Capítulo 05.

Eu podia ter pedido a minha mãe para me ensinar, mas minha mãe vende seus produtos a nível local. Enquanto que o Duque fornece até a comerciantes de outros países. Só uma pessoa como ele, que já viajou muito, pode me dizer como funciona o negócio em outro país. 

Voltamos a casa ao entardecer, e quando chegamos. Tinham presentes na sala e uma carta, do império do fogo. 

Isso é estranho, na minha vida passada, ele só me respondeu no final do dia seguinte. Porque dessa vez, ele foi tão rápido na resposta. 

-- A maior parte dos  presentes, são para mãe, e outros são para Amanda e Christopher.  É o dote. –cruzei os braços indignada, dessa vez ele exagerou, são cinco carruagens com presentes. Duas que estavam presentes para minha mãe, e uma para o restante. Na minha vida passada, foram quatro carruagens, o que se passa na cabeça dele?—A carta diz que vieram me levar em uma semana. 

Merda. Merda. Merda.

É muito pouco tempo. 

-- Então devemos, começar com a sua preparação, e dar uma festa de despedida. -- mãe.

-- Não.

- Você não quer uma festa de despedida? Você sempre sonhou com isso. 

-- Mãe, eu te amo. Mas, não me ajuda muito quando você diz o que eu gostava e o que eu faço agora, as pessoas mudam. Amanda mudou. Porque acha que eu não posso?—ela me olhou ressentida, respirei fundo para acalmar meus nervos. -- Estou um pouco cansada. Desculpa, se fui rude. Se mãe quer dar uma festa de despedida, por mim tudo bem. Mãe, pode planejar, eu irei comparecer. Mas, nesse momento minha cabeça está em outras coisas, amanhã tenho de me encontrar com duque, e a muito coisa que ainda tenho de fazer.

Ela ficou me olhando por instantes sem dizer nada.

-- Pensei que estivesse feliz por se casar. -- disse num tom ameno.

Não estou. Lá eu fui morta. E se você soubesse, não me deixaria ir pra lá. Acredito até que Christopher contrarie as relações com aquele país, ele nunca deixaria que a família da mulher que ele ama, fosse maltratada.

- Estou feliz, por você ser essa mãe incrível e batalhadora, que eu tanto admiro. 

Mas, essa guerra é só minha. Eu sozinha irei me vingar daquela família. 

(...)

Nas noites que se seguiram tive o mesmo mau sonho,  e ouvia a voz de fênix me mandando voltar para o país do fogo. Vendi  todos os meus pertences valiosos, e com o dinheiro que obtive, entreguei ao Duque para que ele abrisse a firma para mim no país do fogo. Eu como não posso sair daqui até que o cortejo chegue, deixei tudo a cargo do Duque. 

Assinei muitos documentos, registrei minha firma, em meu nome de solteira, criei minha própria marca. Com ajuda financeira da minha mãe, consegui produzir o material que irei vender. A empresa, só estará aberta oficialmente para eu voltar para lá. Ainda tenho que arranjar funcionários. E só eu estando lá isso pode ser possível.

Minha cabeça parece que vai explodir, nunca pensei que ser responsável doía tanto assim. 

Às vezes, dorme na minha secretária, outras nem durmo. Tenho que usar tudo que eu sei ao meu favor do passado para poder me erguer. 

Minha mãe preparou a festa, a imperatriz mãe, e a imperatriz, estiveram presentes, junto com outras obras.

-- Você me parece cansada. -- Amanda.

-- Ser sincera. -- ela acenou. -- Quero dormir apenas, estou muito cansada.

-- O cansaço vai compensar. Você está criando algo seu. E não há nada mais satisfatório que isso.

A festa foi agradável, recebi presentes. Que estou pensando em vender alguns para investir na minha empresa. Outros, irei deixar só para recordarem de mim. Já que irei para o país do fogo sem nada. 

No dia da minha partida minha mãe chorou como um bebe.

-- Mãe, nos veremos na cerimônia. Calma. E também você sempre pode me mandar cartas ou vir me ver.

Amanda me deu um abraço de urso.

- Se precisar de alguma coisa me avisa. Se ficar doente ou qualquer coisa que seja. -- ri da cara de preocupada dela. Desde que ela tem aqueles poderes, não sei mais, o que é ficar doente.

Luan me deu um abraço e um beijo gostoso. 

Christopher me olhou nos olhos. Na minha vida passada, ele não veio se despedir de mim, porque eu havia brigado com Amanda. Amanda veio se despedir de mim, e eu fui seca, ainda empinei o nariz.

-- Você vai precisar de muita paciência, com Renom. Ele tem mania de pensar que a vida é um jogo, e que ele é deus.—minha vontade é de dizer, eu sei, eu juro que eu sei.—mas, ele é ótimo governante. Mantenha-te segura.

-- Sei que não irei viver um conto de fadas, como vosso. É triste, mas eu estou bem com isso. -- ele me olhou surpreso.—por favor cuide da minha mãe, da minha irmã e do meu sobrinho. Vocês são a família verdadeira que tenho. -- elas me olharam cheias de emoção.—posso te dar um abraço?—ele assentiu. Cortei a distância e o abracei. Falei de forma discreta em seu ouvido.- se por acaso, eu morrer, enquanto deixei um filho. Por favor cuide dele, deixo a segurança dele nas suas mãos.

Ele me olhou atônito, ele sabe que eu sei de alguma coisa. Mas, isso, não é algo que possa ser debatido em público.

Dei um meio sorriso e abracei uma última vez, minha mãe, e minha irmã. Dei um beijo em meu sobrinho e subi a carruagem. 

Quando eu for chegar lá, nos três dias, irei seguir o roteiro da minha vida passada, deixarei que a imperatriz viúva cuide de tudo, e irei agir como uma boba apaixonada e emocionada. Ela não pode desconfiar de mim, muito menos saber que não confio nela. Ela deve pensar que estou nas suas mãos. Quanto a Renom, sei que só o verei no dia da cerimônia, então está tudo bem. 

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