Desvio o olhar e noto um grupo de homens nos observando com um interesse que já beira a insistência. Inclino a cabeça na direção deles e murmuro:— Não sei o que deu nos caras ultimamente. Deve ter alguma coisa no ar...Lisa me lança um olhar curioso, arqueando a sobrancelha.— Você acredita que o Jake e o Mark me chamaram para sair e beber alguma coisa?.— Katerina, arrasando corações! — Ela solta uma gargalhada, balançando a cabeça em diversão.Reviro os olhos, encostando-me na cadeira.— Até parece!— Ah, claro... Como se você não soubesse do seu poder.— Eu e o Jake conversamos outro dia. Ele até que é legal... e também um cara bem bonito.Lisa inclina a cabeça, avaliando minhas palavras com um sorriso malicioso.— Então me diga, coração grande! Vai precisar decidir!Ajeito minha postura, pegando o copo à minha frente e girando o líquido com os dedos.— Eu não sou uma instituição de caridade, Lisa.Ela me encara de lado, mordendo a ponta da língua de forma sugestiva.Solto um riso
Eu pisquei e ele leu meus pensamentos? Ou pior... ele sentiu que eu estava pensando nele?Por um segundo, encaro a mensagem como se ela fosse uma armadilha. Porque, de certa forma, é.Eu sei que é.Fora daquele prédio, eu não tenho mais obrigação alguma com ele. Não sou mais sua assistente, sua funcionária, sua peça no jogo corporativo.Meus dedos pairam sobre o teclado. Minha mente grita não, mas algo dentro de mim—um instinto primitivo, insaciável—já tomou a decisão por mim."Posso chegar em dez minutos."Merda, Katerina. O que você está fazendo?O celular parece queimar em minha mão. Meu peito sobe e desce em um ritmo que não consigo controlar. Eu me odeio por essa adrenalina, por essa expectativa absurda.E então, ele responde.Ryan Carter: "Estou esperando."Simples. Direto. Implacável.Seguro o telefone com força, como se isso pudesse impedir a onda de arrepios que percorre minha pele.Eu sei que estou brincando com fogo.Mas, no fundo, sei que venho esperando para me queimar há
Seu sorrisinho de triunfo me irrita. Quero apagar essa expressão convencida de seu rosto. Quero colocá-lo em seu devido lugar.— Sempre essa mania de brincar com as pessoas, não é?O sorriso desaparece. Seus olhos brilham com um desafio silencioso. O ar entre nós muda.— Pensa que estou brincando?— De novo essa sua mania de responder perguntas com outras perguntas… — murmuro, cruzando os braços. — Você deveria variar as técnicas, senhor. Está começando a ficar previsível.A provocação sai mais leve do que eu gostaria, porque ele se move. Um, dois passos em minha direção. Meu corpo, como um reflexo involuntário, recua. Meu coração dispara.— Eu não brinco com você.— Oh… e então por que me chamar ao seu escritório? Para brincar de gato e rato?Ele solta um suspiro, quase como se estivesse cansado da minha resistência. E então, avança mais uma vez. Desta vez, não recuo.Seus olhos descem até meus lábios. Sua mão toca meu rosto com uma firmeza delicada. Minha respiração falha.— Do que
— Você faz ideia de quanto eu te desejo nesse momento? — Sua voz é um sussurro rouco, denso de desejo.Seus dedos deslizam pelos meus ombros, afastando lentamente meu terno. Meus lábios se entreabrem em um suspiro involuntário quando suas mãos traçam meu corpo através do tecido fino da minha camisa. Eu me entrego, permito que ele assuma o controle. O poder que ele exerce sobre mim, a maneira como seus olhos me devoram com pura luxúria, me embriagam.Ele se livra do próprio terno em um gesto rápido e descuidado, deixando-o cair ao chão sem sequer desviar o olhar de mim. Antes que eu consiga recuperar o fôlego, sua boca volta a tomar a minha, dessa vez com um ímpeto quase selvagem.Meu coração dispara, martelando contra o peito. O desejo e o medo se fundem em um coquetel explosivo dentro de mim.Ser tomada pelo meu chefe, aqui, em sua sala, onde qualquer um poderia entrar a qualquer momento, é tão insano quanto excitante.Mas minha razão já não tem espaço aqui.E eu me recuso a permitir
Ryan desliza as mãos por minhas coxas expostas, seus dedos traçando um caminho lento, provocativo, em uma tortura deliciosamente calculada. Sua palma quente desliza para dentro das minhas pernas, abrindo espaço com uma autoridade silenciosa, enquanto seus olhos escuros brilham com fome.Com uma maestria cruel, ele puxa suavemente minha peça íntima para baixo, o toque firme e ao mesmo tempo sedutor, arrastando o tecido por minha pele até removê-lo por completo. Meu coração martela contra as costelas, uma antecipação ardente se espalhando por minhas veias.Seus olhos devoram cada centímetro da visão à sua frente antes que ele se incline sobre mim novamente, tomando minha boca com uma intensidade devastadora. O beijo é bruto, faminto, e quando seus dedos deslizam entre minhas pernas novamente, um gemido escapa de minha garganta, abafado pelo encontro de nossas bocas.A boca de Ryan se curva contra meus lábios em um sorriso perigoso.— Saber que está molhada por mim me deixa louco — ele m
Ele desliza seu pau entre as curvas da minha bunda, provocando-me sem pressa, a ponta já pulsando e úmida de pré-gozo. Um arrepio me percorre dos pés à cabeça, a antecipação deixando minha pele em chamas. Minhas mãos exploram suas costas largas e rígidas, sentindo cada músculo tenso sob meus dedos, cada fibra de seu corpo preparado para me devorar.Estou completamente entregue. Meu corpo pulsa em necessidade, minha intimidade já úmida, latejante, ansiando por ele. Ryan posiciona-se entre minhas pernas, o calor de seu corpo irradiando contra o meu, sua respiração pesada e entrecortada, carregada de desejo. Ele me encara por um momento, os olhos escuros, intensos, consumindo cada centímetro de mim antes de pressionar a ponta de seu membro contra minha entrada, roçando contra minha carne sensível, provocando um choque de prazer que me faz arquear o corpo.Ele empurra lentamente, abrindo caminho dentro de mim, cada centímetro avançando em um ritmo torturante, e minha boca se abre em um ge
Depois de alguns minutos, minha mente já mais lúcida, levanto-me para recolher minhas roupas espalhadas pela sala. Cada peça no chão é um lembrete do que acabamos de fazer, da intensidade que tomou conta de nós.— Já vai?A voz de Ryan me faz parar.Ele está deitado no sofá, completamente relaxado, apoiado em um cotovelo, a mão no rosto, um sorriso preguiçoso brincando em seus lábios. Seu corpo nu está escandalosamente visível para mim, exposto sem qualquer resquício de pudor.Por Deus… Que imagem mais indecente e irresistível.Preciso me controlar para não ceder à tentação de voltar para seus braços. Mas agora, com a excitação se dissipando, a razão finalmente encontra espaço para se manifestar — e, junto com ela, um incômodo inesperado.O que diabos eu acabei de fazer?Joguei tudo para o alto. Com meu chefe. Na sua própria sala.Um frio percorre minha espinha enquanto a realidade me atinge em cheio. O que vai acontecer agora? Para Ryan, eu fui apenas um capricho, uma diversão de uma
— Não fique tão nervosa — Ryan rompe o silêncio, sua voz carregada de diversão. — Eu não vou devorar você… não agora. Primeiro, vou te oferecer uma bebida.Cruzo os braços, tentando recuperar um resquício de controle.— Mais um rum de suas coleções raras?Ele me lança aquele sorriso torto, malicioso, que faz minha respiração falhar. Sem pressa, ele se move na minha direção, cada passo carregado de propósito. Uma de suas mãos desliza lentamente até minha cintura, seus dedos roçando minha pele de forma quase cruel.Quando fala, sua voz é pura sedução, um sussurro que se dissolve no ar entre nós.— Não há andares suficientes aqui para que eu possa me aproveitar de você agora mesmo. — Ele suspira dramaticamente, o hálito quente acariciando meu pescoço. — Que pena…Meu corpo reage instantaneamente. Um arrepio sobe por minha espinha, meus músculos se contraem, minha respiração vacila.Se não fosse tão absurdamente viciante, eu quase teria medo.Mas, antes que eu possa processar qualquer coi