Capítulo LVIII

Eu pisquei e ele leu meus pensamentos? Ou pior... ele sentiu que eu estava pensando nele?

Por um segundo, encaro a mensagem como se ela fosse uma armadilha. Porque, de certa forma, é.

Eu sei que é.

Fora daquele prédio, eu não tenho mais obrigação alguma com ele. Não sou mais sua assistente, sua funcionária, sua peça no jogo corporativo.

Meus dedos pairam sobre o teclado. Minha mente grita não, mas algo dentro de mim—um instinto primitivo, insaciável—já tomou a decisão por mim.

"Posso chegar em dez minutos."

Merda, Katerina. O que você está fazendo?

O celular parece queimar em minha mão. Meu peito sobe e desce em um ritmo que não consigo controlar. Eu me odeio por essa adrenalina, por essa expectativa absurda.

E então, ele responde.

Ryan Carter: "Estou esperando."

Simples. Direto. Implacável.

Seguro o telefone com força, como se isso pudesse impedir a onda de arrepios que percorre minha pele.

Eu sei que estou brincando com fogo.

Mas, no fundo, sei que venho esperando para me queimar há
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