Parte 4...Quando Cora ouviu a batida na porta, nem se deu ao trabalho de responder. Apenas continuou separando algumas coisas para levar com ela. De resto não sabia onde estavam seus documentos. Precisaria pedir a Fellipe.— O que está fazendo?Ela se virou e viu Eros, parado à porta do closet.— O que lhe parece? Tenho que ir embora - se virou e continuou a separar as roupas — Preciso dos meus documentos e estão com seu irmão. E como não sou daqui, quero também meu passaporte. Quero tudo o que for meu para que eu possa voltar ao meu país.— Você não pode ir, Cora - se aproximou — O filho é de Fellipe também e ele não vai deixar que leve-o embora.— Bem, eu preciso ir e como o bebê está dentro de mim, acho que vai ser difícil que ele fique com a criança.— Cora, sei que está aborrecida- ela riu — Magoada... E tem toda razão. Eu peço desculpas de novo por meu comportamento e pelo de Alezandro. Nós erramos muito em julgar você sem provas.— Não se preocupe com isso. Em breve não vai pr
Parte 5...Quando ele saiu, Cora voltou a sentar na cama, tentando absorver tudo o que ele havia lhe revelado, inclusive seu tal amor por ela.De novo se sentia perdida como quando acordou no quarto do hospital, sem saber de nada. Foi uma sensação horrível e agora estava com o mesmo sentimento e dúvidas.O que fazer, para onde ir?Ela poderia continuar e voltar ao seu país, mas teria uma luta grande pela frente. Fellipe não iria aceitar que afastasse o filho dele e com certeza os poucos familiares que tinha, não lhe dariam apoio.Agora conseguia recordar que sua família era grande, porém não eram unidos. Cada um tinha sua vida e não se importavam com a vida do outro, viviam separados, se encontrando em poucas ocasiões.Ela nunca se sentiu realmente parte da família e por isso não teve nenhum problema em viajar para começar outra vida em outro lugar. Só não esperava conhecer Fellipe.E tudo mudou. Literalmente.— Meu Deus, o que eu devo fazer?Abaixou a cabeça segurando o rosto entre a
Parte 1...Fellipe esperou, apesar de sua ansiedade estar quase o dominando. Robin lhe disse que deixasse que Cora viesse até ele, assim saberia que estava disposta a conversar e que não forçasse para que ela não se fechasse novamente. Que lhe desse tempo.Ele ficou na sala de tevê, bebendo enquanto olhava o relógio de tempo em tempo, sentindo a pressão de não saber o que fazer.Tudo o que ele queria era que Cora o aceitasse de volta, mas ela nem mesmo o deixava tocá-la. Isso o deixava triste e com raiva, mas era natural esperar tal comportamento.O tempo passou e ele acabou dormindo todo torto na poltrona e o copo escorregou de sua mão, caindo no tapete e derramando a bebida. Só acordou quando sentiu o toque calmo de Cora em sua mão.— Cora...- se ajeitou esfregando o rosto — Está bem?— Sim, estou. Vim falar com você - andou até a outra poltrona.— Eu não quis te incomodar mais, você estava com ódio de mim.— Estava mesmo- sentou-se — Mas eu não quero ficar presa a isso, já sofri mu
Parte 2...O importante é que ela entendesse realmente que ele a amava de verdade e que nunca mais cairia em outro erro nem de longe parecido com o que houve. Que estaria bem e segura ao seu lado.Fellipe queria formar uma família grande e tinha sido fácil transformar a casa da ilha em sua residência oficial. Foi só melhorar o acesso de internet e reformular o escritório e passou a trabalhar de lá. Saía apenas quando necessário, reuniões ou viagens. De resto tudo podia ser comandado da ilha e seus irmãos dividiram as responsabilidades em partes maiores durante o nascimento de seu filho.Alexandre chegou em um fim de tarde com um pôr do sol perfeito. A equipe médica estava pronta, esperando apenas o momento dele. Cora estava nervosa, mas ele estava muito mais e quando ouviu o choro do filho ficou emocionado e chorou como se ele fosse o bebê.Segurou a mão dela o tempo todo durante o parto e quando a enfermeira lhe entregou Alexandre nos braços, ele se sentiu o homem mais feliz do mundo
Parte 1...O dia estava muito bonito.O sol brilhava forte, o vento soprava gostoso balançando seu cabelo e as pessoas estavam animadas e sorridentes, passando ao seu lado pelo calcadão na praia.O problema era ela.Não estava em condições de prestar atenção em tudo o que estava à sua volta. Menos ainda na linda água azul do mar à sua frente. Andava olhando para o chão, a cabeça baixa, os lábios apertados em uma linha fina.Estava preocupada.Muito preocupada.Tinha conseguido enrolar o guarda-costas e se afastara do centro médico pelo fundo do prédio, pegando um táxi na rua de trás. Seu coração estava acelerado quando fez isso, mas precisava ficar sozinha.Depois de se sentir enjoada por três dias seguidos e uma leve tontura pela manhã, ela decidiu que seria bom ir até um médico, mas não queria que Fellipe soubesse.Acabou inventando uma mentira para ele e disse que iria sair para fazer compras e se desse tempo, iria até um médico para pedir outra receita para seu anticoncepcional.E
Parte 2...Sempre que ele tinha tempo livre ficava com ela, até durante as viagens de trabalho ele às vezes mandava buscá-la para que ficassem juntos e ela adorava isso.Só que agora não era só o sexo perfeito que contava na relação deles. Tinha um ponto mais importante, que era o filho que teriam juntos e isso pedia um compromisso mais sério além do que já tinham. Teriam que conversar à sério sobre como seriam agora, onde iriam morar e tudo mais que estava ligado a um compromisso. Ela o amava demais, além do que pensou que poderia um dia amar alguém, mas agora teria também seu filho para amar.Queria saber onde essa relação deles iria parar. Qual direção ir.Quando entrou no quarto deles, tomou até um susto ao encontrar Fellipe no closet, secando o cabelo com uma toalha branca e outra amarrada na cintura, deixando seu peito bonito exposto.— Fellipe - colocou a mão no coração — Você chegou cedo, não te esperava agora.Ele sorriu e jogou a toalha de lado.— Queria muito te ver, ómorf
Parte 3...Depois que saciaram a saudade e seus corpos se encontraram, ficaram abraçados na cama, relaxando. Acabaram adormecendo.Um tempo depois ela abriu os olhos ao sentir algo tocar em seu rosto. Era Fellipe, agarrado a ela com a perna por cima da sua, correndo o dedo em sua bochecha.Ele sorriu quando a viu acordada e ela lhe sorriu de volta. Era tão bom momentos simples como esse, cheios de carinho. E pensou que seria agora o momento ideal de aproveitar e contar a novidade.O problema era que apesar de seu olhar carinhoso e seu toque delicado, sabia que Fellipe não era assim sempre, tão calmo. E isso a deixava com um certo receio de como falar, mas precisava.— Fellipe... Temos que conversar...Ele a beijou na testa e se esticou para vê-la melhor, se apoiando no braço para erguer a cabeça.— E do que quer falar, minha linda?— Sobre nós dois...O modo como a expressão dele mudou não foi bem como ela esperava. Fellipe mexeu o ombro e pareceu ficar incomodado, colocando uma másca
Parte 4...Ele puxou o ar fundo fazendo uma careta e se afastou.— Onde vai?— Para a cozinha - disse alto — Vou pegar algo para beber e lhe preparar um também. Você está pálida.Ele entrou na cozinha se sentindo pressionado. Que conversa esquisita era essa agora? Logo ela, sempre tão divertida, animada, solta. Ainda estavam juntos por causa disso.Cora não lhe cobrava nada como as anteriores, nem lhe pedia. Por isso mesmo ele gostava de mimá-la de vez em quando, lhe fazia surpresas, lhe dava presentes.Adorava ver como ela ficava feliz com pouca coisa, com gestos simples, mas que para ela representavam muito. Cora era diferente, tanto que ainda era virgem quando a conheceu e seu lado macho se fez presente no momento em que descobriu isso.Seu ego ficou maior quando descobriu que era seu primeiro amante. Não ligava para esse tipo de coisa, mas era bom uma vez na vida poder ensinar as delícias do sexo para alguém inexperiente como ela. E Cora é uma excelente aluna. Aprendeu e muito, nu