Sammy
Acordei com uma tremenda dor de cabeça e dor nas costas. Papai me deixou ficar a manhã na cama e a gastei maratonando Stranger Things, uma série muito foda da Netflix. Mas quase não prestei atenção, pois estava ocupada demais mandando mensagens pro Marcus. Ele não estava em casa quando acordei e meu pai disse que não o tinha visto. Bruno não havia vindo me desejar bom dia, como sempre fazia, então não tive como perguntar por ele. Mas nem Marcus e nem Bruno estavam dispostos à atender minhas chamadas.
Vou chutar a bunda deles...
Bruno atendeu.
— Finalmente. Fazia horas que estava ligando. — resmunguei.
— Desculpe, pequena azul. Tive um problema. Com
SammyBranna, Daphne, Cat e eu nos esprememos entre as pessoas até que ficamos três passos longe do ringue. Um cara careca musculoso e sem camisa parou no meio do ringue com o microfone. Ele tinha uma tatuagem enorme que lhe cobria o abdômen e ia até sua careca. As luzes brilhavam acima de nós e os gritos começaram.— Como vocês estão essa noite, seus fodidos?! — o careca gritou no microfone e todos gritaram. Ele andava de um lado pro outro e soltava palavrões — Hoje teremos uma atração especial. O maldito cachorro negro voltou de Londres, porra!Mais gritos e aplausos surgiram. Branna se inclinou pra Cat ao meu lado e perguntou:— De quem ele está falando, Cat?Cat
SammyEstávamos no estacionamento esperando Sean e Lucas voltarem de sei lá onde. Meu irmão e seu namorado ficaram sumidos durante toda a noite e eu sabia bem o que ficaram fazendo. Branna dormia como um anjo no banco de trás e John ao seu lado a olhava fascinado. Daphne escutava música no fone enquanto batucava os dedos no volante e cantarolava baixinho. O estacionamento ainda estava cheio de jovens bêbados que gritavam e comencatavam sobre a noite épica que tiveram. Cat estava em algum lugar dentro da boate. E eu estava sentada no capô do carro.Ao longe vi uma silhueta masculina e alta sair da boate e vindo até nós. Eu sabia que era Clayton Byers antes mesmo de conseguir ver seu rosto. Ele andava de forma confiante e firme até o carro e eu pulei do meu canto pro chão. Daphne abriu a porta e saiu enquanto John assistia
SammyCatarina, Daphne e Branna me fizeram trocar de roupa mais de doze vezes. Elas estavam no meu quarto enquanto me obrigavam a ficar bonita pro meu jantar com Marcus. Eu tentei deixar bem claro que não era nada romântico, mas elas não me deram ouvidos. Quanto mais eu dizia que não tínhamos nada, mais elas me faziam trocar de roupa. Eu estava nervosa. Só naquele momento foi que percebi que estava indo jantar com Marcus. De novo. Nossos jantares tinham uma mania estranha de darem errado e eu estava temerosa. Mas o que de ruim poderia acontecer? Tudo o que tinha pra dar errado, já estava dando. Escolhi um vestido branco solto e rodado que ia até as coxas. Uma sapatilha prateada e deixei os cabelos soltos. Cat fez minha maquiagem e achei que sairia a coisa mais chamativa do mundo, mas quando me olhei no espelho, vi que não. Era clara e me deixava com uma aparência angelica
SammyNós dormimos abraçados.Marcus havia voltado, me beijado e me abraço forte, mas não fez amor comigo como eu queria. Disse que nós não deveríamos, mas que ele ficaria comigo naquela noite. E só aquilo já me bastava. Ele segurou minha mão enquanto conversavamos baixinho e ficou acordado comigo até eu pegar no sono.Acordei e a primeira coisa que notei foi que eu estava só na cama. Fechei os olhos e suspirei triste.Bom demais pra ser verdade, hein?— Você acordou.Me sentei assim que ouvi sua voz e sorri feliz. Marcus estava sem camisa agachado no chão e parecia suado.— O que está fazendo aí? — sussurre
SammyEu me sentei na cadeira confortável ao lado da cama de Ciara e peguei sua mão. Me assustei com o quão gelada ela estava. Ciara continuava em coma. Quase um ano e ela ainda estava na mesma situação. Branna estava péssima. Havia marcado a data de seu casamento para dois meses depois do nascimento dos bebês e estava ansiosa, mas também infeliz. Ela queria que Ciara estivesse acordada para conhecer os sobrinhos e para ir ao seu casamento com John, que estava tão triste quanto Branna. E eu também queria isso. Ciara sempre foi como uma irmã para mim, assim como Elena. Eu as amava. Ter Ciara ali era tão triste e medonho que eu até entendia o fato de Elena se manter a distância.Olhando para o rosto pálido da loira, senti meu coração apertar e lembrei de todas as vezes em que ela agiu como uma irmã para mim. Sempre tã
Marcus— Achou alguma coisa? — perguntei me sentando no sofá.— Ainda não, mas não vou parar de procurar. — Evil disse me olhando.Estávamos no escritório de Dylan na academia. Tirei a camisa com calor e suado por ter treinado tanto. Dylan entrou e trancou a porta.— Mais três mulheres foram achadas mortas essa manhã. — nos disse preocupado — Uma delas era Hannah.Há duas semanas atrás a polícia local havia achado os corpos de duas mulheres atrás de um bar em Evil Neighborhood. Uma semana atrás foram mais duas e agora eram três. Todas haviam sido torturadas antes de terem suas gargantas cortadas.— Com essas são sete. — E
SammyMinha cabeça girava de forma nem um pouco normal enquanto eu tentava entender tudo o que aquele maldito havia dito. Não, não e não. Marcus nunca mataria um homem na frente de sua filha pequena. Nem mesmo arrancaria a mão de outro. Quem dirá matar seu tio quando tinha apenas nove anos. Marcus não era assim.- Quando eu sair daqui vou arrancar sua língua com as minhas unhas - disse com raiva.Ele riu de mim e começou a brincar com a faca relaxado.- Quando você sair daqui vai desejar voltar pra Manassas. Porque quando souber que tudo o que eu disse é verdade - ele sorriu - vai desejar colocar meio mundo entre você e ele.- Eu odeio você!
ThomasTodos estavam se ajeitando pra ir na casa da Sammy. Marcus havia ligado para John e mandado todos irem, pois Sammy estava voltando pra casa e haviam muitas coisas para conversar. As gêmeas Dane foram pra casa já que seus pais estavam nervosos com sei lá o quê, mas pediram para Branna mandar à Sammy abraços e beijos. Eu quis ficar, queria ver se Sammy estava bem. Ela quase matou todo mundo de susto. Eu estava mandando uma mensagem pra minha mãe quando ouvi alguém descendo as escadas e girei nos calcanhares para olhar.Catarina estava com um vestido preto de alças colado que ia até as coxas e que tinha uma abertura no lado esquerdo, deixando a mostra boa parte de sua coxa. Usava uma sandália de salto fino e o cabelo longo e escuro caía suavemente pelos ombros delgados. A boca estava como sempre pintada de vermelho pi