Natal – Sammy
A casa dos Peters estava mais lotada do que eu achei que realmente estaria. Todos que eu conhecia estavam presentes, e até tinha gente que eu não fazia ideia de quem era.
Saldei os meus amigos, menos Rosie que eu fingi que nem estava lá, que estavam no sofá junto com Finn. Eles estavam eufóricos e conversam animadamente com John que segurava a pequena Maia. Vi Jonah, o irmão de treze anos da Branna, com o Aiden no colo e ao redor dele seus outros irmãos. Tinha duas mulheres ao lado das crianças, mas não as conhecia.
Cam, Evil, Dylan e os Black estavam perto da janela, quietos e distantes, perdidos em seus próprios assuntos. Marcus estava com eles. Louella se afastou de nós rapidamente assim que avistou a família e foi se juntar à eles.
SammyMarcus e eu subimos pro quarto dos gêmeos. Aproveitamos que os bebês estavam todos no andar de baixo. Eu estava tão nervosa. Não tinha um plano armado e não sabia bem o que dizer à ele. Marcus pareceu sentir meu desconforto e nervosismo. Ele se apoiou na parede perto da janela grande e me fitou calmo. Engoli em seco e cruzei os braços na frente dos seios, tentei controlar minha respiração.— Eu queria ter feito um plano, sabe? Queria saber exatamente o que te dizer.Marcus sorriu de lado.— Nem tudo nessa vida precisa de um plano, Samantha. Nem tudo precisa de palavras ensaiadas. Apenas espero que possamos falar as coisas que queremos sem nenhuma pressão.Concordei
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.- O Tempo, Mário Quintana* * * * * *Chicago, Illinois, EUASamantha Preston
Sammy— Um mês depois.Eu estava sentindo um puta desejo de jogar meu notebook escada a baixo e depois colocar fogo nele. Eu realmente não conseguia entender porque ele precisava dar prego logo em uma sexta à noite. Caramba, eu precisava dele pra fazer um trabalho de química e falar com a Branna. Eu não tinha mais celular, já que quebrei ele em pedacinhos ao jogar várias e várias vezes contra a parede. Foi uma semana atrás e minha mãe estava me irritando de novo com o assunto convento. Minha mãe conseguia me tirar do sério 99% do tempo. Papai dizia que eu tinha que ter paciência com ela, mas era impossível.Sempre odiei o fato dela tentar controlar cada passo meu. Eu não tinha ideia de quando meu anti-mãe começou, mas isso não me importava. Eu não perdia tempo pensando sobre isso. Tudo o que eu conse
SammyEra terça feira e eu estava acabada. Noite passada foi um verdadeiro porre e eu queria esquecer tudo sobre ela. Ouvir minha mãe dizer aquelas coisas e saber que ela realmente achava aquilo era horrível. Meu pai havia saído cedo pro trabalho na clínica veterinária e eu estava tentada a não ir pra escola. Não queria deixar Sean sozinho em casa com ela.Tomei banho e desci pra tomar o café da manhã. Mamãe estava com a mão no queixo olhando pra janela enquanto mexia seu café com a colher. Ela me viu e sorriu.— Bom dia, querida.Não respondi ela e me sentei.— Por que não está vestida? — perguntou olhando para meu pijama azul claro.
SammyEu estava de volta no meu quarto com a porta trancada e meus pais brigavam no andar de baixo. Eu passava a mão na barriga nua e encarava o teto perdida em pensamentos. Eu estava tão preocupada e feliz ao mesmo tempo.Agora sabia como Branna se sentia quando dizia que estava um pouco maluca com um bebê na barriga. Era tão louco e magnífico ao mesmo tempo. Peguei meu celular ao meu lado na cama e mandei uma mensagem curta para Branna do mesmo jeito que ela havia feito. No caminho de volta pra casa, papai me comprou um novo celular. Nós havíamos voltado sozinhos e quando eu cheguei fui direto pro quarto. Eu não queria ver minha mãe nem por um momento.Sean já sabia sobre minha gravidez e havia passado meia hora deitado na cama comigo. Ele estava em seu episódio, estava
SammyMeu pai me acordou quando chegamos na nossa nova casa e eu franzi a testa confusa com o quando eu havia dormido.Agora eu entendo a Branna,pensei ao me esticar. Olhei meu relógio de pulso e vi que era quase seis horas da tarde.Valeu a pena sair antes do sol nascer e passar quase doze horas dentro do carro. Benjamin já estava fora do carro ajudando Sean com as caixas e as malas. Saí do carro e me encostei nele admirando a vista da casa.
Você está saindo da minha vidaE parece que vai demorarSe não souber voltar ao menos mande notíciasCê acha que eu sou loucaMas tudo vai se encaixar- Na sua estante , Pitty.___SammyTerminei de me arrumar e olhei o relógio no meu celular. Eram quase oito horas. Mandei uma mensagem pra Branna dizendo que estava indo falar com Marcus e ela me desejou boa sorte.Bem, eu preciso.Não seria fácil chegar pra ele e dizer que eu estava grávida. Tinha medo de que ele nos rejeitasse, mas eu tentei me controlar. Tudo podia acontecer. Coloquei meu exame de sangue dentro da bolsa e me olhei no espelho outra vez. Eu havia vestido uma calça preta, blusa vermelha sem mangas e um casaco preto. Meu cabelo estava solto caindo pelos ombros em onda
SammyBranna e eu terminamos de devorar a comida que Matilde havia preparado e conversávamos baixinho. Snow estava sentada olhando para nós como um segurança e eu senti vontade de raptar ela. Era a cadelinha mais fofa do mundo. Certamente foi o melhor presente de aniversário que eu já dei. Eu contei a Branna o que encontrei quando fui ver Marcus e como eu me senti. Era tão fácil falar com ela. Eu sabia que Branna nunca me julgaria, ela me amava e me apoiava, então eu podia contar tudo pra ela sempre. Branna xingou Marcus com alguns palavrões e eu fiquei mais feliz.Nos sentamos no sofá e comemos um bolo de chocolate que Matilde havia feito de bom grado. Branna estava parecendo meio abatida e eu fiquei preocupada com ela.- Branny, está tudo bem?
Último capítulo