Nina achou por bem se retirar daquele lugar e apenas sorriu para Valentim ao passar por sua mesa.
Susan ficou boquiaberta com a ousadia daquela estranha.Valentim seguiu com o olhar os passos elegantes de Nina e quando virou-se para Susan, encontrou o ar de indignação estampado no rosto da moça. — Chega, isso pra mim foi demais!— ela disse se levantando.Valentim a fez sentar segurando o seu braço, mas os olhos estavam lá fora, presos a magia que vinha da moça mais doce que pensou existir.Susan sentou-se olhando na direção dos olhos de Valentim e viu Nina lhe sorrindo, enquanto entrava no seu carro. — Ela deve ser muito rica! Viu o carro dela? Não é para o seu bico, meu caro! — Susan comentou logo que Nina se foi.Valentim não respondeu, limitou-se a comer o croissant à sua frente.Valentim ficou pensativo o tempo todo e Susan ficou decepcionada porque esperou tanto poder ficar a sós com ele, fora da emissora e vem uma deusa daquela e rouba a cena.Ela suspirou e também começou a comer. Pensou que não voltariam a ver aquela beldade nunca mais. Aquela moça parecia pertencer a uma família muito abastada e estava longe do alcance de Valentim. Ela não precisava se preocupar, pelo menos era isso que ela pensava.Depois do café, cada um seguiu seu rumo e Valentim chegou ao seu apartamento angustiado por ter perdido aquela mulher de vista. "Nunca mais a veria novamente"— ele pensava enquanto afrouxava a gravata.Precisava vê-la outra vez. Era a mulher mais linda e elegante que já vira. Precisava cruzar com ela novamente. Não sabia como, mas precisava.Depois de se despir, ele entrou no chuveiro sem parar de pensar em Nina.Ela não conseguiu ir para a faculdade. Voltou para casa dizendo que não se sentia bem, mas assim que entrou no seu quarto, quase gritou de alegria — Amor meu! Eu te vi de pertinho! Eu nunca mais vou te perder!— ela dizia se jogando na cama macia e acolhedora. — Valentim, você olhou pra mim! Você olhou pra mim!— ela falava sem parar.Alguém bateu à porta lhe trazendo a realidade. — Entra!— ela disse. Tinha quase certeza de que era a sua nonna.Giulia entrou sorrindo sem jeito. — Desculpa Nina! Quer que faça um chá? Não se sente bem?— ela falou sentando-se à beira da cama.Nina abraçou a avó sorrindo e falando: — Estou bem, nonna! Nunca me senti tão bem! Eu o vi de pertinho, nonna!Giulia sorria confusa, contagiada pela alegria da neta. — Nina, se controle pelo amor de Dio! Tuo padre pode ouvir, han?— ela dizia olhando para a porta.Nina se afastou da avó e se levantou de braços aberto falando: — Ele me viu nonna! Isso é o que importa! Ele olhou para mim!Giulia também se levantou olhando para a porta nervosa, enquanto falava: — Agora ficou ainda pior, Dio Santo! Antes era só na tela!Nina se jogou na cama sorrindo e Giulia saiu meneando a cabeça.Nina e Valentim adormeceram neste dia pensando um no outro.No dia seguinte, Nina planejou cruzar novamente com Valentim. Nunca mais se separariam. Ela suspirava na mesa do café.Giulia olhava preocupada para neta, temia que Salvatore desconfiasse de alguma coisa.Salvatore olhou a filha com espanto e disse sorrindo satisfeito: — Graças a Dio que tuestás cosi felice!Nina revirou os olhos. Não gostava que o pai estivesse misturando os idiomas com ela. Sempre temia vê-lo exaltado. Mas Salvatore estava mesmo feliz. — Isso é bom per que vai receber bem a mia notícia!— ele dizia gesticulando muito.Nina continuou comendo mostrando pouco interesse pelo assunto.Salvatore se inclinou para a frente sorrindo e disse animado: — Per que io já arrumou um marido para tu, Nina!Quando Nina ergueu os olhos assustados para o pai, percebeu que a mãe e a avó também estavam perplexas.Salvatore ignorou as caras de espanto e continuou a falar empolgado: — Ma ele é belíssimo e inteligente também, há! Não tem como não gostar de Vittorio!Nina se inclinou procurando os olhos do pai e indagou com a testa franzida: — Ele é mafioso como tu papá?Salvatore trouxe o corpo de volta falando alegremente: — Si, si e como non!Nina também ajeitou o corpo de volta a cadeira e disse confusa: — Não vou casar com nenhum mafioso!Giulia arregalou os olhos e olhou para Gioconda que também estava surpresa.Salvatore fechou o semblante e se levantou da mesa, batendo forte com a mão entre as porcelanas que trepidaram. — Filha mia não tem querer, há!— ele gritou.Nina também se levantou e encarou o pai dizendo: — Eu não vou casar contra a vontade! Vou escolher com quem quero ficar a vida toda e não vai ser nenhum dos seus amigos mafiosos.Salvatore ficou boquiaberto enquanto via a filha se afastar pisando fundo.Nina saiu pela porta da frente e foi pegar o seu carro.Luca saiu atrás desesperado falando: — Tu enfrentaste o tuo padre novamente Nina? Estás dificultando as coisas! Logo ele vai descobrir que estou de tuo lado!Nina parou e suspirou angustiada. — Eu posso me virar sem você, Luca! Me deixe então!— foi o que ela disse antes de entrar no carro e sair em alta velocidade.Luca olhou para a casa e voltou a olhar o rastro do carro de Nina e coçou a cabeça confuso. Correu quando ouviu os gritos do patrão chamando por ele.Luca chegou correndo e encontrou o patrão bufando enquanto as criadas apanhavam os cacos de porcelanas do chão.Giulia e Gioconda estavam em choque, não ousavam falar qualquer coisa. Não se lembravam de ter visto Salvatore tão bravo antes.Luca passou por elas lançando olhar de preocupação e seguiu o patrão até o seu escritório.Salvador respirou fundo e começou a falar acendendo um charuto. As mãos tremiam.Luca aceitou um charuto que o patrão lhe oferecia e sentou-se numa poltrona para onde a mão de Salvatore apontava. — Ma eu preciso que tu siga os passos da mia figlia, Luca! Io confio eu tu, capisce?Luca assentiu a cabeça nervoso. — Si, capisco Don Salvatore!Salvatore soprou a fumaça do seu charuto no ar, depois se inclinou para Luca e disse: — Descubra se Nina tem alguém e mande matar o maledetto sem que ela saiba!Luca engoliu em seco olhando fixamente para o patrão e também soprou a fumaça do seu charuto.Enquanto isso, Nina chegava ao condomínio luxuoso de Cinthia, sua amiga da faculdade.Cinthia ficou muito feliz com a sua chegada. Ainda era cedo, os pais da moça tomavam café da manhã.Nina entrou sem graça. Dava para perceber que os pais da amiga lhe olhavam desconfiados. — Vem Nina, vem!— Cinthia dizia puxando Nina pela mão. As duas subiram as escadas sob o olhar curioso dos pais de Cinthia. — Amiga, não quero incomodar!— Nina disse segurando as mãos de Cinthia quando sentavam à beira da cama.Cinthia suspirou e respondeu: — Desculpe pelos meus pais. Não me importo com o que falam do seu pai Nina! Você é minha amiga!Nina sorriu sem jeito e aceitou o abraço caloroso da amiga.Cinthia se afastou emocionada e tentou levantar o astral de Nina. — Não gosto de ver a minha amiga poderosa assim! O que vamos fazer hoje, hein?— ela disse animada.Nina ficou séria e começou a falar com expressão angelical. Essa era a sua especialidade. — Por que me acha poderosa, Cinthia? Por causa do
Cinthia ajeitou o cabelo por trás da orelha e respondeu olhando para os lados, sem encarar a amiga: — É o seu amado quem diz! Se você o ama mesmo assim, sabe que ele não está errado. Nina apertou os olhos enfurecida, mas teve que escutar a amiga continuar, agora lhe encarando: — Muitas pessoas falam, Nina. Eu escuto isso há muito tempo! Eu sou sua amiga. Não falo desse assunto para não lhe magoar e porque sei que você não tem nada haver com essa situação em que o seu pai vive.Nina suspirou olhando em volta antes de falar: — Papá é um homem trabalhador até onde eu sei.Cinthia sorriu e meneou a cabeça, mas antes que Nina dissesse algo, um belo homem entrou naquele lugar.As duas ficaram o olhando admiradas com a sua elegância. — Meu Deus, ele é lindo mesmo Nina!— Cinthia disse levando a mão ao peito.Nina não disse nada, limitou-se a olhar para o seu amado suspirando. Valentim logo foi recebido gentilmente pelo garçom que parecia já conhecê-lo há tempos.Ele virou o rosto enquan
Valentim abotoou a camisa, depois a passou por dentro da calça e se olhou no espelho. Estava nervoso e impaciente. Nina estava desolada. Acabou de se vestir, sem tirar os olhos do chão. — Vamos, eu vou te deixar em casa!— Valentim falava como se Nina fosse uma adolescente. Ela passou por ele irritada falando: — Não quero sua carona! Não quero mais lhe ver!Valentim a segurou pelos braços com força a fazendo voltar-se para ele.Os olhos de Nina estavam cheios de ódio, mas não resistiu, quando foi beijada com força e o seu corpo lhe traiu no mesmo instante em que Valentim abaixou a alça de seu vestido e deslizou os lábios quentes pelo seu pescoço, em seguida as suas mãos já tocavam os seus seios com tanta intimidade, como se ela já lhe pertencesse há muito tempo, o que era de fato. Nina tinha um sorriso no rosto, vendo que Valentim não resistia ao seu corpo sedento. A sua boca quase gritou as paredes o quanto o desejava. As pernas fraquejaram denunciando o seu desejo. Estava pronta
Nina deixou-se cair no leito e se esforçou para não chorar.Decidiu ser forte com Valentim, como na sua vida. Ele seria dela de qualquer jeito, mesmo que fosse a força. Nina se olhou no espelho e não gostou do que viu. Estava abatida, os olhos inchados, não se reconhecia. Deitou-se e dormiu. Giulia foi acordá-la para ir à faculdade, mas ela não quis se levantar. Giulia sentou-se à beira da cama e disse apreensiva: — Espero que tu perdoe a tua nonna por ter-te colocado nesta situação, viu Nina! Má io non conseguiria viver com tuo ódio!Nina se virou para falar a avó se esforçando para sorrir: — Não se preocupe, eu não vou casar mesmo!Giulia ergueu as sobrancelhas incrédula dizendo: — Ma io non estou acreditando nisso, han! Non vai enfrentar tuo padre pelo amor de Dio!Nina virou-se novamente de costas para a avó e fechou os olhos. — Deixe-me dormir nonna! Só quero ficar sozinha. Giulia levantou meneando a cabeça angustiada. — Ma io já estou me arrependo, han!— ela disse indo n
Nina passou o dia como uma garota obediente, escolheu um vestido novo e mandou chamar uma equipe para lhe arrumar o cabelo e as unhas.À noite, ela estava maravilhosa quando desceu as escadas e avistou um homem de terno ao lado de seu pai.O homem podia ser pelo menos vinte anos mais velho que Nina. Ele tinha boa aparência e fumava um charuto, o que lhe desagradou imediatamente. Mesmo assim, Nina sorriu, ele poderia ser um príncipe, mas ela já havia escolhido o homem com quem se casaria. Salvatore estava encantado com o seu futuro genro, pois o homem era muito influente e só tinha a somar. — Filha, este é George Galdino, um rapaz muito especial! Eu faria muito gosto em dar a sua mão para ele— Salvatore disse empolgado. Nina sorriu, fingindo estar de acordo, mas estava atenta aos detalhes. Aquele homem não devia falar italiano, por isso o seu pai estava a falar bem o português para agradá-lo. Ela desceu as escadas e estendeu a mão para o seu pretendente. — Encantado!— George diss
Depois de se livrar do primeiro candidato mafioso a marido, Nina seguiu com o seu plano.Logo cedo, quando ainda estava escuro, saiu com Luca pelo portão secreto e entraram no furgão preto.Luca dirigia nervoso por uma estrada de barro nos arredores da cidade. — Está com medinho, Luca?— Nina brincou.Luca remexeu os ombros e respondeu sem tirar os olhos da estrada: — Ma io non estou com medo, io só penso em tuo padre!Nina suspirou e riu enquanto olhava a paisagem, alheia a preocupação do homem. — Pelo que vejo, o lugar deve ser perfeito! Longe de tudo e de todos!— ela disse satisfeita. Luca estacionou o carro em frente a um casebre, que parecia perdido no meio do mato, Nina imaginou que o lugar estivesse em péssimo estado e desceu do carro apressada se queixando: — Luca, não pense que vou trazer o meu Valentim para um lugar desse, sem nenhum conforto! O Homem riu e deu a volta no carro indo abrir a casa.Quando a porta se abriu, parecia que estavam em outro lugar.A casa por d
Nina sorriu e caminhou em passos lentos até chegar bem perto de Valentim para falar ao seu ouvido: — Gostou da surpresa?Valentim apertou os olhos e fez uma careta, expressando confusão. — Não gosta de mulher madura e poderosa? Então, eis-me aqui!— Nina disse passando o dedo indicador pelo queixo de Valentim num gesto sedutor.O rapaz engoliu em seco, depois examinou a sua sequestradora cuidadosamente e sorriu malicioso. — Assim está bem melhor! — ele disse.Nina mordeu os lábios e ficou de pé sobre a cama, deixando Valentim assustado, espremido entre as suas pernas. — Por que está fazendo isso comigo?— ele indagou olhando para cima, assim podia visualizar a minúscula lingerie preta de renda que Nina usava por baixo do vestido que subia pelo movimento das pernas dela. Nina olhou para baixo, concluindo que Valentim observava a sua intimidade descaradamente e sorriu vitoriosa. — Vai me resistir agora?— ela quis saber.Valentim tentou em vão avançar para frente, mas as cordas já
Valentim tomou Nina nos braços suspendendo o seu corpo causando-lhe susto e prazer. Eles sorriam se olhando, enquanto alcançava o leito macio.Nina fechou os olhos quando sentiu o seu vestido sendo retirado delicadamente pelas mãos ágeis de Valentim que respirava ofegante e não parava de lhe beijar. — Eu te amo, Valentim! — Nina sussurrou ao ouvido do seu amado quando se achou totalmente despida.Valentim olhou para Nina e sorriu satisfeito. — Eu quero você, garota!— ele disse sedutor.Nina ficou impaciente e começou a tirar as roupas de Valentim com receio de vê-lo desistir. — Calma, garota! Você vai me ter!— ele disse, ajudando a tirar as próprias roupas.Os corpos estavam agora despidos e quentes, Nina estava nas nuvens sentindo as mãos de Valentim correr por todo o seu corpo lhe explorando por fim sua intimidade. Já estava muito excitada e implorava para se entregar, enquanto ele lhe torturava se esfregando no meio das suas pernas. Nina sentia dor quando ele deslizava na sua