A cabeça inchada e vermelha do meu pau roça a sua bocetinha lisa e rosada e, caralho, estou tão duro como nunca estive. Solto os seus cabelos, segurando seu quadril com uma mão e abrindo a banda de sua bunda com a outra, e dou apenas uma única remetida para dentro dela, entrando por inteiro a fazendo gritar.
Caralho… ela é apertada.
Pressiono meu torso frio contra
Meus irmãos me observam em silêncio, quase como se esperassem pela próxima explosão tirânica que costumava liberar quando minha paciência se esgotava. Estamos no galpão, o cheiro de metal e produtos químicos misturados à poeira é sufocante. Hoje recebemos uma nova carga de armas — uma entrega que não pode atrasar, tive que vir e deixar Feyra em casa sozinha com o Noah, ao invés de eu estar lá com ela.Queria saber como ela está se sentindo neste momento, ainda mais após saber que ela teve a sua primeira vez com o Heros, seu que ele não faria nada que pudesse machucar ela. Conf
Viper, levemente recuado, analisa Heros. Um sorriso curto se forma em seus lábios, mas não há humor em seus olhos. Ele sempre foi inteligente o suficiente para saber quando se encontra diante de um predador.— Entendo o seu ponto, Capo, mas vou defender meus interesses — responde Viper, desafiador. Sua voz é calma, mas sinto a tensão no ar subindo, como um cabo prestes a se romper. — O Vale é um território complicado. Associar-me à Ndrangheta é um passo que eu não estou disposto a dar.
O outro lado da cama está vazio e bagunçado, um lembrete do tumulto que aconteceu na noite passada. Olho para a janela e vejo que o sol já está alto no céu, lançando uma luz vibrante que contrasta com a escuridão que sinto em meu coração. O silêncio é interrompido pelo som da porta se abrindo, e uma onda de apreensão me invade. Penso ser Heros, mas quem atravessa a porta é Noah, segurando uma bandeja de café da manhã.— Bom dia! — ele diz, entrando no quarto com um sor
Quando deixei Feyra na minha cama, dormindo tão serena, tive que controlar a vontade de acariciar a maçã do seu rosto. A lembrança da noite que tivemos ainda ressoa em minha mente, uma onda de desejo que me deixa duro ao pensar em sua maciez. Ela é tudo que eu não sou: macia, cheirosa e quente. O aroma de jasmim continua presente em mim, uma marca do seu corpo que se misturou à essência da banheira de Luther, uma pequena lembrança de Alicia, que ele ainda insiste em manter na sua vida. É um cheiro que continua a assombrá-lo, e talvez isso explique por que sua obsessão por ela só tem se intensificado.
MOSCOU ULITSA ARBAT (ARBAT STREET)Fico parada no portão da escola por mais de duas horas, tentando ligar para Mackenzie — minha mãe — que não atende a droga do telefone e deixa todas as minhas chamadas irem para a caixa de mensagens, já são vinte e três até agora!As sombras começam a se alongar, e a luz dourada do crepúsculo parece escorregar entre os edifícios enferrujados, arrastando consigo os últimos vestígios da esperança. Um vento gelado sussurra pelas árvores ao longo da calçada, as folhas dançando suavemente antes de se renderem ao chão, como sussurros de um passado esquecido. Cansada de esperar, opto por ir para casa a pé, sabendo que o caminho será longo e cansativo. É melhor do que permanecer aqui, aprisionada ao sabor cruel da incerteza, à espera de minha mãe. E, se ela se esqueceu de mim mais uma vez?Meus pés começam a latejar, o tecido dos meus tênis fazendo fricção nas costas dos meus calcanhares, e, ao longo do caminho, a cidade se transforma. As vozes distantes e o
A noite parece se fechar ao meu redor, como se as sombras conspirassem para me engolir. O riso dos homens ao meu lado ecoa como um som distante, quase irreal, mas o cheiro de sangue e pólvora me traz de volta à realidade crua. Cada respiração que dou parece carregar o peso da morte, como se o ar estivesse impregnado de culpa e desespero.Meus olhos se fixam nas poças de sangue que se espalham pela calçada, cada uma delas um testemunho mudo de vidas que foram ceifadas sem piedade. A luz dos postes oscila, criando sombras dançantes que parecem sussurrar segredos sombrios. Sinto um frio que não vem do vento, mas de dentro, como se minha própria essência estivesse se desintegrando.O Capo ergue sua garrafa em um brinde macabro, sua voz rouca cortando o silêncio da noite.Eu me pergunto como cheguei a este ponto. Como minha vida se tornou isso: um pesadelo do qual não consigo escapar. Lembro-me de tempos mais simples, de dias em que o sol parecia brilhar mais forte e o futuro era uma prome
A tensão no escritório é quase insuportável, como se o ar estivesse carregado de uma eletricidade silenciosa, pronta para explodir a qualquer momento. Luther continua a andar de um lado para o outro, seus passos pesados ecoando no chão de madeira escura. Seus olhos estão distantes, mas há algo neles que me preocupa — uma centelha de obsessão, de desespero. Ele está lutando contra algo que eu não consigo ver, algo que só ele conhece. E Feyra, essa garota que trouxemos para cá, parece o catalisador de tudo isso.Zedekiah permanece imóvel, seu rosto impassível, como sempre. Ele é como uma estátua, frio e calculista, mas hoje até ele parece sentir o peso da situação. Suas palavras são precisas, como sempre, mas há uma hesitação sutil em sua voz quando menciona Feyra. Ele sabe que isso é diferente. Ele sabe que isso pode ser perigoso.— Feyra Yelena Smirnov — ele repete, como se o nome tivesse um significado maior do que qualquer um de nós poderia entender. — Filha de Mackenzie Ekaterina S
Desperto mais uma vez com o som da água pingando, um ritmo monótono que ecoa nas paredes frias e úmidas do porão. O cheiro de mofo invade minhas narinas e a escuridão me envolve como um manto pesado, quase palpável. Meus olhos, acostumados à luz, têm dificuldade em focar, mas logo percebo as sombras que se contorcem ao meu redor, revelando o espaço claustrofóbico em que estou presa.Minhas mãos continuam amarradas a um cano velho e enferrujado, a corda apertando meu pulso e fazendo minha pele arder. A sensação de impotência me gela por dentro. O chão, coberto por um material que prefiro não identificar, adere aos meus pés descalços e expostos. É um poço de desespero, uma sepultura à meia-luz, e não faço ideia de como cheguei aqui.Cada palavra que chega até mim me machuca mais profundamente. Como se pudessem sentir meu medo, uma risada alta fura o ar pesado. O que eles querem? O que farão comigo? Minha mente corre, buscando uma saída, um motivo para acreditar que posso escapar daquela