Capítulo 11°

Cinthia ajeitou o cabelo por trás da orelha e respondeu olhando para os lados, sem encarar a amiga:

— É o seu amado quem diz! Se você o ama mesmo assim, sabe que ele não está errado.

Nina apertou os olhos enfurecida, mas teve que escutar a amiga continuar, agora lhe encarando:

— Muitas pessoas falam, Nina. Eu escuto isso há muito tempo! Eu sou sua amiga. Não falo desse assunto para não lhe magoar e porque sei que você não tem nada haver com essa situação em que o seu pai vive.

Nina suspirou olhando em volta antes de falar:

— Papá é um homem trabalhador até onde eu sei.

Cinthia sorriu e meneou a cabeça, mas antes que Nina dissesse algo, um belo homem entrou naquele lugar.

As duas ficaram o olhando admiradas com a sua elegância.

— Meu Deus, ele é lindo mesmo Nina!— Cinthia disse levando a mão ao peito.

Nina não disse nada, limitou-se a olhar para o seu amado suspirando.

Valentim logo foi recebido gentilmente pelo garçom que parecia já conhecê-lo há tempos.

Ele virou o rosto enquanto arrumava o seu guardanapo no colo e nesse momento, o seu olhar cruzou com o de Nina.

Ele sorriu e Nina ruborizou imediatamente.

Cinthia correu os olhos percebendo a troca de olhares dos dois e disse pasma:

— Ai meu Deus! Já vi que vou voltar para casa de táxi!

Nina nem escutou. Não conseguia tirar os olhos de Valentim que veio na sua direção.

— Ai meu Deus, ele está vindo, eu vou desmaiar…— ela sussurrou para a amiga.

— Olá! Tudo bem com vocês?— Era a voz de locutor de Valentim.

Cinthia apoiou as mãos no queixo e os cotovelos na mesa. Os olhos surpresos como se estivessem vendo um ser de outro mundo.

Nina nem ouviu Valentim perguntar se podia sentar-se com elas, estava em choque. Esperou tanto por aquele momento que não sabia o que falar.

— Eu almoço sempre aqui!— Valentim disse sentando-se.

Cinthia ficou sem jeito e atrapalhada. Ela se levantou, quase deixando a cadeira cair e saiu falando:

— Eu vou ao toalete! É isso, eu vou indo.

A moça não tirava os olhos de Valentim enquanto andava e Nina a seguia com o olhar sorrindo, depois virou-se para Valentim e experimentou usar o seu lado sedutor.

— Que bom vê-lo! É muito mais bonito pessoalmente!

Valentim abriu um largo sorriso e respondeu olhando fixamente nos olhos de Nina:

— Não consigo parar de pensar em você!

Nina ficou boquiaberta e começou a respirar ofegante, as palavras não saíam da sua boca.

Valentim aproximou a sua cadeira e sem aviso prévio, lhe beijou avidamente.

Nina correspondeu imediatamente.

Quando se afastou, Valentim sorriu olhando nos seus olhos. Ele a via como uma linda jovem e doce.

Mas era assim que Nina se sentia ao seu lado. Não parecia nem de longe a moça rebelde que desce pela corda, que dá para o jardim da sua casa e que passa por passagens secretas e segue os negócios escusos do pai para protegê-lo.

Nina suspirou com os olhos brilhando.

— Eu fui muito rápido? Não costumo ser assim, acredite!— Valentim se justificava nervoso.

Nina segurou o seu braço sorrindo e disse:

— Não foi rápido, esperei muitos anos por isso!

Valentim ergueu as sobrancelhas e disse achando graça:

— Então se interessou pelo jornalista, perseguidor de mafiosos italianos!

Nina desmanchou o sorriso e virou o rosto, evitando o olhar de Valentim.

Cinthia se aproximou e percebeu que Valentim estava muito perto de Nina e os dois estavam sem jeito ao vê-la.

— Eu perdi a fome, amiga! Eu vou indo.— ela disse olhando para Nina curiosa.

Valentim olhou para Cinthia e não teve vontade de insistir para que ela ficasse.

Nina olhou para a amiga com olhar cúmplice e de repente viu Valentim se levantar, lhe puxando pela mão dizendo:

— Nós também não estamos com fome. Eu vou raptar a sua amiga.

Nina se deixou levar pela mão de Valentim e viu quando Cinthia pegou a chave do seu carro e sorriu dizendo:

— Passa lá em casa e pega depois!

Nina não tinha vontade de resistir àquele homem que a arrastava para o estacionamento.

Valentim pegou o carro e em pouco tempo entrou no seu apartamento. A cabeça de Nina dava voltas, não tinha tempo de pensar. Aquele homem, o qual ela desejou tanto, estava ali, lhe arrancando a roupa com loucura. Ela só fechou os olhos e se deixou cair sobre o leito, já despida.

Valentim sorriu e lhe cobriu o corpo com o seu. Ele estava sem camisa, mas ainda usava uma calça jeans que lhe machucava a pele intima. Nina estava muito excitada, puxando Valentim para um beijo e queria lhe sentir com urgência.

Valentim se afastou um pouco para tirar a calça e a peça íntima que usava.

Nina estremeceu ao vê-lo vindo em sua direção. Fechou os olhos e preparou o corpo para recebê-lo. Era a sua primeira vez. Todas as vezes que algum garoto tentava tocá-la, saia com um olho roxo, Nina se guardou para Valentim, desde que o viu na televisão pela primeira vez. Jurou com o seu jeito determinado que seria só dele.

Mas Valentim não sabia que aquela jovem doce e delicada era virgem também.

Ele se ajeitou no meio das suas pernas e sussurrou ao seu ouvido:

— Me deixou louco desde o primeiro momento!

Mina sorriu e ele veio, mas doeu muito. Ela queria empurrá-lo e lhe esbofetear, como fez com tantos garotos, mas respirou fundo e fez uma careta.

Valentim se afastou assustado.

— Você é virgem?— ele quis saber.

Nina assentiu com a cabeça e fechou os olhos sorrindo, o esperando de volta, mas viu Valentim se levantar e começar a se vestir.

— Por favor, volte!— ela implorou se levantando também.

Valentim meneou a cabeça olhando as partes íntimas de Nina dizendo:

— Eu a machuquei, garota! Não sirvo para ser o primeiro de ninguém!

Nina ficou em desespero olhando para as suas roupas jogadas e começou a chorar, enquanto Valentim falava com voz grave que lhe feria:

— Ponha as suas roupas! Não quero ser o seu primeiro! Não quero o seu pai atrás de mim! Eu sou apenas um capricho para você! Sei como são as filhinhas de papai, vai chegar chorando e me acusando de estupro!

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo