Sammy
O dia foi irritante, por falta de palavra melhor. Finn passou quase o tempo todo me dando respostas curtas e mal me olhou no rosto. Ele estava afastado e eu deixei. Não ia ficar correndo atrás, mesmo que a culpa tenha sido minha. No caso foi do Marcus, mas...
Eu estava do lado de fora do apartamento de Marcus, quase às oito da noite e eu encarava a porta com o cenho franzido. Bati na porta antes que perdesse a pouca coragem que encontrei dentro de um sorvete de chocolate delicioso. Um segundo e meio depois Marcus abriu a porta sorrindo. Okay, meu coração deve ter parado por um segundo porque quando voltou a bater, estava doendo um pouco. Marcus estava lindo todo de preto e com um sorriso acanhado no rosto. Ele fica muito, muito, muito, muito, muito, muitoooooo gato quando sorri desse jeito, falei
SammyAbri os olhos devagar e a primeira coisa que vi foi uma luz de fora das janelas. Olhei e percebi que a luz tinha voltado nas ruas. Suspirei aliviada. Passei a língua em meus lábios secos e olhei ao redor do quarto particular do hospital e percebi Marcus ao meu lado. Ele tinha sua cabeça repousada na cama e sua mão estava sob minha barriga, bem próxima das minhas. Ele dormia profundamente e não movi nem mesmo minha sobrancelha para não acordá-lo. Marcus havia dito que não estava dormindo o suficiente e eu não queria interferir no seu regresso à pratica de dormir.Fiquei pensando sobre o que aconteceu enquanto permitia que Marcus dormisse em paz. Alguém esteve conosco dentro do apartamento todo escuro, me assustou e me machucou. Era loucura. Por que iriam me machucar? Tudo isso para um dos dois, Marcus ou Dylan, assum
SammyA morte do Sr. Mendes havia mexido comigo. Pensei muito sobre ele e a filha que havia sido massacrada pela gangue de Seattle.Uma pobre menina que não fez nada de errado. Eu quase podia ver a cena na minha mente e sentia muita vontade de chorar. Ninguém merecia aquilo. Marcus estava ao meu lado, me abraçando e beijando meus cabelos, dizendo que tudo ficaria bem. Mas eu não consegui acreditar muito.Algum louco havia se aproveitado de um apagão para entrar no apartamento de Marcus e colocou um prego no meu caminho. A gangue de Seattle havia estuprado e matado uma menina, torturaram o pai dela sem remorso. Nada ficaria bem. Não enquanto aqueles loucos estivessem livres.E eu não queria Marcus perto de nada relacionado
MarcusOlhar Samantha Preston dormir era um privilégio. Nunca imaginei, em toda a minha vida, que eu sentiria aquilo. O sentimento poderoso que me fazia ficar acordado durante toda a noite apenas para observá-la dormir. Samantha parecia um anjo. Mas eu sabia que ela estava mais para diabinha. A garota sabia ser maluca.A primeira coisa que pensei quando coloquei os olhos nela na academia do Dylan foiUAU.Os olhos dela eram intensos e poderosos. De repente notei que não era mais a gravidade que me prendia ao chão e sim ela. Com seu cabelo escuro, longo, seus olhos firmes, sua língua afiada e cheia de palavras de baixo calão. A garota era uma fúria nórdica sem medidas.Eu queria ser um cientista apenas para saber como começar a estudar Samantha e todos o
SammyAcordei com uma tremenda dor de cabeça e dor nas costas. Papai me deixou ficar a manhã na cama e a gastei maratonando Stranger Things, uma série muito foda da Netflix. Mas quase não prestei atenção, pois estava ocupada demais mandando mensagens pro Marcus. Ele não estava em casa quando acordei e meu pai disse que não o tinha visto. Bruno não havia vindo me desejar bom dia, como sempre fazia, então não tive como perguntar por ele. Mas nem Marcus e nem Bruno estavam dispostos à atender minhas chamadas.Vou chutar a bunda deles...Bruno atendeu.— Finalmente. Fazia horas que estava ligando. — resmunguei.—Desculpe, pequena azul. Tive um problema. Com
SammyBranna, Daphne, Cat e eu nos esprememos entre as pessoas até que ficamos três passos longe do ringue. Um cara careca musculoso e sem camisa parou no meio do ringue com o microfone. Ele tinha uma tatuagem enorme que lhe cobria o abdômen e ia até sua careca. As luzes brilhavam acima de nós e os gritos começaram.— Como vocês estão essa noite, seus fodidos?! — o careca gritou no microfone e todos gritaram. Ele andava de um lado pro outro e soltava palavrões — Hoje teremos uma atração especial. O maldito cachorro negro voltou de Londres, porra!Mais gritos e aplausos surgiram. Branna se inclinou pra Cat ao meu lado e perguntou:— De quem ele está falando, Cat?Cat
SammyEstávamos no estacionamento esperando Sean e Lucas voltarem de sei lá onde. Meu irmão e seu namorado ficaram sumidos durante toda a noite e eu sabia bem o que ficaram fazendo. Branna dormia como um anjo no banco de trás e John ao seu lado a olhava fascinado. Daphne escutava música no fone enquanto batucava os dedos no volante e cantarolava baixinho. O estacionamento ainda estava cheio de jovens bêbados que gritavam e comencatavam sobre a noite épica que tiveram. Cat estava em algum lugar dentro da boate. E eu estava sentada no capô do carro.Ao longe vi uma silhueta masculina e alta sair da boate e vindo até nós. Eu sabia que era Clayton Byers antes mesmo de conseguir ver seu rosto. Ele andava de forma confiante e firme até o carro e eu pulei do meu canto pro chão. Daphne abriu a porta e saiu enquanto John assistia
SammyCatarina, Daphne e Branna me fizeram trocar de roupa mais de doze vezes. Elas estavam no meu quarto enquanto me obrigavam a ficar bonita pro meu jantar com Marcus. Eu tentei deixar bem claro que não era nada romântico, mas elas não me deram ouvidos. Quanto mais eu dizia que não tínhamos nada, mais elas me faziam trocar de roupa. Eu estava nervosa. Só naquele momento foi que percebi que estava indo jantar com Marcus. De novo. Nossos jantares tinham uma mania estranha de darem errado e eu estava temerosa. Mas o que de ruim poderia acontecer? Tudo o que tinha pra dar errado, já estava dando. Escolhi um vestido branco solto e rodado que ia até as coxas. Uma sapatilha prateada e deixei os cabelos soltos. Cat fez minha maquiagem e achei que sairia a coisa mais chamativa do mundo, mas quando me olhei no espelho, vi que não. Era clara e me deixava com uma aparência angelica
SammyNós dormimos abraçados.Marcus havia voltado, me beijado e me abraço forte, mas não fez amor comigo como eu queria. Disse que nós não deveríamos, mas que ele ficaria comigo naquela noite. E só aquilo já me bastava. Ele segurou minha mão enquanto conversavamos baixinho e ficou acordado comigo até eu pegar no sono.Acordei e a primeira coisa que notei foi que eu estava só na cama. Fechei os olhos e suspirei triste.Bom demais pra ser verdade, hein?— Você acordou.Me sentei assim que ouvi sua voz e sorri feliz. Marcus estava sem camisa agachado no chão e parecia suado.— O que está fazendo aí? — sussurre