ANTONIETA.Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Só me lembro de ir ao pátio beber. Lembro de ter visto Renom Tina, se beijado, e depois disso não lembro de mais nada. Apenas uma dor de cabeça insuportável. -- Senhora, aqui estão os analgesicos que o imperador mandou trazer. -- Tereza.-- Obrigada.--Tomei a medicação, e bebi água.--Tereza, como eu cheguei, até meu quarto?-- O imperador lhe trouxe. -- Renom sendo cavalheiro, essa é nova. -- a imperatriz viúva, disse que irá almoçar com a senhora.O que aquela velha maldita quer? Não me recordo disso ter acontecido na minha vida passada, e alias, ela devia ignorar, minha existência pelos próximos seis meses. -- Entendo. Espero não ter dito nada estranho a Renom ontem, e para minha sorte não o vi no palácio, quando chegou a hora do almoço, esperei a imperatriz que não se demorou a chegar, servir anos, enquanto conversávamos amenidades. -- Entao, nao te vi, ontem.Estava estranhando esse encontro, parece que eu não te seguir não l
Acabou que fiquei até tarde. -- Senhora, acho que alguém furou os pneus. -- disse o cocheiro. - Não tem como trocar?-- Vai levar algum tempo arranjar, talvez devemos mandar vir outro carro.Não. Ninguém pode saber que eu vim até o vilarejo.- Pedro, eu confio em ti. Tenho a certeza que ira arranjar o coche a tempo.—Pedro é alto, magro, negro e jovem, deve ter em torno de 19 anos. Apesar de magro, ele tem uma escultura muscular forte. Eu quero confiar em você. -- Eu irei arranjar senhora, vou só comprar os materiais. -- Ele parece que ouviu meus pensamentos porque me olhou com determinação, e se retirou.Eu dispensei os agricultores, e Augusto não pode ficar muito tempo porque sua mulher não se sente bem. Então foi mais cedo, caso não iria com ele. Estou ao lado da carruagem, que por ser brilhante, chama atenção de algumas pessoas, que fazem questão de passar longe, e como não se o brasão real se destaca. Devo procurar outros meios de chegar até aqui, senão a notícia de que alguém
Por esta noite a viagem foi um pouco turbulenta, mas conseguimos chegar a tempo, invés de entrar direto para os meus aposentos. Usei a porta dos fundos e mandei Suzana preparar um banho para Oriel, e Elsa, algo para ele comer. Mandei que a refeição fosse servida no quarto em que ele está. -- Pode comer o que quiser.—Oriel olha para a comida como um cachorrinho esfomeado. Seus cabelos são castanhos no mesmo tom que o meu, mas a diferença é que os deles são curtos e de pontas irregulares, chegam até a altura do ombro, em contrapartida, seus olhos são escuros como a noite. Ele não fez seremos e começou a comer. Sai um pouco do quarto, ficando do lado de fora, e os meus empregados estavam do lado de fora me esperando. -- Alguém ficou perguntando algo sobre mim?—todos responderam que não. –o imperador já chegou?-- Não, acabo de voltar da área principal. -- Tereza.-- Ótimo. -- Fiz uma pequena pausa. Eu preciso que essas pessoas estejam do meu lado. -- Espero poder contar convosco e co
Na manhã seguinte, mandei vir um médico para que pudesse analisar o estado de Oriel, ele foi despedido para que pudesse ser analisado, o médico me aconselhou a não ver, mas eu queria ver o que deixou Suzana, tão aterrorizada.Oriel, está cheio de cortes, nas costas, barriga, e pernas, está coberto de hematomas. Oriel, aperta seus punhos e fecha os olhos, como se ele também não pudesse suportar olhar em seu corpo.-- Quanto tempo?—encarei o médico. Estou pagando seu atendimento com meu próprio dinheiro, pois se usar a verba que me foi me disponibilizada pela imperatriz isso facilmente chamara sua atenção, e ela irá querer saber o que está acontecendo. -- Quando tempo para ele se recuperar.-- Bom, sendo sincero não sei quanto tempo pode levar para essas feridas se fecharem por completo, mas irei disponibilizar todos os medicamentos possíveis para que as feridas se fechem, e as cicatrizes desapareçam. Ele também, tem o crescimento retroagido, devido a falta de alimentação constante, e
Depois fui ao quarto de Oriel, o encontrei sentado no sofá, olhando atrás das janelas, ele deve estar se sentindo entediado. - Olá, trouxe alguns doces para você. E alguns presentes.—me sentei ao seu lado.—um urso de peluche marrom de seu tamanho, e doces do cozinheiro real.—ele me encarou por instantes antes de pegar.-- Obrigado, vossa majestade.– Oh.-- Coloquei as mãos no rosto, dramatizando.—quem te contou que sou a Imperatriz. Não foi a Suzana nem. Oh. Não me chame assim. Me chame de Antonieta, Tonia, Tony, mana, ou mamãe, vai, não é assim tão difícil.-- Vossa majestade, isso é inapropriado.Cruzei os braços.-- Não fale, como um adulto, você, é só um bebe.—ele me olhou semicerrando antes de rir e tampar a boca. -- então você ri, que sorriso lindo.Ele riu novamente. -- Muito obrigado, mana.-- OH. Você disse. -- o abracei, ele é tão fofo que parece um urso.—diz de novo.(...)-- Terminei de verificar e está tudo em ordem. -- Tereza colocou os documentos sobre a mesa.-- A se
Eu não sei quanto tempo levou, o tempo parece congelar para mim, até o instante que voltei a ver os olhos escuros de Oriel brilhando, Miranda voltando ao normal, e de repente areia flutuando pelo ar.Por impulso afastei Miranda para que ela não fosse atingida pela areia. De outro jeito, ela teria se ferido. Oriel, se sentou e a areia continuou tflutuando em sua volta enquanto algumas camadas batiam contra o concreto de forma agressiva. -- Senhora...—Tereza e Suzana se colocaram na minha frente para me proteger.-- Oriel...—passei por elas, e sem me importar com a areia abracei Oriel. -- tem que se controlar, se não vai machucar pessoas inocentes. Ele me olhou com os olhos assustados.- Eu não sei como.-- Você não precisa saber, é só sentir...—a areia começou a colar ao meu corpo, como se quisesse me engolir.-- Mana..—ele tentou tirar a areia de mim,mas ela não saiu, desesperado começou a chorar. -- Mana..mana...-- Olha para mim, olha para os meus olhos Oriel, respira fundo. O p
Em que circunstâncias a imperatriz viúva conheceu Miranda, eu não sei. Mas, sei que o final dela é tão cruel quanto o meu, talvez eu deva fazer um favor para nós as duas e a tirar daqui. Escrevi uma carta para minha mãe, e outra para Amanda, para Amanda apenas querendo saber como ela está, para a minha mãe, eu a pedi um favor. Em três dias eu recebi uma resposta, e ela está disposta a me ajudar. Então ordenei a Pedro, que o acompanhasse, Miranda e sua família até a casa da minha mãe. Se ela nunca conhecer a imperatriz, eu não sentirei vontade de a matar, e pouparei nós duas de sermos usadas como peças por aquela mulher. Eu disse para Miranda que minha mãe cuidaria dela e da família dela, lhe daria um emprego, moradia, comida e tudo que precisasse, e sem pestanejar ela aceitou.Menos um problema resolvido. Passei pela biblioteca e levei alguns livros que ensinam a como controlar seu poder, se Pedro já tivesse voltado, ele ensinaria Oriel a manejar seu poder. Enfim, até que ele volte,
-- Imperador, qual é a necessidade de atormentar, a imperatriz? Ela é uma boa mulher. Fico surpreso por Dércio a defender já que ele geralmente não defende ninguém, principalmente as mulheres com as quais me envolvo. Ele prefere se manter indiferente, nesse quesito. -- Boa o suficiente para querer ficar com ela?Ele me olha indignado, mas não nega. Então acha a minha mulher atraente. Para mim a vida se resume em sim ou não. Não existe um meio termo, e quem cala consente.-Nunca faria isso. Principalmente sendo ela sua mulher. Oh.-- Só acho que ela merece um pouco de consideração de vossa majestade. Cuida da casa, e trata dos empregados educadamente, para além de visitar orfanatos com frequência invés de participar em clubes femininos da alta sociedade. Ela se importa. E sente empatia pelos menos favorecidos.-- Oh, o que mais quer me contar sobre as qualidades de minha esposa. -- digo de forma irônica.-- Me desculpe, me excedi. Queria me casar com Amanda, porque com o poder del