Capítulo XXXIII

Ao entrar, deixo Carter se ocupar com a bebida enquanto me aproximo da imensa parede de vidro que dá vista para a cidade. O horizonte é um espetáculo à parte. As luzes de Nova York piscam como pequenas estrelas urbanas, enquanto o pôr do sol se dissolve no céu tingido de laranja e roxo.

A sensação de estar ali, acima de tudo e todos, é quase inebriante. Como se, por um instante, o mundo inteiro estivesse ao alcance da minha mão.

Carter abre uma portinha discreta em um de seus armários e retira dois copos de cristal, junto com uma garrafa elegante e refinada. O líquido âmbar brilha sob a luz suave do escritório.

— Um Havana Club Máximo. Você tem bom gosto. — comento, observando a garrafa.

Ele sorri, e meu coração dá um salto involuntário. É um daqueles sorrisos lentos, cheios de uma confiança perigosa, que fazem qualquer um perder a linha por alguns segundos. Ele derrama o rum nos copos com precisão, sem pressa, como se fosse parte de um ritual.

Os runs cubanos são os melhores do mundo
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