— Sim! Sou eu! — Gritei, não consegui conter minha excitação.
— Você teve pesadelos, flor? O que é você? — A voz da Emma vim de longe, e me acordei.
Foi apenas um sonho afinal.
Ding!
Tocou o alerta de email.
Eu liguei o computador tremendo. O novo email já está lá, deitando na minha caixa de entrada.
Então de olhos fechados, clico no e-mail abrindo os olhos devagar e o que leio quase me mata do coração. Aaaaaaaaaaah!
Srta. Milani,
Seu currículo foi muito bem avaliado e suas habilidades serão de grande valia para nossa empresa, no entanto ainda temos que fazer uma entrevista para decidirmos quem ficará no cargo disponível.
Se estiver interessada, a entrevista será amanhã às 8:30h, no 30° andar. Seu nome já estará na recepção, fale com uma das meninas e é só subir que daí em diante será guiada.
Att.
RH Bianchi's Technology
—Meu Deeeeeus! — Gritei tão alto que acho que o quarteirão inteiro ouviu.
Depois do almoço tenho que sair para comprar uma roupa legal e um sapato novo, tenho que está apresentável para o pessoal do RH. Eles devem reparar em tudo!
Próximo dia.
É hoje! É hoje que se eu for bem nessa entrevista, vou ter um emprego. Justamente em uma das maiores empresas do país! Acordei cedinho, quase não durmo de tanta ansiedade e medo que dê tudo imensamente errado, mas no final dormi feito um anjinho. Agora estou fazendo um café reforçado para mim e Emma, depois vou tomar meu merecido banho, secar o cabelo, fazer um coque baixo, uma maquiagem leve e voilá, estarei pronta — pelo menos aparentemente.
—Bom dia flor do diaaa, acordou cedo mesmo hein Luluzinha?! Mas respira e não pira, pelo amor de Deus! — Já falei para vocês o quanto essa mulher me dá forças? É realmente a irmã que nunca tive.
—Bom dia Emm! Estou ansiosa, talvez um pouco nervosa, mas por outro lado, tentando me lembrar a cada instante de que sou capaz, que estudei muito nessa vida e sou capaz de fazer uma entrevista! — Falo da forma mais positiva que consigo.
—É isso aí garota! Vai dar tudo certo Lu! Agora deixa eu tomar meu café da manhã, terminar de me organizar e ir para o trabalho. Aaah... acho que mais tarde o Adam vem aqui ficar com a gente — sorrio animada.
—Está bom! Vai ser bom ter ele aqui, a gente pode pedir comida e ver algum filme. — Adam, nosso vizinho e também amigo.
—Acho ótimo! — Ela responde em quanto tomamos desjejum.
Depois do café da manhã a Emma se organizou e foi trabalhar. Agora estou debaixo no chuveiro, tentando relaxar nessa água morna deliciosa. Termino meu banho, seco o cabelo fazendo um coque baixo com uns fios soltos, em seguida faço uma maquiagem simples, visto o conjunto de saia mídi e camisa, subo nos meus saltos médios do escarpim, boto meu perfume preferido, hidratante, agora é só ir.
São 08:00h o que me dá uns vinte e cinco minutos para chegar na empresa, então corro para o elevador, chego na entrada do prédio já vendo o táxi que pedi, entro logo dizendo para onde vou e agora não tem mais volta.
Respira Luíza Milani, Respira!
Chegando na frente da empresa fico encantada, até um pouco intimidada com o quanto é grande, imponente. Pago o taxista descendo do carro na direção daquele prédio enorme. Assim que entro percebo as pessoas elegantes entrando e saindo cada um focado nos seus próprios afazeres, logo a frente, tem a recepção com duas mulheres bonitas, vestidas com um tipo de farda, que consiste em um terninho preto, blusa branca, um lenço e o crachá com suas identificações. Paro diante delas e a ruiva me olha de cima a baixo — já não gostei dela — e pergunta o que eu desejo ali:
—Então, o que deseja aqui querida? — Sua voz é enjoada. Ela me trata de maneira bastante mal-educada, mas finjo que não percebi.
—Oi, bom dia! Eu sou Luíza Milani e vim para a entrevista no trigésimo andar — a outra recepcionista loirinha que está perto, se aproxima.
—Deixa que eu falo com ela Samantha, vai atender as ligações — a tal Samantha revira os olhos mas faz o que a colega pede.
—Bom dia senhorita, me desculpe por isso! Meu nome é Lisa e vou te encaminhar ao elevador. De lá você pode ir até o andar que disse, tudo bem? — Ela é o oposto da cobrinha. Simpática, educada e também bonita. Loira, olhos castanhos claros e miudinha.
—Tudo bem, obrigada Lisa! — Dou um sorriso simpático e seguimos.
—É aqui, só passe este crachá que por hora é temporário, aperte o andar e boa sorte.
—Certo, obrigada pela atenção Lisa! — Ela acena com a cabeça voltando para o seu posto.
Passo o crachá que recebi dela na recepção, aperto o andar, me virando para o espelho, quero ver se estou suando, se está tudo no seu devido lugar. Quando as portas do elevador abrem, vejo um corredor imenso, lindo, tudo muito clean, elegante, é tudo em o que creio ser mármore, detalhes em dourado e madeira escura. No lado esquerdo há uma outra recepção, com uma mulher um pouco mais velha do que as lá de baixo, ela aparenta ter uns 40 anos talvez? Não sei, mas me parece simpática e assim que me vê, pede que espere na sala que há dobrando a esquerda. Assim eu fiz.
Entro numa sala de espera muito bem projetada, grande, com sofás cinza clarinho, poltronas com pernas em dourado, um centro de vidro também com pernas douradas bem centralizado, mas nelas haviam umas linha de madeira escura — muita linda mesmo — no canto tem um enorme vaso com uma planta dando um charme a mais na decoração e no outro algumas revistas sobre bolsa de valor, empresários etc. Aqui logo percebo a presença de mais duas mulheres lindas, vestidas pra matar qualquer homem, com seus decotes grandes demais para uma entrevista, mas quem sou eu para julgá-las? Elas começam a ser chamadas e depois eu não às via mais, então concluo que saem da entrevista direto para casa à espera de uma resposta. Quase 11:00h, a simpática mulher da recepção chama meu nome me guiando até uma porta enorme, marrom escura a qual eu não tinha percebido quando cheguei, nela há uma placa escrita "CEO" — meu Deus minha entrevista será com o dono disso tudo? Esse velho vai acabar comigo, certeza! Agora meu nervosismo voltou com força. E eu aqui, achando que o RH iria me entrevistar!
Ela bateu na porta e uma voz grave entoou um "Entre", a mulher acena para mim, respirei fundo e entrei. A primeira coisa que vejo é o quão enorme a sala é, meu Deus! Um sofá de couro encostado na parede, poltronas do mesmo estilo, um centro retangular de vidro, na frente da mesa do homem duas poltronas bem bonitas, a mesa segue o padrão de madeira escura e apesar de ser um ambiente mais masculino, o mármore de cor clara permanece pelo local. No outro canto tem uma porta que imagino ser um banheiro e perto do sofá um quadro muito bonito que não faço ideia do que seja, mas é bem bonito, quando volto a mim, olho para a grande parede de vidro que dá uma visão completa da cidade de Nova York e parado olhando para mim com uma sobrancelha erguida está...
Espera aí, não era para ser um velho gorducho?
Ah não Deus! Em vez disso, tem um homem enorme, olhos azuis, cabelos loiros penteados perfeitamente para trás, rosto forte, boca carnuda bem desenhada, uma barba por fazer, eu já falei dos olhos? Ele tem olhos intensos demais, lindos! De repente sou tirada do meu transe momentâneo e da minha inspeção.—Então... Senhorita Luíza Milani é isto? — Ele me olha de cima a baixo, parece analisar cada movimento meu, cada gesto.—Sim, Senhor Bianchi! — Não sei, mas quando falei o nome dele pensei ter visto algo passar por seus olhos.—Sente-se Senhorita, vamos começar nossa entrevista. Eu mesmo quis fazê-la, pois quero trabalhar com pessoas competentes, que entendem o que estão fazendo e facilitam meu dia a dia. Não quero gente incompetente ao meu redor!—Sim Senhor, compreendo — me sento após ele falar assim tão rude, cruzei as pernas esperando por ele.—Então Srta. Milani, vendo seu currículo vejo que sua formação e seus conhecimentos valeriam mais em um cargo administrativo, não acha? — Essa
LuccaA pouco tempo meu pai decidiu se aposentar, deixando a empresa nas minhas mãos e nas mãos do meu irmão mais velho, Vincenzo. Sou o CEO em quanto o Vince é o Vice, além de cuidar da parte jurídica como ninguém. Eu e meu irmão temos 4 anos de diferença, nos divertimos muito juntos e na adolescência, mesmo com a diferença de idade, ele me levava para sair, "paquerar com as gatinhas " como ele dizia. Temos uma Irmã caçula que é nosso maior tesouro, o nome dela é Elisa, ela é linda e nós sempre cuidamos dela como nosso cristal. Elisa é uma garota meiga, decidida, engraçada e às vezes sem filtro — Talvez seja a idade! — Na maioria do tempo está em casa estudando. Meus pais sempre foram unidos, abertos a conversas, nunca senti que não pudesse contar algo para eles e isso se repete com meus irmãos.Tenho uma fama de ser meio rude, mas só não sou muito de "mimimi", amo minha família e eles sabem disso, não que viva dizendo, mas já disse algumas vezes e assim como eu, eles sabem que faço
LuízaChego em casa depois das compras que fiz, que se resumiram em roupas para trabalhar e que deem para variar entre elas, porque não tenho grana para estar comprando roupa o tempo todo não.Aproveito o resto da tarde para organizar a casa, meu quarto, minhas coisas e roupas novas. Quando termino tudo, tomo um banho tranquilo de banheira que me fez até cochilar, depois do banho visto uma camiseta grande, short de moletom, seco os cabelos já visando que amanhã trabalho e vou para a sala esperar os meus amigos loucos chegarem. Não demora para que os dois entrem em casa batendo papo com sacolas de comida chinesa nas mãos. Nos cumprimentamos, sentamos no chão ao redor do centro começando a comer e conversar:—Mas e aí Luluzinha, conta para a gente... como foi a entrevista? — Pergunta Emma agoniada.—Estava nervosa, só tínhamos eu e mais duas mulheres, fui a última a ser chamada, quando entrei na sala achando que seria entrevistada pelo RH ou um Senhor rechonchudo, dei de cara com o CEO
Lucca Sexta-feira chega e o dia na empresa hoje foi uma loucura, principalmente tendo que escutar aquela voz doce que imagino gemendo enquanto me chama de Senhor. Vendo aqueles olhos que transmitem inocência, mas ao mesmo tempo medo e força, aquela bunda redondinha sob aquele vestido colado, andando de lá para cá para me entregar papéis ou passar minha agenda do dia. Como quero estapear aquela bunda empinada.Cazzo!Meu irmão conheceu Luíza e assim que a viu jogou seu charme que claramente, não funcionou com ela, pelo contrário, a mulher foi indiferente, mas o tratou com toda educação do mundo, o que o fez se fazer de ofendido para mim. E dizer: —Essa é difícil irmãozinho e tem cara de inocente! Mas a beleza dela é surreal! — Olho para ele de cara feia e ele franze o cenho para mim, certamente tentando entender o porquê da minha reação. Mas nem eu mesmo sei. Final de expediente chegou e agora estou no meu quarto, me arrumando para uma festa BDSM privada na casa de um amigo meu, o M
LuízaEscuto um barulho irritante, tento tapar os ouvidos, mas não adianta. Grito, desistindo completamente me sento na cama e pego o causador dessa barulheira sem fim, arregalo os olhos saindo em disparada para o banheiro tomar o banho mais rápido da minha vida — Ai meu Pai eterno, segunda semana no trabalho e já vou chegar atrasada. INFERNO!Saio do banho voando, troco de roupa igual a uma desesperada, pego minha bolsa, chaves de casa e corro para rua atrás de um táxi, olho o relógio e já são 07:20h, nunca que chego na empresa em dez minutos. Entro no táxi pedindo para o moço acelerar o máximo que der nesse trânsito louco de Nova York, chegando em frente da empresa, respiro fundo, pago o taxista e desço correndo. Dou bom dia ao pessoal que fica na entrada, solto um tchau para Lisa indo na direção do elevador, quando aperto o trigésimo andar que as portas começam a se fechar uma mão segura as portas dando passagem para meu querido chefe adentrar o elevador com sua total imponência.
LuccaSegunda-feira chega até que bem rápido e eu passei o final de semana inteiro, remoendo o que o Mike me disse na sexta, sobre minha submissa ideal, talvez, só talvez, realmente deva estar onde não procurei ou pelo menos bem mais perto que imaginei.Todas as vezes que fechava os meus olhos pensando nisso, só enxergava aquela Ragazza dos olhos mais lindos que já vi.Nunca em toda minha vida me senti assim, como se estivesse perdendo completamente o controle, afinal, sou um Dominador e porra, controle é algo que devo ter, porém, ela me tira do eixo sem fazer absolutamente nada. Preciso muito saber que poder é esse que a Srta. Milani tem sobre mim e o meu amigo aqui embaixo. SIM, o que tenho entre as pernas não pode ver, nem pensar nela que já b**e continência, pronto para a batalha.Estou chegando atrasado na empresa — coisa que eu não gosto — graças aquela Feiticeira. Desde que pus os olhos nela, não consigo tira-la da minha cabeça, fiquei tanto tempo divagando que perdi a porra da
LuccaDepois de minutos que pareceram horas, nos encarando em absoluto silêncio, ela respira fundo como se buscasse as palavras certas ou até mesmo coragem para poder em fim falar.—Senhor, er... Lucca — porra, meu nome saindo dessa boca carnuda e bem desenhada quase me mata. Ela está nervosa. Não para de apertar os dedos. — Quero ser a mais sincera que posso, pelo menos até onde eu consigo, está bem?Aceno com a cabeça para que ela prossiga.—No dia da entrevista, quando nossas mãos se encostaram... — rapidamente a corto porque sei o que ela quer dizer.—Eu também senti Luíza! Você está falando do arrepio, da sensação de eletricidade que passou por nossos corpos, certo? — Ela balança a cabeça em positivo.—Então... depois disso, fiquei tentando entender o que havia acontecido. Eu nunca senti aquilo com ninguém na vida! Não que eu tenha tido muitas oportunidades de sentir algo assim — ela fala a última parte quase num sussurro, mas eu escuto muito bem e admito que acho muito bom saber
LuízaAcordo mais cedo que o normal, estou ansiosa e ainda pensando na conversa que tive com o Senhor.... Quer dizer.... Com o Lucca. Eu aceitei jantar com ele, onde estava com a cabeça? Ele vai ver na hora que esse rostinho lindo aqui é uma frígida cheia de traumas e inseguranças.Vou até cozinha onde encontro a Emma fazendo nosso café da manhã, ela para, olha pra mim e fala :—O que aconteceu Lu? E nem adianta mentir porque eu te conheço bem! — pergunta me analisando.Respiro fundo porque não é fácil esconder algo dessa mulher, então jogo logo tudo que aconteceu de uma vez em cima dela. Emma desliga o fogão, sai do AP em quanto fico sem entender absolutamente nada, até vê-la aparecer novamente arrastando um Adam com cara amassada de sono querendo entender onde está acontecendo o incêndio. A Emm como boa profissional da fofoca, conta tudinho ao Dam que fica olhando para mim por um tempo até dizer:—Sol dos meus dias, conta para a gente o que está se passando nessa sua cabecinha linda