Depois de ter passeado pelo vilarejo, voltei para casa e fui descansar. Não tenho nenhuma vontade de responder a carta. Não estou com estômago para ser enganado por aquele ordinário.
Enquanto dormia, sonhei que minha alma saia do corpo, e se movia para o país do fogo, então ouvia uma voz na minha cabeça que dizia.
“Volte para onde você pertence.”
Então comecei a sentir muita ardência. Meu corpo pegou fogo. E quando despertei, o sol já havia nascido. Acordei assustada e suada, meu corpo está todo trêmulo. Levantei-me da cama, abri a porta.
-- Me traga um envelope e uma caneta. -- pedi ao servo.
Fechei a porta e fui ao banheiro.
Por mais que eu queira ficar aqui, eu não conseguirei, fênix não me quer aqui, quer que eu volte para o país do fogo, o quanto antes possível. E tenho medo do que pode acontecer, se eu não voltar.
Quando sai do banho, o envelope e a caneta, estavam sobre a secretaria. Sentei-me e comecei a escrever.
“Que as chamas protejam o imperador, e que as cinzas o restaurem.
Estou muito contente que o imperador tenha pensado em mim para se tornar sua esposa. E eu, humildemente aceito.
By: Antonieta. ”
Curto e breve, diferente daquele romance que eu escrevi na vida passada para responder.
-- Por favor enviem para o país do fogo.
Voltei para o meu quarto e abri os embrulhos, essas são as prendas que ele me enviou quando eu aceitei, me pergunto o que ele me enviara depois disso. E o que eu devo fazer com isso, já que não levarei nada comigo. Aqui eu tenho muitos bens, mas assim que eu for pra lá, minha vida será controlada pela imperatriz viúva, até aquilo que posso ou não ter. Os meus bens serão todos controlados e não terá poder sobre nada.
Não. Tenho de mudar isso. Antes do casamento. Se não me falha a memória. Depois de eu ter aceito, no dia seguinte uma carruagem veio com prendas, duas semanas depois vieram me levar, e no terceiro dia lá, ocorreu o casamento. Estou correndo contra o tempo.
--Mae.—ela está tomando café, enquanto lê um jornal. Ela levanta seu olhar para me encarar. Minha mãe rejuvenesce, quem não nos conhece pode pensar que somos da mesma idade, ou irmãs. A única coisa que evidencia sua idade são os traços de velhice na maçã do rosto. Seu cabelo está geralmente preso, em um coque, sua maquiagem destaca seus olhos castanhos escuros, e ela emagreceu. Estamos com o mesmo tamanho agora.—O duque Bonaparte, é um empresário, certo?—ela assentiu. -- Gostaria de conversar com ele sobre a área,pode me ajudar?
- Você quer trabalhar?
- Bom, quero abrir um negócio.
-- Você jurou que nunca mais ia trabalhar, Tonia.
-- Eu sei. Estava brincando.—minha mãe abaixa seus óculos de leitura. -- estava com raiva da pobreza. Mas sabe.—fiquei atrás da cadeira dela, e massageie suas costas.—tudo que temos, é graças a Amanda, a família real, é quem cuida de nós. Nós não temos nada literalmente. Vivemos como nobres, mas não temos nenhum título ou marca. Eu acho que a tia Gles não ia gostar disso, sabe como ela era. De ter seu esforço reconhecido.
-- Minha filha, eu não sei o que aconteceu com você. Mas de certeza, essa não é a garotinha que eu vi crescer. Parece até que um espírito se apossou de seu corpo. O espírito de uma pessoa madura, que já viu tudo da vida.
Sorri.
-- Mãe, me ajuda.
- Também. Eu te levo a casa dele.
Pati palmas satisfeita.
-- Te amo, mãe. Você é a melhor do mundo.
Corri para o meu quarto, coloquei um vestido marrom, saltos pretos, brincos de ouro, e me fizeram uma trança no cabelo.
Quando terminei minha mãe também havia se trocado, entramos no carro e o mesmo nos levou a residência da família Bonaparte. A mansão é majestosa, e digna de um nobre, assim que chegamos fomos recebidos, pelo mordomo, que nos guiou até o escritório do senhor Bonaparte. Minha mãe me contou que os filhos dele entram todos para academia, e só voltam das férias.
Eu deveria ter ponderado em entrar na academia, quando ainda havia tempo. Essa é a forma que todas as famílias ricas usam para adquirir um título nobre. Agora que já aceitei o pedido de casamento não tenho como entrar na academia.
- Minha filha, pediu para te ver. Tem algo que ela quer te perguntar, espero que não esteja te incomodando.
-- Você nunca me incomoda. Antonieta, em que posso te ajudar. -- me olhou seriamente.
- Eu gostaria que me ajudasse a abrir meu próprio negócio, quero me tornar uma empresária. Mas, não aqui, no país do fogo. Como aceitei o pedido de casamento do imperador, não teria como gerir um negócio aqui. Por isso preciso de sua ajuda Duque Bonaparte. O senhor,está a mais tempo nesse ramo, sua família é especializada na área, a gerações. Acredito que me daria ótimos conselhos.
O duque olhou para minha mãe, incrédulo. Minha mãe apenas encolheu os ombros.
-- Se tornar uma imperatriz, uma imperatriz tem tudo o que deseja, não precisa trabalhar.
Ele está me testando.
- Eu aprendi uma coisa com minha prima, que por acaso,é a nossa imperatriz. Sempre que houver uma chance de fazer diferente, faço-o. Se tenho o poder de poder ajudar alguém que está em dificuldades, devo tentar reduzir seu fardo. Anos atrás, minha prima esteve no país do fogo, que era assolado por terríveis secas. E ela, curou aquela terra, curou muitas pessoas que viviam ali. Agora que estou prestes a fazer parte daquela nação não deveria arranjar meios também, de tornar seus dias abundantes?
Ele ficou algum tempo em silêncio.
- Você tem razão. Eu vou te ajudar.
Ficamos um bom tempo conversando, depois ele me levou para uma de suas filiais e me mostrou como é a sua organização. Minha mãe, que entende muito bem de negócios, ficou feliz de ver minha interação. Antes do imperador nos conceder mecanismos de cultivo e exportação de mantimentos. Minha mãe tinha uma pequena horta onde ela plantava, e vendia os alimentos no vilarejo. Agora, ela não precisa cuidar da terra pessoalmente, ou mesmo vender por si. Ela tem pessoas que trabalham para ela, graças ao imperador.
Eu podia ter pedido a minha mãe para me ensinar, mas minha mãe vende seus produtos a nível local. Enquanto que o Duque fornece até a comerciantes de outros países. Só uma pessoa como ele, que já viajou muito, pode me dizer como funciona o negócio em outro país. Voltamos a casa ao entardecer, e quando chegamos. Tinham presentes na sala e uma carta, do império do fogo. Isso é estranho, na minha vida passada, ele só me respondeu no final do dia seguinte. Porque dessa vez, ele foi tão rápido na resposta. -- A maior parte dos presentes, são para mãe, e outros são para Amanda e Christopher. É o dote. –cruzei os braços indignada, dessa vez ele exagerou, são cinco carruagens com presentes. Duas que estavam presentes para minha mãe, e uma para o restante. Na minha vida passada, foram quatro carruagens, o que se passa na cabeça dele?—A carta diz que vieram me levar em uma semana. Merda. Merda. Merda.É muito pouco tempo. -- Então devemos, começar com a sua preparação, e dar uma festa de
DIA DA CERIMÔNIA.IMPERADOREstou de frente ao altar esperando a noiva chegar. O salão está cheio de convidados. A família da noiva está nos primeiros bancos do lado esquerdo, e a minha família está no primeiro banco no lado direito. O resto são nobres, ou empresários convidados a assistir a cerimônia. O som da flauta, da harpa e do violino começa a ressoar anunciando a entrada da noiva. Ela veste um amplo e impressionante karagi nuno, ou as doze molduras da pessoa, que é um conjunto de kimonos da mais fina e luxuosa seda, sobrepostos chamados de uchiki, cada um levemente mais curto que o anterior, de modo a deixar, golas, mangas, e barras aparecendo em discretas camadas. Criando um efeito multicolorido do impacto. O conjunto é todo vermelho com detalhes amarelo e branco. O último uchiki serve de sobretudo, é bordado e amarrado completamente por um cinto à frente em forma de laço no mesmo tecido, e uma cauda de tecido vermelho. Seus cabelos estão presos um pouco abaixo da altura do p
ANTONIETANa minha vida passada, fiquei muito nervosa quando chegou a hora de perder a pureza, Renom riu disso e me ofereceu uma taça de vinho para que eu ficasse calma. Ele foi gentil nas preliminares e depois soltou a besta que existe dentro dele. Eu conheço o corpo dele de ponta a ponta, mas ainda assim, não importa quantas vezes eu reencarne nunca vou conseguir lidar com seu membro avantajado, que me rasga de dentro para fora.Como aconteceu na minha vida passada, assim que acordei ele não estava na cama. Sempre foi assim, nunca o vi dormindo, porque ele sempre acorda antes de mim, ou talvez nem durma. Na minha vida passada, fiquei ressentida ao saber que o meu esposo mal me esperou acordar, fiz minhas higienes e fui atrás dele, mendigar sua atenção.Mas não dessa vez. Estico minhas costas e me levanto da cama. Esse é o quarto onde eu dormia antes dele me mandar para o anexo. Toque no sino, e as servas entram. Três mulheres, aqui nesse palácio, não sei em que confiar, algumas dess
E, ela bem disse que daria a festa, ela é a anfitriã e eu só o enfeite que deve ficar a sua tras, já que toda a atenção ela rouba para si. Renom também, se distanciou e está bebendo com seus amigos, essa festa é mais para eles do que para mim. Na minha vida passada, tentei seguir o Renom, mas como ele não me dava atenção, fui atrás de Celeste, que me apresentava a alta sociedade, como se eu fosse um patinho feio que foi acolhido. Desde esse dia fiquei conhecida como a imperatriz sem valor, pois, Celeste seria eternamente a imperatriz desse reino.Vadia estúpida.Como não percebi isso, você fez essa festa para reassentar sua influência no império, por isso que logo depois me deixou à mercê de Renome, e só vinha de vez em quando para me ajudar.Vadia louca.Que raiva, da minha estupidez.Olhei em volta, e não há nada que eu possa fazer agora. Você ganhou essa batalha Celeste, mas não a guerra, peguei uma garrafa de vinho e me retirei.Dessa vez não serei sua cadelinha, Celeste.Fui para
ANTONIETA.Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Só me lembro de ir ao pátio beber. Lembro de ter visto Renom Tina, se beijado, e depois disso não lembro de mais nada. Apenas uma dor de cabeça insuportável. -- Senhora, aqui estão os analgesicos que o imperador mandou trazer. -- Tereza.-- Obrigada.--Tomei a medicação, e bebi água.--Tereza, como eu cheguei, até meu quarto?-- O imperador lhe trouxe. -- Renom sendo cavalheiro, essa é nova. -- a imperatriz viúva, disse que irá almoçar com a senhora.O que aquela velha maldita quer? Não me recordo disso ter acontecido na minha vida passada, e alias, ela devia ignorar, minha existência pelos próximos seis meses. -- Entendo. Espero não ter dito nada estranho a Renom ontem, e para minha sorte não o vi no palácio, quando chegou a hora do almoço, esperei a imperatriz que não se demorou a chegar, servir anos, enquanto conversávamos amenidades. -- Entao, nao te vi, ontem.Estava estranhando esse encontro, parece que eu não te seguir não l
Acabou que fiquei até tarde. -- Senhora, acho que alguém furou os pneus. -- disse o cocheiro. - Não tem como trocar?-- Vai levar algum tempo arranjar, talvez devemos mandar vir outro carro.Não. Ninguém pode saber que eu vim até o vilarejo.- Pedro, eu confio em ti. Tenho a certeza que ira arranjar o coche a tempo.—Pedro é alto, magro, negro e jovem, deve ter em torno de 19 anos. Apesar de magro, ele tem uma escultura muscular forte. Eu quero confiar em você. -- Eu irei arranjar senhora, vou só comprar os materiais. -- Ele parece que ouviu meus pensamentos porque me olhou com determinação, e se retirou.Eu dispensei os agricultores, e Augusto não pode ficar muito tempo porque sua mulher não se sente bem. Então foi mais cedo, caso não iria com ele. Estou ao lado da carruagem, que por ser brilhante, chama atenção de algumas pessoas, que fazem questão de passar longe, e como não se o brasão real se destaca. Devo procurar outros meios de chegar até aqui, senão a notícia de que alguém
Por esta noite a viagem foi um pouco turbulenta, mas conseguimos chegar a tempo, invés de entrar direto para os meus aposentos. Usei a porta dos fundos e mandei Suzana preparar um banho para Oriel, e Elsa, algo para ele comer. Mandei que a refeição fosse servida no quarto em que ele está. -- Pode comer o que quiser.—Oriel olha para a comida como um cachorrinho esfomeado. Seus cabelos são castanhos no mesmo tom que o meu, mas a diferença é que os deles são curtos e de pontas irregulares, chegam até a altura do ombro, em contrapartida, seus olhos são escuros como a noite. Ele não fez seremos e começou a comer. Sai um pouco do quarto, ficando do lado de fora, e os meus empregados estavam do lado de fora me esperando. -- Alguém ficou perguntando algo sobre mim?—todos responderam que não. –o imperador já chegou?-- Não, acabo de voltar da área principal. -- Tereza.-- Ótimo. -- Fiz uma pequena pausa. Eu preciso que essas pessoas estejam do meu lado. -- Espero poder contar convosco e co
Na manhã seguinte, mandei vir um médico para que pudesse analisar o estado de Oriel, ele foi despedido para que pudesse ser analisado, o médico me aconselhou a não ver, mas eu queria ver o que deixou Suzana, tão aterrorizada.Oriel, está cheio de cortes, nas costas, barriga, e pernas, está coberto de hematomas. Oriel, aperta seus punhos e fecha os olhos, como se ele também não pudesse suportar olhar em seu corpo.-- Quanto tempo?—encarei o médico. Estou pagando seu atendimento com meu próprio dinheiro, pois se usar a verba que me foi me disponibilizada pela imperatriz isso facilmente chamara sua atenção, e ela irá querer saber o que está acontecendo. -- Quando tempo para ele se recuperar.-- Bom, sendo sincero não sei quanto tempo pode levar para essas feridas se fecharem por completo, mas irei disponibilizar todos os medicamentos possíveis para que as feridas se fechem, e as cicatrizes desapareçam. Ele também, tem o crescimento retroagido, devido a falta de alimentação constante, e