Parte 2...
Sempre que ele tinha tempo livre ficava com ela, até durante as viagens de trabalho ele às vezes mandava buscá-la para que ficassem juntos e ela adorava isso.
Só que agora não era só o sexo perfeito que contava na relação deles. Tinha um ponto mais importante, que era o filho que teriam juntos e isso pedia um compromisso mais sério além do que já tinham. Teriam que conversar à sério sobre como seriam agora, onde iriam morar e tudo mais que estava ligado a um compromisso. Ela o amava demais, além do que pensou que poderia um dia amar alguém, mas agora teria também seu filho para amar.Queria saber onde essa relação deles iria parar. Qual direção ir.Quando entrou no quarto deles, tomou até um susto ao encontrar Fellipe no closet, secando o cabelo com uma toalha branca e outra amarrada na cintura, deixando seu peito bonito exposto.— Fellipe - colocou a mão no coração — Você chegou cedo, não te esperava agora.Ele sorriu e jogou a toalha de lado.— Queria muito te ver, ómorfí mou. *Ela adorava quando ele a chamava de minha linda. Aos poucos ia aprendendo algumas palavras em grego, embora fosse um pouco difícil para ela, mas estava começando a melhorar.O olhar dele sobre ela fazia com que se arrepiasse. Desde a primeira vez ele a tinha olhado assim, com esse desejo. E era bom demais, se sentia diferente, especial.A voz de Fellipe enchia seus ouvidos. Quando ele a elogiava se sentia a mais bonita de todas, ainda que de verdade se achasse apenas uma garota comum, mas com ele era diferente.Fellipe foi até ela e pegou sua mão a puxando e a abraçou forte, colando sua boca à dela para um beijo demorado, lento, molhado. Como sempre fazia quando queria domá-la e ela se derretia.Seu corpo e seu coração eram afetados pelo charme e sensualidade dele. Um típico grego com seu cabelo preto como a noite e sua pele levemente bronzeada.Estar nos braços dele era quase poesia. Sempre deixava que fizesse o que queria com ela, não se negava a ele e nem poderia, não conseguia.Fellipe tinha músculos no tamanho certo. Seu corpo malhado e bem cuidado com alimentação e exercícios faziam dele um do homens mais bonitos que ela já tinha visto.Ele a apertou contra a parede, se esfregando contra seu corpo e ela soltou um gemido baixo, entregue ao desejo dele. Enfiou os dedos em seu cabelo e puxou de leve. Era muito excitante estar com ele.— Você está muito vestida, ómorfí mou.Ela sorriu, sabia o que ele queria. Ela também queria.Fellipe começou a tirar sua roupa, sempre lhe dando beijos, correndo a mão por seu corpo e lhe falando coisas ao ouvido que a deixavam excitada e pronta para o que viria.*minha linda.
Ela queria conversar com ele, contar o que tinha descoberto, mas a saudade era grande. Poderia esperar só um pouco para isso. Antes poderiam aproveitar a vontade de dividir o prazer.
Ele tirou seu sutiã e deu atenção por igual aos seios, já duros pela excitação. Não sabia se foi coincidência, as achava que estavam mais sensíveis agora que estava grávida. Ele ainda não sabia disso e talvez quando soubesse, mudasse um pouco o modo de agir com ela durante as preliminares. Tinha muitas dúvidas que poderiam ser resolvidas depois, quando os dois juntos procurassem o conselho de um médico sobre essa parte.— Estava com saudade de mim? - ele perguntou puxando sua saia e sorrindo.— É claro que sim.— Então me diz - riu beijando sua bochecha.— Eu estava com saudade de você - passou os braços por seu pescoço e deixou a saia correr até o chão.Depois disso foi mais rápido ainda que a calcinha foi ao chão. Entre beijos e carícias, os dois caminharam até a cama larga e alta e caíram juntos, rolando no colchão.Fellipe ficou por cima dela e logo estava dentro dela, se movimento apressado, mostrando que realmente tinha sentido saudade. Era quase sempre assim quando ele ficava um tempo fora.Ela arqueou o quadril para que a tomasse mais. Puxou seu cabelo enquanto ele arremetia dentro dela, com fome de prazer. Era uma urgência que ela ficava até sem ar muitas vezes.Fellipe fazia amor de um jeito forte, possessivo, quase que grosseiro, mas ela gostava. Mostrava o quanto a queria. Algumas vezes ele era mais calmo, o que também era bom, mas esse modo quase desesperado o consumia e ela o seguia. Eles tinham mais do que sexo. Era amor o que desfrutavam naquela cama.Eles haviam se encontrado e foi uma coisa até espiritual. Cora não sabia mais como era sua vida sem a presença de Fellipe.Uma coisa que ela gostava muito era quando ele falava com ela em grego. Durante o ato ele costumava lhe dizer palavras de carinho em sua língua e isso a deixava muito excitada e até emocionada. Suas palavras eram as carícias aos ouvidos e completavam o ato de amor, fazendo com que chegassem ao orgasmo juntos e era muito especial.— Eísai ta pánta gia ména. **você é tudo para mim.
Autora Ninha Cardoso
Livro completo.Parte 3...Depois que saciaram a saudade e seus corpos se encontraram, ficaram abraçados na cama, relaxando. Acabaram adormecendo.Um tempo depois ela abriu os olhos ao sentir algo tocar em seu rosto. Era Fellipe, agarrado a ela com a perna por cima da sua, correndo o dedo em sua bochecha.Ele sorriu quando a viu acordada e ela lhe sorriu de volta. Era tão bom momentos simples como esse, cheios de carinho. E pensou que seria agora o momento ideal de aproveitar e contar a novidade.O problema era que apesar de seu olhar carinhoso e seu toque delicado, sabia que Fellipe não era assim sempre, tão calmo. E isso a deixava com um certo receio de como falar, mas precisava.— Fellipe... Temos que conversar...Ele a beijou na testa e se esticou para vê-la melhor, se apoiando no braço para erguer a cabeça.— E do que quer falar, minha linda?— Sobre nós dois...O modo como a expressão dele mudou não foi bem como ela esperava. Fellipe mexeu o ombro e pareceu ficar incomodado, colocando uma másca
Parte 4...Ele puxou o ar fundo fazendo uma careta e se afastou.— Onde vai?— Para a cozinha - disse alto — Vou pegar algo para beber e lhe preparar um também. Você está pálida.Ele entrou na cozinha se sentindo pressionado. Que conversa esquisita era essa agora? Logo ela, sempre tão divertida, animada, solta. Ainda estavam juntos por causa disso.Cora não lhe cobrava nada como as anteriores, nem lhe pedia. Por isso mesmo ele gostava de mimá-la de vez em quando, lhe fazia surpresas, lhe dava presentes.Adorava ver como ela ficava feliz com pouca coisa, com gestos simples, mas que para ela representavam muito. Cora era diferente, tanto que ainda era virgem quando a conheceu e seu lado macho se fez presente no momento em que descobriu isso.Seu ego ficou maior quando descobriu que era seu primeiro amante. Não ligava para esse tipo de coisa, mas era bom uma vez na vida poder ensinar as delícias do sexo para alguém inexperiente como ela. E Cora é uma excelente aluna. Aprendeu e muito, nu
Parte 5...Sentiu um gosto amargo na boca.E o pior disso foi que ele mesmo fez questão de que ela o acompanhasse. Cora estava trabalhando como assistente dele em sua empresa quando a conheceu.Logo de cara ficou encantado com ela e até estarem na cama não demorou muito. Ele ficou tão obcecado por ela que até lhe disse que parasse de trabalhar e se mudasse para seu apartamento, assim estariam sempre juntos. Claro que ela aceitou sem pensar e ainda ficou feliz.Burro. Ele a havia levado para onde queria.Recebeu a ligação de Taurus mais cedo, relatando que ela tinha sumido do centro médico e que ele a procurara por quase uma hora sem encontrá-la. Ela tinha desaparecido do local.Óbvio. Ela tinha usado essa desculpa para se encontrar com outra pessoa e lhe passar os planos, mas não deve ter tido tempo ou algo a atrapalhou. Os papéis ainda estavam ali.Ele tinha ficado aborrecido com Taurus por ter sido relapso e preocupado com ela por andar por aí sozinha. Sendo conhecida como sua amant
Parte 1...Quatro meses depois do ocorrido...— Deseja algo mais, senhor Kriotos?— Não, pode ir - respondeu seco.Ele não deveria, mas não tinha muita paciência mais para tratar com as pessoas. Andava rabugento, impaciente e até grosseiro às vezes. E a culpa era dele mesmo, ninguém tinha nada a ver com isso.Era até engraçado que estivesse assim, justo agora que teria uma reunião para decidir onde seria construída a nova filial da empresa para a criação de embarcações de alto luxo.Os negócios estavam indo muito melhor, depois que ele conseguiu descobrir quem era o espião que estava repassando seus projetos para a concorrente. Na verdade, uma espiã e que dormia ao seu lado na cama.Cora Borges.A garota de cabelo castanho, olhos castanhos claros que brilhavam quando olhavam para ele.Bateu a mão com força na mesa. Estava se desviando.Não tinha confessado aos irmãos porque não tinha mandado prender o tal espião. Eles não sabiam que era ela e nem que tinha fugido como uma covarde quan
Parte 2...Quando chegou ao hospital ele teve que provar que realmente era um conhecido dela e só poderia visitá-la se fossem parentes. A polícia ainda estava investigando o caso muito recente e o hospital seria o responsável por sua segurança física. Ele acabou mentindo e dizendo que era seu noivo e que eles haviam brigado, por isso ela tinha saído de casa, mas que ele nunca imaginou que algo assim teria lhe acontecido.O médico não lhe fez muitas perguntas pessoais, apenas o informou que seria enviado à polícia um aviso sobre sua visita e as condições em que se encontrava a paciente no momento de sua visita. O que ele concordou.Aproveitou e questionou o médico sobre sua saúde.— Fisicamente ela tem pequenos problemas que serão resolvidos facilmente. Está um pouco debilitada devido sua condição, sua gestação adiantada, mas já estamos administrando as vitaminas necessárias para sua reabilitação - explicou — Porém, a parte psicológica dela nos preocupa um pouco.— E por que? - franz
Parte 3...Ele entrou e a viu deitada. Seu coração pulou uma batida. Nunca imaginou que a veria dessa forma. Alguns aparelhos estavam ligados a ela, que dormia, o rosto virado de lado, a mão sobre a barriga.Ele nem conseguia acreditar no que estava à sua frente.Fechou a porta e ficou um instante parado, observando-a dormir. Seu rosto tinha marcas de arranhão e também em seus braços. Respirou fundo, se segurando para não tocá-la. Andou pelo quarto pensativo, sentindo uma coisa estranha no peito, uma sensação ruim, não sabia bem o que. Ela se mexeu devagar e ele foi para o lado dela.Colocou a mão sobre sua barriga alta. Era difícil de acreditar que ali dentro tinha uma criança. Um filho seu.Seria seu mesmo? Eram muitas dúvidas.Cora sentia algo quente em seu sonho, perdida na nuvem que escondia seus traumas. Mexeu a cabeça piscando os olhos, sem querer acordar realmente. Estava segura em seu sonho.Sentiu algo tocando sua mão, sua barriga. Se forçou a abrir os olhos, ainda um pouc
Parte 4...Se eram noivos, porque não havia mais alegria, mais emoção em sua voz? Ou ele seria assim realmente e apenas ela que não recordava? Se fosse o contrário ela estaria muito aliviada e feliz de vê-lo.Ela coçou a cabeça, intrigada, mas agora não tinha nada que a fizesse se recordar de como ele era, de como eles eram juntos. Ia fazer mais perguntas para tirar a dúvida, quando ele se inclinou e depositou um beijo de leve em sua boca.Foi bom, se sentiu aquecer. Ele ajeitou seu cabelo atrás da orelha e desceu a mão por seu pescoço. Seus rostos estavam bem próximos. Cora ficou mirando a boca dele.— Você vai poder fazer todas as perguntas que quiser depois - lhe deu um beijo na testa — Agora tem que descansar, o corpo e a mente. Eu vou falar com o médico e acertar tudo. Em pouco tempo já poderei te levar para casa, está bem? - ela concordou com a cabeça.A enfermeira bateu na porta e entrou, trazendo uma bandeja com um copinho com comprimidos coloridos e um copo maior com água. So
Parte 5...— Fillipe...Ele se inclinou e beijou sua mão de modo suave.— O que é, agápi mou.— Está vendo? Eu nem sei o que é isso o que você disse. — Não se preocupe - deu uma risadinha — É grego e nem todos conseguem entender.— Você é grego? - se admirou.— Sim. Nasci em Fira, capital de Santorini. Um ligar maravilhoso.— E eu, de onde sou?— Você é do Brasil - brincou com seus dedos — De uma cidade chamada Natal. E pelo pouco que vi, também é muito bonita.Ela franziu a testa. Eles eram estrangeiros então, de locais diferentes, mas estavam juntos. Como isso tinha acontecido.— Está pensando muito de novo, querida.Ela suspirou, inconformada.— Eu quero me lembrar - disse meio angustiada.— E vai lembrar. Só tem que dar tempo ao tempo e ter calma - ela o olhou séria — Eu sei, isso é muito difícil, mas pode fazer isso.— Tem muita coisa que eu quero saber... Preciso saber...— O médico já disse que você tem que relaxar para se cuidar e também pelo bebê - levantou —Não seja teimosa