Sua partida fez com que a família Bastos ficasse farta de Stéfanie, e ela foi deixada com uma reputação manchada.

Todos elogiavam Carolina por sua independência e autoconfiança, enquanto Stéfanie era apenas desprezada e desdenhada.

Mas o que ela fez de errado? Antes de se casar com Douglas, ela nem sabia que ele já tinha ficado com Carolina.

Após dois anos de casamento, ela suportou os olhares condescendentes dos empregados, as provocações da cunhada e as críticas da sogra.

Ela acreditava que, com seu amor por esse homem, eventualmente poderia amolecer seu coração e conquistar a família Catelli.

Mas agora, olhando para o rosto frio do homem, ela percebeu que estava errada. Ela descobriu que, mesmo oferecendo seu coração sincero, só recebia desprezo e indiferença, como uma flecha atravessando seu coração.

- Estou te avisando, Carol não é alguém que você possa tocar! – Disse ele, segurando o rosto pálido de Stéfanie.

Ela se deparou com o olhar afiado e cortante de Douglas.

Sua garganta estava entupida de mágoa e ela não conseguia dizer uma única palavra.

Não havia mais nada a perguntar. A atitude dele deixou claro que ele não a amava, seu coração sempre pertenceu a Carolina.

O homem saiu batendo a porta, e o calor e carinho que havia momentos antes pareciam apenas um sonho. Stéfanie cobriu o rosto com o cobertor, sufocando todos os soluços de desamparo.

...

No dia seguinte, Stéfanie começou a vomitar em seco incontrolavelmente. Ela foi ao hospital para fazer um check-up, mas foi levada ao departamento de ginecologia.

- Você está grávida, já faz mais de dois meses.

Ela estava grávida?

A surpresa e a emoção cresceram descontroladamente como brotos de primavera, e foi só quando o médico sorriu e lhe entregou lenços de papel que Stéfanie percebeu que em algum momento havia chorado de tanta alegria.

Ela correu para o Grupo Catelli, na intenção de compartilhar a boa notícia com Douglas o mais rápido possível.

Seu coração morto se acendeu com esperança devido à chegada do bebê, até que ela abriu a porta do escritório do presidente e viu Carolina sentada no sofá, lendo uma revista, com uma enorme barriga de gravidez. Qualquer vestígio de luz em seu coração se apagou instantaneamente, deixando-a sentindo um arrepio gélido até os ossos.

- Por que está tão surpresa? Eu estou grávida de mais de sete meses e o Dougie não te contou? - Carolina franziu os lábios em um sorriso.

- De quem é o seu bebê? - Stéfanie se ouviu perguntar em uma voz tão dura que tremia.

- Você já adivinhou, não foi? É isso mesmo, o bebê é do Dougie! E o Dougie está todo abobalhado de felicidade! A propósito, ele acabou de sair para uma reunião depois de contar histórinhas para os bebês, quer se sentar e esperar por ele?

Carolina ficou sentada esfregando a barriga como se fosse a dona do lugar, sem nenhum vestígio se vergonha na cara, apenas presunção.

- Sua sem vergonha! - Stéfanie lhe deu um tapa.

Carolina cobriu o rosto, um lampejo sombrio piscando em seus olhos, mas logo ela estava rindo novamente.

- Stéfanie, como você ousa tentar competir comigo? A pessoa que o Dougie ama, sou eu! O que você tem a não ser o nome de Sra. Catelli? Dougie nem deve ter tocado em... Você está grávida? - Carolina gritou quando seus olhos captaram o teste de gravidez na mão de Stéfanie.

O corpo de Stéfanie tremia com raiva e ódio enquanto ela se forçava a continuar em pé:

- Sim! Meu bebê nasceu de um casamento legítimo, e você tem apenas um filho bastardo em seu ventre!

As unhas de Carolina se cravaram profundamente na carne de sua palma de tanta inveja.

Douglas, uma pessoa com tanta frieza e obsessão por limpeza, acabou indo para cama com a Stéfanie, de verdade! Que direitos essa vagabunda tinha!

Ela estava louca de inveja, mas de repente pareceu se lembrar de algo e sorriu ironicamente:

- Não se gabe tão cedo! Aposto que o Dougie vai transformar esse seu feto desprezível que você tem na barriga em carne moída por mim!

O corpo de Stéfanie oscilou de leve, protegendo a barriga inconscientemente.

Não, Douglas não faria isso com seu próprio filho. Mas Carolina parecia tão segura e confiante que Stéfanie percebeu que não tinha a menor confiança nisso.

Quando ela vacilou, Carolina de repente se aproximou, sussurrando:

- Vou te contar um segredo... O acidente de carro da sua mãe adotiva não foi um acidente!

O corpo de Stéfanie estremeceu bruscamente e seus olhos ficaram vermelhos. Quando ela se jogou para estrangular Carolina, a porta do escritório se abriu e um homem gritou com raiva:

- Stéfanie, o que você está fazendo?