Sammy
Marcus estava ao celular falando com Cam. O cadáver daquele homem estava no quarto destinado ao meu filho e eu andava de um lado pro outro pela sala pensando em Benjamin. Meu pai estava no trabalho e Sean estava voltando pra casa. Marcus havia colocado Evil e alguns caras procurando por Benjamin, mas eu não conseguia controlar minha mente de pensar o pior. Eu não estava tão abalada por ter visto um homem se matar e sim pelo fato de não saber onde meu irmão estava. Eu podia lidar com a morte de um estranho, ainda mais um que não era bom, mas meu irmão? Não, isso não.
— Samantha, sente um pouco, okay? Evil e os outros vão achar seu irmão. — Marcus disse ao desligar.
— Você não entende. — eu disse andando com as mãos na cintura. — Ele não vai se sentir bem com estranhos. Eu deveria ter ido também.
— Samantha, você está grávida. Por favor, sente um pouco e se acalme.
— Como quer que eu me acalme? — gritei olhando pra ele. — Meu irmão está lá fora sabe se lá Deus com quem!
Marcus se aproximou de mim e me segurou pelos pulsos.
— Me desculpe. — sussurrou. — Isso tudo é culpa minha, desculpe. Mas por favor, se sente.
Fechei os olhos e concordei. Marcus me soltou devagar e eu me sentei no sofá.
— O que vai acontecer com... aquilo? — perguntei rude me referindo ao morto.
— Cameron vai cuidar dele pra mim.
— Filho da mãe!
— Eu ou Cameron? — Marcus me perguntou confuso e eu ri baixinho.
— Nenhum dos dois. — apontei pras escadas. — O morto.
Marcus riu baixinho também. Me lembrei do que o desgraçado 2, resolvi chamar ele assim já que Walter era o desgraçado 1, disse antes de Marcus entrar. “Todos os Black são tóxicos”.
— Marcus? — ele olhou para mim e guardou o celular. — Você é um Black? Porque aquele idiota disse que você era.
Marcus suspirou e olhou pro chão. Ele passou as mãos no cabelo e concordou voltando a me olhar.
— Eu sou.
Pisquei confusa e me sentei mais ereta no sofá.
— Mas seu sobrenome é Martin.
— Nome da minha mãe. Meu nome completo é Marcus Martin Black.
Pisquei ainda mais confusa.
— Você e Walter eram... irmãos? — por favor, diga não!
— Não. — ele disse e se sentou ao meu lado.
Respirei fundo sentindo seu cheiro e quis chegar mais perto dele. Eu gostava de sentir ele, mas me forcei a ficar parada.
— Meu pai e o pai dele eram irmãos, o que nos torna primos. — Marcus me disse. — O nome daquele cara lá em cima é Josiah Lopez. Ele trabalhava como segurança no edifício onde eu e Walter crescemos.
— Você fez mesmo aquilo com ele, não fez?
Marcus desviou os olhos de mim quando disse.
— Sim. — ele suspirou pesadamente. — Eu vou contar, mas você tem que me prometer que sua visão sobre quem eu sou não vai mudar.
— A minha visão sobre você que consiste em ser um deus do sexo selvagem? — brinquei e ele me olhou com os olhos cerrados. — Relaxa, não vai mudar.
— Na família Black é tradição que aos dezesseis anos você faça algo ruim. — ele disse revirando os olhos. — Quando eu completei dezesseis, meu pai exigiu que eu escolhesse alguém e o matasse. E eu escolhi Josiah.
— Você não o matou. — falei mostrando o óbvio.
— Eu achei que tinha, mas eu estava tão nervoso. — Marcus passou as mãos pelo cabelo de novo e mordeu o lábio. — Eu bati nele até ele perder a consciência. Quando ele acordou, estava com a cara enfiada na churrasqueira. Eu o forcei a aguentar a dor que o fogo proporcionava e depois o tirei...
— Porquê? — perguntei não enojada ou amedrontada, mas curiosa.
— Josiah não era um bom homem e eu o escolhi por esse motivo. Não que eu seja melhor ou que fosse na época, mas eu meio que odiava ele. No complexo onde vivíamos tinha muitas pessoas que eram fiéis aos Black. Uma dessas pessoas era Maria, uma mulher boa e separada que tinha seis filhas de dezesseis à seis anos de idade. Ela era sozinha e ninguém a protegia. Josiah invadiu o apartamento dela uma noite, estuprou ela e as seis filhas. Eu me lembro de Clara, uma linda menina de seis anos. Ela era tão doce, Samantha e morreu por causa dos prazer de um maldito. Eu fiz ele confessar, eu precisava de um incentivo para fazer o que precisava ser feito.
— E ele confessou. — eu disse sussurrando e limpei meu rosto. Eu tinha chorado sem perceber.
— E ele confessou. — Marcus repetiu. — Eu fiquei tão fora de mim naquele dia. Eu ouvia os risos de Clara na minha cabeça, via Maria e as outras, nem notei o que estava fazendo até sentir o cheiro de pele queimada.
Engoli a náusea que me deu e respirei fundo. Eu não conseguia imaginar Marcus perdendo o controle, nem mesmo machucando alguém, mesmo um cara mau. Eu podia facilmente imaginar Dylan fazendo isso, por outro lado.
— É uma história e tanto.
— É sim. — ele concordou se encostando no sofá. — Sally é a segunda filha de Maria. Nós crescemos juntos e somos amigos. Algumas vezes, ela vem pra cidade e nós... nos divertimos juntos.
Limpei os restos de lágrimas que estavam no meu rosto e bufei com raiva. É claro que essa Sally tinha algo a ver.
— Bem, ela parece ser legal. — disse e me levantei.
A porta se abriu e eu pulei pra trás assustada, mas era só Cam. Ele entrou com mais dois caras atrás e fechou a porta.
— Hey, pequena. — beijou minha bochecha. — Você está bem? E o pequenino?
— Estamos bem. — garanti.
Cam era um amor de pessoa. Desde que me mudei ele e os outros têm sido pessoas maravilhosas comigo. Daphne e Catarina me faziam visitas junto de Branna e nós conversavamos muito. Cam não ficava atrás. Às vezes ele vinha junto de Marcus para jantar ou almoçar e ficava até tarde conversando.
Marcus apontou pra cima.
— Josiah está no quarto do bebê.
— Filho da puta. — Max, um cara bem legal e muito bonito, disse com raiva. — Esse cara é um fodido.
— Vamos lá, rapazes. Vamos limpar o quarto do nosso sobrinho. — Cam disse e eles subiram.
Marcus foi pra cozinha, pegou uma caixa de choco bolas do armário e leite líquido da geladeira. Pegou uma tigela média de vidro, despejou as choco bolas na tigela e depois o leite. Pegou um colher e se aproximou de mim. Ele me entregou e eu aceitei feliz. Estava mesmo com fome. Me sentei no sofá e comi em silêncio. Marcus se sentou no braço do sofá e ficou me vendo comer. Olhei pra ele depois da minha vigésima colher cheia e ele estava sorrindo de lado.
— O que foi? — perguntei depois de engolir.
— Você.
— O que tem eu?
— Você parece uma criança.
— Bem, eu sou uma. — disse brincando e fazem biquinho.
— É, você é. — Marcus concordou sério e eu percebi que ele tinha voltado pra concha.
Revirei os olhos e ouvi um barulho vindo da escada. Sabia que era os meninos carregando o corpo, então não me virei pra olhar. Se eu fizesse iria vomitar de novo.
Marcus acompanhou eles até lá fora e me perguntei se eles teriam a cara de pau de carregar um cara morto pela rua até o porta malas do carro. Ouvi a resposta quando o porta malas foi fechado com força. Marcus entrou e trancou a porta.
— Como vou explicar pro meu pai isso? — perguntei colocando a tigela vazia na mesa se centro. — Como vou explicar que perdi meu irmão?
— Relaxa, Samantha. — ele disse. — Evil me mandou uma mensagem. Acharam Benjamin na praça depois da escola. Ele estava sentado em um banco sozinho e Evil está trazendo ele pra cá. E eu falo com seu pai.
Fechei os olhos e suspirei aliviada. Parecia que um ônibus tinha sido retirado dos meus ombros.
— Graças à Deus. Ele está bem? Evil disse se ele estava machucado?
— Ela disse que ele está bem. — Marcus disse e me olhou seriamente. — Eu vou lá pra cima ajeitar o quarto. Você fica aqui e espera eles chegarem.
Concordei e ele subiu. Me sentei no sofá e agradeci a Deus pela segurança de Benjamin. Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com ele. Repassei tudo o que Marcus havia dito, sobre ele e Walter serem primos e toda a loucura, e me senti péssima. Aos dezesseis anos eu estava brigando com minha mãe, com meu irmão e sendo a melhor amiga de Branna. Eu tinha problemas idiotas. Enquanto Marcus estava matando um homem porque era tradição na família dele. Como alguém conseguia treinar seu próprio filho para ser assassino? Eu não entendia e tinha raiva de quem o fazia.
* * * * * *
Papai havia ficado tão furioso. Como Marcus havia dito, ele conversou com meu pai. Por mais de uma hora. Marcus havia limpado todo o quarto e o banheiro, não tinha uma pista de sangue no chão ou em qualquer outro lugar. Benjamin havia chegado bem em casa e nós conversam brevemente no quarto dele. Ele havia dito que uma mulher ruiva entrou e disse que eu estava na rua passando mal e que ele tinha que ir com ela, então ele foi. Mas eu não estava em lugar nenhum e a garota ficou conversando com ele na praça. Ele disse que ela perguntou sobre mim e Marcus, e mais nada. Deixei ele dormir em paz depois.
Eu queria pegar essa ruiva e arrastar a cara dela na parede muitas e muitas vezes. Ela não machucou ele, mas o levou pra longe e quase me matou de susto. Merecia sofrer um pouco. Meu pai havia brigado com Marcus, mas depois ficou tudo bem. Ele quis chamar a polícia e queria saber onde o corpo estava, mas Marcus explicou tudo pra ele. Meu pai havia sido criado religiosamente, ele não era a minha mãe, mas não gostava de coisas erradas. E eu não via problema nisso. Também não gostava muito. Eu só queria que ele aceitasse Marcus e toda a sua vida louca, que agora eram a minha também. Eu estava sentada na cama olhando pro livro que o professor de literatura me mandou quando Marcus entrou hesitante.
— Oi.
— Ei. — disse levanta a cabeça para olhá-lo. — Obrigada por ter limpado o quarto. Está muito cheiroso.
— De nada. — ele disse e se sentou na beira da cama. — Me desculpe, Samantha.
— Mar, está tudo bem. — eu lhe disse. — Benjamin e eu estamos bem. Todos estamos.
— Mas vai piorar. — ele disse me olhando com tristeza. — Eles não vão parar até que eu ou Dylan tenhamos assumido o lugar de Walter.
— Esquece eles, Mar. — pedi baixinho.
Eu não gostava de pensar que aquilo iria piorar. Eu sabia que se piorasse, ia cair pra cima de Branna também. Ia cair em cima de todos.
— Posso dormir aqui? — Marcus me perguntou e eu arregalei os olhos minimamente. — No sofá, pra manter vocês em segurança.
— Ah. — eu disse e concordei. — Claro, obrigada.
Marcus e eu ficamos em silêncio sem saber o que falar. Eu aproveitei que ele estava olhando pra outro lugar no quarto e fiquei obversando ele. Marcus era todo grande e tão sexy que me fazia tremer só de olhá-lo. Eu queria ficar em seus braços fortes pra sempre. Abaixei os olhos de volta pro livro quando ele me olhou.
— Samantha?
— Hum. — continuei com os olhos no livro.
— Você me odeia agora? — sua voz saiu tensa e ansiosa.
Pisquei confusa e o olhei.
— Claro que não. — falei indignada. — Eu nunca odiaria você, Marcus.
— Mas o que eu lhe disse...
— Não afetou em nada minha visão sobre você. — lhe garanti. — Eu não odeio você, Marcus.
Ele sorriu de lado e pude ver que ele estava mais aliviado ao saber. Ele acariciou meu pé e saiu do quarto. Suspirei e me deitei deixando o livro de lado. Eu estava com sono e cansada do dia, então coloquei os fones de ouvido e dormi escutando Adele.
SammyEram onze e meia da noite e estavam todos dormindo. Bem, não todos. Eu não conseguia mais dormir. Marcus estava lá em baixo, dormindo no sofá e eu estava inquieta na cama. Eu havia cochilado e sonhei que estavamos no apartamento dele fazendo amor. Acordei suada de novo e não consegui mais pregar o olho. Eu queria ir até lá, me deitar com ele e talvez fazer amor com ele de novo. Mas eu não sabia se ele iria ou não me rejeitar. Então aguentei firme e fiquei deitada.Branna e John haviam vindo me ver às quatro da tarde e conversamos muito sobre o que aconteceu. Contei a eles e a Marcus sobre o taxista, Branna e Marcus ficaram com raiva de mim por não ter contado, mas eu os dobrei fazendo biquinho.Comecei a sentir sede e saí da cama. Caminhei rapidamente pelo corredor,
SammyAquele sem sombra de dúvidas foi o melhor encontro que tive desde sempre. Foi leve, divertido, cheio de flerte e de sinceridade. Nada de capa, apenas duas pessoas tentando se conhecer. Finn era lindo, tanto por dentro quanto por fora. E passar um tempo longe de casa, de Marcus ou de qualquer pensamento relacionado à ele, me fez bem.Finn estacionou o carro na frente da minha casa falatava seis minutos pras onze da noite. Eu tirei o cinto e me virei pra ele.- Obrigada. Esse foi o melhor encontro. - disse sorrindo.Finn riu.- Eu espero repetir qualquer dia desses.- Quando você quiser.
SammyMeu segundo encontro com Finn foi ótimo. Ele me levou ao parque, depois para almoçar e depois pra casa. Ele foi um perfeito cavalheiro e eu amei cada segundo. Finn foi romântico, educado e engraçado. Me fez rir e eu gostei mais do que o primeiro. Ele era uma ótima pessoa e eu estava gostando dele, gostando de passar o tempo com ele. Mas tinha um problema que Branna fez questão de esfregar na minha cara; ele não era Marcus.Todo o tempo que passei com Finn não afugentou meu sentimento por Marcus. Fazia um mês que eu saía com ele direto e Marcus estava cada vez mais afastado de mim, o que só me fez pensar mais nele. Ele mandava mensagens para perguntar como eu estava, mas eram curtas. As visitas dele estavam cada vez mais raras e até Benjamin sentiu falta dele. Toda vez que eu o convidava pro jantar ele dizia que esta
Grandes garotas choram quando seus corações estão quebrados.- Big Girls Cry, Sia.___SammyEu não conseguia olhar pra ele.Eu estava de costas pra ele encarando o armário branco enquanto eu sentia e ouvia os cacos do meu coração cair.Fechei os olhos com força e mordi o lábio inferior.Essa droga não tá acontecendo,bem, mas estava. Sally estava grávida dele, assim como eu.Eu não sabia se tinha motivos para me sentir como estava me sentindo. Como uma esposa traída. Ele não era meu, sempre deixou isso claro. O que houve entre nós foi apenas sexo. Um sexo selvagem e delicioso que nos levou ao Oliver.Meu Ollie,pensar no meu filho só fazia a dor au
SammyEu queria muito não estar enjoada, mas eu não podia fazer muito contra isso. Oliver parecia que não queria me dar uma folga. Acariciei minha barriga depois de tomar meu segundo banho e me vesti. Eu havia prometido ao meu pai e ao Sean que iria encontrar com Marcus, mas eu não estava disposta.Hoje é dia de ficar na cama, pensei me deitando na cama e fechando os olhos enquanto ouvia a chuva cair do lado de fora. Chicago estava do jeitinho que eu gostava, chuvosa e silenciosa. Branna havia ligado mais cedo me convidando pra ir no cinema com ela, então eu já tinha planos pra noite. Pensei em mandar uma mensagem pro Marcus e convidá-lo a vir pro almoço, mas desisti no momento em que peguei o celular. Eu ainda estava hesitante.Dei de ombros não querendo pensar nisso e peguei meu novo notebook. Me escondi d
SammyEu não saí com Branna como havia prometido porque estava deprimida demais. Não contei a ela o que aconteceu, prometi contar depois. O dia foi pesado para todos nós. Depois do ocorrido, nós conversamos pouco. Benjamin e Sean passaram o resto do dia trancados, Papai foi ver como andava a obra e eu fiquei na sala olhando fixamente pra TV. Finn havia mandando dez mensagens e eu não via nenhuma, apesar de estar com o celular na mão o tempo todo. Eu não queria falar com ele. Nem com ninguém pra ser sincera. Eu queria... sorvete caseiro.Me levantei do sofá e peguei a tigela da geladeira. Me sentei no chão da cozinha, ao lado do fogão e comi o quanto consegui de sorvete. Meu celular vibrou ao meu lado e vi uma mensagem do Finn.Décima primeira... décima segunda... Ah, por favor não chegue na décima terceira... déc
SammyO dia foi irritante, por falta de palavra melhor. Finn passou quase o tempo todo me dando respostas curtas e mal me olhou no rosto. Ele estava afastado e eu deixei. Não ia ficar correndo atrás, mesmo que a culpa tenha sido minha. No caso foi do Marcus, mas...Eu estava do lado de fora do apartamento de Marcus, quase às oito da noite e eu encarava a porta com o cenho franzido. Bati na porta antes que perdesse a pouca coragem que encontrei dentro de um sorvete de chocolate delicioso. Um segundo e meio depois Marcus abriu a porta sorrindo. Okay, meu coração deve ter parado por um segundo porque quando voltou a bater, estava doendo um pouco. Marcus estava lindo todo de preto e com um sorriso acanhado no rosto.Ele fica muito, muito, muito, muito, muito, muitoooooo gato quando sorri desse jeito,falei
SammyAbri os olhos devagar e a primeira coisa que vi foi uma luz de fora das janelas. Olhei e percebi que a luz tinha voltado nas ruas. Suspirei aliviada. Passei a língua em meus lábios secos e olhei ao redor do quarto particular do hospital e percebi Marcus ao meu lado. Ele tinha sua cabeça repousada na cama e sua mão estava sob minha barriga, bem próxima das minhas. Ele dormia profundamente e não movi nem mesmo minha sobrancelha para não acordá-lo. Marcus havia dito que não estava dormindo o suficiente e eu não queria interferir no seu regresso à pratica de dormir.Fiquei pensando sobre o que aconteceu enquanto permitia que Marcus dormisse em paz. Alguém esteve conosco dentro do apartamento todo escuro, me assustou e me machucou. Era loucura. Por que iriam me machucar? Tudo isso para um dos dois, Marcus ou Dylan, assum