Cinthia ajeitou o cabelo por trás da orelha e respondeu olhando para os lados, sem encarar a amiga:
— É o seu amado quem diz! Se você o ama mesmo assim, sabe que ele não está errado.Nina apertou os olhos enfurecida, mas teve que escutar a amiga continuar, agora lhe encarando: — Muitas pessoas falam, Nina. Eu escuto isso há muito tempo! Eu sou sua amiga. Não falo desse assunto para não lhe magoar e porque sei que você não tem nada haver com essa situação em que o seu pai vive.Nina suspirou olhando em volta antes de falar: — Papá é um homem trabalhador até onde eu sei.Cinthia sorriu e meneou a cabeça, mas antes que Nina dissesse algo, um belo homem entrou naquele lugar.As duas ficaram o olhando admiradas com a sua elegância. — Meu Deus, ele é lindo mesmo Nina!— Cinthia disse levando a mão ao peito.Nina não disse nada, limitou-se a olhar para o seu amado suspirando.Valentim logo foi recebido gentilmente pelo garçom que parecia já conhecê-lo há tempos.Ele virou o rosto enquanto arrumava o seu guardanapo no colo e nesse momento, o seu olhar cruzou com o de Nina.Ele sorriu e Nina ruborizou imediatamente.Cinthia correu os olhos percebendo a troca de olhares dos dois e disse pasma: — Ai meu Deus! Já vi que vou voltar para casa de táxi!Nina nem escutou. Não conseguia tirar os olhos de Valentim que veio na sua direção. — Ai meu Deus, ele está vindo, eu vou desmaiar…— ela sussurrou para a amiga. — Olá! Tudo bem com vocês?— Era a voz de locutor de Valentim.Cinthia apoiou as mãos no queixo e os cotovelos na mesa. Os olhos surpresos como se estivessem vendo um ser de outro mundo.Nina nem ouviu Valentim perguntar se podia sentar-se com elas, estava em choque. Esperou tanto por aquele momento que não sabia o que falar. — Eu almoço sempre aqui!— Valentim disse sentando-se.Cinthia ficou sem jeito e atrapalhada. Ela se levantou, quase deixando a cadeira cair e saiu falando: — Eu vou ao toalete! É isso, eu vou indo.A moça não tirava os olhos de Valentim enquanto andava e Nina a seguia com o olhar sorrindo, depois virou-se para Valentim e experimentou usar o seu lado sedutor. — Que bom vê-lo! É muito mais bonito pessoalmente!Valentim abriu um largo sorriso e respondeu olhando fixamente nos olhos de Nina: — Não consigo parar de pensar em você!Nina ficou boquiaberta e começou a respirar ofegante, as palavras não saíam da sua boca.Valentim aproximou a sua cadeira e sem aviso prévio, lhe beijou avidamente.Nina correspondeu imediatamente.Quando se afastou, Valentim sorriu olhando nos seus olhos. Ele a via como uma linda jovem e doce.Mas era assim que Nina se sentia ao seu lado. Não parecia nem de longe a moça rebelde que desce pela corda, que dá para o jardim da sua casa e que passa por passagens secretas e segue os negócios escusos do pai para protegê-lo.Nina suspirou com os olhos brilhando. — Eu fui muito rápido? Não costumo ser assim, acredite!— Valentim se justificava nervoso.Nina segurou o seu braço sorrindo e disse: — Não foi rápido, esperei muitos anos por isso!Valentim ergueu as sobrancelhas e disse achando graça: — Então se interessou pelo jornalista, perseguidor de mafiosos italianos!Nina desmanchou o sorriso e virou o rosto, evitando o olhar de Valentim.Cinthia se aproximou e percebeu que Valentim estava muito perto de Nina e os dois estavam sem jeito ao vê-la. — Eu perdi a fome, amiga! Eu vou indo.— ela disse olhando para Nina curiosa.Valentim olhou para Cinthia e não teve vontade de insistir para que ela ficasse.Nina olhou para a amiga com olhar cúmplice e de repente viu Valentim se levantar, lhe puxando pela mão dizendo: — Nós também não estamos com fome. Eu vou raptar a sua amiga.Nina se deixou levar pela mão de Valentim e viu quando Cinthia pegou a chave do seu carro e sorriu dizendo: — Passa lá em casa e pega depois!Nina não tinha vontade de resistir àquele homem que a arrastava para o estacionamento.Valentim pegou o carro e em pouco tempo entrou no seu apartamento. A cabeça de Nina dava voltas, não tinha tempo de pensar. Aquele homem, o qual ela desejou tanto, estava ali, lhe arrancando a roupa com loucura. Ela só fechou os olhos e se deixou cair sobre o leito, já despida.Valentim sorriu e lhe cobriu o corpo com o seu. Ele estava sem camisa, mas ainda usava uma calça jeans que lhe machucava a pele intima. Nina estava muito excitada, puxando Valentim para um beijo e queria lhe sentir com urgência.Valentim se afastou um pouco para tirar a calça e a peça íntima que usava.Nina estremeceu ao vê-lo vindo em sua direção. Fechou os olhos e preparou o corpo para recebê-lo. Era a sua primeira vez. Todas as vezes que algum garoto tentava tocá-la, saia com um olho roxo, Nina se guardou para Valentim, desde que o viu na televisão pela primeira vez. Jurou com o seu jeito determinado que seria só dele.Mas Valentim não sabia que aquela jovem doce e delicada era virgem também.Ele se ajeitou no meio das suas pernas e sussurrou ao seu ouvido: — Me deixou louco desde o primeiro momento!Mina sorriu e ele veio, mas doeu muito. Ela queria empurrá-lo e lhe esbofetear, como fez com tantos garotos, mas respirou fundo e fez uma careta.Valentim se afastou assustado. — Você é virgem?— ele quis saber.Nina assentiu com a cabeça e fechou os olhos sorrindo, o esperando de volta, mas viu Valentim se levantar e começar a se vestir. — Por favor, volte!— ela implorou se levantando também.Valentim meneou a cabeça olhando as partes íntimas de Nina dizendo: — Eu a machuquei, garota! Não sirvo para ser o primeiro de ninguém!Nina ficou em desespero olhando para as suas roupas jogadas e começou a chorar, enquanto Valentim falava com voz grave que lhe feria: — Ponha as suas roupas! Não quero ser o seu primeiro! Não quero o seu pai atrás de mim! Eu sou apenas um capricho para você! Sei como são as filhinhas de papai, vai chegar chorando e me acusando de estupro!Valentim abotoou a camisa, depois a passou por dentro da calça e se olhou no espelho. Estava nervoso e impaciente. Nina estava desolada. Acabou de se vestir, sem tirar os olhos do chão. — Vamos, eu vou te deixar em casa!— Valentim falava como se Nina fosse uma adolescente. Ela passou por ele irritada falando: — Não quero sua carona! Não quero mais lhe ver!Valentim a segurou pelos braços com força a fazendo voltar-se para ele.Os olhos de Nina estavam cheios de ódio, mas não resistiu, quando foi beijada com força e o seu corpo lhe traiu no mesmo instante em que Valentim abaixou a alça de seu vestido e deslizou os lábios quentes pelo seu pescoço, em seguida as suas mãos já tocavam os seus seios com tanta intimidade, como se ela já lhe pertencesse há muito tempo, o que era de fato. Nina tinha um sorriso no rosto, vendo que Valentim não resistia ao seu corpo sedento. A sua boca quase gritou as paredes o quanto o desejava. As pernas fraquejaram denunciando o seu desejo. Estava pronta
Nina deixou-se cair no leito e se esforçou para não chorar.Decidiu ser forte com Valentim, como na sua vida. Ele seria dela de qualquer jeito, mesmo que fosse a força. Nina se olhou no espelho e não gostou do que viu. Estava abatida, os olhos inchados, não se reconhecia. Deitou-se e dormiu. Giulia foi acordá-la para ir à faculdade, mas ela não quis se levantar. Giulia sentou-se à beira da cama e disse apreensiva: — Espero que tu perdoe a tua nonna por ter-te colocado nesta situação, viu Nina! Má io non conseguiria viver com tuo ódio!Nina se virou para falar a avó se esforçando para sorrir: — Não se preocupe, eu não vou casar mesmo!Giulia ergueu as sobrancelhas incrédula dizendo: — Ma io non estou acreditando nisso, han! Non vai enfrentar tuo padre pelo amor de Dio!Nina virou-se novamente de costas para a avó e fechou os olhos. — Deixe-me dormir nonna! Só quero ficar sozinha. Giulia levantou meneando a cabeça angustiada. — Ma io já estou me arrependo, han!— ela disse indo n
Nina passou o dia como uma garota obediente, escolheu um vestido novo e mandou chamar uma equipe para lhe arrumar o cabelo e as unhas.À noite, ela estava maravilhosa quando desceu as escadas e avistou um homem de terno ao lado de seu pai.O homem podia ser pelo menos vinte anos mais velho que Nina. Ele tinha boa aparência e fumava um charuto, o que lhe desagradou imediatamente. Mesmo assim, Nina sorriu, ele poderia ser um príncipe, mas ela já havia escolhido o homem com quem se casaria. Salvatore estava encantado com o seu futuro genro, pois o homem era muito influente e só tinha a somar. — Filha, este é George Galdino, um rapaz muito especial! Eu faria muito gosto em dar a sua mão para ele— Salvatore disse empolgado. Nina sorriu, fingindo estar de acordo, mas estava atenta aos detalhes. Aquele homem não devia falar italiano, por isso o seu pai estava a falar bem o português para agradá-lo. Ela desceu as escadas e estendeu a mão para o seu pretendente. — Encantado!— George diss
Depois de se livrar do primeiro candidato mafioso a marido, Nina seguiu com o seu plano.Logo cedo, quando ainda estava escuro, saiu com Luca pelo portão secreto e entraram no furgão preto.Luca dirigia nervoso por uma estrada de barro nos arredores da cidade. — Está com medinho, Luca?— Nina brincou.Luca remexeu os ombros e respondeu sem tirar os olhos da estrada: — Ma io non estou com medo, io só penso em tuo padre!Nina suspirou e riu enquanto olhava a paisagem, alheia a preocupação do homem. — Pelo que vejo, o lugar deve ser perfeito! Longe de tudo e de todos!— ela disse satisfeita. Luca estacionou o carro em frente a um casebre, que parecia perdido no meio do mato, Nina imaginou que o lugar estivesse em péssimo estado e desceu do carro apressada se queixando: — Luca, não pense que vou trazer o meu Valentim para um lugar desse, sem nenhum conforto! O Homem riu e deu a volta no carro indo abrir a casa.Quando a porta se abriu, parecia que estavam em outro lugar.A casa por d
Nina sorriu e caminhou em passos lentos até chegar bem perto de Valentim para falar ao seu ouvido: — Gostou da surpresa?Valentim apertou os olhos e fez uma careta, expressando confusão. — Não gosta de mulher madura e poderosa? Então, eis-me aqui!— Nina disse passando o dedo indicador pelo queixo de Valentim num gesto sedutor.O rapaz engoliu em seco, depois examinou a sua sequestradora cuidadosamente e sorriu malicioso. — Assim está bem melhor! — ele disse.Nina mordeu os lábios e ficou de pé sobre a cama, deixando Valentim assustado, espremido entre as suas pernas. — Por que está fazendo isso comigo?— ele indagou olhando para cima, assim podia visualizar a minúscula lingerie preta de renda que Nina usava por baixo do vestido que subia pelo movimento das pernas dela. Nina olhou para baixo, concluindo que Valentim observava a sua intimidade descaradamente e sorriu vitoriosa. — Vai me resistir agora?— ela quis saber.Valentim tentou em vão avançar para frente, mas as cordas já
Valentim tomou Nina nos braços suspendendo o seu corpo causando-lhe susto e prazer. Eles sorriam se olhando, enquanto alcançava o leito macio.Nina fechou os olhos quando sentiu o seu vestido sendo retirado delicadamente pelas mãos ágeis de Valentim que respirava ofegante e não parava de lhe beijar. — Eu te amo, Valentim! — Nina sussurrou ao ouvido do seu amado quando se achou totalmente despida.Valentim olhou para Nina e sorriu satisfeito. — Eu quero você, garota!— ele disse sedutor.Nina ficou impaciente e começou a tirar as roupas de Valentim com receio de vê-lo desistir. — Calma, garota! Você vai me ter!— ele disse, ajudando a tirar as próprias roupas.Os corpos estavam agora despidos e quentes, Nina estava nas nuvens sentindo as mãos de Valentim correr por todo o seu corpo lhe explorando por fim sua intimidade. Já estava muito excitada e implorava para se entregar, enquanto ele lhe torturava se esfregando no meio das suas pernas. Nina sentia dor quando ele deslizava na sua
Nina se desesperou e tentou em vão segurar Valentim que se dirigia para fora da casa.Luca saia tranquilamente do furgão e um outro homem saia do carro de Nina.Vendo que os dois ainda estavam mascarados, Valentim disse colocando as mãos na cintura: — Podem tirar essas máscaras, a brincadeira acabou! Nina ficou assustada, temendo que Luca obedecesse, mas os dois homens se mantiveram sem reação. — Onde está o meu carro?— Valentim quis saber.Nina também ficou curiosa e indagou para Luca: — Isso, o carro do Valentim, por que não trouxeram?Luca ficou aflito, pressionou as mãos uma contra a outra e respondeu cabisbaixo: — Senhora, não o encontramos mais! Nesse momento, Valentim despertou para a realidade. — Meu Deus, devem pensar que fui sequestrado! — ele exclamou. Nina ficou desconfiada olhando para Luca, eles se comunicam pelo olhar e ela percebeu que algo não ia bem.Valentim olhou no celular e a notícia do seu suposto sequestro, já tomava conta das redes sociais. Ele olhou
Nina chegou em casa e subiu as escadas que davam para o seu quarto sob o olhar da sua avó.Giulia subiu atrás de Nina e entrou no seu quarto, já falando: — Nina, o que aconteceu? Tu não estava para tomar o teu café da manhã e chega sem que ninguém tenha visto tu sair, han?Nina revirou os olhos e não respondeu, Giulia continuou falando sem parar: — Ma tu tem que me falar Nina, o que está acontecendo, han, per que io soe tua nonna, han?Nina virou-se para a avó falando decidida: — Eu vou casar, nonna! Eu vou casar com Valentim! Giulia rebateu alterada: — Ma o que estás dizendo, hein Nina? Ma tu enlouqueceu, estás doida da cabeça, han?Nina inclinou o corpo para frente para falar: — Eu amo Valentim, nonna! Eu me entreguei para ele! Giulia segurou o peito e quase desmaiou. A cabeça rodou e ela se apoiou na cama. — Nonna, o que passa? Fala comigo, nonna?— Nina falava desesperada.As duas ficaram abraçadas em silêncio por um instante, até que Giulia se recompôs e se levantou falando