeiro, todo mundo se conhecia e como sabiam que eu havia ficado totalmente sozinha as pessoas da minha rua se revezava para "cuidar" de mim — faço aspas com as mãos, porque quem ficou com minha tutela mesmo foi a mãe da Emma — não haviam outros parentes e não queria terminar em um lar adotivo. Tia Amália é quem realmente cuidava de mim, mas ela tinha a Emma, o marido dela, trabalho, essas coi
Luíza Lucca me puxa para o seu colo, me fazendo ficar de lado. Ele beija o meu rosto inteiro, nariz, testa, queixo, boca, testa novamente, até olhar no fundo dos meus olhos e me tomar num beijo lento, molhado e apaixonado. Nesse beijo, parece que ele quer tirar toda dor que possa existir em mim, mas também quer me dizer algo que eu ainda não consigo compreender.Ele levanta comigo no colo, estilo noiva. Agarro seu pescoço, encostando minha cabeça em seu peito vendo ele subir as escadas, passando por um corredor até chegar num quarto enorme, em tons de cinza, branco e chumbo, que imagino ser dele.O Lucca me deita bem no meio da cama com todo cuidado do mundo, me apoio nos cotovelos para olha-lo e o mesmo me olha de volta soltando um suspiro.—Você quer isso Luíza? — Sua voz está mais rouca do que o normal — Eu não havia planejado isso, não queria que você achasse que eu só queria te usar, mas... Depois de tudo que escutei de você... Só quero te mostrar que o prazer existe Ragazza e q
LuccaAcordo ainda de madrugada, tiro meu braço com cuidado debaixo da Luíza, desentrelaço minha perna da dela, levanto com cuidado para não a acordar, visto apenas a cueca e sigo para fora do quarto seguindo até a parte externa da cobertura. Chegando lá, me sento na espreguiçadeira olhando para o céu e começo a pensar sobre tudo que aconteceu desde nosso beijo na empresa até o exato momento que me encontro agora.Nunca fiz com ninguém o que fiz com aquela mulher que está esparramada na minha cama.Depois que jantamos e fomos para o sofá conversar, eu sabia que ela iria me contar algo que me faria entender o que a fazia travar. Quando a Luíza começou a me contar o que aquele vizinho fez com ela na adolescência, minha vontade era de matar um, não só por ter sido com ela que já tinha passado por tanta coisa, mas caralho, ela era uma adolescente que pelo que entendi tinha zero maldade e aquele sacana usou disso para tentar estuprá-la.Só de lembrar meu sangue ferve!Quando pensei que a h