Sammy
Eu queria muito não estar enjoada, mas eu não podia fazer muito contra isso. Oliver parecia que não queria me dar uma folga. Acariciei minha barriga depois de tomar meu segundo banho e me vesti. Eu havia prometido ao meu pai e ao Sean que iria encontrar com Marcus, mas eu não estava disposta. Hoje é dia de ficar na cama, pensei me deitando na cama e fechando os olhos enquanto ouvia a chuva cair do lado de fora. Chicago estava do jeitinho que eu gostava, chuvosa e silenciosa. Branna havia ligado mais cedo me convidando pra ir no cinema com ela, então eu já tinha planos pra noite. Pensei em mandar uma mensagem pro Marcus e convidá-lo a vir pro almoço, mas desisti no momento em que peguei o celular. Eu ainda estava hesitante.
Dei de ombros não querendo pensar nisso e peguei meu novo notebook. Me escondi d
SammyEu não saí com Branna como havia prometido porque estava deprimida demais. Não contei a ela o que aconteceu, prometi contar depois. O dia foi pesado para todos nós. Depois do ocorrido, nós conversamos pouco. Benjamin e Sean passaram o resto do dia trancados, Papai foi ver como andava a obra e eu fiquei na sala olhando fixamente pra TV. Finn havia mandando dez mensagens e eu não via nenhuma, apesar de estar com o celular na mão o tempo todo. Eu não queria falar com ele. Nem com ninguém pra ser sincera. Eu queria... sorvete caseiro.Me levantei do sofá e peguei a tigela da geladeira. Me sentei no chão da cozinha, ao lado do fogão e comi o quanto consegui de sorvete. Meu celular vibrou ao meu lado e vi uma mensagem do Finn.Décima primeira... décima segunda... Ah, por favor não chegue na décima terceira... déc
SammyO dia foi irritante, por falta de palavra melhor. Finn passou quase o tempo todo me dando respostas curtas e mal me olhou no rosto. Ele estava afastado e eu deixei. Não ia ficar correndo atrás, mesmo que a culpa tenha sido minha. No caso foi do Marcus, mas...Eu estava do lado de fora do apartamento de Marcus, quase às oito da noite e eu encarava a porta com o cenho franzido. Bati na porta antes que perdesse a pouca coragem que encontrei dentro de um sorvete de chocolate delicioso. Um segundo e meio depois Marcus abriu a porta sorrindo. Okay, meu coração deve ter parado por um segundo porque quando voltou a bater, estava doendo um pouco. Marcus estava lindo todo de preto e com um sorriso acanhado no rosto.Ele fica muito, muito, muito, muito, muito, muitoooooo gato quando sorri desse jeito,falei
SammyAbri os olhos devagar e a primeira coisa que vi foi uma luz de fora das janelas. Olhei e percebi que a luz tinha voltado nas ruas. Suspirei aliviada. Passei a língua em meus lábios secos e olhei ao redor do quarto particular do hospital e percebi Marcus ao meu lado. Ele tinha sua cabeça repousada na cama e sua mão estava sob minha barriga, bem próxima das minhas. Ele dormia profundamente e não movi nem mesmo minha sobrancelha para não acordá-lo. Marcus havia dito que não estava dormindo o suficiente e eu não queria interferir no seu regresso à pratica de dormir.Fiquei pensando sobre o que aconteceu enquanto permitia que Marcus dormisse em paz. Alguém esteve conosco dentro do apartamento todo escuro, me assustou e me machucou. Era loucura. Por que iriam me machucar? Tudo isso para um dos dois, Marcus ou Dylan, assum
SammyA morte do Sr. Mendes havia mexido comigo. Pensei muito sobre ele e a filha que havia sido massacrada pela gangue de Seattle.Uma pobre menina que não fez nada de errado. Eu quase podia ver a cena na minha mente e sentia muita vontade de chorar. Ninguém merecia aquilo. Marcus estava ao meu lado, me abraçando e beijando meus cabelos, dizendo que tudo ficaria bem. Mas eu não consegui acreditar muito.Algum louco havia se aproveitado de um apagão para entrar no apartamento de Marcus e colocou um prego no meu caminho. A gangue de Seattle havia estuprado e matado uma menina, torturaram o pai dela sem remorso. Nada ficaria bem. Não enquanto aqueles loucos estivessem livres.E eu não queria Marcus perto de nada relacionado
MarcusOlhar Samantha Preston dormir era um privilégio. Nunca imaginei, em toda a minha vida, que eu sentiria aquilo. O sentimento poderoso que me fazia ficar acordado durante toda a noite apenas para observá-la dormir. Samantha parecia um anjo. Mas eu sabia que ela estava mais para diabinha. A garota sabia ser maluca.A primeira coisa que pensei quando coloquei os olhos nela na academia do Dylan foiUAU.Os olhos dela eram intensos e poderosos. De repente notei que não era mais a gravidade que me prendia ao chão e sim ela. Com seu cabelo escuro, longo, seus olhos firmes, sua língua afiada e cheia de palavras de baixo calão. A garota era uma fúria nórdica sem medidas.Eu queria ser um cientista apenas para saber como começar a estudar Samantha e todos o
SammyAcordei com uma tremenda dor de cabeça e dor nas costas. Papai me deixou ficar a manhã na cama e a gastei maratonando Stranger Things, uma série muito foda da Netflix. Mas quase não prestei atenção, pois estava ocupada demais mandando mensagens pro Marcus. Ele não estava em casa quando acordei e meu pai disse que não o tinha visto. Bruno não havia vindo me desejar bom dia, como sempre fazia, então não tive como perguntar por ele. Mas nem Marcus e nem Bruno estavam dispostos à atender minhas chamadas.Vou chutar a bunda deles...Bruno atendeu.— Finalmente. Fazia horas que estava ligando. — resmunguei.—Desculpe, pequena azul. Tive um problema. Com
SammyBranna, Daphne, Cat e eu nos esprememos entre as pessoas até que ficamos três passos longe do ringue. Um cara careca musculoso e sem camisa parou no meio do ringue com o microfone. Ele tinha uma tatuagem enorme que lhe cobria o abdômen e ia até sua careca. As luzes brilhavam acima de nós e os gritos começaram.— Como vocês estão essa noite, seus fodidos?! — o careca gritou no microfone e todos gritaram. Ele andava de um lado pro outro e soltava palavrões — Hoje teremos uma atração especial. O maldito cachorro negro voltou de Londres, porra!Mais gritos e aplausos surgiram. Branna se inclinou pra Cat ao meu lado e perguntou:— De quem ele está falando, Cat?Cat
SammyEstávamos no estacionamento esperando Sean e Lucas voltarem de sei lá onde. Meu irmão e seu namorado ficaram sumidos durante toda a noite e eu sabia bem o que ficaram fazendo. Branna dormia como um anjo no banco de trás e John ao seu lado a olhava fascinado. Daphne escutava música no fone enquanto batucava os dedos no volante e cantarolava baixinho. O estacionamento ainda estava cheio de jovens bêbados que gritavam e comencatavam sobre a noite épica que tiveram. Cat estava em algum lugar dentro da boate. E eu estava sentada no capô do carro.Ao longe vi uma silhueta masculina e alta sair da boate e vindo até nós. Eu sabia que era Clayton Byers antes mesmo de conseguir ver seu rosto. Ele andava de forma confiante e firme até o carro e eu pulei do meu canto pro chão. Daphne abriu a porta e saiu enquanto John assistia