Sammy
Duas semanas depoisEu tinha feito lasanha pela primeira vez. Estava até um pouco mais animada que o normal e fiz Bruno me levar até a casa de Evil.
Lou, Lucas e Evil tinham recebido alta do hospital há alguns dias e eu estava tentando ajudá-los em algumas coisas. Como Evil era sozinha, eu passava um pouco mais de tempo com ela. Louella estava sendo sufocada por Jonathan e Lucas tinha Sean.
Abri a porta já que tinha a chave e dei espaço para Bruno entrar. Ele segurava a travessa nas mãos e duas sacolas. Eu carregava Ollie no bebê conforto. Ele dormia pacificamente sem se importar com o balanço toda vez que eu andava.
Evil estava deitada no sofá cama com uma coberta colorida que eu trouxe de casa.
SammySe eu tinha ficado magoada com ele? Sim! Se eu tinha motivos? Sim! Se eu queria continuar magoada com ele? Droga, não!Por isso três horas depois eu engoli meu orgulho e voltei ao quarto.Ele estava sozinho, os olhos presos no teto e completamente parado. Abri a porta de vidro deslizante e entrei. Ele mal me notou. Coloquei minha bolsa no chão ao lado da cama e me sentei ao lado da cama. Depois de alguns segundos ele moveu os olhos pra mim.- Achei que voltaria só amanhã.- A enfermeira veio te dar comida? - ignorei sua fala.Ele concordou em silêncio.- Ótimo. - re
MarcusRespirei fundo e abri a porta, entrei logo em seguida e a fechei. Meus olhos buscaram imediatamente por ele. Senti meu estômago embrulhar quando o vi.Vince estava deitado na mesa, todo esticado, os membros todos acorrentados. Sangue manchava as correntes de seus braços e pernas, mas me parecia mais sangue antigo. Jasmine o queria vivo para mim. Por isso, não o deixaria sangrar até morrer.Respirei fundo e tentei fazer minhas mãos pararem de tremer. Meu corpo todo estava tenso. Eu sentia a vontade de me afastar dele, mas ignorei. Eu não voltaria atrás na minha decisão. Vince tinha me ferrado. Minhas costas e minha mente, era tudo culpa dele. E ele ia pagar com sua vida.Vince virou o rosto e me encarou, um sorriso
SammyEu ainda estava no hospital com Finn quando Sean me ligou avisando que Sally tinha entrado em trabalho de parto. Fui direto pra ala do hospital dos Black onde eles estavam. Desde que tudo aconteceu, Sally e eu nos aproximamos bastante. Foi algo natural. Ela me convidou para almoçar, começamos a conversar e gostamos uma da outra. Ela era uma boa pessoa. Gentil, inteligente, engraçada. Depois do nosso primeiro almoço comecei a convidá-la para muitos jantares lá em casa. E ela tinha facilmente se encaixado na minha família. Todos gostavam dela. Principalmente Oliver que amava ficar com as mãozinhas em sua barriga, sentindo a irmã mexer sem parar.Eu tinha ligado pro Dylan para que ele avisasse ao Marcus sobre o nascimento de sua filha, mas ele não me atendia. Mandei várias mensagens, mas não tive nenhum retorno. Então
SammyPapai sentou ao meu lado no sofá. Ele estava sério como de costume e seus olhos azuis eram examinadores.— Problemas, granada?— Sempre.— Marcus ou Finn?Franzi a testa e ignorei o desenho que passava na TV para encará-lo.— Sério? Eu sabia que era uma vadia, mas não sabia que era tão rodada assim.Papai revirou os olhos.— Você me entendeu.— Eu não vou reatar meu namoro com Finn, se é o que está querendo saber, papai. Eu amo o Marcus.
Natal – SammyA casa dos Peters estava mais lotada do que eu achei que realmente estaria. Todos que eu conhecia estavam presentes, e até tinha gente que eu não fazia ideia de quem era.Saldei os meus amigos, menos Rosie que eu fingi que nem estava lá, que estavam no sofá junto com Finn. Eles estavam eufóricos e conversam animadamente com John que segurava a pequena Maia. Vi Jonah, o irmão de treze anos da Branna, com o Aiden no colo e ao redor dele seus outros irmãos. Tinha duas mulheres ao lado das crianças, mas não as conhecia.Cam, Evil, Dylan e os Black estavam perto da janela, quietos e distantes, perdidos em seus próprios assuntos. Marcus estava com eles. Louella se afastou de nós rapidamente assim que avistou a família e foi se juntar à eles.
SammyMarcus e eu subimos pro quarto dos gêmeos. Aproveitamos que os bebês estavam todos no andar de baixo. Eu estava tão nervosa. Não tinha um plano armado e não sabia bem o que dizer à ele. Marcus pareceu sentir meu desconforto e nervosismo. Ele se apoiou na parede perto da janela grande e me fitou calmo. Engoli em seco e cruzei os braços na frente dos seios, tentei controlar minha respiração.— Eu queria ter feito um plano, sabe? Queria saber exatamente o que te dizer.Marcus sorriu de lado.— Nem tudo nessa vida precisa de um plano, Samantha. Nem tudo precisa de palavras ensaiadas. Apenas espero que possamos falar as coisas que queremos sem nenhuma pressão.Concordei
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.- O Tempo, Mário Quintana* * * * * *Chicago, Illinois, EUASamantha Preston
Sammy— Um mês depois.Eu estava sentindo um puta desejo de jogar meu notebook escada a baixo e depois colocar fogo nele. Eu realmente não conseguia entender porque ele precisava dar prego logo em uma sexta à noite. Caramba, eu precisava dele pra fazer um trabalho de química e falar com a Branna. Eu não tinha mais celular, já que quebrei ele em pedacinhos ao jogar várias e várias vezes contra a parede. Foi uma semana atrás e minha mãe estava me irritando de novo com o assunto convento. Minha mãe conseguia me tirar do sério 99% do tempo. Papai dizia que eu tinha que ter paciência com ela, mas era impossível.Sempre odiei o fato dela tentar controlar cada passo meu. Eu não tinha ideia de quando meu anti-mãe começou, mas isso não me importava. Eu não perdia tempo pensando sobre isso. Tudo o que eu conse