Enquanto isso, Nina chegava ao condomínio luxuoso de Cinthia, sua amiga da faculdade.
Cinthia ficou muito feliz com a sua chegada. Ainda era cedo, os pais da moça tomavam café da manhã.Nina entrou sem graça. Dava para perceber que os pais da amiga lhe olhavam desconfiados. — Vem Nina, vem!— Cinthia dizia puxando Nina pela mão.As duas subiram as escadas sob o olhar curioso dos pais de Cinthia. — Amiga, não quero incomodar!— Nina disse segurando as mãos de Cinthia quando sentavam à beira da cama.Cinthia suspirou e respondeu: — Desculpe pelos meus pais. Não me importo com o que falam do seu pai Nina! Você é minha amiga!Nina sorriu sem jeito e aceitou o abraço caloroso da amiga.Cinthia se afastou emocionada e tentou levantar o astral de Nina. — Não gosto de ver a minha amiga poderosa assim! O que vamos fazer hoje, hein?— ela disse animada.Nina ficou séria e começou a falar com expressão angelical. Essa era a sua especialidade. — Por que me acha poderosa, Cinthia? Por causa do que falam do meu pai?Nina suspirou, percebendo que deixou Cinthia sem graça e continuou: — Eu nunca soube dessas coisas lá em casa. Somos uma família como qualquer outra!Cinthia mordeu os lábios meio sem graça e disse: — É que, aquele repórter Valentim…Nina a interrompeu: — Eu o amo!— ela disse de súbito assustando a amiga.As duas ficaram se olhando por um tempo, depois explodiram sorrindo e se abraçaram.Cinthia estava radiante, falava pelos cotovelos: — Meu Deus! Parece filme! Você é apaixonada pelo inimigo do seu pai! Incrível Nina! Estou amando essa história!Nina olhou a amiga falando, andando pelo quarto e se contagiou. Levantou-se e segurou as duas mãos da moça fazendo-a parar para ouvi-la. — Eu quero conquistá-lo! Me ajuda!Cinthia ficou estática por uns longos segundos depois abraçou Nina dizendo: — Eu vou te ajudar amiga, venha comigo.Nina fechou os olhos e sorriu. Apesar do seu jeito peralta e perigoso, parecia ali alguém que Cinthia não conhecia. Uma jovem apaixonada e assustada com a possibilidade de não poder viver aquele amor proibido.Cinthia se afastou curiosa. — O que está aprontando?— ela quis saber.Nina se animou e expôs o seu plano: — Preciso me aproximar dele sem que ele saiba quem eu sou, ou seja, de quem eu sou filha.Cinthia sorriu e saiu em direção ao seu closet falando: — Vou me trocar e vamos armar tudo de forma que ele não descubra, deixa comigo!Nina sentou-se novamente à beira da cama e pôs-se a esperar de pernas cruzadas, balançando nervosamente. Cinthia parecia demorar muito.Finalmente a amiga chegou e já estava pronta. As duas saíram a sussurrar, animadas a fazer planos.Desceram as escadas sorridentes e viram que os pais de Cinthia estavam na sala as encarando. — Para onde vai a essa hora?— o homem indagou seco.Cinthia franziu a testa, pois o pai nunca se importou com as suas saídas, ainda mais sendo de dia.Ela percebeu que a mãe estava tensa apertando as mãos. — Vou sair com a minha amiga!— Cinthia disse nervosa.O homem engoliu em seco, sem tirar os olhos de Nina.As duas saíram pela porta da frente e foram em direção ao carro de Nina. — Eu vou com o meu carro Nina! Vai que você sai com o seu príncipe.Nina sorriu e disse: — Ele trabalha amiga. É um homem sério e não vou cruzar com ele numa balada.Cinthia deu de ombros e entrou no carro.O carro de Nina estacionou num lugar seguro e as duas saíram na direção da emissora. — Por onde vamos começar?— Cinthia indagava tentando acompanhar os passos largos de Nina. — Primeiro preciso descobrir onde ele almoça!— Nina disse andando em passos firmes na direção de um restaurante ali próximo. — Mas o programa dele é só a tarde Nina!— Cinthia argumentou ofegante.Nina parou de andar, virando-se para responder a amiga: — Se ele mora sozinho, primeiro passa aqui perto, almoça e vai para o camarim se aprontar.Cinthia piscou algumas vezes, surpresa com a destreza da amiga. — Depois você pergunta porque te acho poderosa!— ela disse assustada.Nina sorriu e virou-se, voltando a caminhar no mesmo sentido de antes. — Mas é cedo para ele almoçar, não acha?— Cinthia voltou a falar ofegante, enquanto caminhava atrás de Nina. — Só vou tirar informações!— Nina respondeu impaciente.Cinthia parou na porta do estabelecimento e ficou observando Nina conversar com um funcionário que estava na porta. Esperou ela voltar para falar: — Pelo sorriso, descobriu algo interessante!Nina continuou andando sorrindo. — Ele almoça aqui! — ela disse satisfeita.Cinthia andava atrás, ofegante. — Vamos para onde agora?— ela quis saber. — Esperar dar o horário!— Nina disse séria olhando para frente, indiferente à ansiedade da amiga.As duas atravessaram a rua e visitaram algumas lojas de roupas e perfumaria.Voltaram ao carro para guardar as compras. — Você não comprou nada amiga. Está mesmo focada!— Cinthia disse colocando as sacolas no banco traseiro.Nina estava séria, enquanto caminhava, parecia estar saindo numa das suas missões, às escondidas do pai para descobrir os seus movimentos e muitas vezes para salvá-lo explodindo galpões.Cinthia estava assustada. — Você está tão séria amiga, parece pronta para matar!— Cinthia disse tentando descontrair, mas a voz saiu trêmula.Nina olhou para trás e deu um sorriso frio, depois continuou caminhando na direção do restaurante. — Como fez para descobrir que Valentim almoça aqui?— Cinthia indagou sentando-se à mesa. — Perguntei se o pessoal da emissora almoça aqui!— Nina respondeu arrumando o guardanapo no colo.Os olhos de Cinthia brilharam e ela comentou admirada: — Você é poderosa mesmo, como o seu pai!Nina ergueu os olhos para olhar a amiga com expressão de espanto, como se achasse que foi descoberta.Cinthia sorriu envergonhada e começou a se justificar tropeçando nas palavras: — Me perdoe, não foi isso que quis dizer! Bem, eu sei que você é diferente do seu pai.Nina ergueu as sobrancelhas e sorriu sem jeito, depois suspirou olhando em volta, como se quisesse se certificar de que não estava sendo ouvida além da amiga. — Acredita mesmo que o meu pai seja um mafioso?— ela quis saber.Cinthia ajeitou o cabelo por trás da orelha e respondeu olhando para os lados, sem encarar a amiga: — É o seu amado quem diz! Se você o ama mesmo assim, sabe que ele não está errado. Nina apertou os olhos enfurecida, mas teve que escutar a amiga continuar, agora lhe encarando: — Muitas pessoas falam, Nina. Eu escuto isso há muito tempo! Eu sou sua amiga. Não falo desse assunto para não lhe magoar e porque sei que você não tem nada haver com essa situação em que o seu pai vive.Nina suspirou olhando em volta antes de falar: — Papá é um homem trabalhador até onde eu sei.Cinthia sorriu e meneou a cabeça, mas antes que Nina dissesse algo, um belo homem entrou naquele lugar.As duas ficaram o olhando admiradas com a sua elegância. — Meu Deus, ele é lindo mesmo Nina!— Cinthia disse levando a mão ao peito.Nina não disse nada, limitou-se a olhar para o seu amado suspirando. Valentim logo foi recebido gentilmente pelo garçom que parecia já conhecê-lo há tempos.Ele virou o rosto enquan
Valentim abotoou a camisa, depois a passou por dentro da calça e se olhou no espelho. Estava nervoso e impaciente. Nina estava desolada. Acabou de se vestir, sem tirar os olhos do chão. — Vamos, eu vou te deixar em casa!— Valentim falava como se Nina fosse uma adolescente. Ela passou por ele irritada falando: — Não quero sua carona! Não quero mais lhe ver!Valentim a segurou pelos braços com força a fazendo voltar-se para ele.Os olhos de Nina estavam cheios de ódio, mas não resistiu, quando foi beijada com força e o seu corpo lhe traiu no mesmo instante em que Valentim abaixou a alça de seu vestido e deslizou os lábios quentes pelo seu pescoço, em seguida as suas mãos já tocavam os seus seios com tanta intimidade, como se ela já lhe pertencesse há muito tempo, o que era de fato. Nina tinha um sorriso no rosto, vendo que Valentim não resistia ao seu corpo sedento. A sua boca quase gritou as paredes o quanto o desejava. As pernas fraquejaram denunciando o seu desejo. Estava pronta
Nina deixou-se cair no leito e se esforçou para não chorar.Decidiu ser forte com Valentim, como na sua vida. Ele seria dela de qualquer jeito, mesmo que fosse a força. Nina se olhou no espelho e não gostou do que viu. Estava abatida, os olhos inchados, não se reconhecia. Deitou-se e dormiu. Giulia foi acordá-la para ir à faculdade, mas ela não quis se levantar. Giulia sentou-se à beira da cama e disse apreensiva: — Espero que tu perdoe a tua nonna por ter-te colocado nesta situação, viu Nina! Má io non conseguiria viver com tuo ódio!Nina se virou para falar a avó se esforçando para sorrir: — Não se preocupe, eu não vou casar mesmo!Giulia ergueu as sobrancelhas incrédula dizendo: — Ma io non estou acreditando nisso, han! Non vai enfrentar tuo padre pelo amor de Dio!Nina virou-se novamente de costas para a avó e fechou os olhos. — Deixe-me dormir nonna! Só quero ficar sozinha. Giulia levantou meneando a cabeça angustiada. — Ma io já estou me arrependo, han!— ela disse indo n
Nina passou o dia como uma garota obediente, escolheu um vestido novo e mandou chamar uma equipe para lhe arrumar o cabelo e as unhas.À noite, ela estava maravilhosa quando desceu as escadas e avistou um homem de terno ao lado de seu pai.O homem podia ser pelo menos vinte anos mais velho que Nina. Ele tinha boa aparência e fumava um charuto, o que lhe desagradou imediatamente. Mesmo assim, Nina sorriu, ele poderia ser um príncipe, mas ela já havia escolhido o homem com quem se casaria. Salvatore estava encantado com o seu futuro genro, pois o homem era muito influente e só tinha a somar. — Filha, este é George Galdino, um rapaz muito especial! Eu faria muito gosto em dar a sua mão para ele— Salvatore disse empolgado. Nina sorriu, fingindo estar de acordo, mas estava atenta aos detalhes. Aquele homem não devia falar italiano, por isso o seu pai estava a falar bem o português para agradá-lo. Ela desceu as escadas e estendeu a mão para o seu pretendente. — Encantado!— George diss
Depois de se livrar do primeiro candidato mafioso a marido, Nina seguiu com o seu plano.Logo cedo, quando ainda estava escuro, saiu com Luca pelo portão secreto e entraram no furgão preto.Luca dirigia nervoso por uma estrada de barro nos arredores da cidade. — Está com medinho, Luca?— Nina brincou.Luca remexeu os ombros e respondeu sem tirar os olhos da estrada: — Ma io non estou com medo, io só penso em tuo padre!Nina suspirou e riu enquanto olhava a paisagem, alheia a preocupação do homem. — Pelo que vejo, o lugar deve ser perfeito! Longe de tudo e de todos!— ela disse satisfeita. Luca estacionou o carro em frente a um casebre, que parecia perdido no meio do mato, Nina imaginou que o lugar estivesse em péssimo estado e desceu do carro apressada se queixando: — Luca, não pense que vou trazer o meu Valentim para um lugar desse, sem nenhum conforto! O Homem riu e deu a volta no carro indo abrir a casa.Quando a porta se abriu, parecia que estavam em outro lugar.A casa por d
Nina sorriu e caminhou em passos lentos até chegar bem perto de Valentim para falar ao seu ouvido: — Gostou da surpresa?Valentim apertou os olhos e fez uma careta, expressando confusão. — Não gosta de mulher madura e poderosa? Então, eis-me aqui!— Nina disse passando o dedo indicador pelo queixo de Valentim num gesto sedutor.O rapaz engoliu em seco, depois examinou a sua sequestradora cuidadosamente e sorriu malicioso. — Assim está bem melhor! — ele disse.Nina mordeu os lábios e ficou de pé sobre a cama, deixando Valentim assustado, espremido entre as suas pernas. — Por que está fazendo isso comigo?— ele indagou olhando para cima, assim podia visualizar a minúscula lingerie preta de renda que Nina usava por baixo do vestido que subia pelo movimento das pernas dela. Nina olhou para baixo, concluindo que Valentim observava a sua intimidade descaradamente e sorriu vitoriosa. — Vai me resistir agora?— ela quis saber.Valentim tentou em vão avançar para frente, mas as cordas já
Valentim tomou Nina nos braços suspendendo o seu corpo causando-lhe susto e prazer. Eles sorriam se olhando, enquanto alcançava o leito macio.Nina fechou os olhos quando sentiu o seu vestido sendo retirado delicadamente pelas mãos ágeis de Valentim que respirava ofegante e não parava de lhe beijar. — Eu te amo, Valentim! — Nina sussurrou ao ouvido do seu amado quando se achou totalmente despida.Valentim olhou para Nina e sorriu satisfeito. — Eu quero você, garota!— ele disse sedutor.Nina ficou impaciente e começou a tirar as roupas de Valentim com receio de vê-lo desistir. — Calma, garota! Você vai me ter!— ele disse, ajudando a tirar as próprias roupas.Os corpos estavam agora despidos e quentes, Nina estava nas nuvens sentindo as mãos de Valentim correr por todo o seu corpo lhe explorando por fim sua intimidade. Já estava muito excitada e implorava para se entregar, enquanto ele lhe torturava se esfregando no meio das suas pernas. Nina sentia dor quando ele deslizava na sua
Nina se desesperou e tentou em vão segurar Valentim que se dirigia para fora da casa.Luca saia tranquilamente do furgão e um outro homem saia do carro de Nina.Vendo que os dois ainda estavam mascarados, Valentim disse colocando as mãos na cintura: — Podem tirar essas máscaras, a brincadeira acabou! Nina ficou assustada, temendo que Luca obedecesse, mas os dois homens se mantiveram sem reação. — Onde está o meu carro?— Valentim quis saber.Nina também ficou curiosa e indagou para Luca: — Isso, o carro do Valentim, por que não trouxeram?Luca ficou aflito, pressionou as mãos uma contra a outra e respondeu cabisbaixo: — Senhora, não o encontramos mais! Nesse momento, Valentim despertou para a realidade. — Meu Deus, devem pensar que fui sequestrado! — ele exclamou. Nina ficou desconfiada olhando para Luca, eles se comunicam pelo olhar e ela percebeu que algo não ia bem.Valentim olhou no celular e a notícia do seu suposto sequestro, já tomava conta das redes sociais. Ele olhou